Doença é líder de internação entre elas e pode ser ainda mais grave em obesas
A atriz Cléo Pires, a apresentadora Sabrina Sato, a cantora Wanessa, a modelo Mariana Wrickert e a presidenta Dilma. O que parece a lista de uma festa VIP, na verdade, trata-se só de algumas mulheres que precisaram ser internadas por causa da pneumonia.
A doença é líder entre os motivos de hospitalização do público feminino – sem contar o parto - e, só nos primeiros meses do ano (entre janeiro e abril), foi responsável por 110.892 registros em hospitais de todo País.
A matemática evidencia o tamanho do problema provocado por esta doença respiratória, já que as contas feitas com base no banco de dados do Ministério da Saúde indicam que uma mulher foi internada a cada dois minutos. Tudo isso durante o verão nacional, quando se sabe que os casos tendem a aumentar em 30% agora, com a chegada do inverno.
"O ar que nós respiramos está cada vez mais poluído e isto agrava doenças como pneumonia, rinite, bronquite e todas as outras", explica o pneumologista do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), Carlos Carvalho. "No inverno a situação complica porque o ar fica mais seco, aumenta a concentração de poluentes e as temperaturas mais frias também danificam mais a proteção das vias respiratórias."
Não há nenhuma evidência de que a pneumonia é mais grave nas mulheres do que nos homens. Os especialistas já sabem que os obesos e as obesas correm mais risco caso infectados, porque têm o sistema imunológico mais frágil, acumulam mais secreção e ainda sofrem mais de refluxo, que também agrava a pneumonia.
Além deles, o sistema imunológico durante a gravidez também pode ficar comprometido e favorecer as infecções das vias respiratórias.
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Esta foi uma das explicações para o governo federal ter incluído, este ano, as gestantes no público que pode receber a vacina gratuita contra a gripe, reforçada por doses que também combatem a bactéria pneumococo, uma das responsáveis pela pneumonia.
Os especialistas reforçam, no entanto, que gripe não é a mesma coisa que pneumonia, já que a primeira é causada por vírus e a segunda por bactérias. “Mas quando estamos gripados, é comum acumular secreções, além da baixa na imunidade, duas condições que favorecem as bactérias e a pneumonia”, explica o presidente da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio de Janeiro, Bernardo Maranhão.
“Os sintomas destas duas doenças são parecidos, mas o alerta é que se a febre e a tosse tiverem duração superior a 5 dias, já são indícios de pneumonia. O médico deve ser procurado imediatamente”, diz o presidente.
Remédio natural
A vantagem para o público feminino é que pesquisadores do Japão descobriram uma fórmula natural que ajuda no combate à pneumonia. Segundo estudo publicado em American Journal of Clinical Nutriotion, tomar cinco xícaras de chá verde por dia reduz em 41% o risco de contaminação da doença respiratória.
O efeito só foi registrado em mulheres (foram 43 mil pesquisadas), não em homens, e os cientistas não conseguiram responder porque esta diferença aconteceu. Uma das hipóteses é que os hormônios delas podem reagir melhor às substâncias do chá verde e assim ampliar as proteções naturais dos organismos das pacientes.
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