quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Pedras Memoriais


“As doze pedras que tiraram do Jordão, levantou-as Josué em coluna em Gilgal. E disse aos filhos de Israel: Quando, no futuro, vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras?, fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão.” Josué 4:20-22
Essas não eram meras pedras antigas! Cada uma delas tinha um significado especial. Eram pedras memoriais e cheias de história. Fisicamente eram bem comuns, parecidas com milhões de outras nos montes da Palestina. Entretanto, aquelas doze pedras apontavam para algo. Elas relembravam a direção de Deus na experiência de Israel.
A Bíblia é um livro histórico baseado em uma série de acontecimentos que foram narrados para apresentar o relato da criação e da redenção. Suas narrativas abarcam um longo período de tempo, passando pelas origens da Terra, a entrada do pecado em nosso mundo, a história do povo de Deus, a encarnação, morte e ressurreição de Jesus, e ainda apresentam profeticamente o desfecho de todo esse drama, anunciando o retorno de Cristo. A Bíblia foi escrita para registrar os atos milagrosos de Deus ao guiar Seu povo. Quando as igrejas perdem de vista o sentido desses memoriais, é certo que surgirão problemas. À deriva, longe de seu ancoradouro, ficam sem rumo. Na esfera judaico-cristã, a perda da direção começou com o esquecimento do passado – mais especificamente, das antigas orientações divinas.
Sempre que isso acontece, perde-se o senso de identidade. Com isso, desaparecem a missão e o propósito. Afinal, se você não sabe quem é, dentro do plano de Deus, como saberá o que tem a dizer ao mundo?
A história cristã está cheia de grupos religiosos que se esqueceram de onde vieram e, em consequência disso, perderam o direcionamento para o futuro. Tal esquecimento é uma tentação muito real para o adventismo.
Não foi casualmente que, já idosa, Ellen White alertou seus leitores sobre isso. Ela escreveu: “Passando em revista a nossa história, percorrendo todos os passos de nosso progresso até ao estado atual, posso dizer: ‘Louvado seja Deus!’ Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração por Cristo, e de confiança nEle como dirigente. Nada temos a recear no futuro, a não ser que nos esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado” (VE, p. 204).
Conforme veremos em nossa jornada pela história do adventismo, ao longo do ano, nossa igreja tem suas próprias pedras memoriais. Se as negligenciarmos, o risco é todo nosso.
Para Não Esquecer – Meditação Matinal 2015

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