Então as “ovelhas” vão dizer: “Mestre, do que o Senhor está falando? Quando é que O vimos com fome e O alimentamos, com sede e Lhe demos de beber? Quando é que O vimos doente ou preso e fomos visitá-Lo?” Mateus 25:37, 38 (The Message)
Em Sua última pregação antes de seguir para o Calvário, Jesus utilizou Seu método de ensino mais conhecido: a parábola. No capítulo 24 do Evangelho de Mateus, Ele esboçou o curso da história sagrada, desde o tempo dos discípulos até a segunda vinda. Em seguida, no capítulo 25, Ele falou a respeito do preparo para esse evento, encerrando com a cena do julgamento em que o justo é separado do ímpio.
A parábola das ovelhas e dos bodes aparentemente é muito simples. O pastor separa as ovelhas dos bodes, colocando as ovelhas à direita e os bodes à esquerda. De igual maneira, Jesus disse, ocorrerá no fim dos tempos, no dia do julgamento.
Jesus Se identificou como aquele que fará a separação: “O Filho do homem ocupará o Seu lugar em Seu trono glorioso. Então, todas as nações se colocarão diante dEle e Ele separará as pessoas” (Mt 25:31, The Message). Certamente é muito confortador pensar que Aquele que veio para nos salvar, oferecer Sua vida por nós no Calvário, é o mesmo que Se assentará como nosso juiz.
Mas e quanto à separação? Qual é o critério para separar as ovelhas dos bodes?
O critério nos deixa surpresos. Primeiro, porque não encontramos nenhuma especificação da fé em Jesus como nossa única esperança e salvação. Segundo, porque a separação parece fundamentar-se completamente nas obras – o que foi feito, ou o que não foi feito.
O que aconteceu com o evangelho? Onde está a graça?
Observe com atenção. Às vezes o que é óbvio está tão escancarado que nem percebemos.
Jesus separa as ovelhas dos bodes. Ele não declara que alguns são ovelhas e outros bodes; eles já são o que são. O julgamento simplesmente revela a identidade de cada um.
E as obras, ou a falta delas? Você notou o tom de surpresa? As “ovelhas” ficam surpresas (felizes) por serem elogiadas por aquilo que fizeram. A vida delas reflete o poder transformador da graça, mas elas não se dão conta disso. Não fizeram o bem para ganhar a salvação, mas porque foram salvas.
A salvação não é pelas obras, mas também não ocorre sem elas.
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