sexta-feira, 31 de maio de 2013

Metade dos homens tem HPV, diz pesquisa

Cerca de 50% dos homens que participaram de um estudo populacional estavam infectados com o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês)


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Preservativo: ele ajuda na proteção contra o vírus HPV
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Cerca de 50% dos homens que participaram de um estudo populacional estavam infectados com o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês). O trabalho, publicado na revista científica The Lancet, analisou voluntários saudáveis de três países: Brasil, México e Estados Unidos.
O resultado surpreendeu os especialistas, pois revelou uma prevalência muito maior que a encontrada em estudos semelhantes com mulheres, quando o porcentual de infecção pelo vírus não ultrapassa 20%.
Nos homens e nas mulheres, o HPV pode causar câncer, embora, nas mulheres, a evolução para displasias – quadro prévio ao tumor – seja mais comum. O contágio ocorre principalmente por via sexual, mas, ao contrário do HIV, o uso de preservativo não é tão eficaz. No Brasil, 44% das mulheres diagnosticadas com câncer de colo do útero já descobrem a doença em estágio avançado.
O estudo analisou 1.159 homens com idades entre 18 e 70 anos. Todos estavam saudáveis ao ingressar no estudo, diz Luisa Villa, coautora do artigo e pesquisadora do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer e coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do HPV (INCT-HPV), na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
“A maioria das pessoas pensa que HPV é um vírus associado predominantemente às mulheres: esse estudo revela que os homens são os principais infectados”, afirma José Eduardo Levi, do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, na USP. Levi não participou do estudo, mas há vários anos pesquisa testes moleculares para HPV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.Os voluntários não podiam relatar histórico de câncer no ânus ou no pênis, bem como a presença de verrugas genitais. Também não podiam apresentar infecção pelo HIV. Todos residiam na cidade de São Paulo, no sul da Flórida ou em Cuernavaca, no México.

HPV também é coisa de homem

Vírus sempre associado à mulher pode causar câncer de pênis

HPV não é exclusividade de mulheres
Em 1948, o pesquisador Alfred Kinsey abalou os Estados Unidos ao lançar o livro "O Comportamento Sexual do Homem", resultado de pesquisa que mostrou que perto de 10% dos homens no país que se relacionavam sexualmente com mulheres tinham tido experiências sexuais com outros homens.
Agora, 60 anos depois, o epidemiologista Alan Nyitray, do Centro de Câncer H. Lee Moffitt, em Tampa, na Flórida, realiza pesquisa na qual investiga o comportamento sexual de homens para entender como o HPV afeta a população masculina.
Embora seja comumente associado às mulheres – causador de câncer do colo do útero –, a infecção pelo papilomavírus humano pode causar câncer de pênis e câncer anal em homens.
Foi o aumento nas taxas de incidência do câncer anal entre homens e mulheres, e a diminuição no número de câncer cervical – causada provavelmente pelo surgimento da vacina contra o HPV – que levou Moffitt a realizar o estudo. O trabalho envolveu 4,2 mil homens nas cidades de Tampa, Cuernavaca (México) e São Paulo, recrutados em diversos meios, como universidades e quartéis militares.
A pesquisa comparou a infecção pelo vírus entre homens que fazem sexo com mulheres (HSM) e homens que se relacionam sexualmente com homens (HSH).
“A maior parte das pesquisas são sobre a distribuição do HPV entre HSM, mas não tem havido muitos trabalhos envolvendo o papilomavírus entre os HSH”, disse Nyitray à Agência FAPESP. O epidemiologista esteve no Rio de Janeiro em abril, para participar do Simpósio Internacional de Pesquisa em HPV, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz.
No estudo não foram usadas as categorias “homem heterossexual” ou “homossexual”. “Não recrutamos voluntários com base em seus comportamentos sexuais. Perguntamos se eles tiveram sexo penetrativo, oral, anal ou vaginal, se mantêm relações sexuais com mulheres ou homens, se essas relações eram recentes ou passadas. Preferimos não usar ‘hetero’ ou ‘homossexual’ porque não pedimos a eles para se rotularem, mesmo porque o conceito de homossexualidade varia culturalmente e de entre países”, disse Nyitray.
Em um resultado bem parecido com o obtido por Kinsey da década de 1940, 10% dos entrevistados afirmaram ter tido relações sexuais exclusivamente com homens ou com homens e mulheres.
“Em aproximadamente 12% dos HSM o HPV foi detectado no canal anal. Entre os HSH, o índice chegou a 48%, o que faz sentido, levando em conta o comportamento sexual dessa população, que apresenta maior número de parceiros. Mas mesmo assim tivemos 12% de ocorrência do HPV no canal anal de homens que fazem sexo exclusivamente com mulheres, o que nos causou surpresa”, disse o epidemiologista.
Desses 12%, metade apresentou o mesmo tipo do vírus no ânus e nos genitais. “Acreditamos na hipótese de inoculação. O HPV é muito infeccioso, facilmente transmitido. Talvez a transmissão tenha ocorrido entre as partes de seus corpos por meio de inoculação ou sua parceira pode estar passando o vírus por meio de secreções vaginais. Outros estudos também mostram o HPV na ponta dos dedos, então, nessas relações, a transmissão pode estar ocorrendo ao se passar a mão por essas partes do corpo”, disse.
O estudo apontou que, na comparação com homens de Tampa e de Cuernava, os de São Paulo se mostraram mais ativos sexualmente: o número médio de parceiras sexuais dos entrevistados HSM em São Paulo foi de 15 mulheres, contra cinco em Cuernava e sete em Tampa. E dois terços dos que afirmaram terem tido experiências sexuais com outros homens no passado também eram de São Paulo.
A infecção por HPV em homens é geralmente transitória e não gera implicações clínicas. No entanto, em alguns casos, a infecção persiste e há maior chance de se desenvolver câncer anal.
Entre os dois grupos, a maior persistência foi detectada entre os HSH. Em São Paulo, o estudo contou com a coordenação de Luisa Lina Villa, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do HPV (INCT-HPV), que tem apoio da FAPESP e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Cigarro e pílula podem minar saúde ginecológica e levar ao câncer

Dupla contribui para aparecimento do câncer de colo de útero

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Cigarro: elas têm mais dificuldade para abandonar o vício
São inúmeros os fatores que aumentam as chances de uma mulher desenvolver câncer de colo de útero, muitos deles evitáveis. Entre esses, estão o cigarro e o uso constante da pílula.
O cigarro é o fator ambiental mais significante para o aparecimento da doença, quem fuma tem duas vezes mais chance de desenvolver este tipo de câncer do que aqueles que não o fazem.
A malignidade aumenta significativamente de acordo com o número de maços consumidos por dia e também com o tempo de uso do cigarro (meses, anos ou décadas).
O fumo inibe a ação da proteína P53, que garante o bom funcionamento do sistema imunológico do corpo. Com a imunidade deficiente, o combate à doença fica prejudicado e uma infecção de HPV pode evoluir para um câncer de colo de útero mais facilmente.
“Já fizemos vários trabalhas onde comprovamos o que diz a literatura médica: o cigarro piora o prognóstico da evolução do HPV, bem como retarda o tempo de eliminação do mesmo”, afirma Nelo Manfredini Neto, ginecologista do Hospital Samaritano, de São Paulo.
“O cigarro tem uma característica interessante: ele acumula principalmente na região cervical, mais particularmente no muco cervical. Essas moléculas fazem com que o vírus possa ficar na região por mais tempo, ou seja, persistir mais”, explica Luisa Villa, coordenadora do Instituto do HPV.
Outra explicação seria a redução no uso de preservativo, já que a contracepção está sendo feita com a pílula. 

Câncer de colo de útero 

A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção causada pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos, alerta o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Segundo a entidade, são 18.430 novos casos todo ano e 4.800 vítimas fatais. No ranking, é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama. É a quarta causa de morte na população feminina no País. Além disso, 44% descobrem câncer de colo de útero em estágio avançado.
A boa notícia, no entanto, é que existem formas de preveni-lo. A vacina contra o HPV, por exemplo, é uma das tecnologias mais recentes no combate à doença. Ela chegou pela primeira vez ao Brasil em 2007 e está sendo indicada para mulheres sexualmente ativas até os 26 anos. Em outros países, no entanto, já está sendo aplicada também em outras faixas etárias.
A realização anual do exame papanicolaou também tem se mostrado bastante eficaz. Por meio desse exame é possível identificar lesões pré-cancerosas. Quando tratadas precocemente, podem impedir que a doença se torne um câncer.

Pare de fumar hoje

O que a ciência já sabe sobre os efeitos do cigarro, como o fumo age sobre o corpo e dicas para quem deseja parar

Foto: Getty ImagesCigarro: parar de fumar exige vontade e disciplina
O tabagismo é a primeira causa de morte evitável no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o cigarro mata anualmente quase 6 milhões de pessoas em todo o planeta – dessas, 600 mil são fumantes passivos. 
No Brasil, a indústria do cigarro movimenta 16 bilhões de reais e o País já é o segundo maior produtor de tabaco e o maior exportador do mundo.
Atualmente, 15% da população brasileira é fumante, apontam os dados da mais recente pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde (veja o mapa do fumo no Brasil).
A fumaça do cigarro é composta por mais de 4 mil substâncias, sendo que pelo menos 50 delas são comprovadamente cancerígenas. A relação direta entre fumo e câncer de pulmão já foi bem estabelecida pela ciência, mas pesquisas recentes vêm mostrando que o tabagismo está relacionado aos mais diversos tipos de câncer, além de doenças cardiovasculares e pulmonares.
Como em todo vício, parar de fumar exige vontade e disciplina. A maioria dos fumantes que para de fumar sofre mais de uma recaída ao longo do processo. Se isso já aconteceu com você, tente de novo.
O importante é não desistir nunca, mesmo que deixar de fumar pareça uma tarefa impossível. Até mesmo quem já teve, ou está se tratando de um câncer relacionado ao fumo deve seguir tentando parar, pois a cessação do tabagismo nesses casos melhora muito o prognóstico.
Triste realidade:
Se você está pensando em parar de fumar, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) oferece dicas fundamentais para isso:
Marque um dia para parar. Que tal hoje? Se isso não funcionar, reduza o número de cigarros fumados por dia e passe a fumar um a menos a cada dia
- Adie o primeiro cigarro do dia o quanto aguentar e tente aumentar diariamente esse tempo sem fumar
- Esqueça os cigarros de baixo teor, isso é seguir fumando
- Nas primeiras semanas, fuja de atividades e lugares que lembrem o cigarro (como o happy-hour no barzinho)
- Evite café, refrigerantes e principalmente bebidas alcoólicas
- Beba muita água (isso ajuda a reduzir a vontade de fumar)

Não se engane:

Quer uma ajudinha extra para parar? Veja o que pode ajudar:

Cigarro mata 350 pessoas diariamente no Brasil e 10 mil em todo o mundo

Cigarro mata 350 pessoas diariamente no Brasil e 10 mil em todo o mundo

Foto: SXC/Creative Commons
O cigarro é um dos produtos de consumo mais lucrativos no mundo. Os fabricantes ostentam uma clientela fiel e leal. O único problema é que seus melhores clientes morrem um a um. São também os únicos produtos legais que viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes, o matam. Porém, a venda acarreta grandes lucros para a indústria do tabaco, mas enormes prejuízos para os consumidores.
Um estudo realizado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) revela que o Brasil gasta em torno de R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro. O estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no País. São 130 mil óbitos anuais, sendo (350 por dia). Dados do Ministério da Saúde indicam que a fumaça do cigarro reúne cerce de 4.700 substâncias tóxicas diferentes, muitas delas cancerígenas.
Mesmo sendo de conhecimento dos consumidores do cigarro, sobre os riscos de doenças que podem levar a morte, os usuários não se intimidam e continuam fazendo uso do tabaco, ignorando a propaganda que trás nas carteiras, fotos de pessoas em estágios terminais e com diversos tipos de câncer e pulmões doentes.
Há um ano, o trabalhador rural José Carlos Souza Santos, 52 anos, descobriu um caroço embaixo da língua. Ao procurar um especialista, o médico pediu exames com urgências e foi diagnosticado um câncer avançado que já tomava a garganta. “A primeira pergunta que o médico fez foi: Você é fumante há quanto tempo? Hoje vejo o mal que o cigarro fez na minha vida. A gente nunca acha que vamos ser surpreendido com uma doença dessa. Se tivesse uma nova oportunidade, nunca fumava em minha vida”, ressaltou.
José Carlos fumava desde a adolescência. Quando não tinha dinheiro para comprar o cigarro industrializado, ele usava o cigarro feito com fumo de rolo. Ele já passou por duas cirurgias, perdeu parte da língua e fala e se alimenta com dificuldades. Há quinze dias, foi surpreendido com a notícia de que o câncer havia voltado, porém, os médicos disseram que não podem fazer mais nada. Hoje, ele se encontra desenganado pela medicina, fazendo uso apenas de morfina para amenizar a dor causada pela doença.
O pneumologista Francisco Hora Fontes explica que o tabagismo é uma doença crônica, causada pela dependência do tabaco, e que os produtos derivados do tabaco, especialmente os cigarros, são feitos para criar e manter dependência química nos consumidores. Francisco disse que há uma série de doenças que podem ser desencadeadas pelo vício, como acidente vascular cerebral, trombose, enfisema pulmonar, infarto, cânceres na boca, língua, pulmão, mama, bexiga dentre outros. “Em geral, o cigarro é uma fonte inesgotável de doenças causado pelos fumantes ativo e passivo”, completou.
Dependente precisa buscar ajuda
O médico ainda acrescentou que a dependência maior do cigarro é por causa do uso da nicotina. “A nicotina é um artefato para que os indivíduos criem dependência, pois ela age no cérebro dando ao indivíduo sensação de prazer e relaxamento. É como se fosse um antidepressivo, se não fizesse mal, seria uma droga excelente, mas a nicotina mata. Ela entope as artérias que consequentemente, acarreta em mortes”.
O viciado em cigarro precisa contar com muito esforço e apoio médico para deixar a dependência. Segundo Francisco Fontes, não é fácil o indivíduo deixar o cigarro da noite para o dia.
“Devido à dependência, o fumante precisa buscar ajuda de remédios e psicológica para se livrar do tabaco. Hoje, temos vários hospitais conveniados com o SUS que prestam todo atendimento aos indivíduos que querem deixar o cigarro”, ressaltou o médico.
Desde 2011, aquele hábito de acender um cigarro no restaurante, na padaria e no bar deixou de existir, graças à lei federal que proíbe o fumo em ambientes fechados. Nos consultórios e hospitais, a percepção dos médicos é a de que essa proibição está surtindo efeito, com a diminuição de pessoas que faziam uso do cigarro. Conforme Francisco Fontes, se comparado a outras épocas, hoje o número de fumantes no Brasil diminuiu 50%, graças a campanhas antitabagismo.
Dez mil mortes por dia é o número de óbitos registrados em decorrência ao consumo de cigarro em todo planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde. O estudo indica ainda que o tabaco é a principal causa de morte no mundo, seguida pelo álcool e pela inalação indireta do fumo, ou seja, que atinge aquele indivíduo que não fuma, mas convive com fumantes.
Apesar dos números alarmantes, o Ministério da Saúde destaca Salvador como uma das capitais brasileiras com o menor índice de fumantes, com uma incidência de 9%, ficando atrás apenas de Maceió, com população de 8% de fumantes. O baixo consumo de tabaco na capital baiana é o resultado do intenso trabalho realizado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) que em 2006 implantou o Programa Municipal de Controle do Tabagismo, que somente no ano passado tratou mais de 800 pacientes nas unidades de referência de sua rede.
Com o objetivo de reduzir ainda mais a incidência do tabagismo em Salvador, a mortalidade por doenças associadas ao cigarro,a SMS realiza amanhã (29) atividades pontuais contra a doença. As ações serão alusivas ainda ao Dia Mundial de Controle ao Tabaco, celebrado em 31 de maio.
Serviços gratuitos
Rio Vermelho
O Distrito Sanitário Barra Rio Vermelho realiza, das 8 às 12 horas, no espaço conhecido como Largo da Dinha, no Rio Vermelho serviços como avaliação da função respiratória, aferição de pressão arterial, orientações nutricionais como medição de peso, altura e circunferência abdominal, avaliação com estomatologista para prevenção de câncer de boca, além de distribuição de cartilhas e informações sobre os riscos do tabagismo oferecidos gratuitamente à população.

Profissionais de saúde do Centro de Referência em Doenças Cardiovasculares – CRDC Adriano Pondé em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia – Seção Bahia e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – Secção Bahia, estarão disponíveis, a partir das 13h30, para dirimir dúvidas e encaminhar interessados para tratamento gratuito na rede pública de saúde.
Pernambués
A partir das 13h30, o Centro de Atenção Psicossocial - CAPS ad Pernambués promove uma aula aberta, em sua sede, sobre os males do tabagismo e suas implicações na saúde do indivíduo. A unidade está localizada na Rua Conde Pereira Carneiro, nº 271, Pernambués. 

O tabagismo é uma doença caracterizada pela dependência da nicotina, classificada no grupo de transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas. A Organização Mundial da Saúde estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes.
O consumo de derivados do tabaco causa quase 50 doenças diferentes, principalmente as cardiovasculares (infarto, angina) o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite). O tabagismo ainda pode causar impotência sexual no homem, complicações na gravidez, aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e trombose vascular.
Dia Mundial sem Tabaco
O Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM), especializada em doenças pulmonares terá várias atividades em comemoração ao Dia Mundial sem Tabaco comemorado no dia 31 deste mês. Com apoio do Programa Estadual de combate ao Tabagismo, a comemoração será antecipada para hoje a partir das 15 horas, no auditório da unidade hospitalar.
Na oportunidade serão entregues certificados a ex-fumantes acompanhados pelo Programa de Atendimento ao Tabagismo (PAT) do hospital, e que deixaram de fumar tem um ano. A programação também inclui uma palestra do pneumologista Francisco Hora Fontes, do Programa Estadual de Combate ao Tabagismo, sobre o tema “Como resistir à tentação do cigarro?”. Em seguida, serão entregues os certificados aos ex-fumantes e lançada oficialmente a extensão do programa (PAT), para atender pacientes internados no HEOM. 

Mulher fumante exige tratamento duplo

Dependência da nicotina no público feminino é emocional e requer combinação de métodos

Parar de fumar, na maioria das vezes, requer, além de iniciativa e vontade, tratamentos paralelos que ajudem a combater a dependência química da nicotina. A maneira de se livrar do cigarro, porém, não é a mesma para homens e mulheres.
A relação de dependência do tabaco, nos homens, é muito mais racional que para as mulheres. Nelas, o vicio é uma compensação emocional e está diretamente ligado a ansiedade e insegurança.
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Mulheres jovens são alvo da indústria do tabaco
Segundo a cardiologista do Hospital do Coração e membro do comitê antitabaco da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Silvia Cury, o cigarro, para o homem, é uma ferramenta para combater o estresse. Nas mulheres, o vínculo emocional é mais intenso: alivia a angústia, insegurança e a ansiedade.
A especialista alerta que por essas razões, o tratamento do público feminino, muitas vezes, requer a combinação de medicação especifica, uso do adesivo de nicotina e terapia. “Os homens se dão melhor com o tratamento a base de adesivo de nicotina. A relação deles com a dependência está relacionada, normalmente, com o estresse. Na mulher, essa ligação é mais profunda e emocional. Elas regem melhor a medicação, adesivo e acompanhamento médico.”
O remédio dado durante o processo requer abstinência de álcool. Silvia explica que embora a medicação funcione bem no público feminino, as mulheres reagem negativamente à proibição da bebida. Nos homens, esse impeditivo é mais bem aceito.
“Pra cada paciente temos uma avaliação específica. Usamos a medicação associada ao adesivo nas mulheres porque ela controla bem a ansiedade que a falta da nicotina provoca, mas muitas delas não querem ficar sem beber durante o tratamento.”
Os efeitos da falta do cigarro também apresentam diferenças pontuais entre os gêneros. A especialista revela que as mulheres costumam ficar mais desanimas, apáticas. No homem, esses sintomas dificilmente aparecem.
Mitos e verdades
Na matemática feminina, antigamente, parar de fumar resultava, invariavelmente, em quilos a mais na balança. Silvia comenta que o mito ainda existe, mas não é mais um dos impeditivos para iniciar o tratamento. “Esse medo ainda é real, mas menos comum. As pessoas estão vendo que não existe correlação. A ansiedade da falta de nicotina pode provocar uma compensação na comida, mas isso não é um efeito colateral.”
O paralelo entre gordura e o tabaco foi gerado, segundo a médica, por conta da dieta do cigarro. Silvia procura orientar as pacientes a não substituir a nicotina pela refeição.“Engordar entre três a cinco quilos durante o tratamento, que pode durar de três meses a um ano, é normal do ponto de vista médico. Para quem utilizou o cigarro como moderador de apetite é ainda mais comum que isso ocorra, mas não é regra.”
Se a gordura fosse uma conseqüência imediata, os fumantes que pararam com o vicio por um tempo e retomaram meses depois, deveriam emagrecer, contesta a especialista. “Não existe relação direta. Se o cigarro não emagrece, não é possível que engorde.”

Estresse, ansiedade e até felicidade são gatilhos de recaídas no cigarro

Especialistas explicam que associar o fumo às atividades do cotidiano, mesmo aos sentimentos positivos, interfere na briga contra o vício. Veja dicas para vencer o tabaco

Para quem decide parar de fumar, até a felicidade pode ser um desafio, alertam os especialistas. O estresse, ansiedade e até as comemorações e os sentimentos positivos podem ser gatilhos de recaída no fumo, como explica a psicóloga e gerente do serviço de psicologia do Hospital do Coração (HCor) Sílvia Cury Ismael.
“Muitos acendem um cigarro para comemorar os momentos felizes", afirma a especialista, emendando que a mesma justificativa de recorrer ao tabaco é usada para momentos estressantes.
Nesta sexta-feira (31) é comemorado em todo o planeta o Dia mundial sem tabaco. A primeira orientação dos médicos e profissionais de saúde para celebrar a data é deixar de associar o fumo a atividades cotidianas, como a produção no trabalho ou o happy-hour com os amigos.
Mulheres
Segundo Sílvia, este comportamento associativo com o cigarro é feito por homens e mulheres, mas elas, em geral, apresentam uma relação ainda mais emocional com o cigarro, o que pode influenciar de forma decisiva no tratamento.
"A mulher lida com o cigarro de uma forma menos racional, então acaba tendo dificuldade para parar e mais chances de recair", diz Sílvia.
Thinkstock/Getty Images
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“Isso acontece porque o fumo pode estar relacionado a níveis maiores de depressão ou à questão hormonal, mais influentes no organismo feminino", completa a psicóloga.
A cardiologista, responsável pelo programa de tratamento de tabagismo no Instituto do Coração de São Paulo (Incor), Jaqueline Issa, acrescenta que a ansiedade e o acúmulo de tarefas também tornam as fumantes mais vulneráveis.
"Elas lidam com várias atividades ao mesmo tempo, o que sobrecarrega. As frustrações minam a decisão de resistir a um cigarro”, explica a médica.
“É como estar na TPM e ter que controlar a vontade de comer chocolate. Mas é perfeitamente possível parar de fumar com o tratamento”, incentiva a cardiologista.
Rápido e perigoso
De acordo com Jaqueline, o cigarro age muito rápido. “Em 7 segundos, ele traz uma sensação de relaxamento.”
Trocar os sete segundos de alívio trazidos pelo trago por uma vida toda sem estar no alvo direto das doenças acarretadas pelo tabagismo, como câncer , infarto e acidente vascular cerebral (AVC), é um bom negócio.
“Existem quatro graus que medem o vício do tabaco que independem de quantos cigarros são fumados por dia”, explica a especialista do Incor. “Pessoas que fumam pouco podem ser tão dependentes como aquelas que fumam muito", diz.
"Porém, a partir do segundo grau, devemos olhar o paciente com mais atenção. Ao tentar parar de fumar, vão surgir sintomas de abstinência, como irritabilidade, ansiedade, desejo compulsivo por comida, aflição", explica a especialista ao ressaltar que para esta parcela são indicados medicamentos que favorecem a luta contra o vício.
Ganho de peso
Lidar com a abstinência pode não ser fácil. Por isso existem tratamentos comportamentais e medicamentosos, estes últimos prescritos para quem tem grande dificuldade para parar de fumar.

"Isso não é um efeito do remédio, ele apenas revela como a pessoa é naturalmente sem o cigarro, ou seja, como ela vai se comportar após se livrar completamente do vício”, explica a especialista.“Os remédios eliminam os sintomas de abstinência, então o paciente se sente confortável, mais calmo, sem a impaciência ou irritação típica da abstinência", afirma Jaqueline Issa.

Para as mulheres que ficam preocupadas em ganhar peso, a cardiologista explica que a compulsão por comida ocorre por causa da abstinência, mas que, com a medicação, ela desaparece.
“O tratamento é um alívio”, conta a especialista, ressaltando que apenas os médicos podem fazer esta 
Pensamento disfuncional
“Trabalhamos bastante a questão do pensamento do fumante, que chamamos de pensamento disfuncional. Ele diz que, se não fumar, não consegue pensar, trabalhar, lembrar das coisas ou ser ágil, como se o cigarro fosse uma gasolina, um impulso”, conta Sílvia, do HCor.
“Procuramos ajudar o dependente a achar os recursos de enfrentamento, qual é a alternativa ao cigarro nos momentos de ansiedade, por exemplo.”
A psicóloga explica que muitos começam a fumar por curiosidade ou para serem aceitos pelo grupo – e se arrependem depois.
“A maioria que nos procura ainda não tem problemas de saúde causados pelo cigarro, o que facilita o tratamento”, explica ela.
Já a motivação dos que já estão doentes é mais fraca. “Eles têm o pensamento de que já estão doentes, então acreditam que não há mais nada para fazer para prevenir”, lamenta.
Dicas para controlar a fissura
Segundo o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD), é possível controlar as crises de vontade de fumar. A crise dura de 1 a 5 minutos, e a maior recomendação é ter em mente que o desconforto será por um período curto. As dicas para que esses minutos não se transformem em tortura são: 
- Beber água, respirar profundamente, se possível com os olhos fechados é um exercício respiratório que ajuda a relaxar
- Montar e ter sempre por perto o "kit fissura", que consiste em cravo, canela, passas de uva, damasco picado, semente de abóbora ou casca de laranja seca no forno, legumes crus (cenoura, erva-doce ou pepino cortado em palito), frutas, cristais de gengibre, balas e chicletes dietéticos, bolachas de água e barras de cereal light.

FEIRA FORTE DE CABO FRIO

FEIRA FORTE DE CABO FRIO MUITO BOA, VALE MUITO CONFERIR.

OI GOVERNADOR, A CENA É MUITO TRISTE.

OI GOVERNADOR, A CENA É MUITO TRISTE.
NOSSO HOSPITAL REGIONAL DESDE QUARTA FEIRA À NOITE ESTA ASSIM:FECHADO,INOPERANTE,SEM VIDA.
DUAS AMBULÂNCIAS NA PORTA COM PROBLEMAS, NÃO FUNCIONAM.
QUEM PASSA PELA RODOVIA VÊ COM MUITA TRISTEZA ESSA SITUAÇÃO. 

FESTIVAL DE JAZZ EM RIO DAS OSTRAS-MUITO BOM!!!!!!É SÓ ATÉ DOMINGO!

FESTIVAL DE JAZZ EM RIO DAS OSTRAS-MUITO BOM!!!!!!É SÓ ATÉ DOMINGO!
O jazz é uma manifestação artístico-musical originária dos Estados Unidos. Tal manifestação teria surgido por volta do início do século XX na região de Nova Orleães e em suas proximidades, tendo, na cultura popular e na criatividade das comunidades negras que ali viviam, um de seus espaços de desenvolvimento mais importantes.
O jazz se desenvolveu com a mistura de várias tradições musicais, em particular a afro-americana. Esta nova forma de se fazer música incorporava blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime. Os instrumentos musicais básicos para o Jazz são aqueles usados em bandas marciais e bandas de dança: metais, palhetas e baterias. No entanto, o Jazz, em suas várias formas, aceita praticamente todo tipo de instrumento.
As origens da palavra "jazz" são incertas. A palavra tem suas raízes na gíria norte-americana e várias derivações têm sugerido tal fato. O jazz não foi aplicado como música até por volta de 1915. Earl Hines, nascido em 1903 e mais tarde se tornou celebrado músico de jazz, costumava dizer que estava "tocando o piano antes mesmo da palavra "jazz" ser inventada".
Desde o começo do seu desenvolvimento, no início do século XX, o jazz produziu uma grande variedade de subgêneros, como o dixieland da década de 1910, o Swing das Big bands das décadas 1930 e 1940, o bebop de meados da década de 1940, o jazz latino das décadas de 1950 e 1960 e o fusion das décadas de 1970 e 1980. Devido à sua divulgação mundial, o jazz se adaptou a muitos estilos musicais locais, obtendo, assim, uma grande variedade melódica, harmônica e rítmica.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O que são Corpus Christi:


Corpus Christi significa Corpo de Cristo, vem do latim, e tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo. É uma festa religiosa da Igreja Católica. A festa de Corpus Christi acontece sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão a quinta-feira santa quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia.

Corpus Christi é feriado nacional no Brasil desde 1961. São celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão onde é conduzido geralmente pelo Bispo, ou no caso de não haver, o pároco da Igreja,o Santíssimo Sacramento que é acompanhada por multidões de fiéis em cada cidade brasileira.

A tradição de enfeitar as ruas começou pela cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. A procissão pelas vias públicas, é uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina ao Bispo Diocesano que tome as providências para que ocorra toda a celebração, para testemunhar a adoração e veneração para com a Santíssima Eucaristia.

A procissão de Corpus Christi lembra a caminhada do povo de Deus, peregrino, em busca da Terra Prometida. O Antigo Testamento diz que o povo peregrino foi alimentado com maná, no deserto. Com a instituição da eucaristia o povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo.

FELICIDADE

FELICIDADE

No ano de 1874 navegadores alemães encontraram no Oceano Atlântico um navio que, sem rumo, era levado pelas ondas do mar. Nenhuma alma vivente. Alguns marinheiros foram ao navio, e que quadro horrível se lhes deparou aí! Defuntos já em estado de putrefação jaziam sobre o convés, outros nos camarotes. O diário havia sido escrito até dez dias antes. Víveres havia em abundância; mas, o que tinha acontecido? Os reservatórios de água doce se haviam tornado defeituosos; terminara a água de beber, e aí, no meio do oceano, morreram de sede! A água os rodeava mas não podiam com ela matar a sede.
Quantas pessoas hoje, em meio de um mar de alegrias e gozos, não sucumbirão, finalmente, por falta da verdadeira alegria e do real gozo que só Deus pode proporcionar!
Não exijamos do mundo o que ele não nos pode dar, não procuremos nos prazeres o que eles não têm. Diz-nos o divino cantor: "Na presença de Deus há abundância de alegria; à Sua mão direita há delícias perpetuamente." Esta é a experiência das pessoas que fazem sinceramente a vontade de Deus, pois a felicidade perene só a podemos obter junto dele.
FELICIDADE
 
No ano de 1874 navegadores alemães encontraram no Oceano Atlântico um navio que, sem rumo, era levado pelas ondas do mar. Nenhuma alma vivente. Alguns marinheiros foram ao navio, e que quadro horrível se lhes deparou aí! Defuntos já em estado de putrefação jaziam sobre o convés, outros nos camarotes. O diário havia sido escrito até dez dias antes. Víveres havia em abundância; mas, o que tinha acontecido? Os reservatórios de água doce se haviam tornado defeituosos; terminara a água de beber, e aí, no meio do oceano, morreram de sede! A água os rodeava mas não podiam com ela matar a sede.
Quantas pessoas hoje, em meio de um mar de alegrias e gozos, não sucumbirão, finalmente, por falta da verdadeira alegria e do real gozo que só Deus pode proporcionar!
Não exijamos do mundo o que ele não nos pode dar, não procuremos nos prazeres o que eles não têm. Diz-nos o divino cantor: "Na presença de Deus há abundância de alegria; à Sua mão direita há delícias perpetuamente." Esta é a experiência das pessoas que fazem sinceramente a vontade de Deus, pois a felicidade perene só a podemos obter junto dele.