quinta-feira, 18 de julho de 2013

Rio de Janeiro amanhece com sinais de vandalismo após protestos na zona sul

Bairros da zona sul tiveram bancos e lojas depredadas na última noite. Policiamento no região foi reforçado

Rio fica com marcas após vandalismo
Os bairros do Leblon e de Ipanema, na zona sul da cidade, amanheceram com marcas de destruição, após as ações de vandalismo ocorridas durante o protesto da noite de ontem (17), em frente ao prédio onde mora o governador do Estado, Sérgio Cabral.

Pela manhã, era possível ver agências bancárias com os vidros quebrados, lojas que tiveram suas mercadorias roubadas, placas de sinalização danificadas e estabelecimentos comerciais com as fachadas quebradas. O policiamento na região segue reforçado.
Funcionários da prefeitura trabalham desde a madrugada de hoje (18) na limpeza das vias públicas e na reconstrução de equipamentos danificados, como orelhões e sinais de trânsito.
Segundo a Polícia Militar, pelo menos 500 pedras portuguesas foram retiradas da calçada e quatro policiais ficaram feridos pelas pedradas. Uma policial se feriu ao ser atingida nas costas por uma bomba de fabricação caseira. O número de manifestantes feridos e presos ainda não foi confirmado. Ainda de acordo com a PM, um dos presos foi um jovem que carregava um coquetel molotov.
Gerente de uma loja de calçados no Leblon, Gustavo Assis, tentava calcular os prejuízos das depredações. "O que vimos aqui foi uma guerra. Sou a favor dos protestos, mas destruir o patrimônio de cidadãos é muita covardia" lamentou.
O aposentado Nélio Coimbra, que mora em Ipanema há mais de 30 anos, se espantou com as cenas de vandalismo. "Nunca tinha visto algo desse tipo aqui na zona sul. Eu espero que o governador escute esse clamor popular e faça alguma coisa rapidamente", reclamou Coimbra.
Devido ao tumulto, Cabral convocou uma reunião de emergência, na manhã de hoje, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, também na zona sul, com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame; a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha; o comandante da Polícia Militar, coronel Erir da Costa Filho; e os secretários da Casa Civil, Regis Fichtner; e de Governo, Wilson Carlos Carvalho.


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