'Parecia um terremoto', diz moradora. Duas vítimas foram levadas para o Hospital Miguel Couto, na Gávea
Rio - Uma forte explosão em um apartamento do 10º andar destruiu várias outras unidades de um prédio na Rua General Olímpio Mourão Filho, em São Conrado, Zona Sul do Rio, no fim da madrugada desta segunda-feira. Os 72 apartamentos do edifício foram atingidos. Acredita-se que um vazamento de gás seja a causa da explosão. Em nota, a CEG informou que disponibilizou equipes para auxiliar os bombeiros e garantir as medidas de segurança.
"A prioridade é dar assistência aos moradores e mantê-los informados", declarou o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que foi ao local, junto de técnicos da Defesa Civil municipal. Em entrevista coletiva, o engenheiro Daniel Guerra descartou risco de desabamento da estrutura do prédio, que foi interditado por tempo indeterminado.
Segundo a Defesa Civil, ainda não é possível quantificar sobre imóveis interditados. As causas do acidente serão esclarecidas após perícia da Polícia Civil.
Bombeiros dos quartéis de Copacabana e da Gávea prestaram socorro às vítimas. De acordo com os militares, três delas, Maria Lúcia M. Ache, 86, Sylsio A. de Azevedo Junior, 64, e Maria E. Franca Piedade, 89, sofreram ferimentos leves, foram atendidas e liberadas ainda no local. Duas foram levadas para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Uma delas, um alemão identificado como Markos B. Maria Miller, de 51 anos, foi levado em estado grave. Ele era morador do apartamento 1.001, onde ocorreu a explosão.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o homem passou a por avaliação no hospital. "Ele chegou à unidade com queimaduras de segundo grau no tórax e no abdômen, além de lesão nos membros inferiores e superiores, porém está acordado e agitado, em função do susto que levou com a explosão", explicou a assessoria de imprensa da secretaria.
Moradora do apartamento 303, no terceiro andar, Sandra Amaral, de 60 anos, pediu aos bombeiros que fossem retirar seu marido de casa à força. "Ele não queria sair do apartamento enquanto não encontrasse nossos três gatos, que se esconderam assim que ouviram o estrondo. Liguei para ele, mas ele desligou o celular. Tive que pedir aos bombeiros para resgatá-lo 'na marra'", contou a senhora. O homem, Roberto Amaral, de 64 anos, foi retirado do apartamento sem os gatos, que foram resgatados logo em seguida.
'Parecia um terremoto'
"Parecia um terremoto. Senti minha cama tremer", disse uma moradora, em entrevista, à rádio CBN. A moradora do apartamento 704, Renata Mesquita, cuja idade não foi divulgada, saiu de casa de roupão mesmo. "Eu estava dormindo. Acordei com a explosão e saí correndo. Falaram que a estrutura da cozinha tinha arriado", disse.
A explosão lançou escombros para imóveis vizinhos e, segundo relatos, o barulho do estrondo pôde ser ouvido na favela da Rocinha, que fica próxima ao local. Através do WhatsApp do DIA (98762-8248) , um leitor relatou escutou o barulho na Praia de São Conrado. "Trabalho na Avenida Prefeito Mendes de Morais, no número, 1200, em frente à praia, e sentimos essa explosão aqui. As portas de vidro tremeram", afirmou.
De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a Rua General Olímpio Mourão Filho foi interditada, na altura do número 30, para ação dos militares. Há retenções na região e agentes da CET-Rio auxiliam no trânsito.
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