segunda-feira, 1 de julho de 2013

Mulheres são contra traição, mas solidárias às amantes

Mesmo quando são casadas ou não admitem a infidelidade, amigas podem ter papel central na manutenção de relações extraconjugais

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Amizade e traição: a relação extraconjugal "é um jogo em que a amiga tem papel protagonista"
Foi no dia de seu aniversário que uma gerente de marketing paulistana de 34 anos descobriu que seu namorado a traía. Não apenas tinha outra, como casou-se com a amante no mês seguinte, coisa que jamais tinha cogitado com ela apesar dos cinco anos de relacionamento. O sofrimento a traumatizou tanto que fez com que ela demorasse dois anos para conseguir se relacionar novamente com alguém. Desta vez, tudo parecia perfeito – casamento marcado, apartamento comprado e... outra amante. Flagrou o noivo com a recepcionista. Mais um período de sofrimento indescritível, nem comer conseguia. “Me machuquei muito. Perdi dez quilos em quinze dias. Era coisa de meu pai sentar e chorar comigo”, conta.
O impacto que os infiéis tiveram na vida da gerente de marketing não contaminou sua relação com as amigas. Nem com aquelas que, por alguma razão, se relacionam com homens casados. O fato de viverem um arranjo romântico em que são as “outras” não fez com que passassem a ser percebidas como ameaças à monogamia ou ao que ela acreditava em um relacionamento. Pelo contrário. A paulistana diz que uma de suas amigas é amante de um homem casado e conta com seu ombro para desabafar. “Promessa é o que não falta, e eu a vejo sofrendo. Não incentivo, digo que não acho que ele vá fazer qualquer coisa por ela. Mas, ao mesmo tempo, falo pra ela ir atrás, digo que a gente não manda no coração. Tô aqui, dou ombro”, explica.
O que parece incongruência na verdade pode ser uma complexa dinâmica de afeto. Apesar de ressaltar antes de mais nada que as mulheres, em geral, não querem para elas nem para as amigas “um homem que não seja exclusivo”, a antropóloga Mirian Goldenberg, autora de “A Outra” e “Por que homens e mulheres traem?” (ambos da edit. Best Bolso), explica que a relação extraconjugal “é um jogo em que a amiga tem um papel protagonista”. “O único apoio que a mulher tem nessa situação é a amiga. Senão, com quem vai sair, passar o Natal, o aniversário? Com um homem casado, em geral, ela tem mais presente, mais sexo, mais romance, mais atenção, mais intimidade. Mas tem menos presença. E o que falta é a amiga quem supre.”
E não é preciso ser "a favor" da traição para acabar colaborando nessa dinâmica. A representante comercial Sandra Brasil, 29, é radicalmente contra a infidelidade. Já evitou o desenvolvimento de amizades porque a pessoa namorava alguém casado ou tinha um amante. Uma de suas melhores amigas, no entanto, foi “a outra” ao longo de oito anos. Sandra manteve a amizade, mas colocou limites. “Eu a proibi de levá-lo à minha casa ou de sair com ele quando eu estivesse junto. Sou do princípio que não faço para os outros o que não gostaria que fizessem comigo, e não gostaria que ninguém recebesse meu marido com uma amante”, diz.
Mesmo deixando sua posição clara, Sandra não conseguiu ficar completamente fora da dinâmica do relacionamento da amiga. “Ela vinha chorando. Eu nunca falei, ‘ah não vou te ouvir’. Como amiga, me sentia na obrigação de ouvi-la e de dar um ombro.” E tudo isso depois do sofrimento que a própria Sandra passou envolvendo uma situação de traição. Ela terminou seu casamento por causa da suspeita (depois confirmada) de que o marido a traía. Até hoje, dois anos depois, ela conta que faz terapia para superar a dor e que não conseguiu se relacionar com mais ninguém. Se o pretendente tiver qualquer característica que lembre o ex, pior ainda. "Não tenho sorte no amor, acho que ainda vou ganhar na Mega Sena", brinca.
Casadas
Mas se amigas precisam de um ombro para complementar o que falta na vida de amante, o que as casadas ganham com esta relação? Nos estudos de Mirian, as brasileiras mostram que existe uma gradação de relacionamento ideal em que ser a outra é melhor do que estar sozinha, que por sua vez é melhor do que ser a esposa traída. Ou seja: a idealização do relacionamento é montada tendo como referência o fato de ser a única na vida de um homem. Isso explica o lado das casadas na relação com as amigas-outras: “As outras acreditam que são únicas – acham que eles não ficam mais com as esposas, que só ficam com elas. Assim, a casada não pode condenar o tempo todo porque ela estaria condenando a própria idéia de que é possível ser a única”.
Mas não é so isso. As mulheres também preferem ver as amigas se sentindo “únicas” do que sozinhas, traídas ou infelizes no casamento, diz Mirian. Quando a gerente de marketing estava em uma péssima fase, se recuperando da segunda traição e da morte do pai, foi a propria amiga-amante que a incentivou a aceitar as investidas de um homem interessante, mas casado. “Ela botou fogo para a gente ficar junto. Acabei me dando mal também. Me sentia um lixo, mas queria me encontrar com ele”, conta. Com o tempo, ela se cansou da relação e hoje tem um namorado oito anos mais novo – só dela.
O mesmo raciocíonio teve uma arquiteta de 36 anos que, aos cinco meses de gravidez, também descobriu que o marido a enganava. O casamento acabou. “Antes eu tinha preconceito em relação a isso, achava um absurdo. Julguei todas as pessoas, sofri muito. Mas agora, depois de quatro anos, não tenho o menor problema em dar um apoio a uma mulher que esteja com um homem casado ou procure uma coisa melhor fora de um casamento infeliz”, conta. “ Acho que ninguém é dono de ninguém, estão todos abertos a outras coisas. Existem coisas que podem ser mais fortes do que a gente. É quando a gente deposita nossa vida na mão do outro que eu acho da errado”. Para ela, não é porque as pessoas estão em um relacionamento que não devem “abrir os olhos, procurar coisas boas e ser feliz”.
A arquiteta, hoje solteira, diz que se vê um homem de aliança encara aquilo como uma barreira de respeito. Mas que não está livre de vir a se relacionar com um casado. Disse que apoiou as “inúmeras” amigas que já passaram por isso. Mas fez questão mesmo de falar sobre sua postura em relação a uma outra situação: a amiga infeliz no casamento que confessou ter um amante. “Fui conselheira, mostrando os dois lados. Falei para dialogar com o marido, ir a um psicólogo, mostrar as insatisfações, ser mais aberta”, conta. “Mas mesmo quando ela tentou, ele não estava aberto. Ela não procurou, surgiu essa lacuna e o barquinho dela foi indo no ritmo do rio”. Segundo a arquiteta, a vida da amiga só melhorou. “Deu uma luz, ela ficou com um brilho diferente, mais animada. E acabou melhorando o casamento dela. O marido não soube que ela traiu, mas entendeu que ela estava diferente. Por meio de um amante acabou mostrando o que não conseguia”.
A transformação da arquiteta é semelhante à explicação que a psicóloga Regina Navarro tem para a ambiguidade entre a dor das traídas e sua solidariedade com as amantes.”Estamos no meio de uma mudança de mentalidades. O amor romântico, que exige exclusividade sexual, está dando sinais de que está saindo de cena. Em toda mudança tem um período em que você vai encontrar comportamentos díspares”, diz. “A grande viagem do ser humano hoje é para dentro de si mesmo, e a construção social do amor romântico, que diz que quem transa com outro não ama, bate de frente com essa individualidade. Então, se existe esse conflito, é porque as mentalidades estão mudando.”

Como o divórcio perdeu seu prestígio

Com o divórcio em queda e malvisto pela atual geração de americanos de nível universitário, a vergonha e a culpa voltam a aparecer

Robert Caplin/The New York Times
Isabel Gilles, atriz e autora de um livro sobre divórcio, sai de casa para que o ex e a nova esposa possam ficar à vontade com as crianças nas visitas
Alguns meses atrás, a escritora nova-iorquina Susan Gregory Thomas estava em uma festa de aniversário quando foi abordada por uma mulher que acreditava conhecer entre as mães de Park Slope, vizinhança que faz parte do Brooklyn nova-iorquino.
“Então você é a Susie Thomas. Você é famosa!”, disse a mulher, quase gritando. Desconcertada, Susie perguntou o que ela queria dizer. A mulher retrucou: “É que seu nome sempre vem à tona naquelas conversas”. “Eu quase pedi para ela me dar logo o frasco de cicuta”, lembra-se Susie.  

Mas a escritora de 42 anos não ficou tão surpresa assim. Desde seu divórcio, há três anos, que ela diz ter se tornado anti-social, sentindo-se “nervosa com o que as pessoas vão dizer”.

Afinal, ela passou de uma espécie de ícone de sua vizinhança - com seu marido comprometido e sobradinho de tijolinho aparente - para uma divorciada casada pela segunda vez e mãe de um bebezinho, além de dois filhos pequenos do primeiro casamento. “De repente, aquela comunidade onde eu havia morado por 13 anos virou uma selva inóspita e hostil”, diz. Era como se todos os conhecidos se sentissem mal por ela, mas, ao mesmo tempo, ninguém quisesse ficar ao seu lado.
Neoconservadores 
O fato de uma mulher divorciada sentir-se incomodada e isolada mais parece parte de uma peça de Todd Haynes do que de uma cena da Nova York do ano 2011. Mas, as estatísticas do divórcio, em queda contínua desde seu apogeu, em 1980, revelam outra tendência: atualmente, apenas 11% dos americanos de nível universitário se divorciam nos primeiros dez anos de casamento, em comparação aos quase 37% do resto da população daquele país.

Molly Monet, professora separada desde 2007, afirma que se sentiu totalmente fora de órbita e “a pior mãe do mundo”. “Meus filhos iam fazer parte de uma família desestruturada. Minha primeira pergunta era se aquilo os devastaria emocionalmente”, ela conta.

Andrew Cherlin, professor de sociologia da Universidade Johns Hopkins, diz: “a mudança de atitudes e comportamentos é muito real. O índice de divórcios está caindo entre americanos de classe média-alta e eles estão se tornando mais conservadores em relação ao divórcio”.
Nunca como nossos pais 
É como se uma criança refletisse sobre o divórcio negligente dos pais e dissesse: “Não, isso não é para mim”. Para Susie, o divórcio dos pais, quando ela tinha 12 anos, definiu praticamente tudo em sua minha vida. Em seu novo livro “In Spite of Everything”, ela conta que, durante seu casamento de 16 anos, muitas vezes disse ao marido: “aconteça o que acontecer, nunca iremos nos divorciar”.
Agora que os filhos de uma geração de divorciados já cresceram e tiveram seus próprios filhos, o divórcio é inevitável para alguns, mesmo com suas melhores intenções e piores temores. A maioria dos casamentos que termina em divórcio desmorona nos primeiros 10 anos. Mas, entre os casais de nível universitário que se casaram em meados dos anos 90, a probabilidade de divórcio nos primeiros 10 anos de casamento caiu 27% em comparação aos anos 1970.

Apenas 17% dos americanos de nível universitário concordaram com a afirmação “o casamento não funcionou para a maioria das pessoas que conheço”, em comparação aos 58% entre os americanos de escolaridade inferior.
Reações 
“Quando digo que estou me divorciando, a primeira reação das pessoas é me dizer que sou muito corajosa”, diz Stephanie Dolgoff, 44 anos, mãe de duas meninas. “Nos anos 70, quando o individualismo dominava, a mulher divorciada era vista como se quisesse retomar sua vida. Hoje, o divórcio já não parece mais tão libertador. Na verdade, é assustador”.
A autora Stephanie Coontz diz que, para muitas mulheres daquela época, o divórcio era a liberdade. “Muitos casamentos dos anos 1970 eram essencialmente desiguais. Com os movimentos feministas, elas tomaram consciência de que havia alternativas e de que o divórcio seria uma espécie de libertação”.

“O que houve?”, questiona a escritora Claire Dederer. “Nos anos 1970, romper com o sistema era aceitável. Por outro lado, nós, daquela época – como meu irmão, eu e muitos outros filhos de mães libertárias – nos convencemos de que colocaríamos nossa família em primeiro lugar. Seríamos bons, o tempo todo. Ficaríamos casados, haja o que houvesse, e tomaríamos leite orgânico”.
“Um das maiores dificuldades no divórcio de hoje é a sensação de que temos de dar alguma desculpa ou explicação para o fato”, disse Stacy Morrison, autora de “Falling Apart in One Piece”, outro livro de memórias em torno do divórcio. “O divórcio vem novamente acompanhado da ideia de fracasso”, analisa Morrison.
Chester Higgins Jr./The New York Times
Para a autora Stacy Morrison, o divórcio voltou a vir acompanhado da ideia de fracasso
Escolaridade e renda 
Da década de 1970 até o novo milênio, o percentual de americanos de alta escolaridade que acreditam que o processo de divórcio deveria ser mais difícil subiu de 36% para 48%.

“Pode ser que, entre os casais de nível universitário, os homens estejam se comportando melhor, enquanto que as esposas não estão mais tão interessadas em pular fora”, diz Andrew Hacker, professor emérito do Queens College.
A mudança tem um componente econômico assim como um social. “O fato de a mudança acontecer principalmente entre as camadas mais afluentes da sociedade sugere que não é só uma reação à epidemia do divórcio dos anos 1970”, afirma Hacker.
A partir desta perspectiva, a separação de um casal com filhos pequenos, frágeis e vulneráveis, é vista praticamente como uma infração. “Com certeza eu sofri julgamentos”, disse Priscilla Gilman, autora de mais um livro de memórias, intitulado “The Anti-Romantic Child”, que aborda seu divórcio. “Todo mundo me perguntava se não tinha algo mais que eu pudesse fazer e me dizia que meus filhos precisavam dos pais juntos”. Naquela época, Gilman só conhecia uma pessoa divorciada.

Diversas mulheres divorciadas sugerem que a notícia do fim do casamento parece irritar outros casais do mesmo círculo social, gerando inquietação sobre seus próprios casamentos (tal ansiedade pode não ser totalmente infundada. Um estudo concluído no ano passado por três universidades americanas – Harvard, Brown e Universidade da Califórnia – revelou que o divórcio na verdade é contagioso: quando amigos próximos se separam, as chances de ocorrer uma separação entre pessoas do mesmo grupo aumentam em 75%).

Filhos 
“Há um reconhecimento tácito ou explícito entre pais de alta escolaridade de que seus filhos não vão se sair bem na vida se o papai e a mamãe não estiverem juntos”, diz W. Bradford Wilcox, professor de sociologia da Universidade de Virginia e diretor do Projeto Nacional do Casamento.

Será essa, então, a revanche da geração de filhos de pais divorciados, rebelando-se contra a experiência vivida por seus pais? Durante as pesquisas para o livro “The Starter Marriage”(2002), foi perguntado a pessoas que se divorciaram aos 20 ou 30 anos por que eles tomaram aquele passo. A resposta foi praticamente unânime: “Eu quis tomar essa atitude antes que fosse tarde demais – antes de ter filhos”.

Enquanto que seus pais foram pioneiros do divórcio nos anos 1970, ainda sem conhecimento sobre o quanto a dissolução do casamento poderia afetar os filhos, os casais de hoje têm plena consciência do significado de um divórcio aos 7 anos de idade.

Monet e seu ex-marido jantam juntos todas as sextas, acompanhados dos filhos. “Certa vez me dei conta de que podíamos criar juntos nossos filhos e ainda ser uma família. Eu percebi que o que é devastador não é o divórcio, é a forma com que lidamos com ele”, diz Monet.
Quando a ex-agente literária Nina Collins, de 41 anos, se divorciou, ela disse que escutou a mesma coisa do advogado e do terapeuta: “Hoje o divórcio é completamente diferente de quando seus pais se separaram. Se seus filhos se sentirem amados e não presenciarem comportamentos estranhos, eles vão ficar bem”. Ela diz que certamente ainda existe o trauma, mas é certo que hoje o divórcio se tornou muito mais humano para todo mundo.


Uma crença comum é que se o divórcio é conduzido de forma correta, as crianças se beneficiam mais da separação do que do convívio com pais que fazem concessões mútuas.
Inveja? 
O outro lado da moeda é que algumas mulheres divorciadas dizem detectar certa inveja velada. Elas explicam que outras esposas e mães lutam para chegar a uma conclusão do problema ao mesmo tempo em que se dividem entre os papeis de esposa e mãe e o trabalho.

“A reação de muitas mulheres casadas de minha comunidade é uma manifestação de inveja do meu novo estilo de vida – poder namorar, ir à aula de yoga cinco vezes por semana, ter tempo para mim”, diz Monet.
Mas, isso não deixa a vida das mães divorciadas mais fácil. “Eu gastei uma quantidade enorme de energia tentando ser amiguinha e gentil com meu ex-marido e sua nova esposa”, diz Isabel Gillies, atriz e autora de “Happens Every Day”, livro sobre seu divórcio. Quando seu ex-marido sai de Ohio para visitar os filhos, em Manhattan, ele e a esposa se hospedam no apartamento de Gillies e ela sai de casa.
“Hoje há um pouco mais de coerência do que nos anos 70. Ao invés dos filhos ficarem para lá e para cá, somos nós que nos deslocamos”.

Como sobreviver financeiramente ao divórcio?

Despesas domésticas em dobro, renda pela metade, brigas que ameaçam o patrimônio: como proteger seu dinheiro na separação?



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Divórcio sempre representa perdas financeiras para o casal. O melhor a fazer é minimizá-las
Prepare-se: você vai perder dinheiro. Não importa se o fim foi litigioso ou amigável, a renda despenca, os bens são divididos e se não houver acordo fácil entre as partes, custas judiciais e honorários de advogados podem acabar de enxugar o patrimônio do casal.
“Quer brigar, briga dentro de casa. Na Justiça, custa muito mais caro”, diz Ronaldo Gotlib, advogado especializado em Direito de Família.
“O que as pessoas deveriam fazer e nem sempre conseguem por causa do clima passional do momento é planejar e minimizar as perdas que vão acontecer inevitavelmente”, completa Marcelo Maron, diretor executivo do grupo PAR.
Quando se divorciou, Suzana Elvas, 45 anos, editora de livros, não se preparou para o pior. “Separei em 2003, depois de sete anos morando junto e cinco casada no papel”, lembra. A separação parecia amigável, mas o ex não assinava os papéis.
“Quando o pedido caducou e ele viu que eu não ia desistir, entrou com o pedido de separação litigiosa”, conta Suzana. “A pensão, ele enrolou e chorou o quanto pôde. Fui obrigada a fazer um verdadeiro dossiê, com cópias até de nota de padaria. E a pensão só cobre um terço das despesas das nossas duas filhas, hoje com 10 e 12 anos”.
Como o casal não tinha bens, a maior perda foi nas reservas de dinheiro. “Casada, jamais consegui fazer poupança porque ganhava menos - e com a maternidade as chances de crescer profissionalmente desapareceram - mas dividia meio a meio as despesas. Os frilas que pegávamos eu fazia sozinha, mas o pagamento ele botava na ‘nossa’ poupança - dinheiro que eu jamais vi”, conta.
Hoje, depois de passar muitos apertos para manter a casa, ela dobra a jornada para não faltar nada às filhas.
“Temos que sair do casamento exatamente como entramos. Se eu tinha uma poupança 
quando solteira, ela não pode desaparecer depois de casar”, diz a editora. “E é urgente uma revisão no Direito de Família. O juiz determina o valor em função do que o pai pode pagar, mas ninguém pergunta quanto a mãe pode pagar. É um limbo sob a responsabilidade da mãe.”

Quando precisa de advogado? 
Para o divórcio em cartório, sem necessidade da Justiça, o casal deve estar de acordo e não ter filhos incapazes ou menores.

“Se há um casamento registrado em cartório, há necessidade de um advogado. Se for amigável, pode ser um só, que já economiza bastante”, diz Gotlib. Vigora a mesma regra para união estável registrada em cartório. Se não for registrada, automaticamente vale o regime de comunhão parcial de bens. “Tudo que foi adquirido depois da união pertence aos dois”, afirma.
Para Gotlib, vale qualquer esforço para evitar entrar na Justiça. “Isso significa transferir a juiz e advogados a decisão final sobre o que é seu. Decidir sozinho é mais econômico, saudável e produtivo. Quando o juiz decide, sempre favorece uma das partes”, afirma.
Apressar ou adiar a separação? 
É importante evitar atitudes precipitadas. Por exemplo, vender um imóvel às pressas pode implicar em fazer um negócio abaixo do valor de mercado.

“Se houver convivência amigável, o ideal seria respeitar o tempo de vender o patrimônio do casal a preço de mercado. Pressa custa caro”, diz Maron.
Um passo interessante é estabelecer o processo de separação antes do divórcio definitivo.
“A separação permite fazer divisão de patrimônio. Se alguém adquirir um imóvel, receber herança ou contrair uma dívida, nada disso retroage no casamento”, explica o advogado.
Padrão de vida 
A equação é simples: a família se divide entre duas casas e as contas dobram, enquanto a renda se divide por dois. Resultado: o padrão de vida cai. “Uma casa sustentada pela renda de R$ 6 mil é totalmente diferente do que duas casas de R$ 3 mil”, diz Maron.

“Quando há filhos, sobretudo, uma das partes tem despesas maiores. Há um empobrecimento”, alerta Gotlib. A separação afeta até o próximo relacionamento, já que uma pensão é como uma dívida do relacionamento anterior.
O ideal é colocar no papel as despesas e reduzir excessos. “Cortar tudo num momento difícil não funciona. Mas é uma boa estabelecer um orçamento máximo para itens como lazer”, acredita Maron. "O vilão são os gastos descontrolados, o cartão de crédito, merece atenção especial para não ser um foco de dívidas."
Sociedade à vista 
Se o fim não foi trágico, é possível manter parcerias que beneficiem a família. “Conheço casais que tinham imóveis alugados, e continuaram sócios. É uma forma de minimizar a queda de padrão”, afirma o consultor financeiro.

Casa de praia ou campo, por exemplo, podem ser divididos. “É caso de criar regras e combinar”, acredita Maron. É melhor dividir bens temporariamente que vender com pressa, acredita o advogado. “Sem consenso, o juiz pode determinar a venda em leilão, cujo valor é sempre abaixo do mercado.”
Outro erro grave é comprometer gastos para consolar os filhos.
“É hora de suspender despesas como viagens de férias. As pessoas tender a fazer o contrário para compensar o sofrimento da família”, afirma Maron.
Roupas, celulares e videogames são agrados que podem esperar. “Filhos sabem manipular bem os adultos, e podem tentar barganhar. Já vi pai se endividar para dar para o filho um iPhone, porque estava separando”, garante o consultor.
Muitas vezes, um dos cônjuges abre mão de bens a que tinha direito para diminuir o sofrimento, mas se arrepende depois. "Sempre aconselho negociar", afirma Gotlib.
Preparação para o futuro 
Quando um dos cônjuges parou de trabalhar durante a relação é preciso considerar um investimento para retomar a carreira. “Os juízes procuram não incentivar que um viva às custas do outro, a pensão é para os filhos”, diz Maron. Se o casamento caminha para o fim, uma atualização, como uma especialização, um MBA ou até um curso profissionalizante, podem entrar na negociação. 

Quando só um dos membros do casal cuidava das finanças da casa, vale recorrer a cursinhos de finanças pessoais, aplicativos de celular, caderneta de controle de despesas e até a amigos pé-no-chão para aprender a administrar o novo lar.

Maron adverte sobretudo para não menosprezar as pequenas despesas. “Cigarro e café, para quem fuma, podem custar até um salário mínimo no fim do mês. Pequenas despesas são um ralo de dinheiro.”
Dívidas 
No divórcio, divide-se ônus e bônus. “Se um fez dívida e o outro não sabe, na separação elas aparecem. E sempre com conflito”, lembra Maron.

A partilha segue a regra do patrimônio: se é comunhão de bens, a dívida é dos dois. “A não ser que o endividado assuma sua parte”, diz o consultor financeiro.


    Flagras nas redes sociais têm papel cada vez maior em divórcios

    Descuidos viram provas e segundo advogados americanos, já correspondem a cerca de 20% das provas de adultério


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    Descuidos viram provas e segundo advogados americanos, já correspondem a cerca de 20% das provas de adultério
    A proliferação de câmeras digitais e smartphones e a popularização das redes sociais fazem com que os cônjuges infiéis tenham mais dificuldade em escapar incólumes, tendo um papel cada vez maior nas separações de casais, segundo advogados especializados em divórcios.
    Embora não se consiga medir com exatidão a relação entre essas ferramentas e o fim das relações, a Associação de Advogados Matrimoniais dos EUA estima que as publicações no Facebook já correspondam a 20% das provas apresentadas por cônjuges do país na hora da separação.
    Fundado em 2004, o Facebook conta hoje com mais de 1 bilhão de usuários - muitos deles mantendo olhares suspeitos sobre as atividades de seus parceiros, ou com olhos atravessados para "amigos" que podem virar "amantes". 

    O site Facebookcheating.com reúne dezenas de histórias contadas por internautas sobre traições realizadas por meio da rede social.

    Um dos usuários, identificado como ZDBZ, conta que encontrou a mulher adormecida em frente ao computador. "Ia desligar o laptop quando vi várias janelas minimizadas. Abri e estava lá. Ela havia feito sexo online com um ex-namorado", diz o marido, cujo casamento já tinha 19 anos.
    Ele diz acreditar que a rede não é a causadora direta da onda de divórcios, apenas facilitando a infidelidade de casais que já apresentavam problemas.
    Rastreamento 
    A advogada especialista em divórcios Yulisa Rodriguez, que trabalha em Miami, diz que normalmente os "infiéis" são descobertos por mudanças no comportamento.

    "Eles começam a passar mais horas diante do computador ou escondem seus celulares. O cônjuge começa a suspeitar e, um belo dia, o infiel acaba deixando a tela aberta e é pego", afirma.
    Outros adultérios vêm à tona com mensagens de texto que deveriam ir para os amantes e acabam sendo enviadas, por engano, aos parceiros oficiais.
    Mas há quem busque outras formas de surpreender aqueles que buscam aventuras, virtuais ou não, fora dos casamentos. 

    Embora seja ilegal rastrear computadores alheios nos Estados Unidos, há programas disponíveis na internet, como o Nannyware, voltado para a vigilância de menores, que podem muito bem servir aos interesses dos desconfiados.

    A advogada diz que as autoridades policiais costumam desconfiar desse tipo de atividade. No entanto, também existem meios lícitos para descobrir traições.
    Rodriguez diz conhecer quem tenha criado uma conta falsa no Facebook com o único propósito de simular uma relação virtual, a fim de descobrir se seus cônjuges são suscetíveis ao apelo da infidelidade.
    Olhos por toda a parte 
    Não é apenas o uso das redes sociais por parte dos infiéis que pode trazer casos de traição à tona. A tecnologia também potencializa a fofoca e o risco de ser descoberto por meio de câmeras fotográficas alheias, segundo o advogado Antonio Pagan, especialista em divórcios em Miami.

    "Conheço o caso de um cliente que foi descoberto porque uma amiga de sua namorada o flagrou no cinema com outra garota, tirando uma foto com o smartphone", afirma.
    Outros são denunciados pelos populares aplicativos que mostram onde e com quem estão os internautas, como o Foursquare. 
    Embora amantes tendam a evitar tal tecnologia, a história pode ser revelada pela falta de cuidado (ou não) de algum amigo que, uma vez estando com eles, resolva marcá-los em alguma postagem.

    Em um mundo marcado cada vez mais pela falta de privacidade, a tendência é que cada vez mais relações cheguem ao fim motivadas por traições, descuidos ou fofocas virtuais.
    "É só o começo", diz o diretor do Facebookcheating.com. Gross, que tem 36 anos e é casado há 13, dá sua receita para evitar problemas conjugais na rede. "Minha esposa e eu sabemos a senha do Facebook um do outro", afirma.

    Os sinais da traição

    Homens e mulheres agem de maneira diferente quando estão tendo uma relação extraconjugal. Aprenda a reconhecer alguns indícios

    Você conversa com seu parceiro ou parceira e, ao tocar em assuntos como traição, percebe que ele ou ela começa a coçar o rosto. Os olhos piscam mais rápido e a postura se contrai. Gestos pequenos, que muitas vezes passariam despercebidos, podem significar algo muito maior: ele (ou ela) está te traindo.
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    Mulheres querem realizar fantasias e se sentir desejadas: segundo expert, elas passam a se arrumar mais quando estão traindo

    Não são apenas poucos sinais que vão dizer com toda certeza o que se passa na vida de seu parceiro ou parceira. Mas alguns indicativos podem ser levados em consideração. A começar pelo discurso e pelo estilo de vida dele (ou dela). “É perceptível a falta de comprometimento em relação ao matrimônio, à relação estável. Falta disponibilidade e tolerância, que podem ter a traição como consequência”, comenta a advogada especialista em direito da família, Fabiana Garcia.
    De acordo com João Oliveira, psicólogo e autor do livro “Saiba Quem Está à Sua Frente” (Wak Editora), é possível perceber pela conversa se alguém está mentindo. Porém, antes de julgar, procure sondar e descobrir por que a verdade não está sendo dita. Pode ser que seu parceiro ou parceira esteja tentando te proteger de uma perda ou estreitar laços afetivos.
    A “mentira da traição” está no grupo das mentiras por medo. Quando alguém mente por medo – ou seja, por saber que terá prejuízo caso a verdade venha à tona – a linguagem corporal permanente é a da retração
    Ocultam-se as palmas das mãos, o olhar foge e a expressão no rosto é de apreensão – ou raiva, dependendo da pressão a que o suposto mentiroso está sendo submetido.
    As respostas são mais lentas e os pés vão apontar para algum ponto de fuga. Provavelmente, a porta mais próxima do local. “Observando as possíveis situações emocionais podemos perceber como elas implicam nas alterações, às vezes totalmente contrárias, da linguagem corporal e expressões faciais”, comenta João Oliveira.
    Outra tendência, nesse tipo de confronto, é a de proteção. Ao colocar os braços na frente do esterno (o osso que fica no peito) ou deslocá-los para a altura da barriga, a pessoa que está sofrendo o interrogatório busca proteger seus pontos sensíveis, técnica inconsciente adotada durante a evolução humana.
    coceira no rosto e as piscadas mais rápidas significam uma enorme quantidade de sangue circulando mais rápido, como o preparo para uma fuga.
    Alexandre Carvalho/ Fotoarena
    Angela Detetive, 50 anos de experiência: a traição é um sinal de que algo está errado no relacionamento
    Homens e mulheres

    Segundo o detetive Mário Yamauchi, da Agência Elite Detetives, a busca por investigação conjugal responde por cerca de 70% dos casos – e com uma margem de 8 flagrantes a cada 10 investigações. “A maioria dos casos extraconjugais acontecem com colegas de trabalho. Os sinais que mais geram desconfiança são o contato telefônico, os horários que mudam de uma hora para outra e a necessidade de ficar até mais tarde”,exemplifica o detetive.Os sinais de traição, normalmente, variam entre homens e mulheres. “Quando a mulher começa a trair e se envolve, ela acaba demonstrando para o marido uma insatisfação que normalmente resulta em divórcio. Não é raro as mulheres pedirem a separação por isso”, diz Fabiana.

    Para ele, os sinais mais claros de que algo está errado em uma relação é a ausência do homem e o temperamento da mulher. “A mulher muda o seu comportamento, ela briga mais para tentar dar um fim na relação”.
    O fato de a mulher ser mais afetiva, no entanto, não é uma regra e não a faz menos cuidadosa. Para a espanhola Angela Detetive, que trabalha no ramo há 50 anos, quando a esposa se sente abandonada pelo marido, tem uma tendência em procurar o que falta no seu casamento de maneira muito mais planejada. “As mulheres querem carinho, sexo e também têm fantasias. São mais espertas quando têm um caso e costumam ter álibis concretos e convincentes”, comenta a detetive, que se lançou na profissão depois de flagrar seu próprio marido a traindo.
    Para ela, os sinais básicos da traição são diferentes. “O homem fica mais distraído, parece que está constantemente em outro lugar. Já a mulher, quando tem um amante, se sente desejada. Consequentemente, se arruma mais e fica mais bonita”, exemplifica.
    Para a advogada Fabiana Garcia, as pessoas passaram a ser menos cuidadosas com as redes sociais, tornando mais difícil esconder os sinais de um caso extraconjugal. A detetive Angela concorda. “As pessoas não sabem disfarçar uma traição online. Quando o cônjuge entra na sala, elas fecham o computador, o que já é um sinal de desconfiança.”
    Dos pequenos gestos e expressões faciais até a prova explícita, o fato é que traição significa que o relacionamento está com problemas. É importante conversar com o cônjuge e tentar resolver o que está dando errado. “O casamento é feito pelo casal. Você tem que ter uma cumplicidade, amor e respeito. Quando falta diálogo, falta confiança”, finaliza Angela.

    Se eu fosse gay, diria que sou vítima de homofobia', diz Marco Feliciano

    Deputado diz que protestos contra ele são ação de “minoria” e reage a piadas nas redes sobre sua sexualidade

    Alvo das manifestações populares em todo o Brasil, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados , pastor Marco Feliciano (PSC-SP), diz que os protestos contra o seu nome não representam a vontade do povo brasileiro, mas apenas de uma minoria. Defensor da chamada “cura gay”, Feliciano diz que não se arrepender da iniciativa da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de aprovar o projeto que permite que psicólogos ofereçam tratamento para a orientação sexual.
    Reprodução/Twitter
    Deputado federal Marco Feliciano publica foto no Twitter, usando uma camiseta: 'Eu represento vocês'
    Feliciano comentou o fato de ter se tornado alvo de críticas nas redes sociais e até mesmo de piadas sobre sua orientação sexual. Afirmou que, se fosse levar em conta a reação que o caso provocou na internet, poderia dizer que ele próprio se tornou alvo de “homofobia”. “Imagina se eu fosse gay e todo mundo falando essas coisas de mim, isso não é perseguição? Isso não é homofobia? Não é do que eles me acusam? Então como alguém quer respeito e não respeita as pessoas? Então, todo mundo vê que isso é uma ‘festa’. Para mim tá tudo tranquilo, tá tudo em paz”, disse Feliciano. “Se é tão bonito ser (gay) porque eles me atacam com isso?”
     Ultimamente, várias manifestações pelo país pediram novamente a sua saída da Comissão de Direitos Humanos. O senhor tem medo de que o Congresso tenha uma postura com o senhor, como foi com a PEC 37, que caiu pela forte pressão popular?
    Marco Feliciano - Eu não vejo dessa forma. O Congresso se mobilizou agora porque houve uma pressão do país inteiro. E essa questão comigo é bem pontual. É um grupo. Se for isso, imagina? Dia 5 houve 70 mil pessoas aqui gritando para que eu ficasse e aí como é que fica? Acho que ninguém quer uma guerra santa.
     O senhor está se referindo basicamente ao evento conclamado pelo pastor Silas Malafaia...
    Feliciano - Sim, falando sobre o movimento evangélico. Aliás, nós fomos os primeiros a protestar contra a PEC 37. Naquele dia nós falamos sobre a PEC 37, sobre a corrupção, para que a imprensa não fosse cerceada do seu direito de informar. E a primeira manifestação foi nossa, com 70 mil pessoas. Não teve imprensa porque a manifestação foi ordeira. Não houve quebra-quebra porque é tudo gente educada. Ali era uma mostra do que nós somos. Somos 50 milhões. Então, vamos deixar quietinho né? A inteligência do povo não é dúbia. O povo não quer ser usado como passa de manobra.
     Mas mesmo com esses protestos, o senhor acha que está sendo perseguido por uma minoria, como o senhor mesmo já falou em outras ocasiões?
    Feliciano - Com certeza é uma minoria. É o pessoal do movimento gay.
     Na internet, após a aprovação do projeto da ‘cura gay’, o senhor foi alvo de várias charges e insinuações acerca de sua sexualidade. Como o senhor responde a esse tipo de insinuação ou crítica?
    Feliciano - Eu nem respondo porque deixo as pessoas inteligentes responderem. Isso não é homofobia? Se é tão bonito ser (gay) porque eles me atacam com isso? Então, eu deixo os intelectuais responderem por si só.
    De certa forma, dá pra dizer que o senhor, em algum grau, sofreu com a homofobia?
    Feliciano - E não é? Se eu fosse, se eu fosse... Imagina se eu fosse gay e todo mundo falando essas coisas de mim, isso não é perseguição? Isso não é homofobia? Não é do que eles me acusam? Então como alguém quer respeito e não respeita as pessoas? Então, todo mundo vê que isso é uma ‘festa’. Para mim tá tudo tranquilo, tá tudo em paz.

    Casa de Cultura Estação Casimiro de Abreu exibe nova exposição de artes plásticas


    Até o final do mês de julho, a exposição da artista plástica Argina Seixas estará  aberta à visitação na Casa de Cultura Estação Casimiro de Abreu. As telas retratam paisagens, animais e natureza morta. Móveis e janelas complementam a mostra. A entrada é franca e o público pode conferir os quadro de segunda a sexta-feira, de 9 às 17 horas, na praça Lúcio André, s/n, no Centro. O telefone para contato é (22) 2778-4915.        
    Natural de Guapimirim, no Estado do Rio de Janeiro, a artista plástica compõe seu trabalho a partir do enquadramento e perspectivas de imagens da natureza. Utilizando a técnica de sombreamento, Argina Seixas transforma sua predileção pela pintura do olho de animais em sua marca registrada. Para ela, o homem tem a necessidade de imprimir sua marca nos espaços em que vive desde a pré-história.   — Acredito que certas peças podem emitir vibrações.  Eu procuro usar o animal na decoração. Cada um tem seu significado, todos os bichinhos têm a sua essência especial. A coruja, o gato, a onça, todos com uma vibração positiva. Eu uso o olhar deles para chamar a atenção do espectador — concluiu.

    Publicado em 1/7/2013
       

    Recuperação de estradas facilita o escoamento da produção agrícola

        Recuperar as estradas vicinais, facilitar o escoamento da produção agrícola e oferecer mais qualidade de vida à população rural, garantindo seu acesso aos serviços públicos, como educação e saúde. É com essa proposta que a Prefeitura de Casimiro de Abreu, através do convênio para o programa estadual “Estradas da Produção”, está recuperando cerca de 40km das estradas de produção agrícola. Para isso, uma patrulha mecanizada, composta por uma patrol, retroescavadeira, pá carregadora, caminhão basculante e trator de pneu, está atuando em toda a área rural de Casimiro de Abreu.
        O programa ‘Estradas da Produção’ é realizado pela Secretaria Estadual de Agricultura, através da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca. Este é mais um incentivo ao produtor casimirense, já que o programa vai atender a aproximadamente 200 pequenos agricultores e toda a população rural. 
        — As estradas que estão sendo reformadas também são utilizadas pelos médios e grandes proprietários rurais, além de garantir o direito de ir e vir dos moradores — observou o secretário municipal de Agricultura, Ubirajara Pina.
        A primeira localidade atendida pelo programa foi a do Visconde, onde já foram recuperados 14 quilômetros de estrada de terra com obras de drenagem, colocação de manilhas, terraplanagem e limpeza das vias. Na próxima semana, as máquinas seguem para o Ribeirão. As localidades Quarenta, Cachoeiros de Macaé, Brejão, Serra de Macharet, Rio Dourado e Vila Verde serão visitadas em seguida.
        De acordo com coordenador do programa “Estradas da Produção” na região Norte, Sidney Rezende do Carmo, no estado há 17 patrulhas mecanizadas para atuarem por área, o que facilita o revezamento entre os municípios e a elaboração de um cronograma. Ele explicou que quando surgem as demandas municipais, o primeiro passo é um levantamento técnico das estradas. 
        — Esta é a primeira vez que a patrulha vem para Casimiro de Abreu. Há muitos moradores na área rural e grande produção de aipim, inhame, milho, entre outras culturas. Quando as estradas estão em más condições, o produtor só tem prejuízo, seja com o encarecimento do frete ou com a perda de mercadoria. Os moradores também sofrem com a falta de acesso — observou o coordenador.
        A produtora rural Marlene dos Santos tem uma produção leiteira, planta banana, hortaliças, frutas e legumes, além de criar galinhas. Nas sextas-feiras e sábados ela comercializa seus produtos na Feira do Pequeno Agricultor em Casimiro de Abreu e em Barra de São João. Moradora do Visconde, já chegou a perder toda sua mercadoria por não conseguir passar pela estrada que liga a localidade a BR-101. 
        — Agora estou tranquila e aliviada, assim como outros produtores. Estamos todos felizes, pois o caminhão consegue chegar aos locais mais difíceis para pegar nossas mercadorias. Melhora a venda, a produção e a nossa qualidade de vida — disse.
        O agricultor Jaime Brasil Muniz também já passou pelo mesmo problema. Ele cria porcos, galinhas e tem uma produção variada em sua propriedade. “Quando chove, a estrada fica intransitável. Já perdemos um caminhão inteiro de banana. Com essa obra, fica muito melhor para a gente”, opinou.
        Além de melhorias nas estradas, o programa também atua nas propriedades ajustando o escoamento da água e realizando a aração da terra para o plantio. O trator atende apenas os pequenos produtores com até dois hectares de terra.
    Publicado em 1/7/2013
       

    Minicursos de secretária (o) e recepcionista estão com inscrições abertas entre quarta e sexta, dia 5


    Interessados em aprender técnicas para atuar como secretária (o) e recepcionista devem procurar Secretaria Municipal de Trabalho e Renda

    A população de Casimiro de Abreu já começa a contar com uma série de cursos gratuitos de qualificação que vão ajudar a aumentar as chances de emprego e renda. Por meio do projeto Aprenda Mais, da Secretaria de Trabalho e Renda da Prefeitura, de quarta, dia 3, até sexta-feira, dia 5, das 10h às 17h, estão abertas as inscrições para os minicursos de recepcionista e secretária(o), elaborados pelo Centro de Produções Técnicas da Universidade Federal de Viçosa. As aulas terão inicio no dia próximo dia 8.
    Os requisitos básicos para os interessados é ter a partir 16 anos e Ensino Fundamental completo. Para ser inscrever é necessário procurar a sede da Secretaria, no Centro, com originais e cópias do RG, CPF, comprovante de residência e comprovante de escolaridade. 
    ESCOLHA PARTICIPATIVA - Após análise da pesquisa de interesse realizada com 800 moradores de Casimiro de Abreu, a Secretaria de Trabalho e Renda está começando a oferecer cursos profissionalizantes e para treinamento, escolhidos pela população. Os próximos que serão oferecidos gratuitamente são de atendente de loja, marketing para pequenas empresas, marketing pessoal, garçom, fotografia digital, entre outros.
    De acordo com a secretária de Trabalho e Renda de Casimiro de Abreu, Alessandra Teófilo, esses cursos fazem parte de um projeto maior, que é o Programa Municipal de Qualificação Profissional – Proquali, criado pelo prefeito Antônio Marcos, em março deste ano. O objetivo geral é qualificar moradores que tenham a partir de 16 anos de idade para ampliar suas possibilidades de ingresso no mercado de trabalho. 
    “Esse direcionamento de oferecer a capacitação profissional, além das vagas, é justamente para ampliar o acesso dos moradores de todo o município às oportunidades que as empresas parceiras oferecem constantemente através de nosso Banco de Empregos. Vamos cada vez mais fomentar meios de geração de renda, sempre primando a manutenção dos bons índices de atendimento à população”, finalizou a secretária.   


    Casimiro de Abreu vai ganhar Mercado do Produtor Rural


    Espaço será utilizado para a venda de produtos locais e comidas típicas, além de apresentações culturais
     
    O Mercado do Produtor Rural começa a virar realidade em Casimiro de Abreu.  Localizado às margens da BR-101, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca, deu início às obras na última semana. Orçado em R$467 mil, o prédio será entregue no final do ano. O investimento foi idealizado pelo prefeito Antonio Marcos.
    O projeto prevê uma área construída de 296 metros quadrados. O Mercado do Produtor contará com dez boxes que serão ocupados pelas oito comunidades agrícolas do município (Brejão, Ribeirão, Visconde, Quarenta, Cachoeiros de Macaé, Quilombo, Macharet e Campos Elíseos), além da agricultura familiar e para exposição do artesanato local.
    O espaço também terá quatro salas que servirão para a administração, Emater, Secretaria Municipal de Agricultura e para o Núcleo de Defesa Agropecuária. Também terá uma câmara fria e de maturação, um depósito para armazenamento da produção, um coreto para apresentações musicais e culturais, além de lanchonetes com comidas típicas. O prédio garantirá acessibilidade aos deficientes físicos.
    — Precisamos valorizar a nossa cultura e nossos artistas. Em Casimiro de Abreu temos produção de cachaça e cerveja artesanal, farinha, mel, entre outros produtos. Todos terão espaço no Mercado do Produtor —, destacou o secretário de Agricultura, Ubirajara Pina.
    De acordo com o prefeito Antônio Marcos, o Mercado do Produtor Rural é mais um incentivo aos produtores casimirenses. A ideia é que durante a semana o local seja utilizado para a venda da produção agrícola do município, e aos fins de semana se torne uma opção de lazer e gastronomia para moradores e visitantes. “Queremos que o produtor viva no campo, mas com qualidade. Estamos buscando transformar o meio rural, evitando o êxodo e dando dignidade para essa população”, falou o prefeito.
    Desde 2009, o governo vem valorizando o pequeno produtor com uma série de ações que estimulam a comercialização e a produção local. A Prefeitura padronizou a Feira do Produtor Rural, que acontece às sextas e sábados, no Centro de Casimiro de Abreu e no distrito de Barra de São João. Foi regulamentada a aquisição da merenda escolar direto com os produtores locais, melhorias das estradas vicinais, além de viabilizada a comercialização da produção local no Ceasa de São Gonçalo.
    — É oferecido um caminhão para o transporte das mercadorias. Estamos recuperando as estradas vicinais de todas as comunidades agrícolas do município. São ações que melhoram a qualidade de vida de quem vive no campo com novas perspectivas —, concluiu o prefeito.
     
    Publicado em 1/7/2013
      

    FESTIVAL DE CRUSTÁCEOS