terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sete medidas simples para evitar Alzheimer

Hábitos que você pode adotar desde jovem e que poderiam evitar três milhões de casos anuais de Alzheimer

Foto: Getty ImagesAmpliar
Alimentação saudável é um dos passos para evitar essa doença
De acordo com o estudo dos cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, a metade dos casos da doença no mundo se devem a falta de medidas de saúde e basta uma redução de 25% nos sete fatores de risco para evitar até 3 milhões de casos. 

Os sete fatores são ligados a estilo de vida: não fumar, ter uma dieta saudável, prevenir o diabetes, controlar a pressão arterial, combater a depressão, fazer mais atividades físicas e aumentar o nível de educação. 

Os detalhes da investigação foram divulgados na revista científica The Lancet e apresentados na Conferência Internacional da Associação deAlzheimer, que ocorre em Paris. 

Causas 

As causas do mal de Alzheimer, forma mais comum de demência, ainda não são totalmente conhecidas. Mas, os estudos demonstraram que vários fatores estão ligados à doença, incluindo fatores genéticos, idade e estilo de vida. Pesquisas já realizadas mostraram que vários fatores de risco podem ser modificados para evitar a doença, como por exemplo, doenças cardiovasculares, níveis de atividade física, estímulo mental e dieta. Mas, até o momento, não estava claro até que ponto uma pessoa poderia evitar o Alzheimer modificando algum destes fatores de risco. 


Para conseguir esta resposta, os pesquisadores usaram um modelo matemático sobre os riscos do Alzheimer no mundo todo. Com este modelo, os cientistas calcularam a porcentagem global de casos de Alzheimer que poderiam ser atribuídos a diabetes, hipertensão, obesidade, tabagismo, depressão, baixo nível de educação e falta de atividade física. 

Os resultados mostraram que a metade dos casos da doença no mundo parecem ser causados por estes fatores, que estão ligados ao estilo de vida e podem ser modificados. 

Educação 

O fator que parece causar a maior porcentagem de casos da doença, segundo os pesquisadores, é o baixo nível educacional (19%), seguido pelo tabagismo (14%), falta de atividade física (13%), depressão (11%), hipertensão na meia idade (5%), obesidade na meia idade (2%) e diabetes (2%). 

Juntos, estes sete fatores de risco contribuem para os 17,2 milhões de casos de Alzheimer no mundo, o que corresponde a 51% dos casos globais da doença. "Nos surpreendeu descobrir em nosso modelo que os fatores de estilo de vida, como o baixo nível educacional, falta de atividade física e tabagismo parecem contribuir para um número maior de casos de Alzheimer do que as doenças cardiovasculares", disse Deborah Barnes, que liderou o estudo. 

"Mas isto sugere que mudanças relativamente simples no estilo de vida podem ter um impacto dramático no número de casos de Alzheimer no decorrer do tempo", acrescentou. A pesquisadora destacou, no entanto, que estes são apenas cálculos matemáticos e serão necessários estudos mais amplos em várias populações para comprovar estes dados. Mesmo assim, segundo os pesquisadores, estes cálculos são uma "suposição importante " e qualquer coisa que ajude a evitar a grande carga que esta doença significa para os serviços de saúde é positiva
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Técnica de estimulação do cérebro pode reverter Alzheimer

Cientistas canadenses trabalham em procedimento que poderia "curar" a doença, algo tido como impossível até hoje


Wikimedia Commons
No Mal de Alzheimer, a região do cérebro conhecida como hipocampo, centro de memória, é uma das primeiras a encolher
Acreditava-se que o encolhimento do cérebro, a deterioração de suas funções e a perda de memória associados ao Mal de Alzheimer eram irreversíveis. A equipe da Universidade de Toronto, no entanto, está usando uma técnica conhecida como Estimulação Cerebral Profunda, que envolve a aplicação de eletricidade em certas regiões do cérebro .
Em dois pacientes, o processo esperado de deterioração da área do cérebro associada à memória não apenas foi revertido como também voltou a crescer. As conclusões do estudo foram anunciadas durante uma conferência da Society for Neuroscience em Washington, nos Estados Unidos, em novembro, mas ainda não foram publicadas.
A Estimulação Cerebral Profunda vem sendo usada em milhares de pacientes com Mal de Parkinson e, mais recentemente, Síndrome de Tourette e depressão . No entanto, não se sabe ainda com precisão como a técnica funciona.
O procedimento é feito sob anestesia local. Um exame de ressonância magnética identifica o alvo dentro do cérebro. A cabeça é mantida em uma posição fixa, uma pequena região do cérebro é exposta e eletrodos são posicionados próximo à região do cérebro a ser estimulada. Os eletrodos são conectados a uma bateria que é implantada sob a pele perto da clavícula.
Comentando o novo estudo, o professor John Stein, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, disse: "A maioria das pessoas diria que não sabemos por que isso funciona". A teoria de Stein é que, no Mal de Parkinson, células do cérebro ficam presas em um padrão de descargas elétricas seguidas por silêncios e, depois, novas descargas.
A estimulação contínua e em alta frequência perturbaria esse ritmo, sugere o especialista. Ele admite, no entanto, que "nem todo mundo aceitaria essa descrição".
Mistério
Sabe-se ainda menos sobre que papel a estimulação do cérebro poderia ter sobre o Mal de Alzheimer. Na doença, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher. Nela funciona o centro de memória, convertendo memória de curto prazo em memória de longo prazo.
Danos a essa região produzem alguns dos primeiros sintomas do Mal de Alzheimer: perda de memória e desorientação. Nos estágios finais da condição, células morreram ou estão morrendo em todo o cérebro.
O estudo canadense envolveu seis pacientes com a condição. A estimulação foi aplicada ao fórnix, a parte do cérebro que leva mensagens ao hipocampo.
O chefe do estudo, Andres Lozano, disse que o grau esperado de encolhimento do hipocampo em pacientes com Alzheimer é em média 5% ao ano. Após 12 meses de estimulação, um dos pacientes teve um aumento de 5% e, outro, 8%. "Quão importantes são esses 8%? Imensamente importantes. Nunca vimos o hipocampo crescer em (pacientes com) Alzheimer em nenhuma circunstância", disse Lozano à BBC. "Foi uma descoberta incrível para nós. Esta é a primeira vez que se demonstra que a estimulação do cérebro em um ser humano faz crescer uma área do seu cérebro."
Em relação aos sintomas, o especialista disse: "Um dos pacientes está melhor após um ano de estimulação do que quando começou, então seu Alzheimer foi revertido, digamos assim".
Lozano disse que experimentos feitos em animais demonstraram que esse tipo de estimulação pode criar mais células nervosas. Stein disse estar "muito animado" com os primeiros resultados, mas o fator crítico seria poder demonstrar "se suas memórias melhoraram".
Milhares de pacientes com Mal de Parkinson já foram tratados com Estimulação Cerebral Profunda. A médica Marie Janson, da entidade beneficente britânica Alzheimer's Research UK, disse que seria significativo se o encolhimento do cérebro pudesse ser revertido. "Se você pudesse retardar o começo do Alzheimer por cinco anos, você cortaria pela metade o número de pessoas afetadas".
Para testar se a técnica está realmente funcionando e se assegurar de que o resultado obtido não foi um simples acaso, a equipe canadense vai fazer uma pesquisa maior.
"Uma palavra de cautela é apropriada, isto é apenas o princípio e um número muito pequeno de pacientes está envolvido".
Em abril, os pesquisadores pretendem inscrever cerca de 50 pacientes com grau médio de Alzheimer. Todos terão eletrodos implantados, mas apenas metade terá os aparelhos ligados. A equipe vai comparar os hipocampos dos dois grupos para verificar se existem diferenças.
Eles estão estudando especificamente pacientes com graus leves de Alzheimer porque dos seis pacientes estudados, apenas os dois que tinham sintomas leves melhoraram. Uma teoria que estão considerando é que após um certo grau de danos, pacientes atingem um ponto a partir do qual não existe retorno.

Queda

As quedas são resultado de um desequilíbrio momentâneo ou do uso e do posicionamento inadequado de um objeto. Elas podem ocorrer tanto no ambiente de trabalho quanto no doméstico.

Esse tipo de emergência está muito ligado a ferimentos e fraturas, principalmente de pernas e braços. Dependendo da altura e da intensidade da queda, pode haver perda de consciência e traumatismos graves, como o craniano.

Como agir:

- Se a queda for leve (andando de bicicleta, por exemplo), lave bem a área afetada com água e sabão para evitar que a ferida infeccione
- Se após a queda a vítima sentir dor em alguma parte do corpo, faça a imobilização da área como está descrito no item “fraturas” e procure o atendimento médico imediatamente
- Se a vítima estiver inconsciente, verifique a respiração e o pulso dela e chame socorro imediatamente
- Se o choque com o chão ou outra superfície for intenso, há grandes chances de que a vítima tenha sofrido alguma lesão interna. Neste caso, movimente a vítima o menos possível e chame imediatamente o socorro

Correr de costas treina o cérebro e protege as articulações

A marcha reversiva trabalha lateralidade, equilíbrio, coordenação, ritmo e reduz o impacto sobre as articulaçõe

Correr de costas exige coordenação e protege as articulaçõesEm alguns esportes como futebol, vôlei, basquete, em certos momentos os atletas são obrigados a recuar, andando e até fazendo pequenas corridas de costas, para dificultar o avanço do adversário ou para dominar uma bola. Mas andar ou correr de costas continuamente é outra história. Ou melhor, outra modalidade.

A atividade existe – inclusive são realizadas competições do gênero no mundo todo – e leva o nome de marcha reversiva (MR), prometendo benefícios como melhora da capacidade física e manutenção da saúde. Esse tipo de corrida começou a ser praticado na China como filosofia, mas foi nos Estados Unidos que ganhou status de esporte.
“Experimente reconstruir sua maneira de ver o mundo: nós não andamos para trás e sim andamos para frente, de costas”, defende o professor de educação física e fisiologista do exercício Pablo Galletto, especialista em MR no Brasil.
Segundo ele, a atividade usa procedimentos para quebrar padrões psíquicos e corporais. “A marcha reversiva propicia novos estímulos, faz uma 'bagunça cerebral', forçando todas as estruturas a se reorganizarem e evoluírem”, diz Galletto.

“Essas qualidades também podem impulsionar o indivíduo a ter uma visão diferente do ambiente, de seu próprio corpo e de suas possibilidades”.Com essa “revolução no cérebro”, ocorre melhora de psicomotricidade, propriocepção, ritmo, consciência espacial, lateralidade, equilíbrio e coordenação, entre outras coisas.

Por ser uma atividade aeróbica, ainda ajuda na melhora da capacidade cardiopulmonar, aumenta o condicionamento e a queima calórica.
“Uma recente pesquisa apresentada no congresso anual do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) testou a MR na recuperação de lesões de joelhos. O trabalho mostrou que aqueles que utilizavam bicicletas ergométricas e aparelho elíptico (também chamado transport) pedalando para trás alcançavam melhores condições cardiovasculares e recuperação mais rápida de lesões, quando comparados a indivíduos que faziam o movimento normal, para frente”, conta Galletto.
Assim como qualquer outra atividade física, a marcha reversiva requer orientação de um profissional. O ideal é fazer um treinamento individualizado, com três sessões semanais de cerca de 40 minutos cada. Para quem quer se iniciar na prática, Galletto recomenda o seguinte esquema:
1ª e 2ª semanas
- Três treinos por semana, de 40 minutos cada, em dias alternados
- Antes de começar, alongue membros inferiores, costas, ombro e pescoço
- Faça exercícios educativos: caminhe e saltite lateralmente; ande elevando o joelho na altura do quadril; ande nas pontas dos pés e nos calcanhares
- Intercale 5 minutos de corrida leve com 1 a 2 minutos de marcha reversiva (MR), tomando cuidado para não cair na hora da inversão 
- Finalize com alongamento

3ª e 4ª semanas
- Três treinos por semana, de 40 minutos cada, em dias alternados
- Antes de começar, alongue membros inferiores, costas, ombro e pescoço
- Faça exercícios educativos: caminhe e saltite lateralmente; ande elevando o joelho na altura do quadril; ande nas pontas dos pés e nos calcanhares 
- Vá evoluindo de acordo com adaptação do corpo, intercalando 5 minutos de corrida leve com 3 minutos de MR; 5 minutos de corrida leve com 4 minutos de MR; até chegar a 5 minutos de corrida leve com 5 minutos de MR
- Finalize com alongamento

Segurança
A falta de coordenação motora é uma das principais dificuldades que o corredor enfrenta no início. E vale ressaltar que a MR é vetada para pessoas que tenham labirintite, hérnia ou protrusão de disco ou qualquer outra patologia que impeça a atividade física.

Para a prática segura, já que você estará de costas, é preciso atenção. “Pratique em um local com bom calçamento. Ou na academia, utilizando a esteira e o elíptico, fazendo, por exemplo, três minutos para frente e um para trás”, aconselha Mauro Guiseline, professor da Faculdade de Educação Física da Uni-FMU e diretor técnico da Academia Runner.
“A modalidade traz benefícios musculares, acionando os músculos da parte de trás das pernas e fortalecendo os músculos da coxa, minimizando também o impacto nos joelhos. E ainda melhora equilíbrio e coordenação”, reforça Guiseline.
O treinador Pablo Galletto, que descobriu os benefícios da MR aos 16 anos, durante a reabilitação de um acidente de bicicleta, especializou-se na modalidade e agora faz mestrado em neuropsicologia para estudar melhor as reações da marcha reversiva em portadores de Doença de Alzheime

Dez atitudes para reprogramar seu cérebro e emagrecer

A psicóloga americana Georgia Andrianopoulos aponta ações simples que podem ser incorporadas à rotina



Thinkstock/Getty Images
Praticar uma atividade física ao ar livre e com amigos é uma das estratégias para manter-se magro
1) Aprenda a sentir prazeres simples que não envolvem comida, como praticar esporte, respirar profunda e conscientemente, visitar família e amigos, passar mais tempo ao ar livre. 

2) Durma o suficiente para acordar descansado. 

3) Adicione aromas agradáveis no espaço ao seu redor. 

4) Reforce a ingestão de vitamina D, anti-oxidantes e suplementos com ômega 3. 

5) Faça pequenos movimentos de alongamento e respiração a cada hora. 

6) Prefira beber água e sucos. A bebida alcoólica deve ser apenas ocasional, assim como café e chá. 

7) Pratique atividades tranquilizadoras, como ioga, pilates, relaxamento e meditação. 

8) Interaja com pessoas que têm uma rotina saudável. 

9) Fuja do isolamento e da inatividade. 

10) Evite lugares ruidosos e cheios, especialmente na hora de se alimentar. 

Melhore o poder do seu cérebro comendo

Com alimentação balanceada é possível adiar o declínio cognitivo que ocorre com o passar dos anos

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Vegetais e peixes ricos em ômega-3 ajudam a turbinar a memória
O declínio cognitivo pode levar à dificuldade de lembrar, comunicar ou aprender novas tarefas.
A Academia Americana de Médicos de Família sugere as seguintes medidas para ajudar a melhorar a saúde do cérebro e prevenir o declínio cognitivo:
- Mantenha o peso, o colesterol e a pressão arterial sob controle, com uma dieta nutritiva e alimentos com baixo teor de gordura. Confira também: dieta saudável para perder 5kg em um mês .
- Consuma em grande quantidade grãos, frutas e vegetais.
- Evite gorduras saturadas. Leia também: Consumo de gorduras saturadas e trans aumenta risco de depressão .
- Inclua ácidos graxos ômega-3 na dieta, como os contidos em peixes como salmão, sardinha e atum.
- Pergunte a seu médico se você deve tomar algum suplemento com vitaminas .

Doe Palavras – Hosp. Mario Penna

O Instituto Mario Penna (Belo Horizonte – MG). Hospital que trata pacientes com câncer. Esta com uma excelente iniciativa. Que possibilita pessoas de diversas áreas do globo de contribuírem com palavras de conforto e carinho para os pacientes que estão em tratamento.
As mensagens são transmitidas através de um telão nas salas de quimioterapia e, em outros locais onde os pacientes mais precisam de apoio.
Atualmente o serviço é utilizado pelos hospitais: Mario Penna, Hospital Luxemburgo e Casa de Apoio Beatriz Ferraz.
Contribua com o irmão necessitado. Muitas vezes, a palavra correta pode mover barreiras. Cadastre sua mensagem na pagina http://www.doepalavras.com.br/ ou pelo Twitter, usando a hashtag #doepalavras
O projeto se estende…
Através do link abaixo, as mensagens podem ser transmitidas para outros hospitais. Basta iniciativa, e os recursos físicos necessários. Entre na pagina do hospital e obtenha maiores informações.
Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo. Provérbios 16:24

Deus Fora Da Unicamp


Marcado para a quinta-feira 17, o “1° Fórum de Filosofia e Ciência das Origens”, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi cancelado na véspera, sob uma enxurrada de e-mails indignados de professores da própria instituição de ensino, uma das mais respeitadas do País. O motivo? Os cinco convidados a falar sobre filosofia e ciência eram nomes ligados ao “criacionismo científico”, que nega a teoria da evolução de Charles Darwin, mas, ainda assim, busca evidências científicas para desvendar o universo – sem contradizer a existência de Deus ou os preceitos da Bíblia. “Que façam isso numa igreja”, disse o professor de física Leandro Tessler. “É embaraçoso dar credibilidade a esse tipo de doutrina não científica.” Seu blog chamou a atenção de outros professores. A pró-reitoria, que havia dado aval ao evento, recuou. O físico americano Russell Humphreys, convidado internacional, já tinha passagem comprada. Veio então a resposta dos palestrantes.“Fomos boicotados por um grupo de professores ateus”, afirma o professor de arqueologia Rodrigo Silva, da Universidade Adventista de São Paulo (Unasp). “Hoje, quem discorda de Darwin é queimado na fogueira.”
Em nota oficial, a Unicamp justificou o cancelamento dizendo que “faltavam integrantes que pudessem debater o tema sob todos os pontos de vista”. Além de Silva e Humphreys, o fórum também teria a presença de um geólogo, um jornalista e um bioquímico, Marcos Eberlin, o único pertencente aos quadros da Universidade. Após a polêmica, Eberlin escreveu em um blog [criacionismo.com.br]: “É interessante notar que, em uma universidade pública, pessoas que se autointitulam ‘guardiões do saber’ cancelem palestras”. Outro que reclamou à reitoria, o professor de matemática Samuel Oliveira, negou a “orquestração” de um “lobby ateu” nos bastidores. “Criacionistas não têm formação para falar de ciência”, diz.
A “batalha da fé” em uma faculdade como a Unicamp, reconhecida pela qualidade da pesquisa científica, chama a atenção. Mas esse tipo de conflito não é novidade no meio acadêmico. Em 2008, depois de uma série de reclamações, a Universidade Federal de São Carlos (SP) cancelou uma palestra do físico Adauto Lourenço sobre “criacionismo e teoria da evolução”. Em 2007, o bioquímico americano Fazale Rana esteve na mesma Unicamp para falar de “design inteligente”, linha de pensamento que atribui a um criador a existência da vida na Terra. Professores conseguiram retirar o logo da universidade dos cartazes da palestra de Rana, mas não impediram a conferência.
Nota: Essa matéria publicada na IstoÉ é precisa quanto à descrição dos fatos. Faço apenas uma ressalva quanto ao subtítulo “Grupo de ateus impede que evento religioso [sic] com especialista dos EUA se realize na universidade e dificulta o debate acadêmico”: o evento não era “religioso”, conforme expliquei aqui. [MB]

“Ateu Mais Famoso Do Mundo” Admite Não Ter Certeza Que Deus Não Existe


Para muitas pessoas, o biólogo Richard Dawkins é o “ateu mais famoso do mundo”. Autor de best sellers como “Deus: um delírio” e “o Gene egoísta”, entre outros, ele surpreendeu a muitos com algumas declarações na última semana. Na quinta-feira (23), Dawkins participou de um debate com o arcebispo de Canterbury, Dr Rowan Williams, na universidade de Oxford.
Williams é a autoridade máxima da Igreja Episcopal Anglicana, a igreja oficial da Inglaterra. O tema do debate era o papel da religião na vida pública da Grã-Bretanha e foi transmitido pela internet. O filósofo Anthony Kenny serviu como moderador do debate, fez perguntas e interagiu com o público.
Durante o diálogo, que durou cerca de 100 minutos, muitas provocações, mas também respeito mútuo e bom humor. Dawkins reafirmou que para ele Deus é um delírio, mas que não poderia ter 100% de certeza que Deus não exista. Como cientista, ele acreditava que as probabilidades de existir um criador sobrenatural “seriam muito, muito baixas”.
Mencionou o conhecido “espectro de sete pontos de credibilidade teísta”. Nessa tabela, 1 seria a certeza completa e perfeita de que Deus existe. O 7 seria a completa certeza de que ele não existe.
Dawkins afirmou que nenhum cientista poderia saber com convicção absoluta que qualquer coisa não exista, seja Deus ou qualquer outra coisa. Por isso ele, se colocou como 6,9 na escala. Ou seja, não é totalmente ateu. O filósofo Anthony Kenny, interveio: “Por que então você não se chama de agnóstico”. Dawkins concordou que seria melhor.
A repercussão foi imediata na internet, sobretudo no Twitter. O jornal Washington Post deu como manchete “Richard Dawkins disse que não esta completamente seguro que Deus não existe”. Segundo o Post, Richard Dawkins “surpreendeu o público on-line e que estava no teatro ao fazer a concessão de uma brecha pessoal de dúvida sobre sua convicção de que não há um criador”. Disse ainda que Dawkins não teria mais “100% de certeza de que Deus não existe”.
O inglês Daily Telegraph esclarece que se alguém não tem certeza que Deus não existe poderia se denominar agnóstico. Isso mudaria a maneira como Dawkins passaria a ser visto pela comunidade ateísta mundial.
Durante grande parte da discussão, o arcebispo ouviu calmamente as explicações de Dawkins sobre a evolução humana. Em um determinado momento, o religioso disse que foi “inspirado” pela “elegância” das explicações do professor para as origens da vida. O Professor Dawkins então perguntou: “O que eu não consigo entender é por que você não pode ver a extraordinária beleza da ideia que a vida começou a partir do nada. Isso é algo tão incrível, elegante e bonito. Por que você quer estragá-lo com algo tão bagunçado como um Deus? ” O biólogo finalizou, dizendo acreditar ser altamente provável que haja vida em outros planetas.
O arcebispo respondeu que acreditava que os seres humanos evoluíram de ancestrais não-humanos, no entanto, foram feitos “à imagem de Deus”. Também disse que a explicação para a criação do mundo no Livro de Gênesis não poderia ser vista literalmente, mas isso não muda sua fé.Nas últimas semanas Richard Dawkins tem sido assunto constante na mídia britânica. Primeiro por ter se equivocado durante um debate com o pastor Giles Frase. Acusando os cristãos de sequer saber o nome dos livros da Bíblia, ele se atrapalhou ao ser perguntado pelo pastor qual seria o título completo do mais famoso livro do evolucionismo  “A Origem das Espécies”. Dawkins não soube dizer o subtítulo da obra de Charles Darwin e foi motivo de piada.
Alguns dias depois, o jornal The Guardian publicou uma matéria mostrando que os antepassados paternos do cientista fizeram fortuna explorando a escravidão na Jamaica, em uma fazenda de plantação de cana de açúcar. Dawkins disse na ocasião que não poderia ser responsabilizado por isso e que a mídia está tentando  fazer uma “campanha de difamação” contra ele.

Proximidade do Fim


“Nesse tempo, se levantará Miguel, [...] e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo.” Daniel 12:1
Tempos difíceis estão bem diante de nós. O cumprimento dos sinais dos tempos mostra que o dia do Senhor está próximo. [...]
A doutrina de que os seres humanos estão isentos da obediência aos mandamentos de Deus já tem debilitado a força da obrigação moral, abrindo sobre o mundo as comportas da iniquidade. [...]
Os tribunais de justiça estão corrompidos. Governantes são movidos pelo desejo do ganho e amor dos prazeres sensuais. A intemperança obscureceu as faculdades mentais de muitos, de maneira que Satanás exerce sobre eles quase completo domínio. Os juristas estão pervertidos, subordinados e seduzidos. A embriaguez e a orgia, a paixão, a inveja, a desonestidade de toda espécie estão representadas entre os que administram as leis. “A justiça se pôs longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar” (Is 59:14). As pessoas se lançam à caça de lucro e satisfação própria, como se não houvesse Deus, nem Céu, nem vida futura. [...]
O “tempo de angústia como nunca houve” está prestes a se manifestar. Necessitaremos de uma experiência que muitos são negligentes demais para obter. Dá-se muitas vezes o caso de se supor maior a angústia do que em realidade o é. Porém, não se dá isso com relação à crise diante de nós. A mais vívida descrição não pode atingir a grandeza daquela prova. Naquele tempo de provações, toda pessoa deverá por si mesma estar em pé perante Deus. [...]
Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está fazendo expiação por nós, devemos procurar nos tornar perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio. Algum desejo pecaminoso é cultivado, por meio do qual suas tentações asseguram sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo: “Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim” (Jo 14:30). Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. [Jesus] tinha guardado os mandamentos de Seu Pai e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para sua vantagem. Essa é a condição em que devem se encontrar os que subsistirão no tempo de angústia
(Review and Herald, 14 de março de 1912)

A Que É Que Se Deve O Aumento Das Fraudes Na Ciência?

Fraudulentos
Os pesquisadores dizem que ainda é raro, mas as fraudes nas pesquisas científicas estão a aumentar de um modo alarmante. Pior que isso, segundo um estudo recente que documentou a tendência, os pesquisadores não entendem o porque disto estar a acontecer.
Segundo a Associated Press, citando dados do estudo, uma análise às retractações que ocorreram nas publicações médicas e biológicas (revistas por pares) apurou que a percentagem de estudos retirados devido a fraudes ou suspeita de fraude aumentou dramaticamente desde meados dos anos 1970.
O estudo verificou que em 1976 havia menos de 10 retractações por motivos de fraude por cada milhão de estudos publicados; por volta de 2007, as retractações por motivos de fraude haviam crescido para 96 por cada milhão.
Embora os autores do estudo não consigam explicar o fenómeno, eles e peritos exteriores alegam que isto ocorre devido a pressão adicional imposta aos pesquisadores de modo a que eles possam ganhar nome nos meios científicos e poder, assim, aumentar o seu financiamento de obter reconhecimento. Para além disso, eles afirmam que parece haver um aumento geral da decepção na sociedade, e que a ciência pode estar apenas a espelhar isso.
A fraude é rara mas ocorre em áreas importantes
Os autores afirmaram que a fraude nas pesquisas das Ciências da Vida [http://en.wikipedia.org/wiki/Life_sciences] são raras, sendo cometidas por apenas algumas dúzias de vigaristas, mas que noo entanto, isto pode mesmo assim causar problemas enormes, disse Arturo Casadevall, professor de microbiologia na “Albert Einstein College of Medicine” em New York.
Casadevall, o líder do estudo, e a sua equipa examinaram os motivos por trás de 2,047 retractações entre milhões de estudos publicados pelas revistas científicas e mantidas numa base de dados governamental para pesquisas centradas na medicina. A causa primária para retractação foi a fraude, que é responsável por 43% das retractações. Quando a fraude foi associada a outras áreas de má conduta académica, tal como o plágio, o número passou para duas ou três retractações.
Casadevall afirma:
“Muito poucas pessoas fazem fraudes mas quando eles o fazem, isso é feito em áreas que são muito importantes. E quando estas coisas são descobertas, a sociedade perde a sua fé na ciência.”
Cientista com TuboCasadevall acrescentou ainda que algumas das retractações mais importantes por motivos de fraude incluíam 9 estudos distintos da muita-anunciada pesquisa na Duke University relativa ao tratamento do cancro, bem como o trabalho do perito Sul-Coreano na clonagem que foi mais tarde condenado por desfalque por comprar de modo ilegal óvulos humanos para a sua pesquisa. O pesquisador Nova-Iorquino diz ainda que ficou surpreso pelo que apurou uma vez que originalmente ele não tinha planos de analisar as fraudes. Em vez disso, assim diz o próprio, ele tinha planos de examinar os erros evitáveis mais comuns que haviam levado à retractação.
Nicholas Steneck, director do programa de pesquisas éticas na Universidade de Michigan (que não esteve envolvido no estudo liderado por Casadevall), disse à AP que outros estudos mostraram também um aumento nas retractações, mas que nenhum deles havia apurado que a má conduta científica ou a desonestidade eram as causas primárias. Ele acrescentou ainda que os estudos actuais revelam a necessidade de uma reportagem mais compreensiva das retractações por parte das próprias revistas científicas. Steneck e outros afirmaram que, no geral, os estudos parecem indicar uma melhor detecção de fraude científica pode já estar a acontecer.
Casadevall ressalvou que “a maior parte dos cientistas são pessoas bem intencionadas que ficarão totalmente chocados” com o que ele apurou (que está publicado online na “Proceedings of the National Academy of Sciences”, que, depois do Journal Science, é o sítio com o maior número de artigos retractados por todos os motivos. O ”Journal of Biological Chemistry” era a publicação com o maior número de retractações por motivos de fraude.
Casadevall disse que, mesmo que a sociedade em geral se tenha tornado mais deceptiva, “Eu pensava que a ciência era um domínio diferente, mas acho que a ciência é tal como tudo o resto, susceptível às mesmas pressões.” O que se passa na ciência, no entanto, é que existe “um desproporcional sistema de recompensa,” e portanto, se os pesquisadores são publicados em revistas-chave, eles são mais susceptíveis de obter trabalho e financiamento, tornado a tentação para enganar ainda mais forte.
Segundo a AP, o bioético da Universidade de New York, Arthur Caplan, afirmou:
Quanto mais dinheiro estiver envolvido, maiores serão as razões para se levar a cabo uma fraude. mais fama, mais potencial para o lucro…. Algumas das fraudes e mentiras [feitas pelos cientistas] não são de todo diferentes das mentiras e das fraudes que já vimos no comércio bancário.
Fraude2Não deixa de ser curioso que quando se trata de enaltecer as capacidades intelectuais de algum grupo social, os evolucionistas rapidamente apontem para os cientistas [evolucionistas] como símbolo de desempenho moral acima da média, mas quando se descobre a quantidade crescente de fraude existente nesses mesmos antros científicos, as pessoas sejam rápidas a afirmar que “os cientistas são como todas as outras pessoas da sociedade”.
Obviamente que o Cristão já sabia que não existia qualquer superioridade moral dentro da comunidade científica porque a Bíblia claramente diz que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rom 3:23), e “Não há um justo, nem um sequer” (Rom 3:10) e por fim “Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Rom 3:12) . Os ateus é que ainda não estavam actualizados nesse sentido (embora a Bíblia esteja disponível há mais de 1500 anos).
Quando a comunidade evolucionista tenta atribuir algum tipo de superioridade moral ou integridade científica aos cientistas por via do seu alegado conhecimento técnico, os evolucionistas não só se encontram do lado errado dos dados empíricos, que demonstram que os cientistas são tão mentirosos, fraudulentos, trapaceiros e gananciosos como o resto da sociedade, mas também se encontram em oposição ao Único Ser no universo que conhece na perfeição as limitações humanas: Deus.
Como já foi dito neste blogue, o propósito não é demonizar os cientistas mas mostrar o quão contra-producente colocar demasiada fé no conhecimento humano (especialmente no que toca a temas com alcance eterno). A ciência é importante, mas enquanto ela for feita por seres humanos, ela será totalmente limitada.
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso: quem o conhecerá?” Jeremias 17:9

sábado, 26 de outubro de 2013

Câncer de mama: você conhece os mitos sobre a doença?

Descubra os fatores de risco e os sintomas relacionados

O mês de outubro marca um período de mobilização internacional chamado Outubro Rosa, campanha com objetivo de informar a população sobre a prevenção do câncer de mama, tumor que mais mata mulheres no Brasil e no mundo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), são 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano em todo mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. Apesar de também afetar os homens, a proporção entre as incidências é assombrosa - para cada homem com câncer de mama, 100 mulheres tem a doença. O grande número de casos, no entanto, acabou dando origem a muitos mitos sobre a doença. Para esclarecê-los de uma vez por todas, conversamos com os especialistas que mais entendem do assunto. Desvende um por um e aprenda como se prevenir corretamente ou melhorar a adesão ao tratamento:

O que é Câncer de mama?

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A proporção de câncer de mama em homens e mulheres é de 1:100 - ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade.
Câncer de mama: saiba como os nódulos malignos se formam

Tipos

Existem diversos tipos e subtipos de câncer de mama. No geral, o diagnóstico para o câncer de mama leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, seu tipo tipo histológico, avaliação imunoistoquímica e seu estadio (extensão):

Tumor invasivo ou não

Um câncer de mama não invasivo, também chamado de câncer in situ, é aquele que está contido em algum ponto da mama, sem se espalhar para outros órgãos - a membrana que reveste o tumor não se rompe, e as células cancerosas ficam concentradas dentro daquele nódulo. Já o câncer de mama invasivo acontece quando essa membrana se rompe e as células cancerosas invadem outros pontos do organismo. Todo câncer de mama in situ tem potencial para se transformar em um câncer de mama invasor.


Também chamada de IQH, a avaliação imunoistoquímica para o câncer de mama avalia se aquele tumor tem os chamados receptores hormonais. Aproximadamente 65 a 70% dos cânceres de mama tem esses receptores, que são uma espécie de ancoradouro para um determinado hormônio. Existem três tipos de receptores hormonais para o câncer de mama: o de estrógeno, o de progesterona e o de HER-2. Esses receptores fazem com que o determinado hormônio seja atraído para o tumor, se ligando ao receptor e fazendo com que essa célula maligna se divida, agravando o câncer de mama.Avaliação Imunoistoquímica

A progesterona e o estrógeno são hormônios que circulam normalmente por nosso organismo, que podem se ligar aos receptores hormonais do câncer de mama, quando houver. Já o HER-2 (sigla para receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano) é um gene que pode ser encontrado em todas as células do corpo humano, que tem como função ajudar a célula nos processos de divisão celular. O gene HER-2 faz com que a célula produza uma proteína chamada proteína HER-2, que fica na superfície das células. De tempos em tempos, a proteína HER-2 envia sinais para o núcleo da célula, avisando que chegou o momento da divisão celular. Na mama, cada célula possui duas cópias do gene HER-2, que contribuem para o funcionamento normal destas células. Porém, em algumas pacientes com câncer de mama, ocorre o aparecimento de um grande número de genes HER-2 no interior das células da mama. Com o aumento do número de genes HER-2 no núcleo, ficará também aumentado o número de receptores HER-2 na superfície das células.

Tipo histológico

O tipo histológico é como se fosse o nome e o sobrenome do câncer de mama. Os tipos histológicos de câncer de mama se dividem em vários subtipos, de acordo com fatores como a presença ou ausência de receptores hormonais e extensão do tumor. Os tipos mais básicos de câncer de mama são:
  • Carcinoma ducta in situ:é o tipo mais comum de câncer de mama não invasivo. Ele afeta os ductos da mama, que são os canais que conduzem leite. O câncer de mama in situ não invade outros tecidos nem se espalha pela corrente sanguínea, mas pode ser multifocal, ou seja, pode haver vários focos dessa neoplasia na mesma mama. Caracterizase pela presença de um ou mais receptores hormonais na superfície das células.
  • Carcinoma ductal invasivo:ele também acomete os ductos da mama, e se caracteriza por um tumor que pode invadir os tecidos que os circundam. O câncer de mama do tipo ductal invasivo representa de 65 a 85% dos cânceres de mama invasivos. Esse carcinoma pode crescer localmente ou se espalhar para outros órgãos por meio de veias e vasos linfáticos. Caracteriza-se pela presença de um ou mais receptores hormonais na superfície das células.
  • Carcinoma lobular in situ: ele se origina nas células dos lobos mamários e não tem a capacidade de invasão dos tecidos adjacentes. É um tipo de câncer de mama que frequentemente é multifocal. O carcinoma lobular in situ representa de 2 a 6% dos casos de câncer de mama.
  • Carcinoma lobular invasivo: ele também nasce dos lobos mamários e é o segundo tipo mais comum de câncer de mama. O carcinoma lobular invasivo pode invadir outros tecidos e crescer localmente ou se espalhar. Geralmente apresenta receptores de estrógeno e progesterona na superfície das células, mas raramente a proteína HER-2.
  • Carcinoma inflamatório: raramente apresenta receptores hormonais, podendo ser chamado de triplo negativo. Ele é a forma mais agressiva de câncer de mama – e também a mais rara. O carcinoma inflamatório se apresenta como uma inflamação na mama e frequentemente tem uma grande extensão. O câncer de mama do tipo inflamatório também começa nas glândulas que produzem leite. As chances dele se espalhar por outras partes do corpo e produzir metástases são grandes.
  • Doença de Paget: é um tipo de câncer de mama que acomete a aréola ou mamilos, podendo afetar os dois ao mesmo tempo. Ele representa de 0,5 a 4,3% de todos os casos de carcinoma mamário, sendo portando uma forma mais rara. Ele é caracterizado por alterações na pele do mamilo, como crostas e inflamações – no entanto, também pode ser assintomático. Existem duas teorias para explicar a origem da doença de Paget da mama: as células tumorais podem crescer nos ductos mamários e progredir em direção à epiderme do mamilo, ou então as células tumorais se desenvolvem já na porção terminal dos ductos, na junção com a epiderme.

Estadiamento da doença

O câncer de mama é dividido em quatro estadios ou estágios, conforme a extensão da doença, que vão do 0 ao 4:
  • Estadio 0: as células cancerosas ainda estão contidas nos ductos, por isso o problema é quase sempre curável
  • Estadio 1: tumor com menos de 2 cm, sem acometimento das glândulas linfáticas da axila
  • Estadio 3: nódulo com mais de 5 cm que pode alcançar estruturas vizinhas, como músculo e pele, assim como as glândulas linfáticas. Mas ainda não há indício de que o câncer se espalhou pelo corpo
  • Estadio 4: tumores de qualquer tamanho com metástases e, geralmente, há comprometimento das glândulas linfáticas. No Brasil cerca de 60 a 70% dos casos são diagnosticado em estadio 3 ou 4.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para o câncer de mama são:


Os critérios para identificar o risco genético que uma mulher tem de sofrer um câncer de mama são:Histórico familiar

  • Dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama
  • Um parente de primeiro grau e dois ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com a doença
  • Dois parentes de primeiro grau com câncer de mama, sendo que um teve a doença antes de 45 anos
  • Um parente de primeiro grau com câncer de mama bilateral
  • Um parente de primeiro grau com câncer de mama e um ou mais parentes com câncer de ovário
  • Um parente de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e dois ou mais com câncer de ovário
  • Três ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de mama
  • E dois parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e um ou mais com câncer de ovário.


As mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas de câncer de mama. Isso porque a exposição ao hormônio estrógeno está no auge com a chegada dessa idade. A partir dos 50 anos, particularmente, os riscos entram em uma curva ascendente.
Idade

Menstruação precoce

A relação entre menstruação e câncer de mama está no fato de que é no início desse período que o corpo da mulher passa a produzir quantidades maiores do hormônio estrógeno. Esse hormônio em quantidades alteradas facilita a proliferação desordenada de células mamárias, resultando em um tumor. Quanto mais intensa e duradoura é a ação do hormônio nas células mamárias, maior é a probabilidade de um tumor. Se a primeira menstruação ocorre por volta dos 9 ou 10 anos de idade, é porque os ovários intensificaram a produção do hormônio cedo e, assim, o organismo ficará exposto ao estrógeno por mais tempo no decorrer da vida.

Menopausa tardia

A lógica nesse caso é a mesma do caso acima - enquanto a menstruação não cessa, os ovários continuam a produzir o estrógeno, deixando as glândulas mamárias mais expostas ao crescimento celular desordenado.

Reposição hormonal

Muitas mulheres procuram a reposição hormonal para diminuir os sintomas da menopausa. Mas essa reposição - principalmente de esteroides, como estrógeno e progesterona - pode aumentar as chances de câncer de mama. Na menopausa, os tecidos ficam ainda mais sensíveis à ação do estrógeno, já que os níveis desse hormônio estão baixos devido à ausência de sua produção pelo ovário. Como alternativa à reposição hormonal, é indicada a prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada.

Colesterol alto

O colesterol é a gordura que serve de matéria prima para a fabricação do estrógeno. Dessa forma, mulheres que altos níveis de colesterol tendem a produzir esse hormônio em maior quantidade, aumentando o risco de câncer de mama.

Obesidade

O excesso de peso é um fator de risco para o câncer de mama principalmente após a menopausa. Isso porque a partir dessa idade o tecido gorduroso passa a atuar como uma nova fábrica de hormônios. Sob a ação de enzimas, a gordura armazenada nas mamas, por exemplo, é convertida em estrógeno. O alerta é mais sério para aquelas que apresentam um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30. A redução de apenas 5% do peso já cortaria quase pela metade os riscos de desenvolver alguns dos principais tipos de câncer de mama. A constatação é de pesquisadores do Centro de Prevenção Fred Hutchinson (EUA), com base na avaliação de dados de 439 mulheres acima do peso entre 50 e 75 anos de idade.


Mulheres que nunca tiveram filhos têm mais chances de ter câncer de mama devido a ausência de amamentação. Quando a mulher amamenta, ela estimula as glândulas mamárias e diminui a quantidade de hormônios, como o estrógeno, em sua corrente sanguínea.Ausência de gravidez

Lesões de risco

Já ter apresentado algum tipo de alteração na mama não relacionada ao câncer de mama também pode aumentar as chances do surgimento de tumores. Dessa forma, pequenos cistos ou calcificações encontrados na mama, ainda que benignos, devem ser acompanhados com atenção.

Tumor de mama anterior

Pacientes que já tiveram câncer de mama têm mais chances de apresentar outro tumor - nesse caso, o câncer de mama é chamado de câncer recidivo, ou um câncer de mama que sofreu uma recidiva.