sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

O que diz o filme sobre 'infanticídio indígena' divulgado por ministra e que a Justiça tirou do ar

Encenação de mortes de crianças deficientes provocou graves danos a comunidade, diz MPF

7 DEZ2018
17h43
atualizado às 17h49


















































O filme, chamado Hakani, diz retratar uma "história verdadeira" encenada por "sobreviventes ou vítimas resgatadas de tentativas de infanticídio".
No entanto, segundo o MPF, a encenação usou crianças e adultos da etnia karitiana, "povo que não tem a prática de infanticídio em sua cultura e que passou a sofrer diversas consequências negativas após o documentário, inclusive discriminação e preconceito".
Além disso, o orgão diz que "o vídeo induz o espectador ao erro por fazer crer que o infanticídio é comum entre os indígenas". O povo karitiana tem cerca de 300 integrantes e habita o Estado de Rondônia.
Em 2017, atendendo ao pedido do MPF-DF, a Justiça Federal do Distrito Federal determinou que o filme fosse retirado dos sites das organizações, mas rejeitou o pleito por uma indenização, alegando que as rés são entidades sem fins lucrativos.
Futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves chefiará pasta responsável pela Funai, órgão hoje subordinado ao Ministério da Justiça

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