segunda-feira, 13 de junho de 2011

A nova moda evangélica

Às vezes, além do gosto pessoal e da vontade de aceitação, a religião também tem um papel na hora escolher o que vestirPara algumas mulheres, além do desejo de aceitação, da vaidade e do estilo, a hora de escolher o que tirar do guarda-roupa pela manhã leva em consideração ainda outros aspectos. Como, por exemplo, princípios morais e religiosos. É o caso, entre outros, de algumas mulheres evangélicas.
De acordo com a secretária-executiva da Alobrás (Associação de Lojistas do Brás) Inês Ferreira, o segmento da moda evangélica que vem se destacando por seu crescimento e renovação. São seis confecções apenas entre as associadas, embora ela ressalte que existem outras na região que não fazem parte da organização.
Inês diz que, antigamente, as consumidoras deste tipo de roupas reclamavam que as roupas eram muito sóbrias, formais e sempre voltadas apenas para um público mais velho – o que ela chama de “roupa de senhora”. Hoje, no entanto, a maioria das lojas tem estilistas próprios para adequar as tendências, mantendo a discrição que a religião exige.
“Tendências como cores, tecidos, texturas e formas podem ser seguidas, independentemente das restrições”, comenta Leca Calvi, professora de personal stylist da Escola de Moda Sigbol Fashion. Saias e vestidos são as peças mais procuradas,assim como blusas com mangas e sem decotes.
De acordo com Benicio Niza Sampaio, gerente da marca Kabene Jeans, há 15 anos nesse mercado, a procura é grande. “Temos uma estilista que acompanha as tendências – aviamento, cores, estampas, modelagem – e adapta ao estilo evangélico tradicional”, diz. Segundo ele, o comprimento da saia e as mangas das blusas são essenciais.
Para a consultora de moda Bia Kawasaki, o segredo é saber valorizar o belo. “Um cabelo bem cuidado, sapatos e acessórios bem coordenados, combinar perfeitamente cores e estampas. A moda é a exteriorização da personalidade”, define. “Muitas destas mulheres são muito mais modernas e sofisticadas que outras que, por não terem noção do ridículo estético, expõem suas imperfeições físicas e seu mau-gosto ao público em geral.
Já a professora da PUC Denise Bernuzzi defende que, ao investir neste estilo, a moda deu um passo importante. “É possível conciliar religiosidade e universo fashion. E quem lucrou com isso foram as mulheres”, avalia.



Maragogi: um mergulho no Caribe brasileiro



Conheça as famosas piscinas naturais, as praias de mar calmo e os confortáveis hotéis e pousadas da segunda cidade mais visitada do Estado de Alagoas
Ir à pequena cidade de Maragogi, no norte de Alagoas, é se sentir no Caribe sem precisar deixar o Brasil. As praias paradisíacas – de densos coqueirais, águas límpidas e esverdeadas – fazem jus à comparação. Mergulhar no mar calmo de Maragogi é observar bem de perto arrecifes de corais e ter o corpo rodeado de peixes coloridos.
A localização da cidade é privilegiada: a cerca de 130 km de Maceió e de Recife, com acesso fácil pelas duas capitais. Maragogi – cujo nome vem de “rio livre” – faz parte da Costa dos Corais, a maior Área de Proteção Ambiental (APA) da Marinha brasileira.
Criada por decreto em outubro de 1997, a APA da Costa dos Corais tem 150 km de extensão e abrange quatro municípios de Pernambuco (São José da Coroa Grande, Barreiros, Tamandaré e Rio Formoso) e nove de Alagoas (além de Maragogi, Barra de Santo Antônio, São Luís do Quitunde, Passo de Camarajibe, São Miguel dos Milagres, Porto de Pedras e Japaratinga).
Ah, as Galés de Maragogi
A 6 km da praia, para chegar as galés é preciso pegar uma lancha ou catamarã
A fama de Maragogi vem das suas impressionantes piscinas naturais – chamadas de Galés. Distantes cerca de 6 km da praia, elas se formam em alto mar por conta dos arrecifes de corais. É possível chegar até as Galés de lancha ou catamarã. A maioria dos hotéis e pousadas oferece o passeio por cerca de R$ 50 por pessoa, com duração média de 2 horas.
Mas para desfrutar do melhor das piscinas naturais é preciso se programar. O passeio é recomendado quando a maré está baixa. Por isso, dias que terão lua cheia são os mais indicados, já que a maré é mínima e a profundidade da água está a cerca de um metro. Assim, é possível se divertir tranquilamente no mar verde cristalino das Galés.
Peixinhos coloridos e corais podem ser vistos no snorquel ou no mergulho com cilindro
O turista tem a opção de mergulhar na superfície utilizando snorkel ou, caso queira ir mais fundo, cilindros. Não é preciso ser profissional para optar pelo mergulho com cilindros, nem sequer saber nadar. A profundidade máxima explorada é de 5 metros e um instrutor acompanha pelo braço o mergulhador durante todo o tempo.
Quando a medição indicar maré acima de 0,5 m é sinal de alerta, já que muitos pontos das piscinas naturais podem não dar pé. É preciso redobrar o cuidado com as crianças para que elas não se afoguem ou se machuquem nos arrecifes. Em alguns dias, o passeio às Gales não é realizado diante dos riscos da maré alta.
Vida boa nas praias
Praia de Maragogi tem areia fina, coquerais e águas claras
Além das piscinas naturais, a cidade de Maragogi se destaca por reunir algumas das mais belas praias do litoral alagoano. É o 2º destino mais procurado no Estado, perdendo apenas para Maceió. (Conheça também os encantos da capital de Alagoas)
São 22 km de areias quase desertas e com ares bucólicos, ideais para quem busca sossego e contato com a natureza. A combinação de coqueirais, areia fina e batida, mar cristalino, calmo e, por vezes, quase morno, é extasiante.
Além da praia com o mesmo nome do município, é indispensável conhecer Burgalhau, Barra Grande e Peroba, já na divisa com Pernambuco. A menos de 10 km de Maragogi está a cidade de Japaratinga, outra parada obrigatória.
Pescadores na charmosa vila de Japaratinga, a 10 km de Maragogi
Com pouco mais de 7 mil habitantes, Japaratinga alia a tranquilidade e o charme de uma antiga vila de pescadores com uma eficiente estrutura turística de bares e pousadas. Cansou do mar cristalino? Aproveite para conhecer um pouco mais da história do município e visite a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Candeias, construída no século XXIII por holandeses.
Melhor época para ir:
Se não bastassem tantas belezas reunidas em um só lugar, Maragogi ainda foi abençoada com clima perfeito o ano inteiro. O sol dá o ar da graça praticamente todos os dias. A temperatura média anual da cidade é de 27º C. Mais do que escolher a estação do ano, é ficar de olho na tábua das marés, pois os passeios às piscinas naturais, os mais procurados da cidade, só são possíveis em época de maré baixa. Uma boa dica é ficar de olho na lua. O período de lua cheia e lua nova são os que registram as marés mais baixas.



domingo, 12 de junho de 2011

Paixão é doença ou remédio?

Especialistas respondem: ela é boa e ruim para saúde. A diferença está em se o amor é correspondido ou não
Se no próximo Dia dos Namorados você estiver acompanhado e feliz da vida por causa de um novo ou antigo amor, correspondido na mesma intensidade do seu sentimento, provavelmente dirá um “não” veemente após a pergunta: “paixão é doença?”.
Já para os donos de corações decepcionados e machucados o apaixonar-se é um problema de saúde grave, capaz de adoecer corpo e mente, em um ciclo muitas vezes sem remédio. Pois os dois grupos opostos, respondem os especialistas, estão certos.
“Não há uma resposta simples e exata para esta questão. A paixão pode ser interpretada de várias maneiras, pois mexe com todo o corpo, às vezes de forma positiva e em outras negativa”, afirma o cardiologista do Hospital Albert Einstein, Elias Knobel, autor do livro Coração é Emoção (Ed. Athneu).
“É uma maravilha quando a paixão acontece. Ela aumenta a disposição para o trabalho, para o exercício físico, incentiva a produção de hormônios do bem-estar e do bom-humor (como a serotonina), todos estes fatores benéficos à saúde”, completa Knobel.
“Mas em caso de desilusão, frustração ou extremismo, a paixão é dolorosa e pode ser o ponto de partida para depressão, isolamento e até problemas cardiovasculares, principalmente em quem já tem predisposição genética para estas doenças.”
Você sabia? Dor de amor também pode matar
Dois lados
Os dois lados da moeda que fazem da paixão veneno e remédio para saúde aparecem porque os fenômenos físicos e químicos desencadeados por este sentimento podem proteger ou prejudicar o organismo.
O cirurgião João Caetano Marchesini, responsável pelo portal Gastronet, exemplifica. “Quando o sistema nervoso é acionado há liberação de duas substâncias na corrente sanguínea, a adrenalina e o cortisol”, diz.
A adrenalina, importante para melhorar o fluxo sanguíneo nos órgãos vitais como pulmão e coração, também acelera os batimentos cardíacos e eleva a pressão arterial, o que pode desencadear arritmias em quem já não tem uma saúde cardíaca em dia, alerta o cardiologista Knobel.
Já o cortisol, diz o cirurgião Marchesini, é o hormônio essencial para o corpo identificar situações de risco e ficar em alerta, “selecionando” o que é bom e ruim para o organismo.
“Mas ele também é chamado de hormônio do estresse, exatamente pelos mesmos motivos. E o estresse é um dos vilões da saúde, desequilibra o sistema imunológico e agrava doenças, como já evidenciaram muitas pesquisas científicas."
Qual a diferença?
A neurologista Sônia Brucki, coordenadora do Departamento de Neurologia Cognitiva da Academia Brasileira de Neurologia, classifica a paixão “como a melhor coisa que pode acontecer na vida de um indivíduo”, mas reconhece que, fisiologicamente, o cérebro pode receber estas informações de formas variadas.
“A mensagem trazida pode despertar memórias positivas, agradáveis e benéficas. Ao mesmo tempo, as mesmas substâncias podem remeter a passagens ruins e sem prazer”, explica.
Veja como ocorre o frio na barriga
A experiência prévia, portanto, é fundamental para direcionar como o organismo vai reagir à paixão. O receio não necessariamente ocorre por causa de um amor doído no passado. Pode resultar de problemas familiares, experiências negativas com coleguinhas na escola e até uso de drogas. Os psiquiatras da Unifesp constataram maior dificuldade de relacionamento entre dependentes químicos, ainda que recuperados, pois os entorpecentes agem na mesma parte cerebral estimulada pela paixão.
Não é à toa que o coração partido, as separações e os divórcios estão entre as principais causas de transtornos pós traumáticos atendidos pelo psicólogo especializado em traumas, formado pela Universidade de São Paulo (USP), Júlio Peres. Curar dor de amor, já sabem os médicos, não é tão simples (e rápido) como se apaixonar.
“Isso também varia muito conforme a dependência emocional que a pessoa tem do ser amado”, acrescenta a ginecologista do Ambulatório de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, Elsa Gay. Se a troca e a parceria são feitas dentro de limites da serenidade e felicidade não há mal nenhum e a paixão só acrescenta novas descobertas, projetos e incentivos. Mas se há prejuízo social, como interferência em hábitos de vida ou no trabalho (os chamados loucos de amor), o apaixonado pode ser classificado como um portador de transtorno psíquico.
Tempo
Outra interferência para definir se paixão é doença ou remédio é o tempo de exposição. Sensações boas costumam acelerar o coração, elevar a pressão e deixar o corpo estressado por um período mais curto do que as sensações ruins. E para fazer mal ao músculo cardíaco é preciso tempo e repetição de maus hábitos.
O fato é que não há anticorpos contra ela. Segundo os especialistas, se não houver nenhuma falha na estrutura emocional, todas as pessoas vão encontrar a paixão em algum momento da vida.
"Tenho pacientes que só se apaixonaram pela primeira vez os 70 anos. Não há idade ou fator de risco para se apaixonar" finaliza Knobel.




sábado, 11 de junho de 2011

Recém-solteiro? Saiba como reaprender a paquerar

Depois da separação, chega a hora de procurar um novo parceiro. Veja as dicas de especialistas para reaprender a conquistar
Pode ser um namoro longo. Às vezes, até um casamento. O fato é que, depois de se dedicar a construir uma relação com a mesma pessoa durante muito tempo, voltar a conhecer – e conquistar - novas pessoas pode parecer assustador. Não é incomum que as pessoas se sintam “enferrujadas”, ou achem que perderam o jeito.
Solteira e mãe: como retomar a vida social?
“O primeiro passo é aprender a sair sozinho, conviver consigo mesmo e não depender do outro para se sentir bem. A pessoa precisa conseguir ir ao cinema sem ter companhia”, diz Janaína Persch, escritora e professora de cursos sensuais. “As mulheres que fazem o curso me perguntam ‘mas por que eu vou me perfumar para dormir?’ Porque vais dormir contigo mesma!”, diz a professora.
Autoestima faz toda a diferença para quem quer atrair olhares. “Não tem mais espaço para o patinho feito. É preciso ter uma atitude uma erótica, apaixonada”, diz Janaína. O problema é maior para os tímidos, mas, mesmo assim, ela acredita que é uma dificuldade que vale a pena contornar. “O tímido não pode ficar no mundinho dele. Precisa dar um sorriso, um olhar para ajudar o outro a se aproximar.”
Primeiros encontros
Vencida a barreira inicial, o recém-solteiro vai ter outro dilema para resolver: onde e com quem sair. “Com o rompimento, a pessoa percebe que está desatualizada. Tudo é complicado, principalmente para pessoas mais velhas, ou quando os amigos estão casados ou namorando”, diz Daniel Madeira, autor do site Personal Paquera, em que dá dicas e cursos para quem quer melhorar suas “técnicas”. Depois da separação, a pessoa não sabe mais quais são as baladas, barzinhos e pontos de encontro em que vai encontrar pessoas com afinidade, como ir vestida. É preciso se arriscar no desconhecido.
De acordo com Daniel, a maior dificuldade dos homens que fazem seus cursos de paquera é manter a conversa com uma garota e despertar o interesse dela. “É difícil criar uma conexão inicial. A maioria dos homens é bem travada. A conversa parece uma entrevista de emprego. Se a mulher pergunta “você gosta de lasanha?”, ele responde ‘sim’, e acaba. É um piloto automático que precisa aprender a quebrar. Ensinamos a dar ganchos na pergunta”, diz Daniel.
Outra técnica é adestrar o olhar: identificar pessoas interessantes, fazer contato e abordá-las. “A paquera é onipresente. Pode rolar numa fila de supermercado ou num avião. Os sinais verbais e não-verbais da paquera podem render três respostas: positiva, em que a pessoa aceita; negativa, rechaçando o sinal de investimento amoroso, ou de forma ambígua, quando ela não entende o sinal enviado”, diz Thiago de Almeida, psicólogo especializado em relações amorosas. “Para saber se ela está pendendo para o positivo ou negativo, a gente emite mais um sinal parecido e vê a reação”, afirma. Thiago acaba de lançar o livro “A Arte da paquera” (editora Letras do Brasil), em que se aliou a Daniel Madeira para fazer um livro esmiuçando os meandros da sedução.
Para fazer sucesso, Thiago também levanta fatores como a proporção de homens e mulheres, por exemplo. “É claro que, dependendo do local, os investimentos surtem maior efeito”, afirma. Outra dica é viajar. “Para quem terminou um relacionamento de médio e longo prazo, o melhor remédio é viajar, ficar duas ou três semanas em um lugar novo. A pessoa volta com assunto para conversas, ocupa a mente, está mais calma”, garante Daniel.
Para a fila não andar
E se o interesse já parece ser recíproco, mas mesmo assim você está? “O segredo é, logo que conhecer alguém ou começar a sair com a pessoa, trabalhar a ansiedade”, diz Janaína. “As pessoas têm medo de se decepcionar. De o outro não telefonar no dia seguinte, de não corresponder às expectativas. A gente tem que ser seletivo, mas ninguém tem bola de cristal. É preciso dar oportunidades”, diz a professora. Em outras palavras, não vale a pena se martirizar pensando nisso, ainda mais logo depois de sair de um relacionamento. Que seja infinito enquanto dure.
“O caminho é não inventar muita artimanha e tomar a iniciativa sem ser agressivo”, diz. A única ressalva: “No inicio, um cuidado é evitar falar de relacionamentos passados.”
Internet já atrapalhou namoro de um terço dos brasileiros
Janaína acredita em encontros mais clássicos: marcar um café, um jantar ou um cinema, por exemplo. “Mas se a pessoa está interessada na outra, ela pode reunir um grupo maior. No meio de um grupo de amigos, é mais fácil se aproximar.” Isso ajuda muito a ganhar a confiança da pessoa. “Como a gente nos primeiros contatos não tem muita referência, e sabe que o outro está vendendo o peixe dele, uma pessoa neutra verifica a credibilidade desse parceiro social”, diz Thiago de Almeida.
Daniel reforça a importância de causar uma boa impressão. “Às vezes, no segundo encontro, a mulher cai fora. Como evitar esse remorso? É legal ele marcar a garota, carimbar emocionalmente”, recomenda. Para isso, as dicas são escolher com cuidado o lugar em que vão se encontrar, de preferência um local em que possam se sentar próximos. “Ele tem que reconquistar a menina, passar confiança e segurança, para ela se sentir confortável.”
E, se não der certo, tudo bem. “Não pode levar rejeição como algo pessoal, nem começar a achar que é cheio de defeitos. Nada de criar desculpas para justificar.”
Por outro lado, a cada encontro que dá certo, a chance de haver um próximo aumenta, por uma razão simples: o ser humano tende a não gostar de mudanças. “Quanto mais tempo a pessoa se vincula, mais se fortalecem os laços. O ser humano detesta conflitos. Muitas vezes, vai ficando mais difícil de dizer um não”, diz Thiago. Em outras palavras, aumenta a probabilidade de ficarem juntos, ainda que não haja nenhuma garantia. Para não sofrer de ansiedade com isso, o psicólogo pega emprestado o mote dos poetas arcadistas, o “carpe diem”, que recomenda que se aproveite o dia. Ao ditado, Thiago acrescenta: e também a noite.





sexta-feira, 10 de junho de 2011

Segurando a criança pelas pernas, babá roda bebê de seis meses

Pais descobriram maus-tratos após instalar uma câmera, escondida em um canto da casa, para monitorar a mulher de 29 anos
Os pais de um bebê de apenas seis meses, desconfiados do comportamento estranho da criança, que chorava na ausência deles e apresentou um ferimento na cabeça há pouco tempo, resolveram instalar uma câmera, escondida em um canto da casa, para monitorar a babá cuidando dele, no Recife.
As imagens registradas são impressionantes. A mulher, de 29 anos, coloca o bebê de cabeça para baixo e depois rodopia a criança, segurando-a pelas pernas. A criança parece, a todo momento, estar muito assustada com o tratamento.
Com o vídeo em mãos, os pais, que tem outro filho, de com três anos de idade, registraram a ocorrência na última terça-feira na Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA).
Em depoimento, a babá afirmou que estava apenas brincando com a criança. Como o caso foi comunicado à polícia alguns dias após o ocorrido, não foi registrado flagrante e ela deve responder ao processo de maus-tratos em liberdade.



Meu filho começou a namorar, e agora?

Especialistas orientam pais a impor limites, como idade mínima para iniciar uma relação, mas sem invadir a privacidade dos filhos
O primeiro namoro dos filhos traz à tona sensações e descobertas para todos os envolvidos, principalmente para os pais que, apesar de representarem uma geração muito mais aberta ao diálogo, encontram ainda dificuldades para lidar com a situação.
O namoro, segundo a terapeuta familiar Maria Amalia Faller Itale, é o atestado de que o filho não é mais uma criança e que o caminho em direção a autonomia está sendo construindo. “Esta etapa do percurso de vida familiar pode ser mais difícil em alguns casos”, afirma.
Pedido de namoro
Kethleyn tem apenas 13 anos, mas já vive um conto de fadas de fazer inveja a muitas adolescente da sua idade. Avessa à cultura do “ficar”, muito comum e natural entre seus amigos, ela não abriu mão de certas condições para iniciar sua vida amorosa. “Quem gosta de mim tem que me namorar”, esclarece. E foi assim que Gabriel, 14, pediu o consentimento do pai de Kethleyn. O casal começou a namorar, protagonizando uma história digna de admiração numa época em que o romantismo, pelo menos entre adolescentes, parece não ter mais vez.
“Não vou dizer que é fácil assimilar essa fase que ela está vivendo. Dá um vazio, uma sensação de que estão te roubando alguma coisa”, confessa a mãe da adolescente Josicléia de Oliveira. Ela diz que percebeu, nesta hora, que sua filha estava crescendo e tomando suas próprias decisões.
“O que falta, muitas vezes, aos pais é um mergulho na própria vida, nas dificuldades já vivenciadas, para que possam compreender melhor esse movimento dos filhos. Apaixonar-se é um processo natural”, explica a sexóloga Carla Cecarello. Ela acrescenta que os adolescentes precisam se sentir respeitados para que fiquem mais seguros e receptivos às orientações dos pais.
Curtir a nova fase
Se os sintomas e manifestações da adolescência pouco mudam de geração em geração, o mesmo não se pode dizer do esforço de muitas mães para vivenciar com mais proveito e sabedoria essa experiência do primeiro namoro do filho ou da filha.
Nem todos os pais acham complicado o primeiro namoro dos filhos. Há quem consiga curtir a nova fase na vida do adolescente. “Fiquei feliz quando meu filho começou a namorar. Apoiei, orientei sobre sexo, postura e regras que no meu deveriam ser seguidas. Impor limites não é fácil, mas tendo respeito na relação, certamente haverá compreensão de ambas as partes”, diz a paulista Wendy Yamamoto, mãe de Vinícius, 14, que vive um primeiro namoro há cerca de dois meses.
No caso de Wendy, o ciúme cedeu lugar a outras preocupações. “Acho fundamental que ele experimente e faça descobertas, mas tem que ser com responsabilidade. Procuro sempre orientá-lo para que seja sincero e verdadeiro e não faça nada que não gostaria que os outros fizessem com ele”, complementa.
Limites e Liberdade
Estabelecer uma idade para que os filhos comecem a namorar é função dos pais. O assunto pode ser introduzido a partir do momento em que a curiosidade aparece. Mãe e pai devem impor regras claras e limites para evitar futuros conflitos, o que não significa agir de forma ditatorial. “Se os motivos são explicados com respeito e existe um diálogo franco e aberto, dificilmente haverá problemas em aceitar essa limitação”, recomenda Carla Cecarello.
Para Juliana Miranda, mãe de Ítalo,14 e Olívia, 11, falar sobre namoros, sexo e homossexualidade sempre foi muito natural. “Tenho muitos amigos gays e por conta disso as perguntas começaram cedo”, ressalta. À medida que as crianças foram demonstrando interesse, Juliana foi introduzindo o assunto, de forma que compreendessem beijos e carinhos como qualquer necessidade humana vital. “Sempre fui muito direta. Falo de doenças sexualmente transmissíveis, entrando em detalhes mesmo. Às vezes eles ficam até constrangidos, mas acho importantíssimo que eles estejam informados”, diz.
Seus dois filhos já vivenciaram seu primeiro namoro. Cada um viveu o romance de acordo com o “repertório emocional” próprio de cada idade. “Foram namoros efêmeros, mas bem intencionados e acompanhados de perto por nós. Acho importante conhecer, trazer o namorado ou namorada para perto. Eu, por exemplo, fiquei tão encantada com a namorada do meu filho que até hoje, apesar de não estarem mais juntos, falo com ela pelo Facebook”, afirma Juliana.
Para a sexóloga, é fundamental que os pais saibam, e até mesmo investiguem, tudo que puderem a respeito desse primeiro namoro adolescente. Entre os 11 e 14 anos de idade a dificuldade em compreender os próprios sentimentos impossibilita qualquer autossuficiência. “Questionar é uma atitude de amor. Tudo depende de como a conversa é conduzida. Um bom artifício é usar seu próprio histórico amoroso, contando como era namorar no seu tempo, fazendo comparações engraçadas. E também mostrar interesse no universo dos filhos”, sugere Carla.
Mãe amiga
O vínculo entre mães e filhos até pode se sustentar, entre outras coisas, por um enorme grau de amizade. Mas especialistas em relações humanas, principalmente nas que envolvem adolescentes, são quase unânimes: mães podem ser amigas de seus filhos, mas antes de tudo possuem papel importante na criação e educação das crianças, o que exige impor limites e disciplina no dia a dia.
“Minha mãe é bem aberta, conversa muito comigo e confia em mim. Eu falo para quem quiser ouvir que ela é minha melhor amiga”, orgulha-se Kethleyn. “Existe troca na nossa relação. Eu compartilho tudo com minha filha. Ela me mostra o que gosta, eu mostro a ela o que gosto. Não se deve castigar pelo erro. Acho que é melhor mostrar o que se deve fazer para consertar”, diz a mãe.
Descobrir a maneira certa de se aproximar de seus filhos, sem invadir sua privacidade, não é tarefa fácil já que os pais não raramente são vistos pelos adolescentes de modo crítico. “Vale lembrar que, muitas vezes, não é a conversa que está faltando, mas sim a construção de um espaço de confiabilidade e de novas formas de intimidade”, ensina a terapeuta Maria Amalia Faller Itale.
Para Maria Lucia Bacili, de Tietê, interior de São Paulo, que também vivencia a experiência do namoro do filho Felipe, 14, conquistar este espaço foi uma das prioridades educação dele. “Tudo que meu filho é hoje é por conta do que eu fui um dia. Minha mãe sempre foi muito amiga minha, sempre me apoiou em tudo. Agora é minha vez. Tenho autoridade como mãe, mas o respeito e temos uma troca muito bacana”, diz.
A cumplicidade entre mãe e filho é tanta que Felipe nem se incomoda quando Maria Lucia aparece na praça para “vigiar” o namoro do filho. “Os amigos dele tiram um sarro, mas o Felipe mesmo nem liga e até me defende.” Maria Lucia acrescenta: “Dá para ser amigo de filho e mais: dá para ser amiga da nora. É só definir bem os papéis. Eu crio meu filho para o mundo. Meu papel é ensiná-lo a conseguir tomar suas próprias decisões mostrando o melhor caminho.”



Ronaldinho Gaúcho troca beijos em show de funk. Veja foto!

Jogador assistia à gravação do DVD do MC Naldo no Citibank Hall, no Rio de Janeiro

Ronaldinho Gaúcho troca beijos em show de funk. Veja foto!

Jogador assistia à gravação do DVD do MC Naldo no Citibank Hall, no Rio de Janeiro
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Ronaldinho Gaúcho aos beijos no camarote do Citibank Hall
A noite desta quinta-feira (9) foi de muita curtição para Ronaldinho Gaúcho. O jogadordo Flamengo esteve em um dos camarotes do Citibank Hall, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, para assistir ao show do MC Naldo. Entre uma canção e outra, trocou beijos com uma morena tatuada.
Jogador termina a noite rodeado de mulheres
Ronaldinho Gaúcho canta axé em micareta
O show nada mais era do que a gravação do DVD de funk "Naldo na Veia". Fã do estilo musical, Gaúcho só foi embora depois de conferir os maiores sucessos do namorado da Mulher Moranguinho e participações especiais de Preta Gil e Buchecha.






Sessão em câmara de vereadores termina com briga entre parlamentares

Fato foi enviado à Comissão de Ética e agressor pode ter mandato cassado
Uma sessão na Câmara de Vereadores do município de São João da Barra, no norte do Estado do Rio, terminou com uma briga entre dois parlamentares na noite desta quinta-feira (9). A pancadaria teve início após uma discussão entre os vereadores Zezinho Camarão e Alexandre Rosa, ambos do Partido Popular Socialista (PPS).
De acordo com testemunhas, os parlamentares trocaram ofensas verbais, ameaças e deboches durante a sessão. Irritado, Camarão desceu da mesa diretora, onde estava, e deu um soco no rosto de Rosa. Os presentes no plenário tiveram que apartar a confusão.
Rosa e Camarão prestaram depoimento na 145ª DP (São João da Barra). O agressor vai responder pelo crime de lesão corporal dolosa em liberdade. A ocorrência foi encaminhada para o Juizado Especial Criminal da região.
O presidente da Câmara de São João da Barra lamentou o episódio e encaminhou os vereadores à Comissão de Ética da casa. Se ficar configurada a quebra de decoro, Camarão poderá ter seu mandato cassado





quinta-feira, 9 de junho de 2011

Namoro no trabalho exige comportamento cuidadoso

Especialistas em recursos humanos explicam como não deixar que o romance atrapalhe a vida profissional
Muitas empresas proíbem. E aquele conhecido ditado malandro alerta: “Onde se ganha o pão não se come a carne”. Mesmo assim, o convívio diário no trabalho e as afinidades que vão aparecendo contribuem para a aproximação de profissionais que, muitas vezes, acabam virando namorados. Uma vez que o namoro já é uma realidade, o que fazer para evitar complicações e até a perda do emprego? O Delas consultou especialistas para responder essa pergunta.
No amor, diferença de idade ainda atrai olhares
Antes de tudo, é preciso saber que o namoro entre colegas de trabalho é mais frequente do que se pensa. “Relacionamentos amorosos nas empresas ocorrem com uma grande incidência. E a razão para isso é simples: no ambiente de trabalho, homens e mulheres convivem mais de oito horas por dia. Em muitos casos, essa convivência é superior às horas despendidas com a família”, explica João Jose da Costa, executivo de recursos humanos e autor do recém-lançado “Afrodite S.A.”, livro que trata justamente dos riscos e cuidados necessários para romances no meio corporativo.
Reinaldo Passadori: conte depois de ter certeza
Mas apesar do fato ser comum, não é fácil manter um relacionamento no trabalho. O especialista em recursos humanos e em comunicação verbal Reinaldo Passadori diz que vários problemas são criados porque os pares muitas vezes não conseguem manter uma distância necessária no escritório. “Os parceiros sentem ciúmes e qualquer movimentação gera desconfiança, o que perturba o ambiente profissional”.
Além da distância necessária, outros cuidados são importantes para que o doce do namoro não deixe amarga a vida profissional do casal. As dez dicas a seguir orientam os enamorados sobre o comportamento desejado e esperado nas empresas.
1. Contar ou manter segredo: “Nenhuma relação recém-iniciada deve ser comentada até que haja absoluta certeza da seriedade e longevidade do relacionamento”, pondera Passadori sobre a hora certa de contar no trabalho sobre o namoro. “O amor se revela em gestos, olhares, pelo tom das conversas”, lembra Costa, ressaltando que também não dá para esconder o jogo por muito tempo quando a coisa fica séria.
2. Romance à mesa: Como qualquer casal, principalmente no início da relação, todas as horas do dia são poucas para ficar juntos. E no trabalho, a hora do almoço se torna ideal para isso. Mas o casal não precisa almoçar isolado sempre, fica chato. Convidar os outros colegas para a refeição é uma boa política e ainda demonstra respeito por eles. Manter a individualidade e continuar almoçando com os amigos do setor também é uma demonstração clara de que os pares sabem separar amor e trabalho.
3. Selinho pode?: Pela distância das salas de trabalho, os elevadores e hall do prédio podem encorajar beijinhos rápidos. Mas os consultores advertem que essa não é uma boa ideia. “Há câmeras espalhadas por todos os cantos da empresa”, aponta Costa, que completa: "Manifestações mais íntimas podem indicar falta de comprometimento profissional". Melhor evitar.
4. Recreio: Faltando pouco tempo para fim do expediente, dá pra ir até mesa do namorado jogar um pouco de conversa fora? Claro que não. “Os fofoqueiros de plantão com certeza não perderão a oportunidade de comentar a dispersão e perda de horas produtivas com bate-papo”, avisa Costa sobre o desaconselhável “recreio particular”.
5. Dando bandeira: Os dois chegam com os cabelos molhados e esbanjando sorrisos no escritório. Pode até ser que não, mas poucas pessoas vão acreditar que se trata de uma simples coincidência. Sobre a situação, Costa é categórico: “Quase sempre é o início de uma deterioração da imagem na empresa. É dispensável correr esse risco com tantas noites de sexta-feira, feriados e finais de semana livres. Controlem os corações e os hormônios”, avisa.
6. Queridinha do chefe: As coisas se complicam para o casal quando um é chefe do outro. Nesse caso, é comum os colegas sugerirem que há favorecimento do subordinado. De acordo com Passadori, se as insinuações forem ocasionais, a melhor conduta é a indiferença. Mas se elas forem constantes, então será preciso marcar posição e deixar claro o lado ético e profissional da dupla.
7. Cara feira: No caminho para o trabalho, o casal tem aquela briga. Quando chegam ao escritório, eles não conseguem disfarçar a cara emburrada. Costa explica o erro: “Se o casal demonstrar que está brigado, certamente será alvo de indagações, tentativas de apaziguamentos, colegas que se colocarão do lado de um e contra o outro, etc. O ideal é manter as aparências”.
8. "Curtir" o namorado: Os apaixonados costumam achar que tudo que o parceiro diz é engraçado e brilhante. Na hora do almoço – ou no meio do expediente, correm para dar um “like” em tudo que o amado posta no Facebook. Sem esquecer aquelas mensagens carinhosas no Twitter e as longas conversas no Messenger. Logo muitos vão dizer que eles “não são mais os mesmos”, que a falta de foco anda prejudicando a qualidade do trabalho. “Não se deve enviar mensagens ou expor intimidade na internet nem oralmente. Isso constrange os outros e dá motivos para fofocas”, diz Passodori.
9. Confidências: O melhor a fazer é não ficar contando as intimidades do casal para outros colegas. “Para a grande maioria de pessoas, guardar um segredo torna-se um ‘fardo psicológico’. Ou seja, enquanto essa pessoa não repassa o segredo, ela não se vê livre desse fardo”, opina Costa. Assim, não exija tanto esforço de seu colega de trabalho, simplesmente não conte nada.
10. Segure a onda: O ciúme pode ocorrer e ocorrerá com certeza – muitas pessoas até provocam essa situação para ver o circo pegar fogo. “Mas os casais devem resolver isso de forma particular, fora da empresa”, destaca Costa, deixando claro que é o autocontrole é positivo profissionalmente, demonstra confiança e estabilidade emocional.





Marinha emite aviso de ressaca no mar do Estado do Rio

Ondas atingem a altura de 2,5 metros em Niterói e Saquarema
Na praia do Arpoador, o mar invadiu a faixa de areia e chegou ao calçadão
O serviço de meteorologia da Marinha emitiu na manhã desta quinta-feira (9) um aviso de ressaca no mar no litoral do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com o órgão, as ondas atingem a altura de 2,5 metros na praia de Itacoatiara, em Niterói, na Região Metropolitana, e no município de Saquarema, na Região dos Lagos.


Na cidade do Rio, as ondas atingem 2 metro
Quinta-feira é de céu parcialmente nublado e chuva
Segundo a Marinha, a previsão é de que o mar continue nessas condições até o final do dia. Na cidade do Rio, as ondas atingem 2 metros de altura nas praias de São Conrado, da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes. O tamanho das ondas pode aumentar mais. No Arpoador, o mar invadiu a areia e chegou até o calçadão.
O aviso de ressaca só é emitido pela Marinha quando as ondas passam de 2,5 metros. Para amanhã, o serviço de meteorologia informa que o mar vai continuar agitado, mas com ondas menores. A ressaca desta quinta-feira é causada pela frente fria que passou pelo Rio no início da semana e seguiu em direção ao oceano.
Na última segunda-feira, o mar agitado causou estragos na Praia de Piratininga, em Niterói. As ondas fortes destruíram parte do muro de proteção e escadas da orla.
Na semana passada, uma forte ressaca no mar causou a morte de um pescador no município de Maricá. Ele morreu depois que o barco onde estava virou. Na ocasião, as ondas chegaram a atingir quatro metros de altura no litoral do Rio

Submersa há 70 anos, cidade histórica do Rio volta à tona

Setenta anos após ser lançada ao ostracismo, distrito de São João Marcos inaugura hoje o primeiro centro arqueológico urbano do Estado
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A ingreja da Matriz. Reza a lenda que o único homem que aceitou participar da explosão da capela ficou corcunda
Da riqueza e desenvolvimento à miséria. Do posto de “exemplo intacto de arquitetura colonial” a uma área submersa e reduzida a escombros, o pequeno distrito fluminense de São João Marcos jamais esmoreceu. Lendas parecem ter surgido como escudo de proteção ao lugar. “O homem que implodiu a igreja da Matriz ficou corcunda”, reverbera uma delas. Nesta quinta-feira (9), a cidade será reinaugurada. Não como porto seguro para quem busca casa no campo, discos e livros. Adornada por ruínas que se mantiveram fiéis à História, será o primeiro sítio arqueológico urbano do Rio.
Depois de ostentar a glória de ter sido o segundo município mais populoso do Estado, com cerca de 20 mil habitantes (no século 19), e de ser o primeiro do País tombado pelo valor arquitetônico de suas construções pelo então Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), São João Marcos – na região do Vale do Paraíba – foi esvaziado para dar lugar a uma barragem (no século 20). Na época, 1940, o presidente Getúlio Vargas queria superar os entraves que impediam o progresso da capital.

O que sobrou da igreja
Era preciso gerar energia elétrica e melhorar o abastecimento de água do então distrito federal, e coube a São Marcos dar à luz esse sonho. Engenheiros da Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company, a companhia de eletricidade do Estado, concluíram que a melhor opção seria criar uma represa e uma hidrelétrica na região. Mas São Marcos estava no meio do caminho. Para o projeto ir à frente, seria necessário inundar a maior parte da cidade (pelo menos 90 fazendas).
Para afugentar os moradores que insistiam em ficar na parte que não foi inundada, a arquitetura local – “destombada” pelo próprio Vargas – foi pelos ares. Nem o cemitério ficou imune (este, em vez de implodido foi remanejado). “Depois disso apareceram certas árvores na cidade, conhecidas como mulungus, que dão flores vermelhas. A população local acredita que é o sangue de moradores tristes com o fim do lugar”, conta Luiz Felipe Younes, coordenador do parque.
“Poucos sabem o que aconteceu”, diz patrocinador

Teatro Tibiriça
O hoje distrito de Rio Claro já foi o município mais rico do Rio. Produzia anualmente 2 milhões de arrobas de café. Fundado em 1733, por bandeirantes, não levou muito tempo para crescer.
Em pleno século 18 dispunha de teatro, escola, delegacia e estrada de pedra que recebiam artistas de óperas e músicos conhecidos naquele período. Famílias abastadas contavam com preceptores estrangeiros para garantir educação a seus rebentos. Barões e escravos tinham suas próprias igrejas. O bem-estar da população não era geral mas garantiria um bom IDH, se o índice já existisse.
Com a abolição, São João Marcos sofreu o primeiro golpe: perdeu espaço para São Paulo, que passou a dominar a produção cafeeira. Seguiu ladeira abaixo e, no século seguinte, foi obrigada até a abrir mão do status de cidade. O Sphan bem que tentou dar uma força com o tombamento, mas não teve jeito. As águas rolaram.
“Poucos sabem o que aconteceu a essa cidade que, por estar situada às margens da Barragem de Ribeirão das Lajes, teve sua história definida por decisões do governo Vargas”, diz, por e-mail, Jerson Kelman, presidente da Light, empresa que sucedeu a Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company. A iniciativa de preservar as ruínas foi da empresa e recebeu apoio – via incentivos fiscais – do governo do Rio. Foram investidos R$ 5,8 milhões.
E o que restou do teatro
Parque espera receber 3 mil visitantes por ano
Terra natal do ex-prefeito Pereira Passos e do ex-ministro e imortal Ataulfo de Paiva, São João não perde seus marcos. Abandona de vez a pecha de cidade fantasma e se torna a primeira no Estado a ser totalmente resgatada por meio de pesquisas históricas e trabalhos arqueológicos. “É um projeto pioneiro que opera a mágica de recuperar uma cidade desaparecida, mas de história tão rica, através de atividades de arqueologia, museografia e museologia”, afirmou por e-mail a secretária de Cultura Adriana Rattes.
Especialista diz que Atafona sofre com mudanças no mar
De acordo com o coordenador do parque, Luiz Felipe Younes, apesar da construção da barragem e das implosões, as construções não ficaram completamente sob águas ou encobertas pela Mata Atlântica - embora 72 fazendas permaneçam submersas. Segundo ele, os turistas terão a oportunidade de viajar no tempo durante um circuito pela antiga cidade.
A visitação inclui o ossuário da Igreja Matriz, parte da estrutura do Teatro Tibiriçá, trechos da antiga Estrada Imperial e suas pontes de pedra, além de cerca de duas mil peças descobertas nas escavações como louças, moedas, objetos pessoais, porcelanas e tijolos mais brutos.
O parque, localizado a 128 km da capital fluminense, conta com 930 mil metros quadrados. São 3 quilômetros com sinalização (de posição, ambiental, histórica e arqueológica). Historiadores, museólogos, arqueólogos, arquitetos, paisagistas, passaram quatro anos dedicados à missão.
Conhecer o lugar não custa nada. A entrada é franca. As visitações poderão ser feitas de quarta-feira a domingo, das 10h às 16h. Será preciso percorrer dois quilômetros da Estrada Imperial (que ligava Minas Gerais à cidade litorânea de Mangaratiba, no Rio).
Além de trilhas e das ruínas históricas da ex-cidade – passeio que dura cerca de 40 minutos –, os turistas encontrarão um Centro de Memória que conta de forma lúdica o passado, além dos resultados das pesquisas históricas e arqueológicas. Há ainda um anfiteatro e cafeteira.



Bruschetta, simples assim

Feita de pão amanhecido, a bruschetta é uma elegante maneira de aproveitar restinhos de comida. Confira receitas e truques
A regra para fazer uma bruschetta gostosa é combinar ingredientes e soltar a criatividade
Fatias de pão rústico italiano amanhecido, aquecidas em grelhas, no calor de lareiras, e untadas com azeite de oliva: foi aproveitando sobras de ingredientes que nasceram as bruschettas. “A data do surgimento da preparação é desconhecida. Só sabemos que servia de lanche para trabalhadores rurais", afirma Sérgio Arno, do La Pasta Gialla (rede de restaurantes italianos, que começou como bruschetteria). Do modo de preparação também veio o nome: em italiano “bruscare" significa torrar ou chamuscar. “Com o passar do tempo, elas receberam coberturas e, hoje, as versões são tantas que qualquer ingrediente cabe na receita. Basta combiná-lo da maneira correta”, diz.Pelo Mundo: conheça a mesa da Itália por regiões
Alguns detalhes são fundamentais para evitar que as convidativas fatias se transformem em simples torradas cobertas por tomate: a crocância da bruschetta não deve ser obtida em forno convencional. "Utilize uma grelha de metal, que é facilmente encontradas e endurece o pão apenas por fora", diz Cristiano Lanna, que divide a chefia da Prima Bruschetteria, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com Erik Nako. "As fatias devem ser tostadas de ambos os lados para não absorver a umidade do recheio”, afirma. Segundo ele, forno elétrico ou torradeira podem a substituir a grelha, mas o a gás resseca o interior do pão.
Outro erro é confundir bruschetta com torrada de alho, comidinha tão presente nos antepastos de restaurantes italianos. Aqui, o alho in natura deve ser esfregado no pão ainda quente e em apenas uma de suas superfícies, antes de receber a cobertura. O ingrediente, aliás, não é obrigatório no preparo. “Ele deve ser incluído somente nas receitas que combinam com o tempero. Bruschettas de salmão defumado, de brie, ou as que levam só queijo, por exemplo, não vão bem com alho", afirma Arno. Nas de tomate, carne ou frango, em compensação, dá para abusar do produto.
Aproveitar ingredientes é um ótimo pretexto para uma leva de bruschettas. "Sobras de legumes grelhados, de queijos, salames e outros embutidos são ótimas sugestões para combinar livremente", diz Cristiano. O iG Comida selecionou receitas irresistíveis para você fazer a limpa na geladeira. Siga as dicas e use a criatividade. Não vai sobrar uma bruschetta para contar história.

Versão com presunto cru, do chef Sérgio Arno

Bruschetta com presunto cru, tomate marinado e rúcula
Rendimento: uma porção
Ingredientes
1/4 de fatia de pão italiano
1 fatia pequena de presunto cru
1/2 xícara (chá) de tomate marinado
4 filhas de rúcula
1 dente de alho
Uma colher e meia (sopa) de azeite de oliva
Modo de preparo
Toste o pão em uma grelha, esfregue o alho em uma de suas superfícies e regue com azeite. Cubra a fatia com o presunto fatiado, a rúcula, cortada em julienne, e os pedaços de tomate. Regua com um pouco mais de azeite extravirgem de oliva. Sirva imediatamente.

Com ovos mexidos e farofa crocante de Parma
Bruschetta de Ovo Mexido, Farofinha de Parma e Azeite de Trufas
Receita de Cristiano Lanna e Erik Nako, do Prima Bruschetteria
Rendimento: 4 porções
Ingredientes
4 ovos
100 ml creme de leite fresco
2 colheres (sopa) de queijo grana padano ralado
8 fatias bem finas de presunto de parma
1 colher (sopa) de manteiga
Sal e pimenta do reino
Azeite
4 fatias de pão italiano
1 dente de alho
Azeite de trufas
Modo de Preparo
Unte uma assadeira com azeite e espalhe uma camada de fatias de presunto de parma. Leve ao forno baixo até que as fatias estejam torradas. Deixe esfriar para ficarem crocantes. Pique-as, então, com a faca ou no processador até obter a aparência de uma farofa. Reserve em um pote bem fechado até a hora de utilização. Misture os ovos com o creme de leite e queijo o grana padano. Tempere com sal e pimenta. Leve a mistura a fogo baixo, em uma panela antiaderente e derreta a manteiga. Em seguida, adicione os ovos e siga mexendo até que cheguem ao ponto desejado. Tente deixá-los ainda cremosos e não muito sólidos. Enquanto os ovos cozinham, torre levemente as fatias de pão em uma grelha ou em uma torradeira. Corte o dente de alho ao meio e esfregue o lado cortado sobre cada fatia de pão ainda quente, para aromatizá-los. Espalhe, então, os ovos sobre as fatias de pão e salpique com a farofinha. Regue com um pouco do azeite de trufas e sirva imediatamente

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Insensato Coração": Veja as fotos do casamento de Marina e Léo



Designer se une ao vilão em cerimônia discreta na casa de Vitória
Certamente não será o casamento dos sonhos de Marina (Paola Oliveira). Em "Insensato Coração", a designer volta de Nova York anunciando que está noiva do vilão Léo (Gabriel Braga Nunes). Decepcionada com a suposta traição de Pedro (Eriberto Leão), Marina não quer esperar, e o casamento é marcado em cima da hora e realizado na mansão de Vitória (Nathalia Timberg), deixando os convidados surpresos.
Marina e Léo se casam na mansão de Vitória
Raul assiste à cerimônia angustiado
Marina é levada ao altar por Milton (José de Abreu), e troca olhares com Raul (Antonio Fagundes), que assiste à cena angustiado. Ao final da cerimônia, os noivos dão uma amostra da frieza que caracterizará sua relação: não trocam um beijo sequer.






Posse de Gleisi é transformada em ato de desagravo a Palocci

'Quero agir como a presidenta porque ela age da forma certa', afirma ministra; Dilma diz que sai um 'amigo' e entra uma 'amiga'
A cerimônia que empossou nesta quarta-feira a nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, foi transformada em um desagravo ao antecessor Antonio Palocci, cuja demissão foi provocada pela crise aberta em função de sua evolução patrimonial. Enquanto a nova ministra empenhou-se em dizer que seguirá os passos da presidenta, Dilma fez elogios a Palocci e a afirmou que perde um "amigo" dentro do governo com a demissão. "Um amigo deixa o governo e uma amiga assume seu lugar", disse Dilma.
Dilma fez elogios a Palocci durante a cerimônia de posse de Gleisi
Em sua primeira fala após assumir o cargo, Gleisi agradeceu a oportunidade de servir ao povo brasileiro e lembrou que foi também na Casa Civil que Dilma trilhou o caminho que a levou à Presidência. "Sei que o momento é outro, mas pretendo trabalhar aqui com o mesmo empenho e lealdade da presidenta", discursou Gleisi. "Quero agir como a presidenta, porque ela age da maneira certa", emendou.
Gleisi foi antecedida pelo próprio Palocci, que foi aplaudido em pé pela plateia. O ex-ministro ganhou direito a um discurso para explicar sua demissão. "Fomos avisados pelo poeta: havia e haverá sempre pedras na nossa caminhada", discursou Palocci, ganhando mais uma salva de palmas.
"Trabalhei dentro da mais estreita legalidade", acrescentou, ao argumentar que o problema maior é que "o mundo jurídico não trabalha no mesmo diapasão do mundo político". Palocci citou Machado de Assis e afirmou que deixou o cargo para preservar o "diálogo". "Se eu vim para ampliar o diálogo, saio agora para promovê-lo."
Ao falar sobre a demissão do ex-ministro, Dilma emocionou-se e referiu-se a ele sucessivas vezes como "amigo". "Juntos, enfrentamos os desafios da jornada eleitoral, da montagem da coligação que me elegeu e da montagem do novo governo", afirmou a presidenta, dizendo perder no governo um "parceiro de lutas". "Agradeço do fundo do meu coração ao meu amigo Antonio Palocci, pela ajuda que ele me deu e deu ao Brasil."
'A Justiça de Deus trabalhou', diz Francenildo
Despedida no Senado
Escalada por Dilma para cuidar da "gestão e de acompanhamento de projetos" do governo, a nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann tomou posse em cerimônia no Palácio do Planalto. Antes disso, no entanto, fez um aceno político ao escolher o plenário do Senado para seu último pronunciamento antes de assumir o cargo.
No discurso, Gleisi rejeitou o rótulo de “trator” na defesa dos interesses do governo e disse esperar o apoio da Casa para desempenhar a nova função. "Não considero essa a melhor metáfora para quem exerce a política e sempre se dispôs a debater, ouvir e construir consenso”, discursou Gleisi. “A manifestação democrática é o maior instrumento que temos para avançarmos no desenvolvimento do nosso País e acredito que o desfecho dela é a decisão da maioria. Gostaria de manter a convivência respeitosa que iniciamos nesta Casa.”
Gleisi, ao se despedir do Congresso
A senadora afirmou ainda reconhecer o peso de assumir a Casa Civil e disse estar preparada para o cargo. “Quis Deus, por intermédio da presidenta (Dilma Rousseff), que eu ficasse mais próxima para este auxílio e tenho muita clareza desta missão. A quem é muito dado, muito será cobrado.”
Gleisi disse ter defendido o governo no Senado não apenas por pertencer ao mesmo partido da presidenta, mas também por acreditar no modelo “de desenvolvimento econômico inclusivo, no qual as pessoas são o objetivo maior”. “A presidenta Dilma me confiou uma nova missão e vou cumpri-la, levando em conta muito do que aprendi no Senado. Assim como a presidenta, a minha caminhada tem uma razão de ser, que é a favor do Brasil e do seu futuro.”
A senadora paranaense também elogiou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e os líderes do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e do PT, Humberto Costa (PE). Gleisi ainda fez “deferência” à oposição, com a qual teve debates duros. “Mas prevaleceu sempre a convivência democrática. Viver exposta ao contraditório é condição da vida parlamentar e da vida democrática.”



Semana do meio ambiente em Barra de São joão


O objetivo do fórum é fomentar as discussões das questões ambientais entre sociedade e poder público. “O resultado ajudará a compor a segunda Conferência Municipal de Meio Ambiente”, explicou o secretário Maurício Paraguassu.
Durante o terceiro dia do Fórum Ambiental de Casimiro de Abreu, a população trocou ideias e sugestões sobre a preservação do Rio São João, uma das principais fontes de água doce da região. O terceiro encontro aconteceu na quarta-feira, dia 8, no Museu Casa Casimiro de Abreu, em Barra de São João.
Além do debate sobre questões ambientais do distrito, os participantes e alunos da rede municipal assistiram uma apresentação teatral do ator Adilson Araújo da Secretaria de Educação. Em seguida, a Secretaria de Meio Ambiente premiou o agricultor Milton Machado Alves e o ativista Eveli Bock com a medalha de mérito ambiental. Ambos são referência no município pelo trabalho que desenvolvem junto às comunidades.
Barra de São João – 08 de Junho

Local: Casa de Casimiro de Abreu
Horário Atividade
08:00 às 09:00h
Café da manhã
09:30 às 12:00h Abertura do Fórum Apresentação das ações da SEMMADS
Participação da População
Debate sobre os problemas ambientais referentes ao Distrito
15:00 às 17:00h Apresentação grupo de teatro
Entrega da Medalha de Mérito Ambiental
17:00h as 18:00h Encerramento e Coffee Break

Jorge carmo de mello, Presidente da AOANA, ex presidente da Associação de moradores de Barra de São João, recebeu uma condecoração como amigo do meio ambiente.




























O travesseiro é mesmo o melhor conselheiro

Um novo estudo aponta que o velho ditado está certo: uma boa noite de sono ajuda a resolver problemas e tomar decisões
Tem uma grande decisão para tomar e planejar seguir o ditado que diz que “o travesseiro é o melhor conselheiro”? Neste caso, a ciência concorda com a cultura popular: um novo estudo norte-americano aponta que essa costuma ser uma boa idéia.
Postura perfeita na cama
A pesquisa publicada no Journal of Sleep Research descobriu que os voluntários que participaram do estudo aprendiam melhor um novo jogo se dormissem depois. Isso não prova que dormir ajuda a aprender, mas acrescenta evidências de que seu cérebro não fica apenas descansando e sonhando durante o sono, diz a coautora do estudo Rebecca Spencer, professora-assistente na University of Massachusetts.
O cérebro aparentemente revê os eventos do dia e os processa, diz ela. “Você coloca um filme e o reprisa. Isso significa que o sono realmente acrescenta algo, e que não devemos necessariamente seguir nossos instintos, e sim “ouvir o travesseiro””, afirma.
Pode parecer óbvio que as pessoas realizem uma tarefa melhor depois de um bom sono. Mas Spencer que o diferencial do estudo é o fato de que analisou pessoas que tiveram a breve chance de aprender alguma coisa e, em seguida, dormiram ou ficaram acordadas. Os demais estudos até agora se concentraram na memória e no que acontece quando as pessoas não dormem o suficiente. “Tudo desmorona quando você não dorme”, diz a pesquisadora.
Quer mudar algo na sua vida? Então tome uma atitude
Autoestima exige vigília constante
No estudo, pesquisadores dividiram 54 estudantes entre 18 e 23 anos em dois grupos. Um grupo aprendeu um jogo de apostas de manhã, o outro, no fim do dia. Nenhum dos dois grupos aprendeu o truque para vencer o jogo. Doze horas depois, eles tinham que voltar para jogar.
Aqueles que jogaram no fim do dia e, portanto, puderam ter uma boa noite de sono antes de voltar para jogar, se saíram bem melhor na hora de descobrir o truque para vencer o jogo – 80% desse grupo conseguiram adivinhar, contra 40% dos que não dormiram antes.
Os pesquisadores repetiram a experiência com outros grupos de estudantes, e descobriram que a hora do dia em que aprendiam o jogo não afetava sua performance, alimentando a hipótese de que o sono era o fator crucial.
Mas o que acontece? O cérebro parece processar o que aprendemos durante o sono, Spencer said. "O cérebro está arquivando tudo. E, quando você arquiva, não está só colocando na gaveta. Está de fato organizando, colocando próximo a coisas que fazem sentido.”
O que fazer se eu odeio o meu trabalho?
O pesquisador do sono Michael P. Stryker, professor da University of California em São Francisco, diz que o estudo tem uma limitação importante. “Será que a diferença está mesmo no fato de o sono permitir que encontremos solução para os problemas, ou é ficar acordado por doze horas que dificulta isso?” Mas, para o colega pesquisador Michael Anch, professor-associado na Saint Louis University, o estudo "enfatiza a crescente consciência da importância do sono para um funcionamento cognitivo ideal”."
"Este estudo é consistente com outras descobertas que sugerem que dormir permite que você integre novas informações de várias regiões do cérebro, o que não é permitido por decisões instantâneas”, diz Anch said. "Isso dá embasamento à noção de que, se você tem uma decisão para tomar, é melhor consultar o travesseiro”.



O guia dos medos

Da infância à adolescência, saiba como superar os medos que afligem seu filho
Medo de lugares e pessoas estranhas
Fase mais comum: 0 a 12 meses
Começar a tomar contato com o mundo pode ser uma aventura bastante assustadora para um bebê. Aidyl de Queiroz Perez Ramos, membro titular do conselho de psicologia infantil da UNESP, conta que desde o início da vida o bebê deve ser ensinado a conhecer o mundo. Isso significa fazer com que ele se sinta seguro em relação ao lar e à família, mas sem deixar de apresentar o que a vida tem a oferecer. Cuidado extremo e exagerado gera insegurança. Portanto, cuide bem de seu bebê, mas não o acostume a se sentir seguro apenas quando estiver perto de você.
Medo de ser esquecido na escola (abandonado)
Fase mais comum: 2 a 3 anos
E se meus pais me esquecerem aqui? Esta é uma dúvida comum para crianças que começam a se relacionar com o mundo externo e ainda veem os pais como o único e exclusivo ponto de segurança de suas vidas. Chorar no primeiro dia de aula de seu filho só faz com que ele se sinta ainda mais inseguro. A ansiedade do reencontro da criança com sua família provoca este medo. Segundo Maria Regina, a melhor atitude a se tomar nestes casos é estabelecer boas rotinas em relação ao mundo interno e externo da criança, assim ela se sente mais segura em relação à família.
Medo de ser trocado
Fase mais comum: não tem idade
Deixar de ser o único bebê da casa pode ser extremamente ameaçador para uma criança pequena, principalmente quando ela presencia as mudanças que uma gravidez causa em toda a família. Esta situação pode determinar por um bom tempo a relação de seus filhos. Aidyl recomenda reforçar as relações entre o primogênito e o caçula mostrando para seu filho que o bebê vai fazer parte do time dele, o das crianças da casa.
A família aumentou, e agora?
Medo do escuro e de barulhos
Fase mais comum: 2 a 4 anos
De acordo com a autora Molly Wigand, o ideal nestes casos é mostrar que a razão de todo esse medo e insegurança é apenas a imaginação de seu filho. Se for preciso, embarque na viagem: vistorie com ele o espaço debaixo da cama e os armários e mostre que não há nada no quarto para persegui-lo.
Medo de dormir sozinho
Fase mais comum: 2 a 4 anos
Dormir sozinho é um passo muito importante para o desenvolvimento da criança, mas muitas vezes ela pode se sentir mais insegura em relação à “ausência” de seus pais do que feliz com o novo espaço conquistado. Sofrer ou demonstrar insegurança ao deixar seus filhos no quarto deles só piora a situação. Em vez de fragilizar a relação de seu filho com o novo espaço, ressalte a importância daquela conquista.
Medo do sobrenatural (monstros, espíritos, vampiros, bruxas)
Fase mais comum: 4 a 6 anos
O contato com esse tipo de ficção costuma ocorrer exatamente quando a imaginação da criança está a todo vapor. Se seu filho ainda é novo, escolha melhor os gêneros de literatura, programas de televisão e filmes que ele assiste, para não sofrer tão cedo o impacto da imaginação estimulada pelo sobrenatural. Para a psicóloga Maria Regina, é muito fácil para uma criança confundir o real com o fictício. Assim, barulhos normais que vêm da rua podem se transformar em vampiros sugadores de sangue ou monstros terríveis.
A solução, neste caso, é trabalhar melhor a fronteira entre a realidade e a ficção. Se seu filho tem a imaginação muito fértil, e por isso acaba se assustando ainda mais com o sobrenatural, deixe ele falar a respeito. Escreva histórias sobre esse mundo com ele, desenhe, interprete. Ele adquire mais confiança por perceber que tem o domínio sobre esse mundo imaginário.
Medo do mundo
Fase mais comum: 5 a 8 anos
Passada a fase do contato com o lúdico e o ficcional, as crianças começam a atentar para os perigos da realidade. Nesta fase, ao fazer companhia para os pais no horário do jornal, elas prestam mais atenção na conversa dos adultos e começam a tomar consciência do que acontece mundo afora. Se acidentes, assaltos e tragédias dão medo até nos adultos, imagine para as crianças. “Oriente seu filho a não transformar estes medos em fobias ou quadros clínicos como síndrome do pânico”, recomenda Aidyl. A chave para ajudá-lo é ensiná-lo a ter precaução. Como lidar com pessoas estranhas na rua, ter cuidado com os lugares que frequenta, obedecer as regras de trânsito para atravessar a rua... Ensinando direito e sem instaurar insegurança, a criança entrará na adolescência mais preparada para encarar novos impasses.
Medo da morte
Fase mais comum: 8 a 11 anos
O medo da morte é o mais presente para as crianças neste período, que já estabeleceram a segurança de estar com sua família e agora vão começar a temer a possibilidade de perdê-la. De acordo com Maria Regina, quando a criança percebe a finitude da existência, pode passar a ter cuidados excessivos com a própria vida. Traços de comportamento hipocondríaco ou obsessivo podem surgir e, nestes casos, é preciso procurar ajuda médica.
Seis respostas para falar de morte com as crianças
Medo de não ser aceito
Fase mais comum: 12 a 18 anos
O medo mais comum nesta fase é o de não ser aceito ou não pertencer ao grupo. Se seu filho tem medo de não ser aceito pela turma por não jogar futebol, por exemplo, mostre que ele tem dezenas de outros atributos que fazem dele um jovem interessante. Estimule-o a mostrar isso. Nunca aborde esse tipo de problema a partir daquilo que seu filho não consegue fazer: se ele não joga futebol, comece falando em como ele é bom com instrumentos musicais. Assim, ele perde o foco do que é frágil em si para dar atenção ao que sabe fazer de melhor.



O bauru de Bauru

Apesar da origem na capital paulistana, o festejado sanduíche tem versão certificada na cidade que o batiza. Conheça a história e a receita
Em Bauru, o tradicional sanduíche também leva rosbife caseiro
Fui recentemente dar uma aula na cidade de Bauru, no interior de São Paulo e, como a gastronomia está na veia, tinha a expectativa de descobrir alguma relação do famoso sanduíche bauru com a cidade. Minha investigação não poderia ser mais promissora: a tradição do lanche criado em 1933 no Ponto Chic, em São Paulo, realmente acabou regressando para a cidade homônima, pelas mãos de José Francisco Júnior. Este, por sua vez, era amigo e conterrâneo do bauruense Casemiro Pinto Neto, a quem se deve a criação desse famoso lanche feito de pão francês sem miolo, queijo derretido em banho-maria, fatias de rosbife, rodelas de tomate e pepino em conserva. Assim, seu Zé do Skinão, como era chamado, regressou a sua cidade natal, abriu o bar Skinão e incorporou a receita a seu cardápio, em 1972, fazendo de sua lanchonete o principal ponto bauruense de divulgação do sanduíche bauru.
Quem me contou essa história foi Helerson de Almeida Balderramas, professor do Senac, ex-presidente do Conselho Municipal de Turismo e um dos criadores do selo "Tradicional Sanduíche Bauru", em 2006. “No início, seu Zé muitas vezes oferecia o lanche sem cobrar, só para divulgá-lo”, diz. Deu tão certo que caiu no gosto da população local, tanto que outros bares, restaurantes e lanchonetes passaram a reproduzir a receita tradicional. Hoje são cerca de cinco casas da cidade certificadas com o selo. “A ideia é resgatar o modo de preparo e os ingredientes básicos da receita original”, afirma Balderramas. “Bauru acabou ficando tão famoso por esse lanche que as cidades vizinhas nos apelidaram de sanduicheiros.”
A diferença entre o bauru do Ponto Chic e o da cidade de Bauru está basicamente no queijo: o primeiro funde quatro tipos (mistura de suíço, estepe, prato e provolone), e o da cidade leva só mussarela derretida em banho-maria, como mostra a foto ao lado. Mas o rosbife, por exemplo, também é artesanal e os outros ingredientes se mantêm os mesmos: tomate em rodelas e pepino em conserva, que é opcional, pois, segundo pesquisas, foi incluído posteriormente na receita.
Na cidade existe até a Festa do Sanduíche Bauru, realizada no dia 1º de agosto pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, desde 2006. Até José Carlos Alves de Souza, o proprietário do Ponto Chic, é convidado para a festa e já esteve lá algumas vezes.”Tinha de vir, pois o Ponto Chic é a mais famosa casa do bauru, volto sempre que me convidam”, diz. Em uma de suas visitas à cidade, ele foi contemplado com o selo "Tradicional Sanduíche Bauru", que está à mostra na parede de seu estabelecimento. No município de Bauru, com o objetivo de salvaguardar a memória do sanduíche, a Secretaria Municipal de Cultura requereu em 2005 o registro do sanduíche no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Imaterial de Bauru. Mas isso ainda está em estudo.
É claro que ouvi toda essa apetitosa história sentada na mesa do Skinão, devorando um “Tradicional Sanduíche Bauru”, bem na hora do almoço. E, como me reconheço uma apreciadora incondicional do bauru do Ponto Chic, confesso que o sanduíche da cidade de Bauru não deixa nada a desejar ao criado na lanchonete paulistana. O lanche bauruense é apenas mais leve, pelo fato de usar só o queijo mussarela. Mas é também feito no capricho, com o gostinho caseiro do rosbife e igualmente substancioso. Vale como uma refeição. Foi como um turismo gastronômico ir a Bauru e provar o sanduíche.


O tradicional sanduíche Bauru
Receita do Tradicional Sanduíche Bauru
Ingredientes
Para o bauru:
1 pão francês sem miolo
3 fatias de queijo mussarela
3 rodelas de tomate
3 fatias de rosbife (veja a receita abaixo)
3 rodelas de pepino (opcional)
Sal e orégano a gosto

Para o rosbife:
2 kg de lagarto
3 colheres (sopa) de manteiga
Caldo de 1 limão
Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo
Para o bauru:
Prepare numa assadeira um banho-maria: coloque um pouco de água e leve ao fogo para aquecer. Abra o pão em duas partes e retire o miolo. Em uma das partes, coloque as fatias de rosbife frio, as rodelas de tomate e as de pepino.
No banho-maria, coloque algumas fatias de queijo mussarela. Quando estiver derretido, coloque o queijo na outra fatia de pão e una as duas partes. O calor de queijo aquecerá os demais ingredientes do sanduíche.
Para o rosbife:
Pré-aqueça o forno em 200 ºC. Limpe a carne, retirando a gordura externa. Tempere e deixe marinar por 1 hora. Em uma frigideira grande ou chapa de ferro coloque a manteiga e leve ao fogo forte para derreter. Coloque o lagarto, frite os lados, até ficar bem dourado.
Em uma assadeira untada, leve ao forno por 45 minutos. Retire e leve à geladeira por 1 hora. Corte em fatias bem finas, de preferência no fatiador de frios ou faca elétrica