terça-feira, 12 de julho de 2011

Atraso na fala não significa problemas futuros

Problemas comportamentais surgem apenas por volta dos 2 anos e tendem a desaparecer pouco depois
Os pais frequentemente se preocupam quando seus bebês demoram a falar. Contudo, um estudo australiano de longo prazo descobriu que, ao atingir 5 anos, as crianças não apresentam mais problemas emocionais ou comportamentais do que outras da mesma idade sem atraso na fala – desde que estejam se desenvolvendo normalmente.
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O estudo foi publicado online no dia 4 na revista “Pediatrics”. As crianças faziam parte do Grupo de Estudo de Gestação do Oeste da Austrália. 1.245 não apresentavam atraso na fala – elas usavam pelo menos 50 palavras e podiam unir duas ou três delas para formar uma frase – e 142 não haviam atingido essa marca.
As mães de todas elas estiveram grávidas entre 1989 e 1991, quando passaram a fazer parte do estudo. As crianças foram acompanhas até completarem 17 anos.
Aos 2 anos, as crianças que possuíam atraso de linguagem estavam mais propensas a ter problemas de comportamento. Porém, havia uma diferença entre os grupos com idades de 5, 8, 10, 14 e 17 anos.
O principal autor do artigo foi Andrew J.O. Whitehouse, do Instituto Telethon de Investigação da Saúde Infantil, em Perth. Ele sugeriu que a origem dos problemas comportamentais delas estava no sentimento de frustração por não conseguir se comunicar. “Quando as crianças com atraso na fala alcançam a marca de linguagem da maioria das crianças, os problemas comportamentais e emocionais deixam de se manifestar”, afirmou.





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