segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Cruzeiro italiano pega fogo e fica à deriva no Oceano Índico

Guarda Costeira da Itália diz que incêndio foi controlado e que as mais de 1 mil pessoas a bordo estão no escuro, mas em segurança

Um incêndio na sala de geradores do cruzeiro italiano Costa Allegra deixou mais de 1 mil pessoas no escuro e o navio à deriva no Oceano Índico, a cerca de 322 km das Ilhas Seychelles, onde piratas somalis são ativos. De acordo com o comandante Cosimo Nicastro, da Guarda Costeira da Itália, o capitão do navio afirmou às autoridades do país que o fogo foi rapidamente controlado e que todos os 636 passageiros e 413 tripulantes estão em segurança e não há feridos.


Foto: AP
Foto sem data divulgada pelo Costa Crociere mostra o navio de cruzeiro Costa Allegra, que ficou à deriva após sala de geradores pegar fogo no Oceano Índico
Além da falta de energia, o incêndio no Costa Allegra fez com que os motores do navio e o ar-condicionado parassem de funcionar. Segundo Nicastro, a Guarda Costeira mandou navios cargueiros em direção ao local, enquanto autoridades das Seychelles enviaram um barco a motor, um avião e dois rebocadores. Mas as embarcações só devem chegar ao local na tarde de terça-feira, e não ha estimativas de quando o cruzeiro deveria ser levado até o porto.
O incêndio desta segunda-feira imediatamente estimulou temores de uma tragédia maior pelo fato de ter acontecido apenas seis semanas depois do Costa Concordia, que assim como o Costa Allegra é operado pela Costa Cruzeiros, ter naufragado na costa italiana após bater em uma rocha e tombar. Até agora, 25 corpos foram resgatados e sete pessoas ainda são registradas como desaparecidas.
O capitão do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi detido um dia depois do acidente. Ele é acusado de homicídio culposo múltiplo (sem intenção de matar), naufrágio e abandono do navio, crimes pelos quais pode ser condenado a até 15 anos de prisão. O capitão nega as acusações.
Funcionários da Costa Cruzeiro tentaram apaziguar os temores em relação ao Costa Allegra. Segundo o funcionário Giorgio Moretti, o navio está à deriva "e sendo empurrado pela corrente. Está estável e na vertical".
Oficiais da Guarda Costeira da Itália disseram que geradores de emergência mantêm a sala de controle do navio iluminada e equipamentos de comunicação como os rádios em funcionamento. Segundo eles, o cruzeiro está firme apesar das ondas de 1,5 metro na área, e os passageiros estão sendo mantidos em grandes cômodos públicos, não em suas cabines.
A expectativa é que os passageiros passem a noite nos deques externos. Entre eles estão 212 italianos, 31 britânicos e oito americanos. Segundo a operadora do navio, o Costa Allegra está a 32 km da Ilha de Alphonse, um dos atóis das Seychelles, uma nação de ilhas e atóis que é um popular destino turístico.
O cruzeiro havia deixado o norte de Madagáscar, na costa sudeste da África, e se dirigia ao porto de Victoria, capital das Seychelles, quando o fogo começou. A região geral onde o navio está à deriva - na área costeira da Tanzânia - tem sido alvo de ataque de piratas somalis, mas eles nunca sequestraram um navio de cruzeiro antes.
Moretti disse que nove militares armados estão a bordo no Allegra em uma missão antipirataria. "Se os piratas atacarem, os guardas armados a bordo responderão. Mas até onde sabemos, nenhum pirata foi visto na área", disse a porta-voz presidencial de Seychelles, Srdjana Janosevic

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