Num clima mais intimista, a comemoração do casamento não precisa seguir padrões fixos. Conheça duas histórias
Pizzaria, noite de sábado, garçons circulam apressados por entre as mesas enquanto tentam abarcar os pedidos. Uma movimentação no fundo do restaurante chama atenção do olhar de todos: trata-se de um casal em volta de um bolo grande e branco. O casal em questão é formado por Marília e Thiago Chaves Scarelli, e esta é a festa de seu casamento.
Juntos há três anos, o casal não tinha muito dinheiro para fazer o tipo de festa que queriam, e resolveu comemorar o casamento da maneira que podiam: chamaram amigos e família para uma pizzaria, levaram docinhos, bolo e champagne e as alianças recém trocadas. “A gente pensou em várias coisas: em buffet infantil, festa à fantasia e até nas Noites do Terror, já que a festa foi em outubro”, diz Marília. “Mas acabamos fazendo na pizzaria porque era o que a gente podia bancar”.
De acordo com a assessora de casamentos Márcia Possik, os casais tendem a optar por este tipo de festa como uma forma de “cortar os custos”, já que num restaurante não entram na conta itens como banda, salão de festas e empresa de buffet. Marília diz que a festa não custou muito. “Conseguimos o dinheiro que gastamos na festa quando passamos a gravata do noivo”, ri.
O casamento é um momento em que a relação se torna pública. O casal deixa de ser dois – e passa a ser trezentos”, fala Marília, que afirma ter se preocupado mais com as pressões familiares que com o próprio custo da festa. Nesse ponto, a organizadora de casamentos Bebeta Schiavini opina: “quem opta por fazer um casamento, independentemente de fazer para uma ou para mil pessoas, é uma pessoa que quer formalizar uma união, quer participar de um ritual”. Portanto, quer sua cerimônia seja um jantar para 30 ou uma recepção tradicional para 300, ela marca, da mesma forma, uma passagem.
Alta gastronomia e clima intimista
Fãs de gastronomia, André e Mariana Giuliese optaram por um restaurante de culinária contemporânea para sua comemoração de casamento. Entre o macarrão com molho de aspargos e limão siciliano e os drinques variados, o casal celebrou suas bodas com seus 30 convidados.
O restaurante foi escolhido por ser um local que André e sua família já conheciam. Segundo Bebeta Schiavini, para a festa ficar com uma aura mais pessoal, o melhor que o casal pode fazer é procurar um restaurante que já frequenta ou um local com boas referências gastronômicas.
“Eu odeio festas de casamento, não queria fazer nada chato”, diz André. Ambos organizaram a festa em menos de dois meses, enquanto Mariana vinha e voltava de viagens a trabalho. “Quem escolheu o cardápio foi a minha mãe e o André”, lembra a noiva.
Eles explicam que a opção por um clima mais intimista combinava com o clima que ambos tinham no relacionamento. “Ser pequeno em número de convidados não quer dizer que seja simples”, diz a organizadora de casamentos Emanuelle Missura. “Dá pra escolher um menu mais sofisticado, uma seleção bacana de vinho e espumantes e docinhos bem gostosos”.
Diferentemente de Marília e Thiago, André e Mariana usaram uma parte isolada do restaurante para a comemoração. Mariana diz que parecia que a festa aconteceu na sala de casa, e que as pessoas não ficaram sentadas e paradas, como seria de se esperar em um restaurante. Depois de três anos da festa, o casal ainda se lembra com bastante carinho. “Eu adorei. Não foi caro – e foi uma delícia”, finaliza André.
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