Guerra no Céu: Parece impossível acreditar, mas Apocalipse 12:7-9 nos diz: “Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos”.
Guerra no céu! Isso parece uma contradição de termos. Este fato traz à tona outras questões que nos deixam perplexos, como “Por que houve guerra no céu? Em primeiro lugar, o que o dragão estava fazendo no céu? O que Satanás fazia ali? De onde ele veio?”
Uma história de Satanás: Felizmente, temos algumas boas dicas. A Escritura faz alusões de como esse conflito se desenvolveu. Na verdade, podemos saber como era Satanás antes de o mundo ter sido criado e de onde ele veio. Ezequiel comunicou uma mensagem de Deus a respeito do rei de Tiro. Porém, na profecia vemos que Deus também está falando a respeito de outra pessoa. O rei exaltado representa uma criatura diferente, angélica. “… Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura…. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti” Ezequiel 28:12-15.
Aqui é descrito o “querubim da guarda ungido”. Era um anjo ungido para uma tarefa especial. No templo judaico, o querubim da guarda estava sobre o assento da misericórdia, o trono de Deus. Esse anjo tinha um lugar especial junto ao trono de Deus. Ele era “o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura”.
Porém, algo aconteceu com esse anjo. “se achou iniquidade nele. Ele permitiu que o pecado entrasse em sua vida. Como? Ezequiel 28:17 explica: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor”. Esse anjo foi pego por seu próprio esplendor e beleza. Não há nada errado com o apreciar seus talentos e capacidades e em sentir-se bem a respeito de si mesmo. Então, como esse anjo passou da autoestima saudável para a “ iniquidade”?
Como sua sabedoria se corrompeu? Isaías 14:12-14 nos responde – e também nos diz o nome do anjo: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã [Lúcifer], filho da alva!… Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”.
Lúcifer passou a ter apenas um pensamento. Estar próximo do trono de Deus não era suficiente. Ele queria uma posição superior. Ele queria “o reino, o poder e a glória” do próprio Deus!
O amor é a resposta: João nos diz que “Deus é amor” 1 João 4:8. O amor circundava Lúcifer. Mas ele se afastou desse amor e acabou vendo a Deus como um rival! Sua mente distorcida retratou Deus como o inimigo. Esse anjo rebelde questionou: “Por que Deus deveria ter todo o poder e autoridade?” Lúcifer acreditava que poderia realizar um trabalho melhor se estivesse no comando.
Bem, o céu era um lugar onde a inveja, difamação e a malícia nunca existiram até então. Os anjos nunca haviam ouvido uma mentira (que foi inventada por Lúcifer, João 8:44) e não podiam enfrentar a falsidade. Nunca lhes ocorreu questionar a sabedoria e o amor de Deus. Então, subitamente o brilhante Lúcifer, o querubim que estava perto do trono de Deus, começa a fazer comentários. Questiona porque Deus tem de receber toda a glória, porque todo ser criador tem de Lhe obedecer? Talvez haja uma alternativa, uma forma melhor de reger o universo. Lúcifer, que parecia ser razoável, tão sensato, questionou a autoridade de Deus e persuadiu muitos outros anjos a se unirem nessa rebelião – suficientes para entrarem em conflito quanto a quem deveria reger o universo. Seguiu-se uma grande batalha – um conflito cósmico. Houve guerra no céu, e Lúcifer (agora chamado Satanás) foi expulso do céu com seus seguidores. Por que Deus simplesmente não acabou com o mal pela raiz – destruí-lo antes que tivesse a chance de se propagar e causar tanto sofrimento? Se Deus tivesse executado Lúcifer, simplesmente matando-o em um instante, todos os demais anjos iriam pensar: “Pobre Lúcifer! Ele tentou nos dizer que Deus é um tirano – vejam o que lhe aconteceu! Parece que Lúcifer tinha razão. Parece que suas acusações eram verdadeiras”. Deus escolheu um caminho mais sensato: Permitiria a existência do pecado por um período de tempo e quando tivesse sido plenamente demonstrado que o caminho de Deus traz alegria e que o de Lúcifer, a morte, então e somente então Deus iria destruir o mal.
O amor não força. O amor permite que as pessoas tomem a decisão por si mesmas. Deus deseja que O amemos por quem Ele é. Ninguém então, salvo Deus, sabia quão desastrosa seria a alternativa de Lúcifer. Ninguém sabia quanto sofrimento e miséria ele criaria. Tínhamos de ver isso por nós mesmos. Essa é a única forma pela qual Deus poderia assegurar que o mal nunca mais iria contaminar o universo.
O Planeta Terra se Envolve no Conflito: No Jardim do Éden, quando Eva disse à serpente que Deus lhe dissera que morreria se comesse de determinada árvore, Satanás contradisse Deus e afirmou: “… “Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal”. Gênesis 3:4-5, NVI. Satanás estava dizendo: “Vocês serão mais felizes se me seguirem. Deus está restringindo sua liberdade”. Tragicamente, Eva e seu marido, Adão, aceitaram essa mentira. Hoje, vivemos em um planeta rebelde, um planeta dominado pela decadência e morte.
A origem do sofrimento: Em Mateus 13:24-43 Jesus falou a respeito do homem que plantou a boa semente em suas terras, mas o joio surgiu por todas as partes, levando o servo a perguntar: “Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?” Essa é a pergunta que todos fazemos em algum momento da vida: Se Deus criou este mundo para florescer para Seus filhos, por que vemos tanto joio – essa tragédia? Na parábola de Jesus o mestre respondeu a essa pergunta de forma simples. Ele disse: “Um inimigo fez isso”. Foi o inimigo de Deus e do homem que semeou suas sementes de sofrimento e pecado.
Deus tinha um plano: Deus não abandonou a raça humana por se haver rebelado contra Ele. Desde o início, Deus tinha um plano. Se você pergunta: “Por que Deus não faz algo a respeito das enfermidade e do pecado e do sofrimento em nosso mundo?” – a resposta é: Ele fez algo. Ele deu tudo na dádiva de Seu Filho. Ele veio ao mundo e sofreu conosco – e, algum dia, iremos triunfar com Ele!
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