''É bom ser mulher!!!!
Porque podemos ser todas em uma só, fortes e corajosas, frágeis e acessíveis, mães, filhas, amantes, donas de casa, profissionais.
Somos sensíveis e analisamos no dia-a-dia a melhor maneira de demonstrar o que pensamos .
"Nosso cérebro dá conta de vários serviços ao mesmo tempo.
''Porque mulheres são como chocolates. Podem ser brancas ou negras. Podem ser doces ou amargas. Podem até virem acompanhadas, mas no final todo mundo gosta.''
Irene Mell
Teste confirma gravidez, mas feto não se desenvolve. Conheça a condição que é uma das causas mais comuns de aborto espontâneo no primeiro trimestre da gestaçã
Para alguns casais, a alegria e a expectativa de uma nova vida que se forma é substituída pela frustração de saber que a gestação não foi adiante. Ainda assim, o teste de gravidez continua dando positivo e a mulher segue com todos os sintomas.
É a situação enfrentada em caso de gravidez anembrionada – ou anembrionária. Popularmente conhecida como “ovo cego”, ela ocorre quando o óvulo fertilizado pelo espermatozoide se implanta no útero mas não se desenvolve.
As células que deveriam dar origem ao embrião não conseguem terminar seu trabalho, gerando cromossomos a mais ou a menos. Apesar dessa disfunção, os hormônios da gravidez continuam sendo produzidos e o corpo não reconhece que o saco gestacional está, na verdade, vazio.
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Untrassonografia: exame é capaz de detectar a ausência do embrião na gravidez anembrionada
Normalmente, não há sintomas que indiquem o problema – eles só aparecem quando o aborto acontece espontaneamente. Até lá, a mulher continua se sentindo grávida, com sono e seios inchados e sensíveis. Geralmente, a mulher descobre o problema nas primeirasultrassonografias .
O ginecologista e obstetra Cristiano Caetano Salazar, do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, explica que a gravidez anembrionada é uma das causas mais comuns de aborto espontâneo no primeiro trimestre de gravidez – cerca de 20% do total das gestações humanas resultam em aborto neste período.
“Trata-se de uma gestação em fase inicial em que não detectamos a formação do embrião”, diz o obstetra. O médico esclarece que é mais comum encontrar alterações cromossômicas nesses embriões que não se desenvolvem do que naqueles que seguem a gestação até o fim – cerca de 89% das gestações anembrionadas têm alteração desse tipo.
Entre as causas listadas pelo especialista para uma gravidez anembrionada, estão a idade da mulher (superior aos 35 anos), o consumo frequente de álcool, o fumo, a exposição a algumas medicações, algumas doenças crônicas e história prévia de outros abortos espontâneos.
Outra explicação está ligada ao homem: espermatozoides com alterações cromossômicas também podem levar a uma gravidez sem embrião.
“Quando uma mulher já teve uma gravidez anembrionada a chance de acontecer novamente com ela é um pouco maior do que a chance de uma mulher que não passou por isso”, afirma o obstetra.
O especialista em reprodução humana Nilo Frantz recebe em sua clínica casais que passaram por essa e outras situações que levaram ao aborto espontâneo. “A causa que leva uma mulher a abortar pode ser a mesma dela não conseguir engravidar com facilidade”, afirma Frantz.
Após descobrir que não há embrião, pode-se tomar dois caminhos: esperar por um aborto espontâneo ou fazer a curetagem. O médico sempre indicará o tratamento mais adequado para cada paciente. É o profissional quem vai orientar o tempo de espera para tentar engravidar novamente.
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