segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Repórter da Globo é empurrada durante link ao vivo para o ‘Jornal Hoje’.


A jornalista Monalisa Perrone passou por momentos de tensão nesta segunda-feira (31). Assim que entrou no ar por meio de um link ao vivo para o “Jornal Hoje” direto do hospital onde o ex-presidente Lula iniciou tratamento contra um tumor, a repórter foi violentamente empurrada por dois homens. Chocados com o incidente, os apresentadores Sandra Annemberg e Evaristo Costa cortaram a imagem e retomaram a atração direto do estúdio. Assista ao momento no vídeo abaixo

Enrolado de peito de peru com mussarela de búfala

Ingredientes

1 rolo de massa de pastel comprada pronta (400 g)
200 g de peito de peru fatiado fino
300 g de mussarela de búfala (ou comum) fatiada fina
4 tomates maduros picados, sem sementes
3 colheres (sopa) de azeite
Sal e orégano a gosto
1 gema ligeiramente batida
Modo de Preparo
Desenrole a massa e forme um quadrado de 45 x 21 cm de lado (se necessário, sobreponha um pedaço de massa sobre o outro). Espalhe sobre a massa uma camada de peito de peru e outra de mussarela, deixando um espaço livre nas pontas. Repita mais uma camada, e por cima, distribua o tomate picado, temperado com sal, orégano e 2 colheres (sopa) do azeite. Enrole a massa, como rocambole, apertando ligeiramente. Transfira com cuidado para uma assadeira untada com o azeite, deixando a ponta virada para baixo. Aperte as bordas para dar um acabamento. Pincele com a gema misturada ao azeite restante e leve ao forno moderado (180°C), preaquecido, por 30 minutos ou até começar a dourar. Retire do forno e corte em fatias. Sirva morno.



Tragédias com múltiplas vítimas desafiam médicos de emergências no Rio

Casos como massacre de Realengo e explosões de bueiros se tornam frequentes no Rio. Imagem de corredor com corpos de crianças marcou médicos de hospital
Uma cena no fim da manhã de 7 de abril ficará para sempre na memória de quatro médicos do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste do Rio). Ao lado da emergência supermovimentada, nove crianças baleadas jaziam mortas, em nove macas, no corredor silencioso, encoberto por um biombo.
Do socorro às vítimas da tragédia da escola Tasso da Silveira, quando um atirador matou 12 crianças, essa é a imagem inesquecível e mais impactante para os médicos que participaram de uma “operação de guerra” para salvar meninos e meninas feridos a tiro.
“Avisei a todos: ‘Se vazar uma foto ou vídeo desse corredor, nós vamos atrás dos responsáveis’. A imagem de tantos corpos de crianças enfileirados é chocante. Em algum momento do dia, todo mundo foi para um canto, tomar água, chorar, respirar”, contou o diretor-técnico do hospital, Paulo Ricardo Lopes da Costa.
Eventos de múltiplas vítimas, como a do massacre de Realengo, estão se tornando mais comuns nos grandes hospitais do Rio. Recentemente, as emergências têm recebido em ondas pacientes de episódios como a explosão no restaurante “Filé Carioca”, os inúmeros estouros de bueiros e até dos deslizamentos de terra da Serra Fluminense.

Os médicos Dilson e Paulo, da direção do Albert Schweitzer, atenderam às vítimas de Realengo
“O que sempre choca mais é o trauma em criança”, disse o cirurgião vascular Luiz Alexandre Essinger, diretor do Miguel Couto, principal unidade municipal na zona sul do Rio.
Em situações de crise como essas, os médicos de emergência precisam ter organização, controle e raciocínio rápido. “Todos os hospitais de emergência estão preparados para atender a eventos de múltiplas vítimas. Mas é totalmente randômico, imprevisível”, disse Essinger.
A unidade dirigida por ele é muito procurada porque tem a “tríade” neurocirurgião/cirurgião vascular/ortopedista e fica a 1km do Heliporto da Lagoa – na ocasião das chuvas na região Serrana, 11 feridos chegaram ao Miguel Couto em um só dia trazidos, por via aérea.
Adrenalina e reconhecimento por foto em Realengo
Os diretores e chefes de equipe do Albert Schweitzer participavam da reunião rotineira de quinta-feira quando foram alertados da chegada de um menino uniformizado baleado. Em seguida, vieram outros. A reunião foi interrompida, e os médicos desceram para a emergência. “Nunca tinha vivido isso, é uma situação ímpar, adrenalina gigante. As pessoas falavam: ‘Tem muito mais crianças, muito mais!’ Elas chegavam em Kombis”, lembra Paulo.

Paciente espera atendimento em frente ao Miguel Couto
“Lembro bem de cada uma das seis primeiras crianças”, conta o cirurgião vascular Márcio Teixeira, que atuou no primeiro atendimento. Ele e os colegas passaram a seguir o protocolo de sequência de exames e atendimento imediato, avaliação da gravidade dos casos que toma de 15s a 20s, privilegiando os mais graves.
“Não parava de chegar criança, foram 24. Morreram doze, e 12 sobreviveram. Dez morreram aqui; duas na transferência, mas uma delas já tinha sofrido parada cardiorrespiratória”, contou Dilson Pereira, diretor-geral do Albert Schweitzer.
Nesse caso extremo, a mobilização envolveu toda a Secretaria de Saúde, que deslocou quatro helicópteros para um campo de futebol perto do hospital. Como a maioria dos tiros era na cabeça e lá não tem neurocirurgião, foi preciso estabilizar e transferir os feridos de helicóptero para outras unidades do Rio. “Não teve limitação de recursos. As ambulâncias e helicópteros vieram mais rápido que as condições de transferência. Todos os operados sobreviveram, as crianças que morreram tiveram lesão vascular, com tiro na cabeça, e não temos neurocirurgião”, afirmou Dilson.
Adler e Márcio trabalham na emergência do Hospital Albert Schweitzer
Outro momento crítico foi o reconhecimento das crianças, por dezenas de famílias, que lotavam o auditório, em busca de informações, amparados por profissionais de psicologia e assistência social. Só um tinha identificação, Rafael Pereira, com o cartão de ônibus no bolso. “Lembro porque é o nome de meu filho de 5 anos”, disse Paulo. Os médicos limparam os rostos e corpos e fotografaram as crianças, para os pais as identificarem.
“Preparamos os corpos para não ficar muito agressivo. Não ia levar para ver o que eu vi, não queria que o pai visse o filho naquele estado”, disse Adler Silva, chefe da emergência.
“Só duas crianças não foram reconhecidas, provavelmente por negação das famílias, que viam as fotos e não aceitavam. Diziam: ‘Essa não é sua irmã! Não tem esse sinal...’ Alguns entravam na fila de reconhecimento de novo e perguntavam: ‘Posso ver de novo?’ Muito triste”, recorda Paulo. “Eu vi essas fotos vinte vezes. Lembro a maioria dos rostinhos”, contou o diretor Dilson.
Nesse cenário, o diretor se lembra de uma presença reconfortante para parentes e médicos. “Independentemente da religião das pessoas, o arcebispo do Rio de Janeiro, d.Orani Tempesta, trouxe uma paz enorme a todos. Ele não rezou ou abençoou ninguém, mas confortou. Foi um diferencial, passou tranqüilidade e deu força”, contou Dilson Pereira.
“Medicina de Guerra”
Essinger, do Miguel Couto, vê semelhanças na atuação das emergências dos hospitais do Rio com “medicina de guerra”. “Atendemos a tiros de fuzil, arma de guerra; a vítimas de explosões de bueiros e de granadas; e a traumatismos de trânsito em que as pessoas chegam todas quebradas. Um acadêmico daqui levou fotos para o hospital onde foi trabalhar nos EUA, e os médicos nem acreditavam.”
“A diferença é que, se você vai à guerra, já está preparado”, disse Márcio Teixeira. “Guardadas as devidas proporções, vejo alguma semelhança com o que os hospitais devem ter vivido em Nova York no 11 de setembro”, compara Adler Silva.
Diferentemente de datas festivas, como Carnaval e Réveillon – quando há reforço de pessoal e o atendimento básico no local minimiza a ida aos hospitais –, em dias comuns, o atendimento a eventos de múltiplas vítimas é um desafio para os hospitais, principalmente pela imprevisibilidade.
Duas das vítimas da explosão do restaurante “Filé Carioca”, no centro do Rio, também foram levados para o Miguel Couto. Ambas já receberam alta. Um deles, Elídio Santos, saiu nesta quinta-feira, após chegar com o corpo cheio de estilhaços de cimento, cortes profundos no corpo e no pescoço e traumatismo craniano.
Os namorados norte-americanos David Melaugheim e Sarah Lari, feridos após a explosão de um bueiro em Copacabana, também foram levados para o Miguel Couto e lá se recuperaram de queimaduras em até 80% do corpo, no caso de Sarah.





domingo, 30 de outubro de 2011

O amor vai muito além da beleza


O amor vai muito além da beleza
Feche os olhos e tente listar, sem pensar muito, 5 características que você gostaria que seu(sua) próximo(a) namorado(a) tivesse. Aposto que uma das características que você pensou foi “beleza”, certo? Minha dedução não tem nada de mágica e não é nem um pouco surpreendente, já que a maioria das pessoas gostaria de ter a seu lado alguém bonito. Mas você já parou para pensar o quê exatamente é beleza? 

Gisele Bundchen e tantas outras modelos cuja beleza é inquestionável hoje em dia seriam, tempos atrás, consideradas absolutamente sem graça. Isso porque houve uma época em que a beleza feminina estava associada às curvas corporais. Em outras palavras, bonito era ser gordinha. A beleza masculina também já sofreu muitas transformações. Se hoje os homens usam cremes para a pele, gel nos cabelos e fazem diversos tratamentos para acabar com indesejáveis gordurinhas, ser um belo homem antigamente significava não cuidar muito da aparência e sim ter um aspecto mais rude. 

Beleza, então, está diretamente relacionada aos padrões vigentes em uma determinada época e cultura. Estes padrões, no entanto, quase sempre são bastante injustos com a maioria da população. Quem tem um corpo de modelo, fora as próprias modelos? Que mulher está livre das tão odiadas celulites? Que homem tem o corpo escultural em um Deus grego? Se as pessoas comuns quase sempre estão fora dos padrões idealizados, por que desejamos nos relacionar com aqueles que estejam dentro destes padrões? 

Uma mulher inteligente, segura, carinhosa e bem-humorada, porém fora dos padrões estéticos vigentes, é bonita ou feia? Um homem fiel, competente, amoroso e culto, porém fora dos padrões estéticos vigentes, é bonito ou feio? O que quero dizer é que muitas vezes focamos demais em uma característica e nos esquecemos de todas as outras. Valorizamos o que está na superfície e deixamos em segundo plano o que realmente importa. 

E isso evidentemente ainda dificulta a busca por um par, afinal de contas muitas pessoas encontram alguém que lhes parece perfeito, porém sua aparência física não é o que idealizaram. Muitos chegam a optar por simplesmente não se relacionar com o(a) tal pretendente, e seguem em uma busca desesperada por alguém que talvez só exista em sonhos. 

Há situações ainda mais delicadas, como aquelas em que duas pessoas se conhecem e começam a se envolver, mas na hora de assumirem uma relação mais séria, uma hesita por causa da aparência física da outra. O fato de o par não estar dentro dos padrões de beleza gera o medo de críticas alheias e pode surgir até mesmo a vergonha de assumir o outro como namorado(a). 

Motivo de vergonha, em minha humilde opinião, seria não enxergar além das aparências e ficar preso(a) a padrões inatingíveis. Motivo de vergonha seria deixar de ser feliz e passar a vida perseguindo um ideal de perfeição que definitivamente não é humano

Em relação de marido e mulher não se mete a colher?


Em relação de marido e mulher não se mete a colher?
Esse dito popular é tão antigo quanto sábio: “Em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Resolvi adaptá-lo para uma versão mais abrangente e sugerir uma reflexão. Ou seja, não só em brigas, mas nas relações amorosas, de forma geral, o ideal é que ninguém se intrometa, dê palpites ou faça intervenções que não foram solicitadas, certo? Depende... 

Claro que ninguém melhor do que as duas pessoas diretamente envolvidas num relacionamento para saberem o que fazer de suas vidas. Entretanto, amigos e familiares podem enxergar questões e “nós” que nem sempre o casal enxerga. E, especialmente, quando solicitados, podem ser de grande ajuda. 

Este é um convite aos enxeridos? De forma alguma! Aqueles cuja intenção não passa de bisbilhotar e palpitar sobre a vida alheia são absolutamente dispensáveis, sem dúvida. E mesmo os mais próximos, talvez até pais e irmãos, quando desejam tão somente criticar, julgar e acusar, devem ser solenemente ignorados. 

Se é para se meter, então que seja para apaziguar, unir, sugerir alternativas, novas possibilidades e, sobretudo, estimular a capacidade do casal de se reinventar, redescobrir e reamar (inventei esse verbo há alguns anos, porque acredito nesta possibilidade de amar novamente a mesma pessoa!). 

Afinal, vivemos em grupos, temos amigos e, às vezes, sentimos vontade de compartilhar o que angustia nossos corações. E os amigos são providenciais em alguns momentos de nossas vidas. Mas, se não for para acrescentar e esclarecer, certamente vale a máxima: “ema, ema, ema, cada um com seus problemas”. 

E quem controla as intromissões? Quem autoriza ou veta os comentários, selecionando quem pode e quem não pode participar de determinados momentos da relação de um casal? Eles mesmos: um e outro. E somente eles. Mais ninguém! 

Isso significa, em última instância, que é você quem deve permitir – e decidir até onde se estende essa permissão – quem e como outra pessoa pode fazer parte do seu relacionamento. Tem a ver com saber impor limites, capacidade de cuidar de si mesmo e deixar bem claro que é você quem dá a última palavra, e de preferência, de acordo com seu par. 

E se achar que ninguém pode fazer isso, esta é a lei. E vai valer à medida que você não ouvir, de fato, ninguém! Sim, porque embora você não possa sair por aí tapando a boca do mundo, pode tapar os seus próprios ouvidos, ainda que seja ignorando o que entrar por eles. E é exatamente a esta capacidade que chamamos de maturidade. 

Por fim, também vale lembrar que todas as suas ações geram reações. Todas as suas escolhas geram consequências. E que caberá somente a você arcar com elas. De nada vai adiantar permitir ou vetar pessoas em sua relação por pura rebeldia, só para contrariar ou brincar de ser gente grande. 

Sendo assim, sugiro que você comece a cuidar pessoalmente do que lhe aflige, aprendendo a diferenciar um palpite inteligente e válido de um comentário desnecessário e pedante. E assim, dono da catraca de sua história, certamente vai construindo relações verdadeiras, profundas e coerentes

Dicas básicas para lavar roupas


Lavar roupas não se resume em apenas colocá-las na máquina e apertar um botão. É um trabalho que começa desde a hora em que começamos a procurar por roupas sujas deixadas nos cômodos da casa e vai até o momento que elas entram dobradinhas nas gavetas ou penduradas em cabides nos armários.
Dicas básicas

- Comece separando as peças por cor: roupas escuras, coloridas, claras e brancas. Roupas finas, panos de cozinha e roupas íntimas não devem se misturar.

- Leia o manual de instruções de uso que acompanha as lavadoras. Parece banal, mas muita gente não lê e o manual sempre traz instruções importantes de uso. Geralmente as roupas de lã, assim como acolchoados e roupas de moletom, por exemplo, são leves enquanto estão secas, mas ficam pesadas depois de molhadas. É sempre bom verificar no manual o peso que sua máquina pode suportar.

- Instale seu varal no lugar certo. Ele deve ficar em um local bem arejado e onde bata sol. 

- Prefira os pregadores de plástico em vez dos de madeira, pois eles acumulam umidade e, com ela, sujeira. Os modelos de plástico podem ser lavados e duram mais.

- Passe um pano úmido na corda do varal, assim a poeira não se acumula e não suja a roupa.

- Sacuda bem as peças antes de estendê-las no varal. Quanto mais esticadas elas secarem, menor o tempo de ferro de passar ligado. Assim, você economiza energia.

- Para as peças de algodão, uma dica: tire-as da máquina um pouquinho "antes da hora", quando estão ainda meio úmidas, pois é mais fácil de passar.

- Pendure a peça pelo avesso e ela não desbotará.

- Pendure camisas sociais em cabides no varal. 

- Na hora de estender as roupas, procure usar os pregadores na parte mais firme da roupa. Observe também se a peça fica deformada quando presa aos pregadores. Se isso acontecer, coloque-a em um cabide plástico e pendure o cabide no viral, ou seque a roupa estendida sobre uma toalha limpa.

- Para conservar suas lingeries sempre bonitas, a melhor escolha é lavá-las à mão. A máquina pode danificar as rendas, além de deformar os arcos metálicos do sutiã ou camisole. As altas temperaturas também danificam as suas características elásticas e a tonalidade das cores. Existem produtos específicos para lingeries no mercado.

- Quem tem bebê em casa deve tomar cuidado com as micro meias, sapatinhos de lã, camisetinhas, touquinhas e outras roupinhas pequenas. Elas podem desaparecer se colocadas na máquina. É melhor que sejam lavadas à mão, logicamente tudo separado das roupas do resto da família.

- Manter a lavanderia ou área de serviço organizada ajuda muito com as roupas. Os cestos são super úteis e podemos encontrá-los em uma diversidade muito grande de materiais, como vime, palha e sisal. Observe os acabamentos, isto é, se a trama é bem acabada. Os preços também variam de acordo com a qualidade e material. Mas esta é uma peça coringa, que pode ser usada também em outros ambientes. 

- Quando finalmente a roupa é colocada nas gavetas e cabides... Bem, então está na hora de voltar para o início e começar a procurar roupa suja pela casa, porque com certeza haverá.

Cães ganham psicólogos, creches e privilégios em famílias no Rio


Família leva weimaraner à creche três vezes por semana.
Em Copacabana, médica construiu rampa para cachorro enxergar a rua.

Uma família que se acostumou a uma rotina que envolve lidar com profissionais de uma creche. Ou outra que tem que resolver alguns problemas domésticos com a ajuda de um psicólogo. Até mesmo encontrar um acupunturista para dores “incuráveis”. Até aí, nada demais, se tudo isso não fosse para um cachorro. Os serviços para cães e gatos cada vez mais se assemelham aos elaborados para os donos, que, muitas vezes tratam o cachorro de casa como filho.


A estudante de arquitetura Juliana Acar comemora o fato de seu weimaraner Ziggy ir à creche três dias por semana. “Ele é uma peste, quando volta de lá não está mais endiabrado. No dia seguinte ele fica em casa, cansado”, contou. Ziggy vai duas vezes por semana para o sítio Casa de Simbad. Pelo serviço, os donos pagam R$ 30 por dia. Lá os cachorros correm à vontade, comem, brincam e “deixam por lá toda a energia acumulada no apartamento”, segundo Juliana.

Casa do Simbad recebe cachorros para creche e para hospedagem (Foto: Divulgação/Casa do SImbad)Casa do Simbad recebe cachorros para creche e para hospedagem (Foto: Divulgação/Casa do SImbad)
O dono do espaço Daniel de Freitas Mesquita explica que o diferencial do lugar é que os bichos ficam soltos o dia inteiro. “A gente só põe eles no canil na hora de comer e de dormir, quando eles vão para passar a noite. Os cachorros maiores gostam muito de ficar na piscina, os menos não ligam muito. A gente joga bolinha com eles, põe eles para correr. A mangueira com água também faz sucesso”. Daniel disse que o sítio também funciona para hospedagem, em que o cachorro dorme por alguns dias. Para este serviço o preço é, em média R$ 50, dependendo do tamanho do cão e do número de dias que ele ficará hospedado.
Ele é uma peste, quando volta de lá não está mais endiabrado. No dia seguinte ele fica em casa, cansado"
Juliana, dona do Weimaraner Ziggy
Ele e a mulher, Jacqueline César Thompson, têm o local há três anos. E é lá onde eles moram também. “Temos uma limitação de estrutura, por isso só aceitamos 15 cachorros por vez. Geralmente ficamos com uns sete.” E as brigas não são tanto frequentes quanto se pode imaginar: “Só me lembro de duas, geralmente cachorros grandes nem ligam para os pequenos. Até quando os menores ficam pulando nos grandes”, relatou.
Psicólogos para cachorros
O mau comportamento de um animal, que antes muitas vezes era resolvido de maneiras politicamente incorretas, agora tem soluções mais embasadas: a zoopsiquiatria, terapia comportamental e antrozoologia (relação entre homens e animais). Cristiane Moll é especialista nos três temas.

“A gente observa o animal. Vou para a casa da pessoa, procuro falar com uma ou mais pessoas da família, vejo como cada um vê o comportamento do animal. Dependendo do caso, posso fazer prescrição de remédios. O trabalho é identificar através do proprietário comportamentos que não são desejados. Vamos identificar quais são próprios e normais dos animais. Por exemplo, fazer xixi e latir são normais, mas não em qualquer lugar e não o tempo todo”, explicou. “Às vezes o bicho está querendo passar alguma coisa, e o dono não percebe”, concluiu.
É a descrença no ser humano. As pessoas não confiam mais tanto nos humanos"
Totó, dono de dois 'filhos'
Quem não mede esforços para cuidar de seus dois cachorros é Marco Antônio, mais conhecido como Totó. Ele tem uma vira-lata e um golden retriever, que “só falta falar”. Para ele, tratar cachorros como filhos é uma tendência mundial. “É a descrença no ser humano. As pessoas se apegam ao bichinho, porque ele só traz alegrias. Só traz tristeza quando fica doente ou quando morre. As pessoas não confiam mais tanto nos humanos”, disse. Ele explicou que o mercado pet atualmente é um mercado em crescimento constante. Há bolsas de joias de luxo, que custam fortunas, elaboradas por grande marcas especialmente para cachorros. “E essas bolsas têm uma grande procura, são feitas sob encomenda e tem fila de clientes”, ressaltou.
Xampu caro para o 'filho'
Os “filhos” de Totó dormem na cama com ele. “No frio eles esquentam meu pé. Quando eu viajo, levo a nécessaire deles, com xampu, escovas, condicionador e até o perfume francês. O perfume deles custa R$ 79. O xampu custa mais caro que o meu próprio. Eu gosto de dar banho neles no meu banheiro. E quando viajo só vou para lugares que aceitem cachorros. Já deixei de viajar porque eles não poderiam ir junto”, contou.

O cachorro da médica Marta Galvão tem todas as regalias que pode ter dentro de casa. Até uma rampa para Tevez – o buldogue francês da família Galvão - enxergar a rua de cima de um tablado foi construída na janela do apartamento onde mora, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. “Embora as atividades como passeio, alimentação e banho semanal fiquem por minha conta, todos contribuem de alguma forma. Tevez nunca esteve em uma petshop para banho, faço questão de fazê-lo e tem sido um momento prazeroso para nós, onde brincamos e “conversamos” bastante. Escovo seus dentes pelo menos duas vezes por semana. Seguimos cuidadosamente o calendário de vacinações e as visitas ao veterinário. Alimenta-se quase exclusivamente de ração e de alguns petiscos que só compro se não tiverem em sua composição conservantes ou corantes. Quase porque Felippe compartilha um ou outro pedaço de carne.”
Tablado foi contruído para Tevez enxergar a rua (Foto: Arquivo Pessoal/Marta Galvão)Tablado foi contruído para Tevez enxergar a rua (Foto: Arquivo Pessoal/Marta Galvão)
'Adora ver o movimento dos caminhões da Comlurb'
“A ideia da rampa veio a partir da observação que ele adorava quando o levávamos à janela, no colo. Projetamos uma bancada com largura e comprimento suficientes para mantê-lo confortavelmente deitado para apreciar a rua. Construímos uma rampa, adequamos a inclinação e a forramos com material emborrachado para evitar escorregões e quedas. Surpreendeu-nos quando ficou pronta e Tevez imediatamente a subiu, sem esforço e sem qualquer manifestação de medo.

Observa o mundo lá fora, ora com atenção, ora com desprezo."
Marta, dona de um buldogue francês
E a reação de Tevez foi a melhor possível: "Pareceu-nos que esperava por aquilo há muito tempo. Observa o mundo lá fora, ora com atenção, ora com desprezo, e chegando mesmo dar as costas para a rua, mas lá de cima. É seu ponto de observação, gosta de tomar sol ali e parece se divertir com seus semelhantes que passam lá fora. Adora ver o movimento noturno dos caminhões da Comlurb”, explicou.
A médica disse que Tevez se tornou da família. “Mora conosco, nos emociona, nos diverte, nos preocupa, tem sua caminha, sua rampinha, passeia pela casa sem cerimônia, conhece as regras. É sociável e gentil com as visitas. Parece compreender perfeitamente sua posição no grupo. Todos, sem exceção, o amam. Tornou cada um de nós mais paciente, mais observador, mais cuidadoso e também mais humanos, nos obrigando a nos debruçarmos sobre sua fragilidade, dependência e inocência para percebermos o quanto é importante, insubstituível e amado”, completou.

Evento no Rio incentiva público a adotar hábitos sustentáveis


Um dia para sempre' acontece no domingo (30), no Jardim Botânico.
Além de idealizar projeto, Marcos Palmeira também vai dar palestra.

conscientizar a população a adotar hábitos sustentáveis para o planeta é o objetivo do “Um dia para sempre”, que acontecerá no próximo domingo (30), no Teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. O evento foi idealizado pelo ator Marcos Palmeira, que tem uma produção de alimentos orgânicos na Região Serrana do estado.

O "Um dia para o sempre" terá a programação dedicada a adultos e crianças. No local serão montados ateliês de reciclagem, artes com argila, trupes de palhaços, feira e restaurante de alimentos orgânicos. Além das atrações, haverá um ciclo de palestras com o pediatra Daniel Becker, a nutricionista Patrícia Davidson Haiat, o jornalista da Globonews André Trigueiro e o ator Marcos Palmeira.

Envelhecimento saudável preocupa especialistas em Manaus


Idosos repesentam 5,4% da população do Amazonas.
Evento discute, em Manaus, acesso à Educação, Cultura e Esporte


Euler Ribeiro, diretor UnATI/UEA (esquerda). (Foto: Alan Chaves)
Euler Ribeiro, diretor UnATI/UEA (esquerda).
(Fotos: Alan Chaves)
Com a melhora nas condições de vida com acesso a atividades educacionais, culturais, esportivas e de saúde, o número da população idosa deve superar a de jovens de até 15 anos nos próximos 20 anos. A previsão é do diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI/EUA), Euler Esteves Ribeiro. Durante o XII Fórum da Terceira Idade discute, em Manaus, ele destacou políticas públicas de respeito e valorização à pessoa idosa e o processo de envelhecimento saudável.

Discutido em várias partes do mundo, a temática "Qualidade de vida na terceira idade" reúne, na capital do Amazonas, representantes das Universidades da Terceira Idade de todos os estados brasileiros para a abertura do "XII Fórum Nacional de Coordenadores de Projetos de Terceira Idade de Instituições de Ensino Superior e XI Encontro Nacional de Estudantes de Terceira Idade de IES", realizado neste sábado (29), no Studio 5 Centro de Convenções.

Durante palestra magna de abertura do evento, Euler Ribeiro falou do "Envelhecimento e o Meio Ambiente, um novo pensar". Ele chamou atenção para a "consciência social" sobre o processo de envelhecimento no Brasil. "Abrindo portas para o reconhecimento do envelhecimento como uma fase da vida, se consolida também a importância de se melhorar os programas de saúde, lazer, benefícios sociais, entre outros, para essa categoria", declarou Euler.

Segundo o diretor, é importante que a sociedade tenha consciência do processo de um envelhecimento bem sucedido. "Sou um idoso da floresta, tenho qualidade de vida por conta dos cuidados observados no percurso da vida e também, por morar em uma terra onde a natureza é mais eficaz que qualquer ciência", disse o diretor.

Geralda Oliveira, acadêmica UnATI/UEA.  (Foto: Alan Chaves)
Geralda Oliveira, acadêmica UnATI/UEA.
(Foto: Alan Chaves)
Exemplo de um envelhecimento saudável, aposentada Geralda Alves de Oliveira, de 65 anos, há três anos estuda Língua Portuguesa, na Universidade Aberta da Terceira Idade da EUA, no bairro Cachoeirinha, Zona Sul. Ela conclui o curso no próximo ano e diz que ter retomado aos estudos  foi a melhor decisão. "De fato é uma outra vida, uma outra fase. Além do conhecimento, ganhamos outras coisas imensuráveis", afirma a acadêmica. Pessoas como Geralda representam uma boa parcela da população do Amazonas, 5,4%, ou seja, 170 mil, dos quase 2 milhões habitantes.
Entretanto, Euler Ribeiro destacou que, apesar da importância do idoso na sociedade, a população ainda não tomou a plena consciência de seu próprio processo de envelhecimento.
"O adulto de hoje, que será o idoso amanhã, ainda não acredita que a juventude é apenas parte de um processo", analisou. A consequência da falta de informação e de consciência sobre os processos da velhice é o caminho aos problemas mais comuns de um envelhecimento mal sucedido, segundo o especialista.

Repesentantes de IES da terceira idade de todo o país estão em Manaus. (Foto: Alan Chaves)Repesentantes de IES da terceira idade de todo o país estão em Manaus. (Foto: Alan Chaves)


 

'Bônus bebê' e 'filho único' são exemplos de controle populacional


Na China, governo pune famílias que têm mais de um filho.
Austrália, França e Alemanha pagam para que casais tenham novos bebês.

O crescimento da população global começou a diminuir de ritmo, segundo relatório da ONU sobre a marca de 7 bilhões de pessoas no planeta, mas as tendências de crescimento são diferentes em cada região. Enquanto a população da Europa tem uma taxa de fecundidade (média de filhos por mulher) de apenas 1,53 - o que indica envelhecimento e diminuição da população - na África a taxa de fertilidade chega a 4,64. Na América Latina a taxa é de 2,3; na América do Norte e na Ásia, de 2,03 e na Oceania, de 2,49.


Para lidar localmente com questões relativas ao tamanho e à idade geral da população, alguns países adotaram políticas que tentam se adaptar à demografia existente. Em alguns lugares, como na China, o governo defende que famílias não tenham mais de um filho. Enquanto em outros, como na Austrália, há um incentivo em forma de subsídios para que famílias tenham filhos e evitem uma diminuição maior da população.
Filho único
A China, país mais populoso do planeta com 1,3 bilhão de pessoas, tem o exemplo mais conhecido de política de controle de natalidade, a fim de evitar a explosão populacional. Introduzida em 1978, a política do filho único impediu o nascimento de quase 500 milhões de chineses nas mais de três décadas em que foi aplicada.

Xiong Chao, criança chinesa que foi devolvida à avó após ser retirada da família por agentes de planejamento familiar do país (Foto: The New York Times)
Xiong Chao, criança chinesa que foi devolvida à avó
após ser retirada da família por agentes de
planejamento familiar do país
(Foto: The New York Times)
A política incentiva as famílias a não terem mais de um filho e aplica multas e punição com a anulação do acesso aos serviços sociais. Famílias que têm vários filhos podem até ser presas, e crianças nascidas na ilegalidade não têm reconhecimento. A lei admitia, entretanto, exceções para algumas etnias, famílias em áreas rurais e casais que já eram filhos únicos.
Desde 1979, um ano após sua criação, a política do filho único fez a taxa de fecundidade cair para cerca de 1,5 filho por mulher chinesa. Se não tivesse aplicada a limitação de nascimentos, estimativas indicam que a China teria cerca de 2 bilhões de habitantes.
Apesar de ter sido bem-sucedida ao evitar a explosão demográfica, a política gerou o envelhecimento rápido da população chinesa e pode criar problemas econômicos e sociais no país. A China é o único país em desenvolvimento que enfrenta o paradoxo de ser um país com população majoritariamente idosa antes de ser um país rico.
Nos próximos cinco anos, os que têm mais de 60 anos passarão de 170 milhões a 221 milhões, representando 16% da população (contra 13,3%). Em meados do século, os habitantes com mais de 65 anos representarão 25% da população chinesa, considera a Comissão da População e Planejamento familiar, contra apenas 9% atualmente. E a metade dos maiores de 60 anos vive em um lar vazio, algo impensável no passado.
7 bilhões sete bilhões mundo habitantes ONU 2011 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Limites populacionais
O país com a segunda maior população do mundo, a Índia, foi um dos primeiros a desenvolver políticas de controle populacional, mas não tomou atitudes tão radicais quanto a China. O primeiro programa de planejamento familiar foi criado em 1952, e ficou conhecido como norma da pequena família, buscando a estabilidade da população, que atualmente tem mais de 1 bilhão de pessoas.

A política visou incentivar famílias a não terem mais de dois filhos e educar a população em relação a métodos contraceptivos. Em três décadas, a Índia conseguiu baixar a taxa de fecundidade de 6 para menos de 3 filhos por mulher
Como consequência, a Índia atualmente cresce de forma mais rápida do que a China e deve se tornar, em até duas décadas, o país mais populoso do planeta. Por outro lado, a Índia conseguiu evitar o risco de ter uma população excessivamente velha.
O Irã registrou uma das maiores quedas em taxa de crescimento populacional no final do século passado, segundo o Earth Policy Institute, organização americana que promove pesquisas sobre desenvolvimento e sustentabilidade no planeta. Apesar de a revolução de 1979 ter cancelado os programas de planejamento familiar que já existiam, em 1993, o governo criou uma lei própria para reduzir a taxa de fecundidade do país.
O programa incentivava que casais tivessem menos filhos ao diminuir os benefícios de licença maternidade para mulheres após o terceiro filho. Além disso, foi realizado um projeto de educação em planejamento familiar, e envolveu os homens no processo de incentivo aos métodos contraceptivos.
Incentivos
Enquanto governos com população em crescimento tentam evitar o excesso de crianças, países já com economia desenvolvida enfrentam o problema de diminuição da taxa de fecundidade e envelhecimento da população. Para isso, os governos oferecem subsídios que incentivam os pais a terem mais filhos.

A Austrália é um dos países que mais incentivam a reprodução e ajudam os casais a terem filhos. O Departamento de Assistência Familiar tem uma série de subsídios que ajudam famílias que têm filhos, biológicos ou mesmo adotados.
Entre as diferentes formas de apoio, há uma ajuda para famílias que já criam adolescentes, subsídio para que crianças estudem e, especialmente, um "bônus bebê" e licença maternidade paga.
O Bõnus bebê é uma série de 13 pagamentos quinzenais que o governo oferece para ajudar nos custos de criar um recém-nascido. O primeiro pagamento é equivalente a cerca de R$ 1.500 e os outros de mais de R$ 650. Já a licença maternidade paga oferece até 18 pagamentos semanais de cerca de R$ 1.000 para que os pais deixem o trabalho para cuidar da criança.
Os subsídios chegaram a aumentar em 14% o número de nascimentos ao longo da última década.
A França também oferece subsídios a fim de incentivar o nascimento de novas crianças e tentar evitar o envelhecimento da população. Ao longo da última década, o governo francês conseguiu aumentar a taxa de natalidade ao oferecer subsídios, longas licenças maternidades e cuidados gratuitos a crianças com menos de 3 anos.
Em 2006, uma lei passou a pagar o equivalente a quase R$ 1.800 por mês para mulheres que têm o terceiro filho - o dobro do que pagam para o segundo.
Na Alemanha, uma lei de 2007 passou a incentivar o aumento da taxa de fecundidade com subsídios para os pais. O objetivo também era evitar que a população envelheça demais.
O governo permite que adultos parem de trabalhar após terem filhos e recebam o equivalente a dois terços do salário que ganhavam por um ano (com o limite de cerca de R$ 4.000 por mês). A Suécia, a Estônia e a Escócia também têm leis que oferecem subsídios para que casais tenham filhos.