terça-feira, 2 de julho de 2013

Os novos rostos da epidemia de aids

Vírus HIV volta a ameaçar jovens gays, sem excluir mulheres e idosos: “camisinha é usada só para evitar gravidez”, diz universitário homossexual infectado aos 20 ano

Bernardo é homossexual, universitário, tem 20 anos, namora firme e é fã de música eletrônica. O manto do anonimato sobre a verdadeira identidade, no entanto, ele vestiu depois de não usar camisinha no relacionamento fixo.
O jovem entrou para os números da aids no Brasil em 2012 e personifica o rosto da epidemia brasileira desenhado a partir dos registros mais recentes. No País, segundo balanço provisório do Ministério da Saúde, é crescente a parcela de homossexuais com menos de 24 anos contaminados pelo vírus HIV .
“Há 10 anos, os homens jovens que fazem sexo com homens representavam 40% dos novos registros em menores de 24 anos. Hoje, os gays já são metade destes novos casos, de acordo com nossas informações, ainda provisórias”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Oficialmente, pelos dados já tabulados, as relações homossexuais e bissexuais representam 32,2% das formas de contaminação masculinas em qualquer idade.
A maior participação dos homossexuais nos números repete o início da epidemia nacional, nos anos 1980, quando os gays eram o alvo principal das infecção, que destruía o organismo e condenava os soropositivos a uma curta sobrevivência – no máximo 2 anos.
Neste Dia Mundial de Luta Contra a Aids, os especialistas comemoram os avanços na medicina que ampliaram a sobrevivência dos infectados e sabem que associar a doença à homossexualidade é errada, preconceituosa e fadada ao fracasso.
A própria história da aids confirma isso. Há 30 anos, no início do contágio pelo vírus HIV, a doença chegou a ser chamada de "peste gay" e deu falsa a sensação de imunidade aos homens heterossexuais e às mulheres. A ideia, no entanto, caiu por terra em menos de três anos. Os homens que fazem sexo com mulheres foram somados aos 34,2 milhões de habitantes do planeta que hoje vivem com o vírus HIV e, no Brasil, 48% dos pacientes do sexo masculino contraíram a doença em relações heterossexuais desprotegidas.
“Deste total de 34 milhões com aids no mundo, 47% são do sexo feminino e na África, 65% dos casos são em mulheres”, ressalta Pedro Chequer, coordenador da Unaids no Brasil, entidade das Nações Unidas que trata da aids.
O consenso entre os estudiosos é de que o retorno dos homossexuais para o epicentro da aids não significa que os outros grupos possam ser excluídos das campanhas preventivas. Porém, é consenso também que os jovens gays precisam de atenção especial nas divulgações preventivas que reforçam a importância de não negligenciar o preservativo.
“Meus amigos heteros dizem que usam camisinha, mas a única preocupação é com a gravidez fora de hora. Como entre os gays não há possibilidade de gestação, o preservativo fica de lado. É um erro enorme e eu acho que nunca vou me perdoar por ter cometido esta falha”, diz Bernardo que foi contaminado pelo namorado, em uma relação estável e que o deixou “perigosamente confortável” para abandonar a prevenção.
O companheiro também descobriu ser soropositivo quase de forma simultânea à revelação de Bernardo. Juntos, eles precisaram superar o "autopreconceito" e as novas demandas no relacionamento impostas pela doença.
Múltiplas faces:
Veja quem está vulnerável ao HIV
Estão vulneráveis ao HIV metade dos brasileiros que admitem transar sem camisinha logo na primeira vez com o parceiro. Foto: Getty Images
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“Esta geração não perdeu ídolos para a aids”, sentenciou Padilha, tentando desvendar os motivos para metade dos jovens brasileiros admitir que não usa camisinha logo na primeira relação sexual, independentemente do sexo do parceiro.
Eles nasceram em uma época em que as feridas da aids foram cicatrizadas com a criação de medicamentos eficazes, que permitem vida praticamente normal aos portadores. Cresceram em meio aos estudos científicos que apontam como realidade possível uma vacina preventiva da doença .
Mas também são estes fatores, já alertou a fundadora do Instituto Cultural Barong, Marta McBritton – ela organiza caravanas pelo Brasil todo para distribuir camisinhas e explicar como usá-las – que deixaram o perfil da aids multifacetado.
Jovens gays dividem espaço nos registros com idosos que passaram a usar medicamentos para a disfunção erétil, voltaram à vida sexual ativa, mas temem que o preservativo ameace a potência sexual. Também dão rosto aos casos nacionais as mulheres com mais de 60 anos, que contraíram aids do marido, mas nem desconfiam estarem infectadas.
O governo federal também alerta para as meninas com menos de 20 anos, mais numerosas na aids, fazendo com que a faixa etária seja a única em que a proporção de infectadas é maior do que a de infectados: 1,4 casos entre elas para 1 caso entre eles (no restante do recorte etário a incidência é inversa, sendo os homens maioria).
Mais recentemente, usuários de crack – que somam 1,2 milhão no País – também ingressaram para o grupo de vulneráveis ao HIV.
“Os usuários de droga ainda representam quase 20% do total de formas de transmissão”, alertou Chequer.
“Já sabemos que não apenas os dependentes de drogas injetáveis (que compartilham seringas) correm risco. As nações já estão preocupadas com os que usam crack, já que a droga (fumada em cachimbo) favorece o comportamento sexual de risco.”
Costurados pelo preconceito
A linha que costura todos estes rostos à epidemia de aids, avalia Bernardo, é o preconceito. “Eu mesmo só atestei o quanto era preconceituoso depois que descobri ser soropositivo”, diz ele, sem reservas.
Divulgação
A mão de Bernardo, soropositivo, fazendo coração com a mão do namorado. Ambos têm menos de 25 anos e descobriram juntos serem portadores do vírus HIV
“Sou estudante da área da saúde mas, assim como muita gente, acreditava que aids só era problema dos promíscuos, dos baderneiros ou dos miseráveis. Fiz o teste da aids tendo certeza que o resultado era negativo. Quando o ‘positivo’ apareceu senti nojo de mim. Era raiva, culpa e medo. Medo de que me olhassem como eu olhava para quem tem HIV.”
São 11 meses vivendo com HIV, em um sigilo absoluto, com medo do julgamento alheio, o que justifica a opção de manter a doença em segredo para pais, irmão e amigos mais próximos.
“Pensei em suicídio, virei um nada. Daí descobri que a vida com o HIV pode ser mais leve e fiz um site para ajudar e desabafar com as pessoas, inúmeras, em situação parecida com a minha, 
"A minha vida está mais calma, tenho muitos planos. O HIV acabou me unindo ainda mais ao meu namorado. Mas não é nada bom ter o vírus. O melhor é usar camisinha”, diz Bernardo, esperando que a mensagem chegue aos homossexuais, heterossexuais, jovens, idosos, meninos, meninas e aos 135 mil brasileiros que têm aids e nem imaginam ser portadores do vírus .

Brasil estuda o uso preventivo de antirretroviral

Na estratégia conhecida como pré-exposição, o remédio funciona como uma proteção, reduzindo o risco de a pessoa se contaminar pelo vírus

O novo diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, afirmou que está disposto a discutir o uso de antirretrovirais por pessoas que não estão infectadas pelo HIV, como forma de prevenção da doença.
A estratégia é conhecida como pré-exposição. Nesses casos, o remédio funciona como uma proteção, reduzindo o risco de a pessoa se contaminar pelo vírus.
Embora estudos já tenham demonstrado a eficácia dessa política, ainda há dúvidas sobre como a estratégia poderia ser adotada em maior escala.
"A terapia pré-exposição ainda não está preconizada, mas não há dúvidas de sua eficácia em todas as populações vulneráveis", disse o diretor.
Mesquita adiantou que o assunto será considerado pelo governo como um instrumento adicional.
"Quero analisar o potencial de sermos mais incisivos na aplicação da ciência para nos tornarmos um dos primeiros países do mundo livre do HIV em um futuro que espero não tão longe."
Outra medida
O governo brasileiro se prepara também para liberar o uso de antirretrovirais para portadores de HIV, independentemente da carga viral, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A ideia é ofertar o medicamento para pacientes de populações de maior vulnerabilidade para a doença, como homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e usuários de drogas.
Em outubro do ano passado, a medida já foi liberada para portadores de HIV com vida sexual ativa.
"A recomendação é que todos continuem usando preservativos em suas relações. Essa será uma proteção a mais", afirmou Padilha ao Estado.

"Estudos mostram que, ao reduzir de forma significativa a carga viral com os medicamentos, o risco de transmissão para o parceiro cai expressivamente", disse Padilha.O tratamento precoce de aids está entre as ferramentas de prevenção adotadas por alguns países.

O uso antecipado do remédio, porém, ficará a critério do paciente. Não há evidências científicas se a antecipação do tratamento traz benefícios para o soropositivo. Mesquita também demonstrou interesse em ampliar o uso de antirretrovirais no País como uma forma de prevenção.
"O Brasil já faz isso e talvez possamos ampliar ainda mais. De todas as medidas adotadas atualmente para prevenir o HIV, essa é a que tem maior taxa de efetividade", disse.
Mesquita foi responsável pelo tratamento como prevenção no Vietnã, quando comandava o programa de aids naquele país.
"Na época, as pessoas ainda tinham muita timidez em assumir esta posição. Hoje há um claro consenso sobre o tema." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Você se cuida e não consegue emagrecer?

Conheça alguns fatores que podem estar minando o seu esforço para perder peso


Foto: Getty Images
Na balança: medicamentos e questões hormonais podem jogar contra a dieta e os exercícios
Apostar na dobradinha alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos é a principal recomendação para quem deseja emagrecer. Mas, ainda que se esforcem para cumprir esta orientação, algumas pessoas só vêem o peso aumentar.
Apesar de parecer conversa fiada, o fato é que existem, sim, situações capazes de nos fazer engordar – como alterações hormonais, por exemplo. Em outros casos, são comportamentos considerados inofensivos que colocam tudo a perder.

Para que explicar melhor essa relação, especialistas selecionaram alguns fatores que podem influenciar no sobe e desce da balança. Confira.

Estresse
Esse estado emocional favorece a produção do hormônio cortisol. “Ele é muito importante, pois atua em resposta a situações de perigo”, observa Mônica Dalmacio, mestre em Nutrição pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF) e co-autora do livro “Alimentos e sua ação terapêutica” (Editora Atheneu). O problema é que, em excesso, o cortisol leva ao aumento dos depósitos de gordura, além de reduzir as reservas de massa muscular.
Segundo Vanessa Franzen Leite, nutricionista especializada em psicologia do emagrecimento, de Porto Alegre (RS), pessoas muito estressadas também tendem a consumir alimentos ricos em carboidratos refinados (que geram mais fome) e gorduras (que são hipercalóricos). O estresse traz prejuízos à saúde, principalmente das mulheres, que são as que mais sofrem com esse sentimento e que podem até apresentar dificuldades para engravidar se não souberem controlar as emoções. Para descobrir a quantas andam seus nervos,
 

Sono de menos
Quem acha que dormir é desperdício de tempo tem mais dificuldade para mandar os quilos extras embora. Evidências científicas mostram que noites mal dormidas inibem a produção de leptina (hormônio da saciedade) e beneficiam a liberação de grelina (hormônio da fome). Traduzindo: o apetite aumenta e a sensação de satisfação demora a aparecer.
Mônica Dalmacio conta que, além disso, a privação do sono faz os níveis de cortisol subirem – como já foi dito, e isso não é nada bom. Já o hormônio do crescimento aparece em menor quantidade, prejudicando o aumento de massa muscular e o metabolismo.
Problema na tireóide
O hipotireoidismo é um distúrbio que afeta a tireóide (uma pequena glândula localizada no pescoço), reduzindo a produção dos hormônios T3 e T4. Quando há déficit dessas duas substâncias no organismo, o metabolismo se torna bem lento.
“Você pode se alimentar como sempre, mas o corpo já não gasta da mesma forma”, observa Ruth Clapauch, vice-presidente do departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Por isso, pessoas que desenvolvem hipotireoidismo podem ganhar quilos mesmo comendo pouco e fazendo exercícios. O quadro ainda é composto por outros sintomas importantes, como pele seca, cabelo quebradiço, sonolência, intestino preguiçoso e cansaço, entre outros. A depressão pós-parto pode ser confundida com problema na tireoide, por isso é importante ficar atenta a ela.
 


De acordo com a médica da SBEM, as mulheres que têm essa doença costumam produzir dois hormônios em excesso: a insulina e a testosterona. “Ambos causam ganho de peso”, diz. Enquanto o primeiro aumenta o apetite e a vontade de comer doces, o segundo favorece o acúmulo de gorduras no abdome.Síndrome do ovário policístico

Além dos quilos extras, outras mudanças acompanham a síndrome, tais como irregularidade na menstruação e presença de pelos e acne na pele. Se não for tratada, pode comprometer a fertilidade feminina. A doença, no entanto, pode ser contornada sem a necessidade de medicamentos, já que oexercício é tratamento de ponta para síndrome do ovário policístico.
Álcool demais
Sabe o tão aguardado happy hour? Pois é, ele pode ser o responsável por tornar todo o sacrifício da dieta inútil. “Bebidas alcoólicas são cheias de calorias e normalmente aparecem acompanhadas de petiscos. São inimigos invisíveis”, observa Mônica.
Para quem quiser relaxar sem arriscar a cintura uma boa é optar pelo vinho. “É uma bebida antioxidante que traz benefícios ao organismo, como o aumento do colesterol bom e a redução do ruim. Por isso, um cálice por dia está liberado, desde que o indivíduo não tenha restrições”, diz Vanessa.
Descontrole emocional
O estado psicológico influencia (e muito!) no processo de emagrecimento. De acordo com a nutricionista Vanessa Franzen Leite, de Porto Alegre, muitas pessoas usam os alimentos para compensar sentimentos como ansiedade, alegria, tristeza, carência, angústia e por aí vai. Assim, a dieta desanda.
Um comportamento que facilmente pode gerar frustração e, como conseqüência, ganho de peso, é estabelecer metas muito ambiciosas, como “vou emagrecer 3 kg em uma semana”.
“Alimentação saudável e exercícios devem ser sinônimos de alegria e relaxamento e não de mais um compromisso”, frisa Mônica, mestre em nutrição.
Excessos no fim de semana
Já parou para pensar se o cuidado com a alimentação se mantém de sexta à noite até domingo? Afinal, não adianta montar pratos equilibrados e fazer exercícios durante a semana para depois passar quase três dias à base de cerveja, fritura e doces.
“O consumo alimentar excessivo no final de semana pode colocar toda a dieta em risco. Para evitar isso, escolha apenas um dia da semana para cometer excessos. Depois, retome os hábitos saudáveis”, recomenda Vanessa.
Uso de remédios
Substâncias presentes na fórmula de alguns tipos de medicamentos podem propiciar o ganho de peso. A cortisona, encontrada na maioria dos remédios que tratam alergias e bronquite, e os hormônios usados em determinadas pílulas e injeções anticoncepcionais são bons exemplos.
Segundo Ruth Clapauch, da SBEM, quem notar diferença na balança após dar início a um tratamento deve conversar com o médico para checar a possibilidade de trocar o medicamento indicado ou, dependendo do caso, reduzir as taxas hormonais

Combata a inflamação comendo certo

Conheça os alimentos com maior potencial inflamatório e fuja deles. Veja também quais ajudam a lutar contra o processo inflamatório

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Açúcar: em excesso, ele a inflamação no corpo e pode gerar diabetes e doenças do coração
Você sabia que alguns alimentos têm ação inflamatória no organismo? Muita gente ignora isso, mas escolher o que comer e o que deixar de lado pode reduzir ou aumentar os efeitos da inflamação no corpo.
Ao classificar os alimentos de acordo com seu grau mais alto ou baixo de ação inflamatória, pesquisadores e especialistas foram capazes de concluir, por exemplo, que uma grande dificuldade para emagrecer pode ter origem nas escolhas feitas para compor o prato, mesmo que se esteja levando em conta a quantidade de calorias.
Além de prejuízos estéticos, uma dieta rica em alimentos inflamatórios e pobre em itens com efeito oposto também pode afetar seriamente a saúde.
“De acordo com os componentes alimentares escolhidos, uma dieta pode proteger contra uma resposta inflamatória exacerbada e ser protetora indireta do desenvolvimento de algumas doenças, como câncer, doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas relacionadas com inflamação”, exemplifica o nutricionista José Aroldo Gonçalves, professor e diretor da NutMed, do Rio de Janeiro (RJ).
O índice inflamatório foi criado por pesquisadores norte-americanos em 2010, para avaliar o potencial de contribuição da dieta nesses processos. Considera-se, assim, uma série de alimentos como os mais anti-inflamatórios .
Veja na galeria os alimentos mais ricos em propriedades anti-inflamatórias:
Cará: esse tubérculo é rico em vitaminas C e do complexo B, o que melhora a imunidade. Foto: Getty Images
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Já o grupo dos alimentos com maior potencial inflamatório inclui, em ordem descrescente, carboidratos, lipídios, gorduras saturadas, colesterol e ácidos graxos ômega-6. Conheça a seguir algumas das características desse grupo e entenda por que o organismo agradece a decisão de evitar ou ao menos reduzir o consumo desses alimentos no dia a dia.
Gordura trans
Presentes em alimentos processados, elas são semelhantes em estrutura à gordura saturada, mas têm um impacto ainda maior sobre os altos níveis de colesterol total e LDL (o colesterol “ruim”), enquanto diminuem os de HDL (o colesterol “bom”). 
Gordura saturada
Ela é encontrada em produtos de origem animal, como carnes e laticínios – fast-food também tem grande concentração dessa gordura. Aumentar a ingestão dela contribui para aumentar os níveis de colesterol total e de LDL, além de elevar o risco de doença cardiovascular.
“De acordo com o Journal of the American College of Cardiology (2006), a gordura saturada estimula inflamação que resulta em obstrução do fluxo de sangue, o que pode conduzir à aterosclerose”, orienta Gonçalves.
Deste modo, recomenda-se consumo não superior a 10% das calorias totais a partir de gordura saturada, para quem não tem risco cardiovascular, e não mais que 7% para os que têm esse risco.
Açúcar simples e pão branco
Estes alimentos são conhecidos como carboidratos de alto índice glicêmico, ou seja, promovem elevação rápida na glicose que circula na corrente sanguínea. Também são promotores de inflamação no corpo e seu consumo frequente está associado a um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
“Estudos recentes vêm mostrando a correlação entre a qualidade dos carboidratos da dieta e importantes fatores de risco de síndrome metabólica e obesidade”, ressalta o nutricionista.
Álcool
O consumo de bebidas alcoólicas também podem desencadear alguns efeitos de inflamação, como vermelhidão da face, dor de cabeça e mal-estar geral. Tais condições podem ser exacerbadas em pessoas cujo organismo apresenta maior dificuldade em metabolizar o álcool.
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Álcool: ação inflamatória gera dor de cabeça e mal-estar
“Altas doses de álcool, em geral, provocam anormalidades na parede do intestino, redução na capacidade do intestino de absorver nutrientes e interferência no metabolismo celular das vitaminas do complexo B, do acido fólico e do ferro” anumera Gonçalves.
Leite (e derivados) e glúten
Macromoléculas de alimentos ricos nestes compostos têm a capacidade de atravessar o epitélio gastrointestinal e entrar na circulação, desencadeando processos inflamatórios em quem tem hipersensibilidade à lactose e ao glúten. Quem não tolera esses alimentos, deve evitá-los e buscar orientação médica e nutricional para lidar com o problema sem muitos prejuízos à
Glutamato monossódico
Presente na grande maioria dos temperos e dos alimentos pré-prontos, o glutamato monossódico (também conhecido como MSG) atua como um realçador de sabor. No entanto, diversos estudos apontam consequências nada saborosas relacionadas ao consumo deste sal, desde a destruição das células da retina até influência na secreção de insulina pelo pâncreas a e na tolerância à glicose em indivíduos saudáveis.
“Uma das reações mais reportadas quando da ingestão de glutamato monossódico são as dores de cabeça ou enxaquecas”, diz o nutricionista José Aroldo Gonçalves.

Equipes da fiscalização ambiental recebem qualificação


Agentes da Guarda Ambiental e a equipe do departamento de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Casimiro de Abreu participam até o dia 4 de julho do curso de capacitação na Reserva Biológica Poço das Antas. Eles estão aprendendo técnicas de abordagem e noções sobre a legislação, fiscalização e educação ambiental.
Durante a semana, eles estão tendo palestras sobre o código florestal e código municipal de meio ambiente, o que são unidades de conservação e suas diferentes categorias, a competência dos estados e municípios no processo de licenciamento, o ecossistema da Mata Atlântica, ética, cidadania e educação ambiental. O curso de qualificação é uma parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Prefeitura de Casimiro de Abreu, através das Secretarias Municipais de Segurança Pública e Defesa Civil e  Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Para a diretora do departamento de fiscalização, Adriana Sodré Couto, este curso vai aprimorar o conhecimento de toda a equipe que tem, entre outras atribuições, o dever de fiscalizar as áreas de proteção ambiental, conter ocupações irregulares, coibir a caça ilegal e o lançamento irregular de lixo e esgoto, além das queimadas e o desmatamento. “Casimiro de Abreu tem uma característica ímpar por estar entre duas Reservas Biológicas e ter quase todo o seu território inserido na APA do São João. Preservar este patrimônio é garantir uma qualidade de vida para as futuras gerações”, observou Adriana.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Shinkado, além da fiscalização, este curso vai dar noções de educação ambiental para atuação nas escolas do município. “A Guarda Municipal já realiza um trabalho de educação no trânsito nas escolas e vamos começar o de prevenção às drogas. Ainda este ano, temos a expectativa de inserir as ações de educação ambiental com as crianças e jovens casimirenses”.
O departamento da Guarda Municipal Ambiental foi criada pela Lei 1504 de maio de 2012 com objetivo de preservar o patrimônio natural do município. Hoje Casimiro de Abreu conta com nove guardas ambientais que atuam junto aos fiscais da Semmads.
Qualquer denúncia sobre crime ambiental pode ser feita pela Linha Verde da Secretaria de Meio Ambiente, através do telefone 2778-1732. Informações sobre tráfico de animais silvestres e solicitações de apreensão ou operação de resgate também podem ser feitas na Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil, por meio do telefone 2778-1725.

Secretaria de Educação de Casimiro de Abreu avalia positivamente conferência municipal



    No último fim de semana, foi realizada em Casimiro de Abreu a 2ª Conferência Municipal de Educação. A avaliação da secretária de Educação, Sônia Coelho foi considerada satisfatória. Participaram vários profissionais de ensino, além de pais de alunos e gestores. Após análise e discussão de sete eixos temáticos, foram destacados 100 alterações no documento referência do governo federal enviado para a conferência.
    Cerca de 200 professores participaram dos debates dentro dos eixos temáticos. Foram analisadas as propostas do governo federal sobre organização, justiça social, direitos humanos, cultura, ciência, tecnologia, saúde, meio ambiente, avaliação, gestão democrática, valorização dos profissionais, gestão, controle social dos recursos, entre outros.  Ao final, um documento foi redigido com indicações de alterações.
    — O documento foi amplamente discutido de maneira saudável, assim como as alterações feitas democraticamente. A participação dos profissionais de ensino e de representantes da sociedade civil superou nossas expectativas. O governo municipal segue empenhado em melhorar e aprimorar a educação em Casimiro de Abreu — comentou Sônia Coelho.
    O evento serviu ainda para a escolha de delegados que irão representar Casimiro de Abreu nos dias 3 e 4 de agosto em Macaé, quando ocorrerá a Conferência Intermunicipal de Educação. Foram eleitos 37 delegados casimirenses que se juntarão a outros profissionais de ensino das cidades de Carapebus, Quissamã, Conceição de Macabu e Rio das Ostras. A comitiva é composta por professores, pais, gestores e funcionários de escolas.
    Outros eventos que discutem as políticas educacionais acontecerão em setembro e no início de 2014. Serão realizadas ainda as conferências estaduais nas capitais, além da Conferência Nacional de Educação (Conae), em Brasília. O tema central será “O Plano Nacional de Educação na articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração”. Espera-se reunir diversas entidades e movimentos sociais para a elaboração de um conjunto de propostas para subsidiar a efetivação e a implementação do PNE.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Leva-me

Deus de Milagres - Diante do Trono - www.portaldt.com

Diante do Trono - Dá Me Um Coração Igual ao Teu

Separação dói mais que traição?

Por que algumas mulheres continuam casadas com um marido que já traiu

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O divórcio pode ser mais difícil de acordo com o papel do cônjuge na vida da mulher
A traição nem sempre acontece uma só vez. O comportamento se repete, pode até ser rotineiro. Mas algumas mulheres, cientes do deslize do marido, aceitam, relevam e até perdoam a atitude para manter o casamento e evitar uma separação. 
“Conheço mulheres que sabem das traições do marido e pedem para ele não sair de casa, mesmo com os filhos já grandes. Elas não querem desmanchar a família”, comenta o psicanalista Gley P. Costa. O receio do divórcio pode ser explicado pelo papel que o cônjuge representa na vida da mulher. Para algumas, o casamento tem o objetivo ter prazer e realizar sonhos. Nesse caso, as separações acontecem de forma mais objetiva. “O casal vive um período de luto e tristeza, que é normal, mas os dois são maduros o suficiente para saber que será possível reconstruir a vida sem estarem juntos”, avalia o psicanalista.
A situação complica quando o companheiro representa um contexto, uma sustentação emocional para a mulher. Nesse caso ele pode ocupar o papel de um pai, do melhor amigo e até da segurança financeira. Com a separação, ocorre um vazio e uma desorganização psíquica e orgânica que podem até levar a depressão. “Pessoas que tiveram relações carentes com os pais, abrem mão de tudo na vida adulta por alguém que cuide delas”, diz Costa. Para o psicanalista Paulo Quinet, algumas mulheres enxergam os homens como acessórios que a valorizam. “Se elas não tiverem uma companhia masculina, se sentem rebaixadas, como se ninguém as quisesse”, afirma.
Eles também não separam 
Os maridos dependentes emocionalmente de uma mulher também existem – e inclusive alguns que “pulam a cerca” não conseguem se imaginar sem as suas esposas. “Ela acaba se tornando a mãe de seus filhos, uma mulher pura e santa. Aí, ele vai buscar sexo e prazer fora de casa”, afirma Quinet. Para o terapeuta sexual Amaury Mendes, o apego ao casamento tem relação com o orgulho masculino: “Homem é super orgulhoso. Conquista um castelo, não o mantém, mas não o abandona”, diz. Assim, a decisão de separação, depois da traição, costuma vir só se ele se envolve emocionalmente com alguém, além de sexualmente.

Especialistas concordam que o relacionamento nunca mais será o mesmo depois que uma traição for descoberta. “É um ato falho que fica sempre presente, como uma ferida”, afirma Mendes.
Em seu livro “A verdade sobre a traição masculina”, o terapeuta familiar M. Gary Neuman diz que são necessários dois componentes para que a relação seja refeita: um cônjuge arrependido e a certeza de que o relacionamento com a outra terminou. Além disso, é preciso conversar e tomar atitudes para melhorar os problemas já existentes entre o casal. A terapia, nesses casos, é uma ajuda recomendada.