quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Avanço da cura do câncer está nas mãos de 2,5 mil pacientes

Em quatro hospitais, voluntários ajudam no teste de drogas mais potentes e até vacinas para proteger da doença
Se a cura do câncer ainda não é uma certeza, hoje ele já não é mais uma sentença de morte. Os testes que diagnosticam a doença estão mais precisos, os tratamentos mais efetivos e as cirurgias menos mutiladoras.
Por trás dos passos já dados em todas estas conquistas – e os ainda necessários para que os tumores deixem de ocupar o posto de segunda causa de morte dos brasileiros – existe uma legião de pacientes voluntários.
São eles que emprestam seus corpos, suas biópsias e seus efeitos colaterais para que as pesquisas avancem em direção ao controle da doença.
Levantamento feito pelo iG Saúde em quatro centros de pesquisas em oncologia mostra que os voluntários de pesquisas oncológicas somam ao menos 2,5 mil pessoas. Gente que, mesmo sem nunca ter estudado medicina, contribui para o desenvolvimento de medicamentos mais potentes, terapêuticas mais personalizadas para amenizar os danos da quimioterapia e até de vacinas contra câncer de próstata, pulmão e rim.
Todas estas novidades previstas para os próximos anos estão nas mãos de quem se dispõe a contribuir com a ciência, sem receber contribuição financeira em troca.
“Sem estes pacientes, nós não conseguiríamos avançar um milímetro”, define Carlos Gil, coordenador de pesquisa clínica e inovação tecnológica do Instituto Nacional do Câncer (Inca), entidade que, anualmente, recruta 400 novas pessoas que convivem com a doença, participantes de 700 estudos já em andamento (cada paciente pode participar de mais de uma pesquisa).
“Os caminhos mais efetivos para o tratamento do câncer são os personalizados, ou seja, definidos após testes genéticos que avaliam, individualmente, o perfil de cada tumor”, complementa Gil.
“Precisamos, por isso, contar com o maior número de características mapeadas. É o que vai garantir maiores índices de sucesso de tratamento de uma população tão miscigenada como a brasileira.”
Olhos claros, ruiva, paulistana
Um dos perfis de tumor que já faz parte do banco de dados das pesquisas em câncer do País é o que acometeu uma mulher paulistana, 52 anos, cabelos ruivos e de olhos claros. Maria Madalena da Silva teve um tumor maligno nas mamas diagnosticado no mês de junho e em uma fase muito precoce, com menos de três meses de existência. Logo após fazer a cirurgia para a retirada do tumor, já começou a fazer parte de um dos 800 ensaios clínicos em andamento no Hospital AC Camargo, em São Paulo, que englobam 1.500 voluntários.
“Fico muito satisfeita em contribuir até porque sei que sou uma paciente diferenciada”, diz Maria Madalena. Ela não fuma (nunca fumou) e também não bebe, dois hábitos de riscos presentes em quase 60% dos diagnosticados com câncer, chegando a 90% em alguns tipos de tumores como os de cabeça e pescoço (como foi o caso do ex-presidente Lula).
Outro diferencial desta paciente é que ela fazia mamografias anuais desde os 40 anos e, por isso, não está no grupo de 52% das mulheres que recebem a notícia do câncer de mama já em estágio extremamente avançado, conforme mapeou a Federação Brasileira de Saúde das Mamas (Femama).
“Estou fazendo quimioterapia (o cabelo caiu, mas quem olha nem suspeita que é peruca) e ainda não dá para falar que estou 100% curada. Mas com certeza já dá para dizer que eu contribuo para o tratamento de pessoas que ainda nem sequer receberam a notícia da doença”, define ela.
As novidades
São muitas as linhas de pesquisas para novos tratamentos e detecção do câncer. Entre as novidades mais próximas, pontua Célia Tosello de Oliveira, coordenadora de pesquisas do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), estão as drogas que diminuem os efeitos colaterais acarretados pela quimioterapia e pela radioterapia, como náuseas, vômitos e também queda de cabelo.
“Temos ainda projetos para o tratamento do câncer de próstata sem quimioterapia (o que pode ser um antídoto para sequelas importantes na potência sexual masculina)”, exemplifica Célia.
No IBCC são 20 novos projetos de pesquisa iniciados por ano, que envolvem – em média – 8 pacientes em cada (160 voluntários no total).
Luiz Fernando Lima Reis, diretor do Instituo de Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, afirma que lá são 50 pessoas com diagnóstico de câncer que auxiliam no desenvolvimento de novas drogas. Também são pesquisados aparelhos cirúrgicos com uma melhor “pontaria”, para que retirem o tumor de forma que o entorno do órgão não seja tão afetado.
No AC Camargo – que concentra quase 60% de todos os ensaios clínicos brasileiros – além de drogas mais eficazes, também estão em testes vacinas terapêuticas para o câncer de pulmão.
“Elas têm como objetivo principal evitar a reincidência do tumor, situação que ocorre em 30% dos casos pulmonares”, afirma o diretor do Hospital, Jeferson Luiz Gross. No Inca, além de doses terapêuticas, também são testadas – ainda de forma embrionária – imunização preventiva para câncer de rim.
Futuro
Os ensaios clínicos, os especialistas reforçam, têm anos de duração e demoram em média uma década para chegar à população. Nem sempre os resultados são os esperados. “Temos muitos dados promissores, como a possibilidade de a longo prazo, detectar alguns cânceres por meio de exames de sangue”, pontua Gross.
“Mas nem sempre a ciência atende às expectativas médicas. Precisamos ter os pés no chão. O que já está consagrado é a importância da prevenção primária. Em todas as pesquisas não há dúvida de que uma dieta saudável, a prática de exercícios físicos, não fumar e não beber estão relacionados a uma incidência muito menor de tumores.”





Sexo sem proteção entre homens pode reativar epidemia de aids na A.Latina

Contrariando tendência mundial de queda, casos na região passaram de 1,3 milhão, em 2001, para 1,5 milhão, em 2010
O sexo sem proteção entre homens e a falta de programas nacionais de prevenção e tratamentos dirigidos estão reativando a epidemia de aids na América Latina, onde atualmente há 1,5 milhão de infectados com o vírus HIV.
A afirmação aparece na conclusão do relatório sobre a resposta global ao HIV/aids elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o órgão das Nações Unidas para a Aids (Unaids), apresentado nesta quarta-feira em Genebra.
Contrariando uma tendência mundial, que registrou queda de portadores do HIV nos últimos cinco anos, a América Latina registrou considerável aumento. O número total de portadores passou de 1,3 milhão, em 2001, para 1,5 milhão, em 2010.
Esse dado, que aparentemente é negativo, possui outro lado que deve ser exaltado. Além do maior número de contaminados, o relatório evidência aumento de pessoas que receberam tratamento antirretroviral, o que derrubou o número de óbitos em consequência da aids.
Em 2010, o número de mortes na região foi de 67 mil, quantia inferior aos 83 mil do período entre 2001 e 2003. Neste mesmo período, ocorreu uma queda da incidência do HIV entre os menores de 15 anos: de 47 mil portadores, em 2001, para 42 mil, em 2010.
O relatório mostra ainda queda na taxa de novos infectados, de 6,3 mil anuais para 3,9 mil, e de mortes relacionadas à Aids, que recuou de 4,4 mil para 2,7 mil anuais, entre 2001 e 2010.
Neste contexto de dados positivos, a preocupação da ONU é com a propagação do vírus entre os homens que mantém relações com iguais, grupo em que a prevalência do vírus foi de 10% em nove dos 14 países da região na última década.
As taxas de portadores entre os homens gays chegam a 21% na Bolívia, 19% em regiões como Colômbia e Uruguai, e de 12% em dez cidades do Brasil.
Pelo relatório, os homens gays que fazem sexo sem proteção na América Latina possuem 33% mais possibilidades de contrair o HIV que a média da população masculina.
O problema de contágio não é restrito aos gays, destaca o relatório, isso porque muitos destes homens também mantêm relações sexuais com mulheres de maneira habitual.
Os autores do estudo da ONU denunciaram a escassez de programas nacionais que priorizem a prevenção da doença neste grupo social. O Peru é o único país que dedicou mais de 5% de seu investimento à prevenção nesse grupo.
Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de luta contra o HIV na OMS, assinalou que estes países devem superar o estigma sobre as relações homossexuais com campanhas contra a homofobia, uma medida que já apresentou resultados positivos no México, Brasil e Argentina.
Hirnschall declarou que esse estigma recai sobre os transexuais, um coletivo pouco informado em relação à incidência do HIV. O relatório cita um estudo feito em 13 cidades da Argentina, que revelou taxas alarmantes de incidência do HIV entre os transexuais, já que 34% deste grupo que se prostituem são portadores do vírus.



"Eu acordei do coma"

Bianca Toledo surpreendeu médicos e familiares ao despertar após 52 dias. Mas especialistas garantem: casos assim são raros
Bianca e o filho passeiam na praia: depois da separação inicial, mãe e filho estreitam laços
Uma parte importante da vida de Bianca Toledo, o nascimento e os primeiros dias de seu único filho, está perdida. A cantora gospel de 32 anos não acompanhou a chegada do bebê porque travava ela própria uma luta pela vida. Durante 52 dias, esteve internada em coma e em estado grave.
Seu enredo real parece a ficção retratada na novela da rede Globo, A Vida da Gente. E assim como a comunidade médica define o tema da trama global como uma raridade científica, ela também considera a recuperação de Bianca uma exceção aos casos que acontecem verdadeiramente nos hospitais.
Trabalho de parto
Com 36 semanas de gravidez, Bianca sentiu fortes dores abdominais, pegou a mala da maternidade e correu para o hospital. Levou um susto quando os médicos informaram que ela não estava em trabalho de parto. Algo estava errado. A decisão pela cesárea foi feita às pressas, já que seu estado de saúde piorava rapidamente.
Ao entrar na sala de cirurgia a cantora já estava entubada e inconsciente, e entrou em choque assim que o bebê nasceu. Seu intestino havia rompido e o líquido fecal se espalhado pelo abdome, situação gravíssima e com baixos índices de recuperação. Seu estado de saúde era complexo.
“Todos os meus sistemas estavam falidos, meus rins pararam de funcionar e eu fazia hemodiálise diariamente”, relata. Bianca entrou em coma.
Para tentar salvá-la, foram 10 cirurgias de lavagem do abdome. Em paralelo, ela teve duas paradas cardíacas, uma delas com a duração de seis minutos. “Posso dizer que durante esse tempo eu morri. Mas resolvi voltar a viver”, acredita.
Quando parecia se recuperar, passou a ter problemas de coagulação e precisou, ao todo, de 300 transfusões de sangue. O marido, familiares e amigos fizeram uma campanha na internet para incentivar a doação. Aproveitaram também para pedir orações que pareciam, naquele momento, a única esperança. “Até os médicos duvidaram que eu sobreviveria”, conta.
O quadro já era delicado quando os médicos anunciaram que ela passaria por mais uma operação, desta vez no pulmão. Durante o procedimento, contraiu a superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), causadora de uma das mais resistentes e fatais infecções hospitalares.
Na Inglaterra: Britânica acorda de coma e descobre que havia dado à luz
Foram dias intensos e de muita angústia para toda a família, que lidava com sentimentos ambíguos: a alegria com a chegada de um bebê e a luta incerta que Bianca travava na cama do hospital sem parecer estar acordada. Eles se revezavam nas duas horas diárias em que era permitido visitá-la.
A volta
O coma é um estado de alteração do nível de consciência. O grau de interação com o ambiente e com si mesmo reduz de acordo com a gravidade do quadro. “A pessoa não responde aos estímulos externos. O córtex, região do cérebro que nos dá consciência e reage aos comandos, está inibido. A pessoa não consegue estabelecer conexão com o mundo”, explica Douglas Ferrari, presidente da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (SOBRATI).
Na pele, as marcas sutis dos 52 dias em coma
Atualmente, os médicos utilizam a chamada escala Glasgow, criada em 1974 por cientistas escoceses, para definir a gravidade do paciente. Casos muito graves correspondem a 3 pontos e o estado normal, a 15 pontos.
“O coma é uma agressão ao sistema nervoso central que faz com que as funções de manutenção de vigília diminuam”, explica o neurologista do Hospital São Luiz, Álvaro Pentagna.
As causas que levam alguém a esse estado são essenciais para a recuperação – ou não – da consciência.
“Se foi um trauma, um acidente, as chances são maiores no período de um ano. No entanto, em casos não-traumáticos, esse tempo gira em torno de três meses”, relata o médico.
Próximo ao fim desse período, no 52º dia de internação, em dezembro de 2010, cercada por aparelhos, Bianca acordou.
Aos poucos, abriu os olhos. Estava com os músculos comprometidos e não conseguia se mexer. Não podia falar, pois ainda estava entubada, os rins não funcionavam sozinhos, o abdome precisava de atenção constante e ela havia perdido os cabelos por conta da grande quantidade de medicamentos.
“Estar lúcida sabendo que você pode estar morrendo é uma experiência inexplicável. O ambiente do Centro de Terapia Intensiva é paralelo, não dá para saber se é dia ou noite. Eu só conseguia abrir e fechar os olhos e nesse primeiro momento não havia ninguém comigo”, recorda.
“Quando recebia visitas, conseguia compreender as pessoas, mas não conseguia interagir. As pessoas conversavam comigo sem saber se eu estava ouvindo mesmo ou não, se estava entendendo ou não”, lembra.
A recuperação foi gradual. No início, Bianca conseguiu fazer-se entender apenas piscando os olhos. Depois passou a mexer sutilmente um dos dedos. Os familiares, muito atentos, foram os primeiros a notar o progresso.
O tempo de coma também é um fator decisivo para a saúde do paciente e sua recuperação. “Quanto mais a pessoa ficar nesse estado, maior a lesão no cérebro e menores são as chances de sair dele”, alerta Bernardo Liberato, neurologista do hospital Copa D´Or e membro da Academia Brasileira de Neurologia.Casos como o retratado na novela “A Vida da Gente”, em que a protagonista Ana (Fernanda Vasconcelos) acorda depois de cinco anos em coma, são raríssimos na vida real.
“No caso da personagem, ela acordaria com muitos problemas, não teria consciência plena. Dificilmente seria independente, exigiria ajuda para quase tudo”, pondera Liberato. Foi com ele que o ator Thiago Lacerda aprendeu o cotidiano dessa especialidade para poder interpretar Lúcio, o médico responsável pelos cuidados de Ana.
“Na novela, ela deve melhorar mais do que o mundo real permite”, avalia.
“A pessoa que entra em coma prolongado tem que reaprender a andar, falar, entre outras funções”, completa Pentagna.
Uma nova vida
Sair do estado de coma também não acontece de forma instantânea ou repentina. “Ninguém acorda do dia para a noite”, relata Ferrari. A pessoa esboça um pequeno sinal um dia, depois outro. A evolução pode levar semanas e não deve ser confundida com movimentos involuntários.
“Exames clínicos e de imagem poderão determinar a condição do paciente. O médico vai avaliar se há abertura ocular, resposta verbal, emissão de ruídos, resposta motora ou resposta a estímulo visual ou físico. O eletroencefalograma também ajuda nesse momento a verificar o funcionamento do cérebro”, relata Pentagna.
“Depois de um tempo, meus familiares pediram para que eu piscasse uma vez quando a resposta fosse 'sim' ou duas vezes quando quisesse expressar 'não'. Aos poucos, consegui mexer o dedo melhor e apontava as letras numa placa. Comecei a formar frases. Dizer o que eu achava importante foi realmente incrível”, relembra Bianca.
O organismo passou a responder significativamente bem e a fisioterapia diária trouxe mais mobilidade a braços e pernas. O primeiro passo foi respirar sozinha, em seguida, a traqueostomia foi retirada.
“Os médicos acreditavam que a minha voz nunca mais seria a mesma. Eu pensei que se havia vencido essa batalha, poderia vencer outra. Minha voz ficou diferente por causa da laringe, mas não abri mão da possibilidade de cantar e estou melhorando”, afirma. Quase recuperada e prestes a ir para casa, a insuficiência renal parecia ser a única sequela que ela carregaria. Um dia antes de ter alta, porém, os rins voltaram a funcionar. “Eu tinha muita fé de que isso ia acontecer”, diz.
No dia 18 de fevereiro, quase dois meses depois de acordar do coma, a cantora saiu do hospital lentamente, apoiada, pois ainda estava fraca e com grande comprometimento muscular. Mas finalmente parecia ter vencido a morte.
Lembranças de ontem e de hoje
Dos dias que ficou em coma, Bianca diz se lembrar de alguns momentos, que prefere chamar de sonhos. “Era como se vivenciasse tudo em outra dimensão. Lembro de ouvir música gospel, louvores, e que isso me trazia serenidade. Também recordo da visita de um parente, que me pediu perdão.”
Quando acordou, Bianca percebeu que um iPod tocava uma seleção de música desse estilo ao lado da cama e, ao reencontrar o familiar, disse-lhe que estava em paz por tê-lo perdoado.
Assista ao reencontro de Bianca com seu filho

 “Ele chorou muito e disse que havia feito o pedido em uma das visitas. É possível processar sentimentos mesmo estando inconsciente”, acredita. Para os médicos, essa ainda é uma área nebulosa e divergente, embora existam diversos relatos de pacientes que dizem interagir, ainda que minimamente, com o meioEntre todas as recordações e sentimentos ligados à experiência do coma, o mais emocionante foi o primeiro encontro de Bianca com o filho. Na época em que saiu do hospital, em fevereiro deste ano, seu bebê já estava com cinco meses.
“Foi estranho, mas maravilhoso. Ele já era um bebê grande. Olhou pra mim, bem para os meus olhos... e sorriu. Foi uma surpresa. Devagar, estamos fortalecendo nosso vínculo”, relata.
Agora, Bianca está lançando um livro sobre sua trajetória chamado “A História de um Milagre” (Editora Reino Editorial), que chega às lojas no dia 15 de dezembro.
“Eu preciso dizer que existe esperança, que é possível superar esse momento”, enfatiza.
"Mesmo que os médicos digam o contrário."



IBGE: com nova lei, divórcios atingem o maior índice da história

Fim da exigência de prazo para configuração de divórcio fez com que taxa crescesse e que número de separações diminuísse
O Brasil registrou em 2010 a maior taxa geral de divórcio da história, segundo dados do estudo Estatísticas do Registro Civil 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice chegou ao número de 1,8‰, superando o 1,5‰ de 2008. Esse número é obtido pela divisão do número de divórcios pela população e multiplicada por 1.000.
O recorde se deve principalmente às mudanças nas regras de divórcios e separações estabelecidos no último ano. No Brasil, o divórcio e a separação foram instituídos e regulamentados em 1977. Até aquela data, o desquite era o dispositivo legal para a dissolução dos casamentos sem, no entanto, possibilitar nova união formal.
À época de sua criação, a separação legalizava-se por meio de processo judicial. O processo poderia ter caráter consensual, quando as duas partes estavam de acordo com os termos da separação e tinham pelo menos um ano de casados, ou litigioso. O divórcio também era formalizado através de processo instituído na Justiça três anos após a concessão da separação ou cinco anos após a separação de fato. Esses prazos foram alterados pela Constituição de 1988, reduzindo-os para dois anos, quando comprovada a separação de fato.
Taxa geral de separações e de divórcios - Brasil - 1984-2010
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil1984-2010
A partir de 4 de janeiro de 2007, os divórcios e separações puderam ser requeridos por via administrativa, nos tabelionatos de notas do País. Posteriormente, em julho de 2010, a alteração no artigo suprimiu do texto constitucional as referências ao instituto da separação e aos seus consequentes prazos, de modo que, atualmente, é possível requerer a dissolução do casamento a qualquer tempo, seja o divórcio de natureza consensual ou litigiosa.
Essas mudanças ocasionaram um grande aumento no número de divórcios e a redução no número de separações. Em 2010, foram registrados 243.224 divórcios e 67.623 separações. A comparação das taxas referentes aos Estados para os anos de 2009 e 2010 revelou crescimento dos divórcios em todos os Estados brasileiros, exceto em Roraima, Tocantins, Paraíba e Mato Grosso, que mantiveram taxas iguais às do ano anterior.
Mais divórcios e mais cedo
De acordo com o estudo, 40,9% dos divórcios registrados em 2010 foram de casamentos que duraram no máximo 10 anos. Em 2000, foram 33,3% dos divórcios para o mesmo período e, em 2005, 31,8%.
Considerando ainda os divórcios judiciais concedidos e sem recursos e as escrituras de divórcios realizadas em tabelionatos, essas dissoluções ocorridas em 2010 foram de casamentos que tiveram em média 16 anos de duração.
As informações da pesquisa mostram que as médias de idade se elevaram para ambos os cônjuges. Em 2010, a idade média ao se divorciar foi de 43 anos. Em 2000, essa idade era de 41 anos. Entre as mulheres, a diferença aumentou apenas um ano no período analisado, sendo a idade média atual de 39 anos.
Divisão de bens
A atribuição automática da comunhão parcial dos bens é refletida na distribuição dos divórcios segundo o regime de bens e esteve em 81,7% dos processos. Esta característica é adotada como padrão por se adequar às condições socioeconômicas da maior parcela da população brasileira. A opção por outros regimes deve ser objeto de manifestação do casal na ocasião do casamento. No período houve queda das percentagens de divórcios cujo regime de bens do casamento foi o de comunhão universal, passando de 29,9%, em 2000, para 13,9%, em 2010. Os divórcios dos casamentos com regime de separação de bens se elevaram, porém seu percentual é bem inferior ao dos demais, apenas 4,1%, em 2010.
As Estatísticas do Registro Civil são publicadas desde 1974 e são resultados resultado da coleta das informações prestadas pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis e os Tabelionatos de Notas do País.



Dieta saudável para secar antes das festas

Você pode chegar em forma ao Natal e entrar naquele vestido de arrasar. Confira a dieta para perder até 2 kg em duas semanas
Preocupada por ter deixado para entrar em forma só agora, às vésperas do verão? Calma, ainda dá tempo de enxugar alguns quilinhos antes das festas de fim de ano.
De acordo com pesquisas recentes, dois terços das mulheres encaram dietas malucas antes de um feriado – e o resultado costuma ser frustrante. Mas tem de ser dessa maneira? Não para a nutricionista inglesa Fiona Kirk. Ela acredita que duas semanas sejam suficientes para perder peso e entrar no vestido de Natal ou até mesmo no biquíni.
“Se realmente queremos perder peso e ver bons resultados, podemos mudar alguns hábitos em poucas semanas”, diz a especialista em seu livro "2 weeks in Fast Lane Diet", lançado na Inglaterra.
A nutricionista Aline Queiros, do Spa Med Sorocaba Campus, em São Paulo, segue a mesma linha.
“É possível alterar hábitos em poucas semanas e sentir os benefícios que uma boa alimentação pode trazer ao organismo. E, com certeza, o verão motiva as pessoas para essa busca”, diz.
Segundo ela é possível emagrecer em pouco tempo. “A quantidade de quilos varia de pessoa para pessoa, mas duas semanas levadas a sério já são suficientes para notar alguma diferença”.
O ideal em uma dieta saudável é perder, em média, 1 kg por semana. Mas dependendo de metabolismo, sexo, idade e nível de exercício físico, esse número pode ser um pouquinho maior.
Aline Queiros preparou o cardápio a seguir com base em 1000 calorias diárias. Junto, uma lista de substituições para você comer bem, variar o prato e dar uma secadinha até as festas.
Café da manhã
1 fatia de pão integral light com 1 colher (sobremesa) de queijo cottage
1 copo (100 ml) de leite desnatado
1 fatia fina de mamão
1 xícara de café
Lanche da manhã
2 castanhas-do-pará ou 1 fruta ou 1 iogurte light ou 1 barra de cereal
Almoço
2 colheres (sopa) de arroz integral
2 colheres (sopa) de feijão
1 filé de peixe médio

Hortaliças à vontade com 1 colher (sobremesa) de azeite de oliva extra-virgem
2 colheres (sopa) de legumes
1 fruta ou 1 copo de suco de fruta
Lanche da tarde
1/2 banana com 1 colher (sobremesa) de aveia
Jantar
1 prato de sopa de legumes com frango ou 1 colher (sopa) de purê de batata, com 1 filé de peixe médio, Hortaliças à vontade, 2 colheres (sopa) de legumes
1 taça pequena de salada de frutas sem açúcar
Ceia
1 copo (100 ml) de iogurte natural desnatado ou 1 xícara de chá, de preferência de cores claras

Lista de substituições
Confira as quantidades a serem substituídas:
Pães
1 fatia de pão integral light pode ser substituída por:
4 biscoitos água e sal
2 colheres (sopa) de flocos de milho sem açúcar
2 colheres (sopa) de granola light
1 bisnaguinha
1/2 pão francês sem miolo
1 torrada
Recheios
1 colher (sobremesa) de queijo cottage pode ser substituída por:
1 colher (sopa) de geleia diet
1 fatia fina de peito de peru
1 fatia média de queijo branco
1 colher (sobremesa) de requeijão light
1 fatia grossa de ricota
Leites
1 copo (100 ml) de leite desnatado pode ser substituído por:
1 pote (100g) de iogurte natural desnatado
1 pote (100g) de iogurte de frutas light
1 copo (150 ml) de leite de soja light
Arroz e massas
2 colheres (sopa) de arroz integral podem ser substituídas por:
2 colheres (sopa) de arroz branco
1 unidade pequena de batata assada
1 colher (sopa) de creme de milho
1 pegador (70g) de macarrão
1 unidade pequena de mandioquinha
1 colher (sopa) de purê de batata
1 colher (sopa) de polenta
Leguminosas
2 colheres (sopa) de feijão podem ser substituídas por:
1/2 concha pequena de ervilha
1/2 concha pequena de grão-de-bico
1/2 concha pequena de lentilha
1/2 concha pequena de soja
Carnes
1 filé de peixe médio pode ser substituído por:
4 unidades pequenas de almôndega
1 unidade pequena de bife de boi magro
1 fatia média de carne de boi assada
4 colheres (sopa) de carne moída magra
1 unidade pequena de frango assado (coxa ou sobrecoxa)
1 unidade pequena de filé de frango
2 ovos cozidos
Hortaliças
O consumo, à vontade, pode variar entre:
Alface, agrião, couve, cebola, escarola, endívia, espinafre, pepino, repolho, rúcula, tomate
Legumes
2 colheres (sopa) de legumes, entre as seguintes opções:
Abóbora, abobrinha, beterraba, brócolis, berinjela, couve-flor, cenoura, chuchu, quiabo, rabanete, vagem
Frutas
As opções de consumo de frutas são:
1/2 unidade de banana-prata
1 unidade de banana-maçã
1 unidade pequena de maçã
1 unidade pequena de pêra
1 unidade pequena de goiaba
2 fatias finas de mamão formosa
1/2 unidade de mamão papaya
7 unidades de uvas
1 fatia grande de melancia
1 unidade pequena de manga
1 unidade de laranja
2 unidades de kiwi
1 unidade pequena de caqui
10 unidades de morango
2 unidades de ameixa
1 fatia grande de melão
1 colher (sopa) de abacate
1 e 1/2 xícara (chá) de acerola
1 fatia média de abacaxi
1 unidade grande de pêssego
1 copo (200ml) de água de coco




terça-feira, 29 de novembro de 2011

Conheça a rotina sem glamour da 'Xerifa da Rocinha' na prisão



Acostumada com vida de luxo, Danúbia de Souza Rangel está isolada e ainda não recebeu visitas na cadeia
Cinco refeições por dia, banho de sol por cerca de uma hora, isolamento e, por enquanto, nenhuma visita. Essa é a rotina inicial de Danúbia de Souza Rangel, a "Xerifa da Rocinha" e namorada do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, na cadeia feminina Joaquim Ferreira de Souza, no complexo prisional de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Danúbia foi presa na última sexta-feira (25) e foi levada para o presídio no dia seguinte. A nova rotina da "Xerifa" contrasta com a vida glamurosa que levada antes de ir para a cadeia.
A loura, atualmente com 27 anos, gostava de luxo. Gastava o dinheiro do namorado com roupas de grife e joias. De Nem, ganhou até um passeio de helicóptero e um EcoSport. Morava em uma mansão com móveis e eletrodomésticos modernos. Chegou a pagar R$ 3,5 mil por um serviço de jardinagem na casa.
Recém-chegada na prisão, Danúbia passará por um perído de "quarentena" até os agentes penitenciários avaliarem se ela poderá conviver com outras detentas. Atualmente, ela está isolada em uma cela. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, até o momento, não foi feito nenhum credenciamento para visitá-la.
Na prisão, Danúbia terá à disposição café da manhã, almoço, lanche da tarde, janta e uma pequena refeição às 22h. De acordo com agentes, o cardápio é diversificado (se serve feijão, macarrão, peixe, carne e até salgadinhos) e a comida, de boa qualidade.



Aprenda a preparar o PF perfeito

Arroz soltinho, feijão cremoso, bife no ponto, batata frita sequinha, ovo dourado e farofa fazem um PF para ninguém botar defeito
O Brasil é um País enorme, de culinária variada, cheio de riquezas gastronômicas. Mas tem um prato que representa bem o nosso povo: o PF. A sigla, que significa prato feito, é sinônimo de arroz, feijão, bife, batata frita, ovo e farofa. A combinação é certeira, não tem quem não goste. E a receita pode ficar ainda mais gostosa se esses itens forem feitos no capricho. Com as dicas do iG Comida você vai transformar o almocinho corriqueiro num momento superespecial. E o melhor: todos os dias.
Batatas crocantes do paulistano PJ Clarke's
Arroz: dicas para deixar o arroz soltinho
Feijão: conheça os segredos do feijão cremoso e consistente
Bife: cuidados para preparar um bife suculento e saboroso
Batata frita: macetes para fazer palitos crocantes e cremosos por dentro
Farofa: sugestões de preparo da receita brasileira típica
Ovo: conheça os segredos do ovo perfeito



Dislexia, daltonismo, problema na fala: eles tiram as diferenças de letra

Crianças contam como lidam com estes fatores no dia a dia e mostram que a detecção de uma condição adversa não precisa assustar
O último censo do IBGE aponta que 24% dos brasileiros sofrem de algum tipo de deficiência. As crianças não escapam às estatísticas – mas a maioria dos casos compreende diagnósticos leves, de situações perfeitamente contornáveis, adaptáveis ou mesmo curáveis. Naturalmente, grande parte dos pais fica preocupadíssima ao perceber um sintoma diferente em seu filho – ele não fala como as outras crianças, enxerga cores de um jeito diferente ou tem dificuldades específicas na escola. Mas o modo de encarar o problema e a busca por soluções ou melhoria na qualidade de vida da criança é o essencial nessa hora.
A fonoaudióloga Renata Tramontina Ceribelli, especializada em crianças, diz que é comum pais e filhos chegarem ao consultório receosos e, em questão de minutos, abraçarem completamente o tratamento de fala.
“Muitas pessoas demoram a procurar um fonoaudiólogo quando percebem a dificuldade na fala dos filhos. Muito porque os pediatras não estimulam, acreditando sempre que ‘vai passar’. Mas, na maioria dos casos, as crianças são bem mais rapidamente auxiliadas quando chegam cedo ao especialista”, diz Renata.
Com exercícios de voz, no espelho e muitos jogos, o bom profissional da área logo conquista a atenção da criança – e, não raro, elas adoram fazer as sessões, pois percebem a própria melhora. Isso porque, nos primeiros anos de escola, é comum que os amigos notem e corrijam a criança que troca letras ou gagueja, por exemplo. “E esse é um motivo a mais para procurar ajuda: os pais também devem aprender a auxiliar o filho sem corrigi-lo seriamente a todo instante, o que pode prejudicar o tratamento”, lembra a fonoaudióloga.
Regina com as filhas Nadine, no alto, e Raissa: a caçula pergunta se "hoje é dia de fono"
Foi uma das coisas que aprendeu a dona de casa Regina Cunha, mãe de Raissa, 4 anos, e Nadine, 12 anos. A caçula vem, há algumas semanas, tratando com sessões de fonoaudiologia as onze trocas de letras – um volume alto para a idade – que produzia ao falar. A professora da menina, Carla, por exemplo, vira “Caila” – uma troca séria para a faixa etária de Raissa. “A escola sinalizou o problema e decidimos procurar logo um especialista para que ela não virasse motivo de gozação entre os amiguinhos”, conta Regina.
A previsão é que o tratamento de Raissa leve de seis a oito meses. Mas ela nem liga. Semanalmente vem a pergunta em casa: “mãe, hoje tem fono?”.“Acredito que a química entre a criança e quem a atende é determinante”, diz Regina. Raissa ama as sessões porque sua terapeuta inventa toda sorte de brincadeiras para mostrar a ela as correções.
Bernardo e a almofada de pancadas
Bernardo, de 12 anos, já sabe por exemplo que tem direito a mais tempo para resolver uma prova. O menino tem dislexia e, por conta disso, passou momentos difíceis até pais e professores perceberem o problema. “Bernardo tinha 8 anos quando fomos chamados na escola por causa do rendimento dele”, conta a mãe, a médica veterinária Heloísa Pappalardo Collet. Ele “comia” letras ao ler e escrever e tinha sérios problemas para ser alfabetizado. Todos achavam Bernardo “lento, imaturo”. A própria mãe, com grande sinceridade, conta que ela e o marido invariavelmente brigavam com o menino por causa das notas baixas e o obrigavam a estudar nos fins de semana.
Com a ajuda da ABD, Associação Brasileira de Dislexia, Bernardo ganhou vida nova. Alegre, muitíssimo criativo e cheio de amigos, ele hoje comemora quando vai bem em uma prova e, com a nota alta em mãos, costuma lembrar a mãe: “hoje é dia de bater na almofada!”. A tal almofada foi confeccionada por Heloísa (“uma coisa feiosa que eu fiz em preto e laranja com a palavra ‘dislexia’ bordada”) – e quando Bernardo se sai bem, ganha licença para “esmurrar a dislexia”.
“Nós aprendemos a lidar com o problema e ele mais ainda”, diz Heloísa. O garoto frequenta um colégio puxado em São Paulo e, apesar de ter um problemão para aprender alemão, no inglês ele vai muito bem graças às aulas de conversação. “Tenho dislexia e não tenho vergonha", diz orgulhoso para quem quiser ouvir.
Esconder uma condição não é algo que as crianças precisem fazer. Enzo Facca, 12 anos, explica para os amigos, sem medo de ser feliz, que ele não enxerga a diferença entre certas cores. Enzo é daltônico – condição percebida pelos pais “em três etapas”, por volta dos 5 anos.
“Primeiro, num jogo de futebol em que os times tinham camisas vermelhas e marrons, ele não entendia quem jogava para qual lado”, lembra a mãe de Enzo, Claudia. ”Depois foi um semáforo em pane, que piscava o verde e o vermelho, e ele não notava. Então um dia pedimos um livro que estava na estante e, com o nome escrito em vermelho no fundo verde, ele simplesmente não achava o volume”. conta.
Com a suspeita inicial para lá de confirmada, o pai do menino se embrenhou no problema e vasculhou a rede atrás de sites e estudos sobre o daltonismo. Luiz soube, entre outras coisas, que apenas 8% da população sofre de daltonismo e o teste mais comum, o Teste de Ishihara, já está um pouco ultrapassado e detecta apenas o padrão da inversão de cores. Testes mais novos já podem mostrar, por exemplo, quais cores cada pessoa enxerga melhor e o grau de daltonismo.
Enzo também já domina o assunto. “Faço os testes na internet de vez em quando só de brincadeira, junto com o meu pai. E sei que preciso avisar na escola quando não vejo alguma cor, como na hora de estudar mapas. Mas, fora isso, na maior parte do tempo, eu nem ligo de ter daltonismo”.
Bahia e Minas Gerais podem perder as divisas dependendo das cores usadas, mas Enzo não perde sua confiança. Certo ele, pois o cotidiano mostra que lidar com pequenos percalços do corpo humano deve ser natural. Por exemplo: Mark Zuckerberg, fundador do celebrado Facebook, é daltônico - daí a cor azul dominante na rede social, já que Mark não distingue verdes e vermelhos. A lista de disléxicos famosos é ainda maior, contando com personalidades como Charles Darwin, Pablo Picasso e Walt Disney. Isaac Newton lidou com a gagueira por toda a vida, o cantor Justin Timberlake tem DDA e o ex-presidente Bill Clinton possui um sério caso de surdez. Coisas da vida, ora.





segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fluminense faz pré-seleção em Casimiro de Abreu de candidatos a treinar em Xerém

No último sábado (26), o campo do CAEC em Casimiro de Abreu ficou lotado para uma superdisputa. Mais de 300 garotos se apresentaram para peneira de futebol do Fluminense. O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e contou com um representante do clube das Laranjeiras, que fez pré-seleção de cinco categorias. Ao final, 33 nomes foram classificados nesta primeira fase.

A parceria entre a Prefeitura de Casimiro de Abreu e o Fluminense fez com que não só os alunos das escolinhas de futebol do Prodesporte, mas garotos de todo município e região participassem. “Começamos com 120 inscritos, e pouco antes da pré-seleção ultrapassamos o número de 300 interessados em tentar uma vaga nas categorias de base do clube carioca”, informou o secretário Robson Mangefesti.
Os candidatos das categorias pré-mirim, mirim, infantil, juvenil e juniores foram divididos em vários grupos durante a disputa. Eles puderam jogar em períodos que variavam de 15 a 30 minutos. Foram mais de oito horas de observação para o representante do Fluminense Leonardo Moreira de Araújo. “Para o clube, quanto mais jovem o candidato, melhor. Procuro ver o que o jogador tem de superior em relação aos outros”, comentou.
Além dos meninos e dos adolescentes inscritos, um grande público formado por familiares e curiosos prestigiou a seletiva. “Trouxe o meu filho Andre, de 9 anos. Ele sonha em ser jogador”, disse a dona de casa Marilene Azevedo. O menino estava tão ansioso que mal conseguia falar. O nervosismo se manifestou entre todos os candidatos, afinal esta pode ser uma chance única para ingressar no futebol profissional.
— Inicialmente, cogitamos fazer uma seleção interna dentro das escolinhas de futebol do Prodesporte e levar os meninos ao Rio de Janeiro. Depois, decidimos convidar o Fluminense para fazer a avaliação aqui em Casimiro de Abreu, o que tornou a disputa mais democrática e acirrada — comentou a coordenadora Dulcinete Arruda.
Depois de uma jornada exaustiva durante o dia inteiro, 33 nomes foram apontados para uma seleção que vai acontecer na capital, logo após o carnaval de 2012. De acordo com o observador Leonardo Araújo, os 33 candidatos pré-selecionados em Casimiro de Abreu terão que mostrar mais desempenho na seletiva carioca. “Como consentimento dos pais, estes garotos serão observados por uma comissão do Fluminense durante uma semana. Após esta etapa, poderemos saber se um deles ou mais poderão treinar nas categorias de base do clube”, informou. O lateral esquerdo Pedro Igor foi um dos classificados. “Estou muito feliz. Espero poder ir ainda mais longe”, concluiu. Segue, abaixo, a lista dos pré-selecionados por categoria.

Pré-Mirim
Hugo Souza Goleiro
Sávio Duarte Lateral Direito
Sandro Andrade Lateral Direito
Edson Rosa Lateral Esquerdo
Ryan Cunha Volante
Ruan Ferreira Volante
Luiz Felipe Florêncio Volante
Luiz Felipe Lopes Volante
Daniel da Silva Meia Direita
João Antônio Atacante
João Vitor Ramos Atacante
Carlos Eduardo Atacante

Mirim
Patrick Gonçalves Goleiro
Rafael Anchieta Lateral Direito
Luiz Carlos Gonçalves Zagueiro
Anderson dos S. Junior Zagueiro
Vitor Soares Valadão Volante
José Maurício Volante
João Vitor Nogueira Volante
Pedro de Castro Meia Esquerda
Caio Ithalo Meia Direita
Marcos Vinicius Aredes Maia Direita
Matheus Lara Meia Direita
Felipe dos Santos Daudt Atacante
Valdriano O. Pereira Atacante
João Vitor Santos Atacante

Infantil
Pedro Igor Costa Lateral Esquerdo
Abel Gomes de Souza Meia Direita
Ericks Tunala Atacante
Dante Coelho Atacante

Juvenil
Nicolas S. Pereira Volante
Leonardo da S. Machado Meia Esquerda
Leonardo V. Guimarães Lateral Esquerdo

Publicado em 28/11/2011



Como evitar fraturas por estresse

Exercício em excesso pode levar a lesões. Para não ter de parar, siga essas dicas
As fraturas por estresse são lesões comuns por excesso de treino e podem levar muito tempo para cicatrizar completamente.
A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos dá as seguintes dicas para ajudar a reduzir os riscos:
- Defina metas de exercícios, com aumento gradual de intensidade e duração.
- Experimente fazer um treinamento cruzado, ou seja, treine outras modalidades aeróbias enquanto descansa de sua atividade principal, para evitar pressão demasiada sobre uma área específica do corpo.
- Siga uma dieta equilibrada e nutritiva, rica em cálcio e vitamina D. Leia também: carência de vitamina D não é notada e pode comprometer a saúde
- Use tênis de corrida com amortecimento suficiente. E certifique-se frequentemente de equipamento desportivo não está desgastado. Leia também: dicas sobre tênis e outros acessórios para caminhar e correr
- Pare de se exercitar e descanse por alguns dias se notar inchaço ou dor



Sede frequente pode ser sinal de doença

Com o calor é normal ter sede com mais frequência. Veja quando o excesso de sede pode indicar problemas de saúde
Beber bastante água é importante, mas sentir sede o tempo todo pode ser sinal de um problema de saúde. A Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos menciona estas possíveis causas de sede excessiva:
- Diabetes
- Consumo excessivo de alimentos muito salgados ou condimentados
- Hemorragia (que causa perda significante de sangue)
- Alguns medicamentos de uso contínuo



Como usar gelo em uma torção de tornozelo

Quando e como aplicar as compressas geladas para aliviar a dor e reduzir o inchaço localA entorse de tornozelo é uma lesão que causa estiramento ou ruptura de ligamentos da articulação. Especialistas sugerem frequentemente gelo na região para aliviar a dor e reduzir o inchaço.
A Academia Americana de Médicos de Família oferece estas diretrizes para aplicação da compressa gelada em caso de torção no tornozelo:
- Encha um saco plástico com gelo picado e aplique-o no tornozelo. Mas, primeiro, cubra o tornozelo com um pano fino e úmido.
Evite lesões conhecendo seu tipo de pisada
- Para um “banho de neve”, adicione água e gelo em um balde grande, imergindo o pé até que a pele fique dormente. Leia também: Entre numa fria para recuperar lesões
- Para uma massagem, congele água em um pequeno copo de isopor e remova a parte superior do copo, uma vez que esteja congelado. Massageie suavemente o tornozelo com o gelo, segurando pela parte coberta do copo, em movimentos circulares. Não deixe o gelo na mesma parte do tornozelo por mais de 30 segundos.
Primeiros socorros: como agir em caso de fratura
- Nos três primeiros dias após a entorse, aplique o gelo no tornozelo com intervalos de duas a quatro horas.
- Não faça aplicações de gelo por mais de 20 minutos, para evitar danos aos nervos.
- Pare com a aplicação de gelo assim que a pele começar a ficar dormente


A fonoaudióloga das travestis

Denise Mallet é especializada em modulação da voz para o tom feminino e atende as pacientes que o sistema de saúde costuma excluir
Denise encara o espelho, passa as mãos nas bochechas e reflete em voz alta. “Preciso começar a passar mais blush”. Suas pacientes, sempre que chegam ao consultório, estão com maquiagem impecável e têm mostrado a esta fonoaudióloga uma beleza que ela não cansa de admirar (e até copiar alguns truques). “Elas são tão sofridas, já foram tão machucadas pela vida e, ainda assim, estão sempre belas, produzidas.”Se as pacientes indicam estratégias para disfarçar imperfeições e realçar os pontos fortes do rosto, a especialista as ensina como ter uma voz feminina que combina com todos aqueles traços de mulher.
Denise Mallet, 60 anos, é fonoaudióloga das travestis e transexuais de São Paulo. E, com ajuda dos versos de Manuel Bandeira, recorre à poesia para ajudar a modular o timbre de um grupo da população excluída.
O som, lembra ela, é revelador. E as últimas notícias alardeiam que caso os intolerantes percebam que a voz que sai de suas pacientes é típica de alguém que nasceu homem - mas se sente mais confortável em vestidos e salto alto - o resultado pode ser um espancamento ou até a morte. Um relatório feito pelo Grupo Gay da Bahia – que monitora os crimes de intolerância contra homossexuais no Brasil– evidencia que as travestis são maioria entre as vítimas fatais deste tipo de agressão.
“Sei também que voz é mais do que disfarce. É mecanismo de inserção social. Por isso tanto empenho. Meu e das pacientes”, acrescenta Denise que trabalha em um ambulatório público da capital paulista, o primeiro do Brasil especializado em travestis e transexuais. Nele é oferecido tratamento global para estas pacientes, inclusive na área da saúde vocal maltratada pelo uso de hormônios indiscriminados e também pelos “recursos” para tentar “adocicar” a voz.
“Percebo em todas as pacientes que elas usam alguns truques, como anasalar as palavras e forçar o timbre, carregando em consoantes. Tudo isso prejudica as cordas vocais. Muitas chegam até mim com sequelas importantes, como calos e sobrecarga”, completa Denise que faz o atendimento duas vezes por semana no Centro de Treinamento e Referência em DST e Aids, local onde o Ambulatório das Travestis foi instalado.
Simultaneamente às sessões de fonoaudiologia, as pacientes também recebem os cuidados clínicos por conta das intoxicações severas provocadas pelo uso de silicone industrial. Também chegam vitimadas por automutilações em decorrência da falta de atendimento médico. Algumas são portadoras de doenças dos mais variados tipos (em especial as sexualmente transmissíveis) e outras carecem de apoio psicológico para depressão e outros transtornos psíquicos.
Este cenário todo faz com que a desconfiança e a falta de vínculo com os profissionais de saúde sejam constantes nas primeiras consultas. Além disso, lembra Denise, não há literatura científica para definir quais os exercícios fonoaudiológicos mais indicados para travestis. Nas poesias, ela encontrou uma vacina para estes dois entraves. Mas isso é quase o último capítulo de sua história com a voz, que começa lá na adolescência.
O início, o meio e a aids
Falante pelos cotovelos em casa, mas quase muda na escola, a menina Denise um dia foi questionada pela mãe quais eram as razões para aquele tipo de relacionamento com a voz. “Você não gosta de falar?”, perguntou. “Adoro”, pensou a menina. Como uma pulga, aquela indagação ficou atrás da orelha da garota, na época com 14 anos.
As travestis, drag queens e transexuais são as principais pacientes atendidas por Denis
Estudante do colégio Mackenzie, Denise deparou-se novamente com a pergunta da mãe quando precisou escolher qual carreira prestar no vestibular. Resolveu então pesquisar a ciência da voz e logo aproximou-se da fonoaudiologia. Até então, o único familiar que havia escolhido a área da saúde como profissão havia sido o avô Emílio Mallet (nome de rua paulistana), um dos primeiros dentistas brasileiros, que teve o diploma assinado pelo Imperador Pedro II.
Denise ficou encantada pela carreira que desvendava os mecanismos vocais e resolveu trilhar este caminho. Ingressou na PUC de São Paulo e, logo depois, resolveu fazer especialização em saúde pública na USP. O primeiro emprego foi em um posto de saúde em Taboão da Serra, local que ficou por quase 10 anos, tratando dos problemas de fala da população.
“Até que no ano 2000 apareceu o desafio profissional mais importante da minha carreira”, lembra.
A aids, doença que colecionava vítimas desde a década de 1980, manifestava-se - no início de 2000 - na cara das pessoas. As técnicas ainda eram ineficientes para amenizar um dos efeitos colaterais dos medicamentos, chamado lipodistrofia, uma distribuição irregular de gordura no corpo. O rosto dos soropositivos ficava muito fino, com os ossos saltados, um indício do HIV no organismo. Com este panorama, a fonoaudióloga Denise Mallet foi aprovada no concurso público e ingressou no CRT/Aids.
“Desenvolvi uma técnica de ginástica facial que conseguia amenizar estes sintomas. É um dos marcos da minha trajetória que tenho mais orgulho”, diz ao emendar que os exercícios trouxeram o que ela exemplifica como “satisfação plena”.
“Depois de meses praticando os exercícios da face duas horas por dia, as crianças e jovens soropositivos, a maioria que já nasce com a doença, se olham no espelho e dizem, da forma mais espontânea possível, como eu to bonito”, diz emocionada.
As novas pacientes
Entre os inúmeros que receberam as orientações para a ginástica facial, também estavam as travestis que convivem com o diagnóstico do HIV. E, em 2009, o CRT percebendo a complexidade exigida por estas pacientes, atrelada à decisão do Ministério da Saúde de incluir a cirurgia de mudança de sexo para as transexuais como um procedimento feito no Sistema Único de Saúde (SUS), decidiu abrir um ambulatório só para elas. “Fui convidada a atender lá e pensei: outro desafio bom de topar. Abracei a causa na hora.”
Nos primeiros dias de atendimento, ela reforçou a memória auditiva e lembrou como escutava poesia. Quando eram lidos por homens, os versos eram retos, ditos de forma direta, quase que em linha reta. Já proclamados por mulheres, os poemas soavam cheios de modulações, uma sílaba mais forte do que a outra. Pronto. “Falar feminino não é falar fino. É falar com malemolência”, exemplifica. De quebra, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e outros também quebram o gelo dos primeiros contatos entre especialista e paciente. “Trazem um pouco de conforto para quem é tão maltratado, quem carrega histórias cheias de ferida”, diz Denise.
A fono sabe que, no início, as pacientes de maquiagem impecável copiam seu jeito de falar. “Depois, a personalidade de cada uma se destaca e elas encontram mais o tom próprio, em uma modulação personalizada”, diz. Daí, podem falar ao telefone sem medo de serem chamadas de “senhor”. Podem procurar emprego como secretárias, enfermeiras e professoras, se assim desejarem. Um pequeno remédio contra o preconceito tão presentes em suas vidas. “A voz combina com o físico que elas tanto sofreram para ter.”



Vista cansada pode gerar dor de cabeça

Veja algumas sugestões para minimizar o problema
A vista cansada ao assistir TV ou usar o computador pode ocasionar fortes dores de cabeça. Assim como a má postura, o estresse e outros fatores.
Para ajudar a determinar se a vista cansada é o vilão e, neste caso, minimizar o problema, a Fundação Nacional da Cefaléia dos Estados Unidos dá as seguintes sugestões:
1) Submeta-se a um check-up completo dos olhos e trate eventuais problemas de visão
2) Use uma tela antirreflexo no computador, ou ainda, use óculos escuros para evitar o reflexo
3) Sente-se numa postura correta ao usar o computador e ao assistir TV
4) Faça pausas frequentes do computador. Deixe a mesa de trabalho por alguns minutos, alongue o pescoço, os braços e as costas
5) Feche os olhos e respire profundamente durante a pausa




Aids mata 33 pessoas por dia no Brasil

“As mulheres de 13 a 19 anos, os jovens gays e as travestis são os mais vulneráveis”, diz Ministro da Saúde
O Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgaram nesta segunda-feira, dia 28, o novo boletim de Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Segundo o governo federal, em 2010, foram registradas 11.965 mortes pela doença, uma média de 32,7 (33) óbitos por dia. Em São Paulo estão concentrados 3.141 registros, ou seja, 9 mortes diárias.
Pelos números nacionais, 0,6% da população brasileira convive com o vírus HIV, o que indica que 630 mil habitantes têm o vírus. Em 2010, foram registrados 34.212 novos casos de aids, uma ligeira queda comparado aos 35.979 notificados em 2009.
"Esse boletim nos mostra que mais pessoas vivem com HIV/AIDS e há uma estabilidade de números gerais da epidemia no País”, afirmou durante o evento o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Outro ponto importante que esse boletim nos mostra é que há uma geração, que por não ter vivido o que foi enfrentamento da epidemia na década de 90, que precisa ser focada nas estratégias de prevenção. Há três grupos importantes entre os vulneráveis, as mulheres de 13 a 19 anos, os jovens gays e as travestis”, completou Padilha que fez questão de ressaltar que os “dados mostram que a aids está presente em todo o País, em todos os municípios, em todas as faixas etárias”. “A AIDS não escolhe cara ou paciente".
De mãe para filho
O Brasil reduziu em 40,7% a taxa de incidência de casos de AIDS em crianças menores de cinco anos de idade entre 1998 e 2010, passando de 5,9 para 3,5 casos por 100 mil habitantes. Essa é uma taxa considerada importante pelo Ministério da Saúde para monitorar a transmissão do vírus de mães para filhos – transmissão vertical – já que 85,8% dos casos de AIDS nessa faixa etária acontecem com esse tipo de transmissão.
Para Padilha, esse é um dado importante porque a meta brasileira é eliminar a transmissão vertical até final de 2015, o que significa ter taxa de transmissão menor do que 1%. Hoje, ela está em 3%. “A Rede Cegonha distribui 4,5 milhões de testes rápidos para postos de saúde para que sejam usados durante o pré-natal. Isso reduz o risco de transmissão, porque podemos medicar as mulheres de maneira correta”, afirma.
Mais casos no Rio Grande do Sul
A região Sul apresentou a maior taxa de incidência de casos de AIDS no Brasil em 2010. Foram registrados 28,8 casos novos a cada 100 mil habitantes. As regiões Norte e Sudeste registraram as maiores proporções de casos na sequência: 20,6 e 17,6 a cada 100 mil habitantes. Na região Centro-Oeste, a taxa de incidência ficou em 15,7 e de 12,6 no Nordeste.
A situação do Sul chamou a atenção do Ministério da Saúde. Os estados da região concentram 23% dos casos registrados em 2010, apesar de abrigarem 14,4% da população brasileira. Entre os 100 municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, os dez primeiros são da região Sul. Porto Alegre lidera a lista, com taxa de incidência de 99,8 casos de AIDS por 100 mil habitantes.
“O que nos chamou a atenção na Região Sul e, especialmente, no Rio Grande do Sul, foi a maior proporção de casos de AIDS em relação à população do Sul do País. Além disso, o aumento de casos identificados a partir dos pequenos municípios. Essa pode ser uma fotografia do passado, porque o diagnóstico é feito dez anos após a contaminação em geral. O que pode explicar um pouco essa situação do Sul é que, há dez anos, era onde havia grande transmissão do HIV por causa do uso de drogas injetáveis”, diz Padilha.



domingo, 27 de novembro de 2011

Secretaria de Habitação de Casimiro de Abreu e Cehab promovem visita técnica para construção de 90 casas no Perimetral Leste

A Secretaria Municipal de Habitação realizou vista técnica para construtores candidatos à licitação que será feita pela Companhia Estadual de Habitação, na segunda-feira (29), na cidade do Rio de Janeiro. Eles visitaram o loteamento Perimetral Leste, em Casimiro de Abreu, onde a Cehab construirá 90 casas populares no novo bairro por meio de convênio. A Prefeitura está construindo 60 unidades no local.
De acordo com o secretário de Habitação Carlos Alberto de Oliveira, o convênio entre a Prefeitura de Casimiro de Abreu e a Cehab prevê a construção de 90 unidades habitacionais que serão erguidas em 2012. A visita de representantes de empresas construtoras serviu para conhecimento do local e para a apresentação de documentação de firma legalizada. “Serão 150 casas que oferecerão qualidade vida para as famílias que residirão ali”, disse o secretário.
Segundo o engenheiro da Cehab Lauro Filho, a companhia realizará licitação para contratação da construtora responsável pelas 90 unidades no Perimetral Leste, ocorrerá na sede da Cehab, no Setor de Licitações, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira. “O governo estadual se encarregará das obras e a Prefeitura de Casimiro de Abreu ficará responsável pela cessão do terreno e pela infra-estrutura com serviços de água, energia e saneamento”, informou. Mais de 10 empresas se mostraram interessadas em participar da disputa pela construção das casas.
As primeiras das 60 casas construídas pela Prefeitura de Casimiro de Abreu estão em fase de obras adiantada. São unidades com 42 metros quadrados, feitas com tijolos ecológicos, resistentes e térmicos. De acordo com especialistas, este tipo de material facilita a finalização da construção em menos tempo que uma obra convencional. A montagem das paredes se dá através de tijolos encaixados.
No distrito de Professor Souza, a Prefeitura de Casimiro de Abreu está construindo 72 casas. “Este é o maior investimento em habitação popular feito no município. Serão mais de 200 unidades habitacionais favorecendo famílias que vivem em áreas de risco ou que não têm como pagar aluguel”, observou o prefeito Antonio Marcos.
Publicado em 25/11/2011



Casimiro de Abreu inicia comemoração a Semana Intermunicipal dos Caminhos de Darwin

A Secretaria de Educação de Casimiro de Abreu iniciou na terça-feira, dia 22, as comemorações da Semana Intermunicipal dos Caminhos de Darwin. O evento aconteceu na Beira-Rio, em Barra de São João. Participaram alunos do Ciep Municipalizado 406 Ludevides Teixeira Bastos, da Escola Renata Tavares Bastos e do Colégio Estadual Santa Maria. A banda de fanfarra do CIEP Municipalizado 459 José Bicudo Jardim animou o público.
Durante o evento, a coordenadora do departamento de convênios e projetos da Semed Eliane Luiza Alves de Araújo, falou sobre a teoria do evolucionismo e da viagem que o cientista fez de Niterói à Conceição de Macabu, passando por Barra de São João em julho de 1892. “Muitas pessoas não sabiam que Charles Darwin tinha passado por aqui. Isso acaba provocando curiosidade. Desde 2009, as cidades por onde ele passou comemoram este projeto no mês de novembro”, disse.
Segundo a secretária de Educação Maria Inês Ávila, a proposta é que o evento marque o início das atividades nas escolas. “Trabalhar Darwin é importante para disseminar suas teorias. Ele deu o pontapé para os estudos escolares nas áreas de biologia e ciências naturais. Durante toda a semana, as unidades municipais realizarão atividades lúdicas sobre o tema”, destacou. O evento contou ainda com uma mesa redonda onde foram levantadas discussões sobre as teorias do evolucionismo.
Publicado em 23/11/2011



Cuidado com a “doença do gato” na gravidez


A toxoplasmose, transmitida pelo contato com fezes contaminadas do animal, pode levar à má formação fetal entre outros riscos

Cuidados com a higiene de seu gato garantem proteção na gestação
Seu gatinho de estimação não precisa ser colocado para fora de casa, mas ao confirmar sua gravidez você deve redobrar os cuidados em relação ao contato com o animal. Isso porque as fezes do bicho, contaminadas pelo parasita toxoplasma, são as principais causadoras datoxoplasmose – daí a razão de também ser conhecida como “doença do gato” -, colocando em risco a saúde do feto.
Outras formas de transmissão da doença são a ingestão do microorganismo por meio da carne crua ou mal cozida, verduras cruas e frutas e verduras mal lavadas.
Se não diagnosticada a tempo na gestação, ela pode acarretar sérios danos ao bebê. Os problemas vão desde má formação fetal, a problemas oculares, auditivos e, em casos mais extremos, à morte.
A toxoplasmose pode ser contraída a qualquer momento da vida de qualquer pessoa e geralmente passa despercebida, porque é assintomática. Uma vez que teve a doença, a mulher fica livre de maiores riscos neste período.
“Há 25 anos, durante o pré-natal, detectávamos o contato com a toxoplasmose em 50% das mulheres. Atualmente só 20% têm evidências dessa infecção no passado. Ou seja, 80% das grávidas são candidatas a ter a doença”, alerta o infectologista Celso Granato, assessor Médico do Fleury Medicina e Saúde.
Quando a toxoplasmose é diagnosticada, o tratamento visa um bloqueio placentário, por meio de antibióticos, para evitar que o parasita ultrapasse a placenta e contamine o bebê.A mulher só descobre que já teve ou não contato com a toxoplasmose por meio de exames de sangue (IgM e IgG), solicitados assim que se confirma a gestação e geralmente repetidos na 28ª semana. “A doença pode ser contraída a qualquer tempo na gravidez, mas no primeiro trimestre sua manifestação é mais grave, pelo fato dos órgãos da criança ainda estarem em formação”, diz Mario Henrique Burlacchini, especialista em medicina fetal e professor doutor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.
Se em outro exame for constatada a presença do toxoplasma no líquido amniótico, a criança também foi afetada e requer tratamento medicamentoso.
“Apesar de parecerem normais após o nascimento, algumas crianças podem apresentar lesões oculares até os 10 ou 15 anos de vida. Por isso é importante um acompanhamento oftalmológico e a realização anual do exame de fundo de olho, para se intervir precocemente e salvar a visão da criança”, diz Granato.
Alguns cuidados são imprescindíveis para evitar a toxoplasmose e seus desdobramentos. Os especialistas recomendam:
- Evite carnes cruas e mal passadas, como carpaccio e quibe cru. A mesma recomendação vale para os ovos – consuma-os sempre bem cozidos. Leia também:
- Ao manusear carnes cruas, não encoste a mão nos olhos ou na boca antes de lavar bem com água e sabão
- Lave muito bem as frutas, verduras e legumes antes de ingeri-los
- Evite contato com gatos e tudo o que possa estar contaminado com as fezes do animal. Se você tiver um gato de estimação, não precisa abandoná-lo, basta ter alguns cuidados especiais
- Alimente seu gato com carne bem cozida
- Evite contato com o recipiente onde o animal deixa suas fezes. Peça ajuda na hora da limpeza ou use luvas de borracha
- Use luvas de borracha também ao mexer na terra, ao fazer jardinagem
- Restrinja o acesso de seu animal à rua, para evitar que ele se contamine e traga o parasita para sua casa