quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Mães solteiras falham na amamentação



Elas têm 5 vezes mais chance de abandonar aleitamento exclusivo


Parceria: Companheiro incentiva aleitamento
Mais uma pesquisa acaba de reforçar que os pais não são figuras secundárias na saúde dos filhos. Médicas da Fundação Oswaldo Cruz avaliaram 1.057 mães de crianças recém-nascidas. As participantes do estudo sem companheiros apresentaram chance 5,32 vezes maior de introduzir leite artificial no cardápio dos pequenos antes de completarem seis meses de vida o que, segundo os pediatras, compromete o desenvolvimento e dificulta o vínculo materno com o bebê.

A melhor rotina de amamentação entre as que contam com o apoio do marido ou namorado é mais creditada ao beneficio da parceria do que ao matrimônio em si. Segundo as autoras, as mamães têm mais apoio social, econômico, emocional e educacional do outro e podem reservar mais tempo para o aleitamento.

Casadas ou não, o estudo ressalta o alto índice de desistência do leite materno como alimentação exclusiva antes do período adequada: 44% contrariaram as recomendações dos especialistas, desistiram do peito e adotaram as fórmulas industriais do alimento (caixinha ou pó). As conclusões estão publicadas na edição de setembro da Revista Brasileira de Epidemiologia

Menos culpa, mais harmonia



Mesmo administrando bem a casa, cuidado dos filhos e do marido, a mulher ainda sente uma culpa ancestral

Conversar sobre o universo feminino dá mesmo muito pano pra manga. Como cabem assuntos nesse tema, em quantos aspectos se dividem (ou multiplicam) os interesses. Que imenso caminho percorrido desde a mulher criada para o lar e a família, o bordado e as crianças todas, a limpeza da casa e a comida na mesa, o silêncio das opiniões, a submissão, a ausência do desejo. E mesmo assim, ainda restam sonhos tais como livrar-se de uma culpa ancestral e encontrar o companheiro sonhado. Menos culpa no sucesso e mais harmonia no amor.

As mulheres conquistaram direitos e acumularam deveres, mas ainda sentem culpa! O sucesso na carreira e o tempo dedicado a isso parecem ser roubados dos filhos ou do marido. Como se seu tempo não lhe pertencesse e não fosse seu o poder de decidir como administrá-lo. A casa funciona bem, as crianças estão bem atendidas e acompanhadas, a geladeira cheia, o cardápio definido, o rodízio combinado com outras mães que trabalham, o celular sempre a postos para qualquer emergência ou dúvidas dos pequenos (qualquer mesmo, podem acreditar). As consultas com o pediatra e o ortodontista em dia, o microondas na assistência técnica, a final do campeonato agendada, bem como as reuniões de escola, claro, e as apresentações de final de ano todas devidamente fotografadas. Onde será que ainda cabe a tal da culpa? Uma voz que acusa e cobra e que parece vir desde sempre lá dos tempos primeiros. Uma culpa mais que típica: arque-típica!

Assim também resiste o sonho do príncipe encantado. O homem que vai enxergar nossa beleza num olhar profundo, valorizar nossas conquistas e descobertas, vibrar com as vitórias nas provas tão cheias de obstáculos que a vida é. Mais: ele será nosso parceiro e complemento. Um aviso – esse homem incentivador existe dentro de cada uma e com ele é que seremos felizes para sempre.

A mesma força e competência que conduziu ao sucesso, traz o reconhecimento e a auto-estima. Se o homem que encontrarmos não tiver que adivinhar nossos anseios ou preencher nossas faltas, ficará mais fácil e possível a satisfação mútua. Mostrar-se ao outro, ter prazer em conhecer e revelar-se. Pense bem, nas últimas duas décadas a mulher saiu, numa pirueta, de dentro de casa para o mundo – como ficaram os homens, ali sem saber mais pra que serviam nem como agir. Pagar ou não a conta? Abrir ou não a porta? E no sexo? No planejamento familiar? Onde foram parar os velhos papéis estabelecidos e tão conhecidos?

Precisamos de uma nova coreografia. Não servem mais as antigas divisões de tarefas. Nesses tempos, as mulheres puderam exercer sua força e os homens, sua sensibilidade. Cada gênero desenvolveu aspectos do outro e fez-se uma mistura mais forte, onde cada um tem o complemento em si mesmo. Cada um é inteiro, mas não mais engessado em papéis rígidos. Neste par de inteiros, cada um oferece pra relação aquilo que serve ao crescimento do casal e do outro. Há homens com trabalhos de horários mais flexíveis do que a sua mulher, há mulheres com mais competência para ganhar e administrar o dinheiro. Cada casal faz sua dança, sua ética, seu companheirismo. Assim, parece, nos com-prometemos e nos acercamos mais da tão sonhada harmonia.

Afinal, o ponto G existe?



Pesquisa afirma que a zona erógena é pura ilusão; conversamos com 10 feras no assunto

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Recente pesquisa britânica trouxe um velho tema às manchetes: o ponto G. Segundo o estudo do londrino King's College, a zona erógena feminina - que seria capaz de elevar o prazer ao nível máximo - pode ser fruto da imaginação das mulheres - estimuladas pela mídia. Para debater a questão, o Delas conversou com especialistas no assunto, que colocam o tal ponto mágico no seu devido lugar:

"O ponto G não é anatomicamente definido. Ele é imaginário e habitualmente relacionado ao teto da vagina, que é uma zona erógena bem próxima ao clitóris. Por ser muito sensível, gera excitação e lubrificação.” César Eduardo Fernandes, ginecologista e presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo.

“Apontar a existência do ponto G é estigmatizar a mulher, o que cria apenas ansiedade e cobrança. O ponto G é uma resposta sexual feminina a um estímulo associado ao desejo, porém diversos fatores - como fisiológico, psicológico e emocional - determinam qual é a capacidade da mulher se entregar na relação." Paulo Bonança, psicólogo, sexólogo e membro da Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana.

“Eu não acredito em Ponto G. Há uma rugosidade diferente em determinada área da vagina, mas isso não quer dizer que as mulheres sintam mais prazer naquele ponto, tudo depende de como ela for estimulada. Na verdade, costumo brincar que a mulher tem dois pontos G: um em cada ouvido.” Sylvia Faria Marzano, urologista, terapeuta sexual e diretora geral do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (ISEXP).

“A existência (ou ausência) do Ponto G não é fundamental para que a mulher sinta prazer, e sim o conhecimento dos seus próprios pontos sensíveis: estimular a mama, a nuca ou até mesmo entre os dedos dos pés pode gerar muito prazer.” Alfredo Romero, especialista em sexualidade e diretor do Instituto Brasileiro para a Saúde Sexual.

“Cada mulher tem um ponto especial, um desejo, um tipo de toque. Ela descobre locais de prazer que pode dar o nome de ponto G, ou não”. Otavio Leal, professor de tantra.

"Eu não acredito em ponto G, o abecedário é muito grande e o G fica no meio do caminho. A mulher até pode ter um espessamento maior no ponto da vagina que fica atrás da bexiga - pesquisadores dizem ser uma reminiscência da próstata que não se desenvolve no período de gestação - porém também existem outras áreas sensíveis. O prazer dela está mais ligado a sua autoestima, ao parceiro e principalmente ao autoconhecimento. A mulher pode gozar muito mais com o carinho do que com a penetração, tudo depende do momento em que ela está.” Amaury Mendes Júnior, sexólogo e terapeuta.

“Cada pessoa tem pontos específicos com maior sensibilidade, essas são as zonas erógenas, áreas do corpo que apresentam maior irrigação nervosa. Dizer que existe um ponto G é algo exagerado. A região do períneo (entre a vulva e o ânus), por exemplo, é muito sensível ao toque, e existem outras áreas do corpo que também podem ser estimuladas. O segredo é ter autoconhecimento, descobrir o que pode ser excitante e explicar isso para o parceiro." Ivaldo Silva, ginecologista e professor do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

“Por não ser um ponto específico, o ponto G ganha agora o conceito de ‘área’, que é chamada de ‘plataforma orgástica’. Essa região localiza-se na parede vaginal, bem no começo. Durante o ato sexual, a melhor posição para favorecer o contato de área com o pênis é quando a mulher fica por cima do homem e faz o movimento para frente e para trás." Rosana Simões, ginecologista e professora da UNIFESP.

“Na literatura médica, o ponto G existe sim e está localizado na parede interna no começo da vagina, sendo essa uma região de sensibilidade maior que as demais áreas. Porém, com os avanços no estudo sobre a sexualidade, descobriu-se que o clitóris chega a ser mais sensível do que o ponto G. De qualquer forma, não há uma receita, cada mulher tem que descobrir o que lhe dá mais prazer.” Dr. Francisco Carlos Anello, médico ginecologista e especialista em sexualidade.

“Não se trata de imaginação, como algo que inexistente. Ocorre que as sensações sexuais e eróticas passam por um processo mental - são registradas no cérebro e então passam a existir fisicamente. Além do ponto G, muitas partes do corpo são erógenas, algumas delas extragenitais, que podem também conduzir ao orgasmo, desde que o ponto passe a receber estímulos e direcionamento erótico-sexual." Oswaldo M. Rodrigues Jr., psicólogo e diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex).

O stress Feminino


O estresse é cada vez mais um inimigo feminino. As mulheres são quase o dobro dos homens nas estatísticas sobre um dos principais males da sociedade moderna.

A explicação para o fenômeno é que o problema aparece de mãos dadas com a dupla (às vezes tripla) jornada de trabalho, situação enfrentada pela grande maioria das mães brasileiras.

O mais recente estudo que afere a quantidade majoritária de mulheres estressadas foi feito pela seguradora SulAmérica. Foram entrevistadas 29 mil pessoas em 12 Estados brasileiros. Entre as 17 mil pessoas do sexo feminino que responderam à pesquisa, 51% apresentaram nível elevado de estresse. Entre os 12 mil homens entrevistados, a taxa de respostas afirmativas para a queixa foi de 28%, 34 pontos porcentuais a menos do que elas. A sobrecarga, dizem em coro os especialistas, atinge mulheres independentemente do endereço.

“Os homens se permitem um futebol com os amigos aos finais de semana, as mulheres têm mais dificuldade para relaxar” afirma Roberto Galfi, diretor de serviços médicos da SulAmérica.

Assim como Galfi, a presidente do International Stress Management Association (ISMA- Brasil), Ana Maria Rossi, aponta a competição no trabalho simultânea aos afazeres domésticos como a responsável pelos resultados da pesquisa entre o público feminino. “Há algum tempo fizemos uma pesquisa comparativa entre homens e mulheres e perguntamos quais eram os fatores desencadeantes de estresse. As respostas foram bem diferentes e mostraram o peso da função dupla para elas”, afirmou Ana Maria. Enquanto as mulheres apontaram a “sobrecarga no serviço” como grande vilã do estresse, os homens elegeram a “incerteza profissional” como responsável. “As escolhas diferentes mostram as diferenças na manifestação do estresse”, diz a especialista. “E o problema não é restrito aos centros urbanos e nem limitado pelo tamanho da cidade”, informa.

Índices semelhantes no Interior

Além de mostrar as mulheres como vítimas principais do estresse, pesquisas recentes mostram que a queixa rompeu os limites das grandes metrópoles e levou seus danos às cidades do interior, locais antes sempre associados a uma melhor qualidade de vida. Essa migração é mensurada por como anda o coração das mulheres. Um grupo de médicos do governo de São Paulo analisou dados coletados em 10 anos (1996 e 2006) para traçar o perfil das doenças crônicas paulistas e encontrou informações sobre enfarte tão altas na capital quanto no interior.

Os dados foram publicados na edição de outubro do Boletim Epidemiológico Paulista (Bepa) e dão conta de que a taxa de enfarte no Estado é de 50,8 casos em 100 mil habitantes. Superam esse índice não apenas a capital paulista (58,6), como também as áreas de Ribeirão Preto (51,4), São João da Boa Vista (53,8) e Bauru (51,2).

Não é apenas o coração o único vitimado pelo problema. A Organização Mundial de Saúde (OMS) relaciona o estresse a uma lista interminável de doenças, entre elas câncer, depressão, doenças gastrointestinais, infecciosas e distúrbios reprodutivos. Para a presidente da ISMA-BR, apesar de mais conhecimento sobre os mal moderno, as mulheres ainda não colocam em prática hábitos para diminuir o impacto do problema.

“As pessoas continuam adoecendo de forma incrível. Apesar de saberem dos perigos, dos danos do estresse, essa informação não tem surtido o comportamento esperado” diz Ana Maria. A baixo, a especialista sugere um pequeno exercício de relaxamento para colocar em prática sempre que necessário. Confira.

Respire e alivie o estresse

A respiração é chave. Durante o trabalho, em casa, na faculdade, na escola ou no supermercado. Por isso, tente reservar alguns minutos para respirar profundamente, tendo em foco que a tarefa tem a missão de relaxar o corpo.
Inspire pelo nariz, dilatando os músculos do abdômen e expire pelo nariz e pela boca, relaxando os músculos do corpo. Faça isso por um ou dois minutos sempre que puder. Teste o estresse e o impacto dos níveis em sua saúde em www.ismabrasil.com.br.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O Resgate de Barra foi inaugurado





Foi tudo maravilhoso, O prefeito Antonio Marcos, o Vice Heleno, O presidente da Camara João Medeiros,O deputado Sabino , demais vereadores e autoridades, inauguraram nessa manhã do dia 08 de janeiro o tão sonhado Resgate de Barra de São João.
A base operacional fica no Ginásio Poliesportivo, o telefone 08000215750.
Parabéns para toda a equipe que estiveram impecável.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Inauguração do Resgate de Barra de São João























Nesta terça feira dia 05 de janeiro, o Prefeito Antonio Marcos, se reuniu com toda a equipe do Resgate que será inaugurado no proximo dia 8 de janeiro de 2010, as 9 horas no Ginasio Polisesportivo.
Estavam presente o chefe de gabinete Fernando Shincado, o secretário de saúde Evaldo Scarpine e a coordenadora do resgate Dra. Irene.
O Prefeito falou do compromisso de todos com o trabalho que será desenvolvido e a importancia do Resgate para a população de Barra.
A area de abrangencia, será da ponte de Barra até o Distrito de Rio Dourado.
Parabéns Prefeito por mais esse feito.

A lei do Resgate 1330/09 foi aprovada por todos os vereadores em 03 de dezembro de 2009.
É uma lei especifica para O Resgate do II Distritome veio para comtemplar o desejo de toda a Comunidade que tinha um desjo antigo de ter um atendimento digno, com pessoas capacitadas e uma ambulancia equipada.

sábado, 2 de janeiro de 2010

O que nós temos feito para mudar essa realidade??





































“Gravidez na adolescência”.



Creio que precisamos encarar o problema em dimensões maiores, com realismo, a fim de buscar soluções plausíveis. A educação em saúde, por exemplo, é um ótimo meio para dar início a esta ação.
Lembrando que informação, somente, não basta. Um estudo feito pela Faculdade de Enfermagem da USP revelou que cerca de 51% das estudantes desta universidade já usaram pílula do dia seguinte devido ao receio de uma possível gravidez. Evita-se a gravidez, mas a vulnerabilidade quanto às DST’s é alta.
O mesmo estudo aponta, ainda, que “não há relação entre a escolaridade e os conhecimentos adquiridos na universidade – mesmo entre as alunas de enfermagem – e os métodos contraceptivos adotados na prática”. Existe toda uma complexidade sentimental em torno disto, resultante das mais variadas situações, seja com parceiros fixos, como namorados, ou com vários.
O fundamental, no entanto, para a prevenção da gravidez na adolescência é a conscientização por parte das famílias, principalmente às mães, que o apoio da mesma é imprescindível nesta fase, pois é inegável que os estímulos e instintos sexuais tenham aí seu início. A família que se ausenta desta responsabilidade, por quaisquer motivos, coloca em risco a saúde e a integridade de sua(s) filha(s).

1. Gravidez
Biologicamente a gravidez pode ser definida como o período que vai da concepção ao nascimento de um indivíduo. Entre os animais irracionais trata-se de um processo puro e simples de reprodução da espécie. Entre os seres humanos essa experiência adquire um caráter social, ou seja, pode possuir significados diferenciados para cada povo, cada cultura, cada faixa etária.
Em alguns países como a China, que não possui mais capacidade territorial para absorver um número elevado de indivíduos a maternidade é controlada pelo governo e cada casal só pode ter um filho. Em outras culturas como em tribos indígenas e alguns países africanos gravidez é sinônimo de saúde, riqueza e prosperidade.
No Brasil, onde não há controle de natalidade e onde o planejamento familiar e a educação sexual ainda são assuntos pouco discutidos, a gravidez acaba tornando-se, muitas vezes, um problema social grave de ser resolvido. É o caso da gravidez na adolescência.
2. Gravidez na adolescência
Denomina-se gravidez na adolescência a gestação ocorrida em jovens de até 21 anos que encontram-se, portanto, em pleno desenvolvimento dessa fase da vida – a adolescência. Esse tipo de gravidez em geral não foi planejada nem desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade. No Brasil os números são alarmantes.
Cabe destacar que a gravidez precoce não é um problema exclusivo das meninas. Não se pode esquecer que embora os rapazes não possuam as condições biológicas necessárias para engravidar, um filho não é concebido por uma única pessoa. E se é à menina, que cabe a difícil missão de carregar no ventre, o filho, durante toda a gestação, de enfrentar as dificuldades e dores do parto e de amamentar o rebento após o nascimento, o rapaz não pode se eximir de sua parcela de responsabilidade. Por isso, quando uma adolescente engravida, não é apenas a sua vida que sofre mudanças. O pai, assim como as famílias de ambos também passam pelo difícil processo de adaptação a uma situação imprevista e inesperada.
Diante disso cabe nos perguntar: por que isso acontece? O mundo moderno, sobretudo no decorrer do século vinte e início do século vinte e um vem passando por inúmeras transformações nos mais diversos campos: econômico, político, social.
Essa situação favoreceu o surgimento de uma geração cujos valores éticos e morais encontram-se desgastados. O excesso de informações e liberdade recebida por esses jovens os levam à banalização de assuntos como o sexo, por exemplo. Essa liberação sexual, acompanhada de certa falta de limite e responsabilidade é um dos motivos que favorecem a incidência de gravidez na adolescência.
Outro fator que deve ser ressaltado é o afastamento dos membros da família e a desestruturação familiar. Seja por separação, seja pelo corre-corre do dia-a-dia, os pais estão cada vez mais afastados de seus filhos. Isso além de dificultar o diálogo de pais e filhos, dá ao adolescente uma liberdade sem responsabilidade. Ele passa, muitas vezes, a não ter a quem dar satisfações de sua rotina diária, vindo a procurar os pais ou responsáveis apenas quando o problema já se instalou.
A desinformação e a fragilidade da educação sexual são também questões problemáticas. As escolas e os sistemas de educação estão muito mais preocupados em dar conta das matérias cobradas no vestibular, como: física, química, português, matemática, etc., do que em discutir questões de cunho social. Dessa forma, temas como sexualidade, gravidez, drogas, entre outros, ficam restritos, quase sempre, aos projetos, feiras de ciência, semanas temáticas, entre outras ações pontuais. Os governos, por sua vez, também se limitam às campanhas esporádicas. Ainda assim, em geral essas campanhas não primam pela conscientização, mas apenas pela informação a respeito de métodos contraceptivos. Os pais, como já foi dito anteriormente, além do afastamento dos filhos, enfrentam dificuldades para conversar sobre essas questões. Isso se dá devido a uma formação moralista que tiveram. Diante dessa realidade o número de pais e mães adolescentes cresce a cada dia.
A adolescência já é uma fase complexa da vida. Além dos hormônios, que nessa etapa afloram causando as mais diversas mudanças no adolescente, outros assuntos preocupam e permeiam as mentes dos jovens: escola, vestibular, profissão, etc.
A gravidez, por sua vez, também é uma etapa complexa na vida. Ter um filho requer desejo tanto do pai quanto da mãe, mas não só isso. Atualmente, com problemas como a instabilidade econômica e a crescente violência, são necessários, além de muita consciência e responsabilidade, um amplo planejamento. Quando isso não acontece, a iminência de acontecerem problemas é muito grande.
Os primeiros problemas podem aparecer ainda no início da gravidez e vão desde o risco de aborto espontâneo – ocasionado por desinformação e ausência de acompanhamento médico – até o risco de vida – resultado de atitudes desesperadas e irresponsáveis, como a ingestão de medicamentos abortivos.
O aborto além de ser um crime, em nosso país, é uma das principais causas de morte de gestantes. Por ser uma prática criminosa não há serviços especializados o que obriga as mulheres que optam por essa estratégia, a se submeterem a serviços precários, verdadeiros matadouros de seres humanos, colocando em risco a própria vida.
Um outro problema é a rejeição das famílias. Ainda são muito comuns pais que abandonam seus filhos nesse momento tão difícil, quando deveriam propiciar toda atenção e assistência. Há que se pensar que esse não é o momento de castigar, pelo menos não dessa forma, o filho ou filha.
Em outras situações a solução elaborada pelos pais é o casamento. Embora hoje haja poucos e apenas nas regiões interioranas os casos de casamentos forçados com o objetivo de reparar o mal cometido, os casamentos de improviso, acertados entre as famílias ainda é bastante recorrente. Os adolescentes, nessa situação, são, normalmente, meros observadores e em geral não se opõem a decisão tomada pelos pais. Isso acontece tanto pela inexperiência quanto pela culpa que carregam ou ainda por pura falta de condições de apontar melhor solução. O agravante dessa situação são os conflitos de depois do casamento, que na maioria das vezes acabam em separação, causando uma situação estressante não só para os pais, mas também para o bebê.
A adolescência é o momento de formação escolar e de preparação para o mundo do trabalho. A ocorrência de uma gravidez nessa fase, portanto, significa o atraso ou até mesmo a interrupção desses processos. O que pode comprometer o início da carreira ou o desenvolvimento profissional.
3. Como evitar?
É muito comum ouvir nas ocasiões em que se discute esse assunto com os adolescentes, perguntas do tipo: o asseio íntimo com ducha vaginal depois da relação sexual previne a gravidez? Quando a relação é em pé há risco de engravidar? Uma menina pode engravidar na sua primeira transa? E muitas outras perguntas e afirmações mitológicas sobre como não engravidar. A resposta a todas essas questões postas acima é única. Em todas as situações há risco de engravidar sim.
Não importa que tipo de asseio se faça depois do ato sexual. O espermatozóide é lançado no canal vaginal durante a ejaculação ou até mesmo antes, no líquido lubrificante produzido pelo homem. Isso significa que na hora do asseio eles já estão bem longe do alcance de uma ducha íntima. O fato da transa ser em pé, de lado ou em qualquer outra posição também não altera em nada o percurso dos espermatozóides até o óvulo. Também não se pode pensar que porque é a primeira vez de uma garota os espermatozóides fiquem “cerimoniosos” e resolvam voltar sem fecundar o óvulo. Até mesmo porque eles não teriam para onde voltar não é verdade?
Outras garotas ao iniciarem sua vida sexual tomam decisões como: só praticar sexo anal; só transar durante a menstruação; fazer tabelinha; pedir ao parceiro que utilize o coito interrompido1, entre outras estratégias equivocadas, que passam de boca-em-boca como eficientes.
Tudo bem, sexo anal não engravida porque é anatomicamente impossível: não há como o espermatozóide migrar do canal retal para o vaginal. Porém, há que se ter cuidado com o líquido expelido pelo pênis durante a excitação. Esse líquido pode conter espermatozóides que em contato com a vagina podem ter acesso ao óvulo mesmo não havendo penetração vaginal. Outro fator também tem que ser considerado. Não se pode optar pelo sexo anal se essa não é uma escolha, se a experiência não é agradável aos dois e sim porque é mais seguro.
O coito interrompido é outra opção que não convém, pois no momento máximo da excitação pode não dar tempo de realizar o procedimento ou mesmo que tudo ocorra bem bastaria que uma gotícula de esperma caísse na vagina para que houvesse risco de gravidez.
1Denomina-se coito interrompido a ação do homem de retirar o pênis da vagina durante a penetração para ejacular o sêmen fora.
A tabelinha também é um método arriscado, sobretudo no início da vida sexual e sem acompanhamento de um profissional. Esse é um recurso usado como paliativo e sempre orientado por um médico e acompanhado de outros métodos contraceptivos. Assim como no caso da transa durante a menstruação o fator regularidade do ciclo menstrual é fundamental, o que significa dizer que se o ciclo for irregular não dá para confiar nesses métodos.
Diante disso só o acesso à informação, a educação, assim como a conscientização e a orientação para o uso de contraceptivos, são as únicas formas de combater e prevenir a gravidez na adolescência. Tudo isso, porém, só será possível através da associação de ações educacionais e de saúde pública. Não basta ter a informação se o acesso a uma consulta, um aconselhamento, ou a uma cartela de camisinhas é truncado.
4. Métodos Contraceptivos
4.1. Espermicida
Espermicida é um produto, uma espécie de gel, comprado em farmácias sem a necessidade de receitas médicas e utilizado para matar ou imobilizar os espermatozóides evitando que eles cheguem ao óvulo. É aplicado na vagina pouco antes da relação sexual, mas não oferece o mesmo grau de proteção que a camisinha, por exemplo. O ideal é que seja usado junto com a camisinha aumentando assim sua eficácia.
4.2. Diafragma
O diafragma é outro método ideal que cãs bem com o espermicida. Aliás, ele só funciona assim. É um objeto côncavo, arredondado e de bordas, feito de borracha flexível. Para utilizá-lo é necessário aplicar-lhe o espermicida e em seguida inseri-lo no canal vaginal. Ele funciona como uma barreira de proteção do útero.
4.3. Camisinha
É o método contraceptivo mais seguro chegando a oferecer 90% de segurança em relação a gravidez. Além da gravidez previne também todo tipo de doença sexualmente transmissível. Além disso, pode ser utilizada tanto pelo parceiro (camisinha masculina) quanto pela parceira (camisinha feminina). Outra vantagem é que sua aquisição é fácil. Tanto pode ser adquirida gratuitamente nos postos de saúde como comprada a um preço módico em supermercados e farmácias. O único cuidado que deve ser tomado é o de observar se o produto tem o selo do imetro e se está dentro da data de validade.
4.4. Pílulas anticoncepcionais
Um dos métodos contraceptivos mais populares as pílulas ocupam o primeiro lugar no ranking dos métodos mais usados pelas meninas. Isso acontece, primeiro porque sua fama de método seguro é grande, segundo porque o acesso a esse produto também é muito fácil. Embora isso seja errado a maioria das farmácias não pede receita médica no ato da compra e muitas mulheres fazem uso desse medicamento sem orientação médica. É importante salientar que essa atitude não deve ser cultivada. O uso de qualquer medicamento por iniciativa própria é arriscado à saúde. As pílulas costumam provocar efeitos colaterais como aumento ou redução de peso, dores de cabeça, náuseas, tonturas, entre outros.
4.5. Outras alternativas
Além desses há ainda um método contraceptivo que não é adequado à adolescência. É o DIU (Dispositivo Intra Uterino). Trata-se de um mecanismo depositado, apenas pelo médico, no útero da mulher e que deve ser acompanhado pelo menos de 6 em 6 meses pelo ginecologista.
(Veja mais sobre métodos anticoncepcionais clicando aqui!)
Não resta dúvida então que o melhor remédio para não engravidar é prevenir, certo? Porém, se algo deu errado há um método contraceptivo de urgência: trata-se da “pílula do dia seguinte”. É um medicamento que deve ser usado quando, por acidente, falham os outros métodos. Importante: apenas em casos extremos. Não dá para ser irresponsável e sair por aí transando sem proteção e tomando a pílula toda vez que transa. A eficiência do uso da “pílula do dia seguinte” está relacionada com o tempo que leva entre a transa e a ingestão do medicamento. Quando mais cedo for tomada maior sua eficácia. Seu uso errado pode ser prejudicial a gravidez, por isso deve ser orientado pelo médico.