É possível realizar um congresso de grande porte, voltado para os jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia, durante vários dias, com palestrantes convidados, utilizando durante todo o decorrer do evento somente músicas que estejam de acordo com princípios claramente definidos na Bíblia e nos escritos de Ellen G. White como sendo apropriados para a adoração?
Os editores do Música Sacra e Adoração acreditam que sim e, confirmando este ponto de vista, é exatamente isto o que pretende um grupo de adventistas da Região Sudeste do Brasil, que têm se organizado para planejar e executar tais eventos. Por exemplo, na página de Declaração e Objetivos existente no espaço virtual deste grupo, eles declaram:
O Congresso MV é uma iniciativa jovem, em busca de reavivamento e reforma, que se inspira no GYC dos EUA. O trabalho acontece em cooperação com líderes da IASD, especialmente na composição dos palestrantes. É promovido inicialmente na região do Unasp Engenheiro Coelho, e os eventos acontecerão no interior de SP. Os eventos apelam aos jovens a um estudo sólido da Bíblia e Espírito de Profecia. Apresentam incentivos e possibilidades para os jovens entrarem de corpo e alma na missão. Serão apresentadas palestras e atividades práticas. A música da programação busca restaurar os princípios da verdadeira adoração, e a alimentação é baseada nos princípios revelados de saúde. (http://www.congressomv.org/definicao-e-objetivos/ )
Os editores do Música Sacra e Adoração se solidarizam com esta iniciativa, acreditando que é da mais alta importância para a formação espiritual de uma juventude comprometida com os ideais e valores defendidos pela IASD, especialmente nos tempos em que vivemos e em face dos eventos que as profecias indicam que em breve precisaremos enfrentar.
Se você acredita nestes valores e ideais, acesse a página do GYC do Brasil e conheça os próximos eventos agendados.
Os princípios acerca da música delineados abaixo foram extraídos da página http://www.congressomv.org/principios-sobre-musica/
Princípios sobre Música
Ministério da Música
“A música é de origem celestial. Há grande poder na música… É através da música que os nossos louvores se erguem Àquele que é a personificação da pureza e harmonia. É com música e cânticos de vitória que os redimidos finalmente tomarão posse da recompensa imortal.” (3ME, 334-335)
Ninguém tem dúvida de que a música é um poderoso meio de adoração, louvor, educação e até de formação do caráter. Existem muitos textos inspirados que comprovam isso. A música é capaz de mexer com nossas emoções, de imprimir na memória textos associados a ela, de interferir no comportamento e mesmo na capacidade de discernimento. Seu uso é tão eficaz que profissionais de comunicação a utilizam de várias formas no mundo secular para vender produtos e ideias. Neste sentido, a ética é muitas vezes esquecida em favor de interesses egoístas.
No serviço religioso, no entanto, devemos estar alerta para que as formas e fórmulas mundanas não interfiram negativamente nas funções que a música possa exercer para a edificação da casa espiritual de Deus. É por esse motivo que o Congresso de Missionários Voluntários (CMV) estabelece critérios e preceitos para o uso da música em seus eventos, procurando desta forma estar ao máximo em consonância com a adoração que seres celestiais prestam a Deus e o mais longe possível do uso mundano da mesma.
Dois Princípios Fundamentais
Primeiro – Toda música que se ouve, que se canta, que se toca ou que se compõe, seja sacra ou secular, deve glorificar a Deus. “Portanto quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10:31).
Segundo – Toda música que se ouve, que se canta, que se toca ou que se compõe, seja sacra ou secular, deve ser a mais nobre e melhor. “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4:8).
Preceitos para Participação Musical no Congresso MV
1) Sobre Adoração
“A música deve ser dirigida a Deus, de outra maneira seria apenas um pouco mais que umaexibição de si mesmo… a música não existe por si mesma mas como uma oração, deve nos aproximar de Deus” (E.G.White, SDABC, 6:1035).
Como meio de adoração dirigida a Deus, devemos nos despojar dos gostos pessoais e desejos de reconhecimento e exaltação própria evitando o exemplo de Caim e procurando o exemplo de Abraão.
2) Sobre Estilo Musical
“Os seus sacerdotes transgridem a minha lei e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não fazem diferença, nem discernem o imundo do limpo e dos meus sábados escondem os olhos; e assim, sou profanado no meio deles” (Ezequiel 22:26)
“Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas” (Amós 5:23-24).
No anseio de não misturar o sagrado com o profano, procuraremos apresentar estilos musicais que tenham o mínimo de influência secular, principalmente de estilos influenciados por culturas espiritualistas, ocultistas ou mesmo satanistas. Dentre estas podemos destacar o Jazz, o Blues, o Rock, e muitos estilos cuja principal característica reside num apelo físico e emocional, em lugar do culto racional. A melodia e o conteúdo da letra devem estar em plano superior ao da harmonia e ritmo.
3) Sobre o Caráter das Apresentações
“Nem um jota nem um til de qualquer coisa teatral deve aparecer em nossa obra. A causa de Deus deve ter molde sagrado e celestial. Fazei com que tudo quanto esteja em conexão com a apresentação da mensagem para este tempo tenha o sinete divino. Não permitais que haja qualquer coisa de natureza teatral, pois isto prejudicaria a santidade da obra” (Evangelismo, 137).
Nossas apresentações musicais serão de caráter a procurar criar uma atmosfera solene que exalte a santidade do Deus que adoramos. Apresentações com caráter teatral não serão utilizadas.
O canto congregacional e coral é preferível às apresentações de grupos com poucos integrantes ou solistas (apesar de não excluí-los).
O uso de play-backs deve ter lugar somente em último caso, tendo preferência o uso de acompanhamento ao vivo.
Simplicidade e solenidade são características altamente desejáveis.
4) Sobre o Músico
“ A música só é aceitável a Deus quando o coração é consagrado e enternecido e santificado” (Carta 198, 1895).
O músico precisa ter um compromisso pessoal com a mensagem, para depois
transmiti-la. Não deve destacar sua imagem pessoal mas a mensagem. Deve demonstrar modéstia e decência em sua aparência pessoal. Deve evitar os estilos dos cantores populares na entonação da voz ou utilização dos instrumentos musicais.
transmiti-la. Não deve destacar sua imagem pessoal mas a mensagem. Deve demonstrar modéstia e decência em sua aparência pessoal. Deve evitar os estilos dos cantores populares na entonação da voz ou utilização dos instrumentos musicais.
5) Sobre Instrumentos Musicais
“Os sacerdotes, serviam em seus ofícios; como também os levitas com os instrumentos musicais do Senhor, que o rei Davi tinha feito, para louvarem ao Senhor” (2 Crônicas 7:6).
A Bíblia faz diferenciação entre “toda a sorte de instrumentos musicais” e os “instrumentos musicais do Senhor” usados para a adoração no templo. Neste sentido a comissão organizadora dos Congressos MV também fazem diferença entre instrumentos em sua função na adoração.
Os instrumentos percussivos serão evitados, principalmente quando seu uso implica em ressaltar o aspecto rítmico da música, ou numa acentuação constante dos contratempos.
6) Sobre a Voz Humana
“A voz humana (…) é incomparavelmente mais aprazível a Ele do que a melodia de todos os instrumentos de música á inventados pelas mãos humanas” (Evangelismo, 506).
7) Sobre a Letra das Melodias
“A música (…) é uma avenida de comunicação com Deus, e é um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais.” (Educação, 167).
Deve ser de fácil compreensão e estar em harmonia com os ensinamentos bíblicos.
Deve ter valor literário e teológico consistente.
Não deve ser superada pelos arranjos ou instrumentos de acompanhamento.
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