
Há ainda suspeitas de que a rede de cânions seja conectada a um lago subglacial, também desconhecido, que cobriria uma área de até 1,25 mil quilômetros quadrados. A interpretação inicial que aponta a existência do sistema de cânions é baseada em informações de radar, colhidas em dois locais. Esses radares conseguem ver através das camadas de gelo, chegando à camada de rochas abaixo delas. A suspeita é consistente, afirma o professor do Imperial College London (Reino Unido), um dos integrantes da equipe.
“Descobrir um novo abismo gigantesco, que supera o Grand Canyon, é uma perspectiva tentadora”, afirmou. “Geocientistas na Antártida estão fazendo experimentos para confirmar o que nós estamos vendo nos dados iniciais, e esperamos anunciar nossas descobertas em um encontro do ICECAP2 (grupo de colaboração internacional que explora a área centro-leste da Antártida) no fim de 2016.”
A maior parte da Antártida é alvo de pesquisas geofísicas que têm registrado a topografia do continente. Mas ainda há duas áreas muito desconhecidas: a Terra da Princesa Elizabeth, onde se encontraria o cânion, e a Recovery Basin (“Bacia de recuperação”, em tradução literal). Ambas ficam no leste da Antártida e são agora alvo de intenso estudo.
Equipes internacionais – compostas por cientistas de Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, China e outros países – estão usando aeronaves com sensores para sobrevoar centenas de quilômetros quadrados da superfície gelada. Quando o rastreamento estiver completo, os pesquisadores terão uma visão abrangente de como a paisagem da Antártida realmente é debaixo de todo o gelo. Esse conhecimento é fundamental para tentar entender como o continente gelado pode reagir em um mundo mais quente, por exemplo.
Nota: Com essa pesquisa, surgem novas evidências de que houve uma catástrofe hídrica que “rasgou” nosso planeta, deixando marcas profundas em sua superfície, incluindo aí a Antártida. Já não é fácil para os evolucionistas explicar a formação plano-paralela dos estratos geológicos no Grand Canyon, que sugerem superposição rápida de toneladas e toneladas de sedimentos; agora imagine explicar fenômeno semelhante (se for confirmado) debaixo do gelo polar…
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