Os pesquisadores dizem que ainda é raro, mas as fraudes nas pesquisas científicas estão a aumentar de um modo alarmante. Pior que isso, segundo um estudo recente que documentou a tendência, os pesquisadores não entendem o porque disto estar a acontecer.
Segundo a Associated Press, citando dados do estudo, uma análise às retractações que ocorreram nas publicações médicas e biológicas (revistas por pares) apurou que a percentagem de estudos retirados devido a fraudes ou suspeita de fraude aumentou dramaticamente desde meados dos anos 1970.
O estudo verificou que em 1976 havia menos de 10 retractações por motivos de fraude por cada milhão de estudos publicados; por volta de 2007, as retractações por motivos de fraude haviam crescido para 96 por cada milhão.
Embora os autores do estudo não consigam explicar o fenómeno, eles e peritos exteriores alegam que isto ocorre devido a pressão adicional imposta aos pesquisadores de modo a que eles possam ganhar nome nos meios científicos e poder, assim, aumentar o seu financiamento de obter reconhecimento. Para além disso, eles afirmam que parece haver um aumento geral da decepção na sociedade, e que a ciência pode estar apenas a espelhar isso.
A fraude é rara mas ocorre em áreas importantes
Os autores afirmaram que a fraude nas pesquisas das Ciências da Vida [http://en.wikipedia.org/wiki/Life_sciences] são raras, sendo cometidas por apenas algumas dúzias de vigaristas, mas que noo entanto, isto pode mesmo assim causar problemas enormes, disse Arturo Casadevall, professor de microbiologia na “Albert Einstein College of Medicine” em New York.
Casadevall, o líder do estudo, e a sua equipa examinaram os motivos por trás de 2,047 retractações entre milhões de estudos publicados pelas revistas científicas e mantidas numa base de dados governamental para pesquisas centradas na medicina. A causa primária para retractação foi a fraude, que é responsável por 43% das retractações. Quando a fraude foi associada a outras áreas de má conduta académica, tal como o plágio, o número passou para duas ou três retractações.
Casadevall afirma:
“Muito poucas pessoas fazem fraudes mas quando eles o fazem, isso é feito em áreas que são muito importantes. E quando estas coisas são descobertas, a sociedade perde a sua fé na ciência.”
Casadevall acrescentou ainda que algumas das retractações mais importantes por motivos de fraude incluíam 9 estudos distintos da muita-anunciada pesquisa na Duke University relativa ao tratamento do cancro, bem como o trabalho do perito Sul-Coreano na clonagem que foi mais tarde condenado por desfalque por comprar de modo ilegal óvulos humanos para a sua pesquisa. O pesquisador Nova-Iorquino diz ainda que ficou surpreso pelo que apurou uma vez que originalmente ele não tinha planos de analisar as fraudes. Em vez disso, assim diz o próprio, ele tinha planos de examinar os erros evitáveis mais comuns que haviam levado à retractação.
Nicholas Steneck, director do programa de pesquisas éticas na Universidade de Michigan (que não esteve envolvido no estudo liderado por Casadevall), disse à AP que outros estudos mostraram também um aumento nas retractações, mas que nenhum deles havia apurado que a má conduta científica ou a desonestidade eram as causas primárias. Ele acrescentou ainda que os estudos actuais revelam a necessidade de uma reportagem mais compreensiva das retractações por parte das próprias revistas científicas. Steneck e outros afirmaram que, no geral, os estudos parecem indicar uma melhor detecção de fraude científica pode já estar a acontecer.
Casadevall ressalvou que “a maior parte dos cientistas são pessoas bem intencionadas que ficarão totalmente chocados” com o que ele apurou (que está publicado online na “Proceedings of the National Academy of Sciences”, que, depois do Journal Science, é o sítio com o maior número de artigos retractados por todos os motivos. O ”Journal of Biological Chemistry” era a publicação com o maior número de retractações por motivos de fraude.
Casadevall disse que, mesmo que a sociedade em geral se tenha tornado mais deceptiva, “Eu pensava que a ciência era um domínio diferente, mas acho que a ciência é tal como tudo o resto, susceptível às mesmas pressões.” O que se passa na ciência, no entanto, é que existe “um desproporcional sistema de recompensa,” e portanto, se os pesquisadores são publicados em revistas-chave, eles são mais susceptíveis de obter trabalho e financiamento, tornado a tentação para enganar ainda mais forte.
Segundo a AP, o bioético da Universidade de New York, Arthur Caplan, afirmou:
Quanto mais dinheiro estiver envolvido, maiores serão as razões para se levar a cabo uma fraude. mais fama, mais potencial para o lucro…. Algumas das fraudes e mentiras [feitas pelos cientistas] não são de todo diferentes das mentiras e das fraudes que já vimos no comércio bancário.
Não deixa de ser curioso que quando se trata de enaltecer as capacidades intelectuais de algum grupo social, os evolucionistas rapidamente apontem para os cientistas [evolucionistas] como símbolo de desempenho moral acima da média, mas quando se descobre a quantidade crescente de fraude existente nesses mesmos antros científicos, as pessoas sejam rápidas a afirmar que “os cientistas são como todas as outras pessoas da sociedade”.
Obviamente que o Cristão já sabia que não existia qualquer superioridade moral dentro da comunidade científica porque a Bíblia claramente diz que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rom 3:23), e “Não há um justo, nem um sequer” (Rom 3:10) e por fim “Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Rom 3:12) . Os ateus é que ainda não estavam actualizados nesse sentido (embora a Bíblia esteja disponível há mais de 1500 anos).
Quando a comunidade evolucionista tenta atribuir algum tipo de superioridade moral ou integridade científica aos cientistas por via do seu alegado conhecimento técnico, os evolucionistas não só se encontram do lado errado dos dados empíricos, que demonstram que os cientistas são tão mentirosos, fraudulentos, trapaceiros e gananciosos como o resto da sociedade, mas também se encontram em oposição ao Único Ser no universo que conhece na perfeição as limitações humanas: Deus.
Como já foi dito neste blogue, o propósito não é demonizar os cientistas mas mostrar o quão contra-producente colocar demasiada fé no conhecimento humano (especialmente no que toca a temas com alcance eterno). A ciência é importante, mas enquanto ela for feita por seres humanos, ela será totalmente limitada.
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso: quem o conhecerá?” Jeremias 17:9