As bodas são um
momento especial, em que sempre se une o passado que herdamos e o futuro que
nos espera, é uma abertura à esperança. E não é por nada que Jesus começa a sua
vida no seio duma família, de um lar; é nos lares que Ele continua a
inserir-se, a fazer parte, Ele gosta de se meter na família – disse o Papa. E
quando há uma dificuldade, um litígio, Ele está lá para nos mostrar o amor de
Deus. Com efeito, é em casa que aprendemos a fraternidade, a solidariedade, a
não ser prepotentes, a pedir perdão e a ser perdoados, a nos deixarmos
transformar, a procurar, sem máscaras, o melhor para os outros.
É por
isso que a comunidade cristã designa a família como “Igrejas domésticas”,
porque é nela que a fé permeia, é nela que se começa a descobrir o amor
concreto e operante de Deus.
Com
amargura, que infelizmente, hoje faltam momentos para estar juntos em família;
então não se sabe esperar, pedir licença, desculpa, dizer obrigado, porque a
casa vai ficando vazia, vazia não de pessoas, mas de relações, de contatos, de
encontros…
“Sem
família, sem o calor do lar, a vida torna-se vazia; começam a faltar as redes
que nos sustentam na adversidade, alimentam a vida quotidiana e motivam na luta
pela prosperidade. A família salva-nos de dois fenómeno atuais: a fragmentação
ou seja a divisão e a massificação”
Em ambos
estes casos as pessoas transformam-se em indivíduos isolados, fáceis de
manipular, de controlar. É como se perdêssemos os fundamentos do nome que
temos. E recordou que a família é escola de humanidade, pedindo o favor de não
nos esquecermos disto:
“As
famílias não são um problema, são sobretudo uma oportunidade; uma oportunidade
que temos de cuidar, proteger, acompanhar, quer dizer, são uma bênção”
Hoje
discute-se muito sobre que tipo de mundo se quer deixar aos filhos:
deixemos-lhes um mundo com famílias – disse o Papa, frisando que não existem
famílias perfeitas, mas que nem por isso a família deixa de ser uma resposta
para o amanhã. Recomendou, por isso que cuidemos das nossas famílias,
verdadeiras escolas do amanhã, pois Deus incentiva-nos ao amor, e quem ama
sempre se compromete com as pessoas que ama.
“Cuidemos
das nossas famílias, verdadeiras escolas do amanhã. Cuidemos das nossas
famílias, verdadeiros espaços de liberdade. Cuidemos das nossas famílias,
verdadeiros centros de humanidades”
E aqui o
Papa teve um gesto de verdadeira ternura: recordando que nas audiências da
quarta-feira, quando circula por entre as pessoas muitas mulheres grávidas lhe
mostram a barriga, pedindo-lhe para abençoar o filho que trazem no ventre.
Então, disse a todas as “grávidas de esperança” (porque um filho é uma
esperança) presentes no encontro e que o escutavam através dos meios de
comunicação, para tocarem o ventre e que ele lhes dava a bênção, para que o
filho ou filha que trazem nasça são e cresça bem.
O fato
de Jesus ter escolhido como lugar para a última ceia um momento vivido por
todos, a ceia, precisamente. Ele é o pão da vida das nossas famílias”.
“saibamos todos ajudar-nos a cuidar da
família, para que saibamos, cada vez mais, descobrir o Emanuel, o Deus
que vive no meio do seu povo, fazendo das famílias a sua morada”
Nenhum comentário:
Postar um comentário