sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Papa Pede Perdão Pelas Perseguições Dos Católicos Aos Pentecostais


O papa Francisco pediu nesta segunda-feira (28/07/2014) perdão pelas perseguições cometidas pelos católicos aos pentecostais, durante viagem à cidade de Caserta (no sul da Itália) onde se reuniu com seu amigo e pastor evangélico Giovanni Traettino.
A visita já foi qualificada como histórica, pois é a primeira vez que um papa viaja do Vaticano para se encontrar com um pastor protestante.
“Entre as pessoas que perseguiram os pentecostais também houve católicos: eu sou o pastor dos católicos e peço perdão por aqueles irmãos e irmãs católicos que não compreenderam e foram tentados pelo diabo”, afirmou o pontífice.
Francisco esteve em Caserta, em 26 de julho, para celebrar uma missa em honra à padroeira Santa Ana diante de 200 mil católicos.
Desta vez Francisco retornou para se reunir com a comunidade de pentecostais da cidade ao norte de Nápoles e com 350 protestantes vindos de todas as partes do mundo. Ele pediu que os cristãos se unam na diversidade.
“O Espírito Santo cria diversidade na Igreja. A diversidade é bela, mas o próprio Espírito Santo também cria unidade, para que a Igreja esteja unida na diversidade: para usar uma palavra bonita, uma diversidade reconciliadora”, assinalou.
O papa da Igreja Católica também pediu que os cristãos ajudem os mais fracos e os necessitados, e que caminhem ao lado de Deus.
“Não compreendo um cristão que está quieto, o cristão deve caminhar. Há cristãos que caminham ao lado de Jesus, mas em alguns momentos não caminham na presença de Jesus. Isto é porque são cristãos que confundem caminhar com andar, são errantes”, ponderou.
Após o ato, que durou cerca de hora e meia, o papa almoçou com a comunidade, divulgou a Santa Sé em comunicado.
Francisco saiu esta manhã de helicóptero da Cidade do Vaticano e aterrissou em Caserta às 10h15 (05h15 de Brasília), no heliporto da Escola de Suboficiais da Aeronáutica Militar italiana no Palácio Real de Caserta e seguiu de carro até a casa do pastor.
Após esta conversa privada, os dois religiosos foram de carro à igreja evangélica da reconciliação de Caserta, onde alguns fiéis curiosos aguardavam a chegada do papa.
Francisco os cumprimentou antes de entrar na igreja, onde a reunião aconteceu longe das câmeras.
Nota: Após a morte de Tony Palmer, Francisco toma as rédias do avanço do ecumenismo. Como a matéria informa foi um encontro histórico, com a iniciativa do pontífice da igreja papal em ir ao encontro de um líder evangélico. Eis que a chaga mortal começa a ser curada, e a terra se maravilha diante de seu poder (Apocalipse 13:3).
“O romanismo é hoje olhado pelos protestantes com muito maior favor do que anos atrás. Nos países em que o catolicismo não está na ascendência, e os romanistas adotam uma política conciliatória a fim de a conseguir, há crescente indiferença com relação às doutrinas que separam as igrejas reformadas da hierarquia papal; ganha terreno a opinião de que, em última análise, não diferimos tão grandemente em pontos vitais como se supunha, e de que pequenas concessões de nossa parte nos levarão a melhor entendimento com Roma. Houve tempo em que os protestantes davam alto valor à liberdade de consciência a tão elevado preço comprada. Ensinavam os filhos a aborrecer o papado, e sustentavam que buscar harmonia com Roma seria deslealdade para com Deus. Mas quão diferentes são os sentimentos hoje expressos!” [O Grande Conflito, p. 563]

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