segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

É um brinquedo assassino, diz mãe de criança morta por jet ski

Enterro foi na manhã desta segunda (20) em Artur Nogueira, interior de SP.
Acidente foi em Bertioga, no litoral norte de São Paulo, no sábado (18).
A mãe da menina de 3 anos morta após ser atropelada por um jet ski em Bertioga, no litoral norte de São Paulo, pede justiça nas investigações do caso e diz que foi colocado um "brinquedo assassino nas mãos de um adolescente". Cirleide Rodrigues de Lames conta que a filha estava muito feliz no primeiro passeio dela na praia. Grazielly Almeida brincava na areia na praia de Guaratuba próximo ao mar com a mãe quando o veículo desgovernado que saía da água a atingiu na tarde de sábado (18). "Foi tudo muito rápido e que não houve tempo para salvar minha filha".
Grazielly Almeida Lames, 3 anos, atropelada por um jet ski em Bertioga, SP (Foto: Reprodução EPTV)
A menina Grazielly Almeida, atropelada por um jet
ski em Bertioga, SP (Foto: Reprodução EPTV)
"Se eu tivesse visto ele vindo de longe, teria tentado fazer alguma coisa, me jogado na frente... Mas não deu tempo", relata a mãe. Segundo os pais, era um sonho da criança visitar o litoral. "Fazia tempo que ela estava pedindo pra ir para a praia. Ela estava tão feliz, se divertindo muito", conta Cirleide Lames. 
"É dolorido perder uma criança tão maravilhosa e especial. Até agora eu não acredito que isso aconteceu com a minha filha. É difícil saber o que aconteceu", completa o pai da menina, Gilson Almeida.
O corpo de menina foi enterrado na manhã desta segunda-feira (20) em Artur Nogueira, no interior de São Paulo, cidade onde a criança morava com os pais. A garota havia chegado no litoral na sexta-feira (17) junto com um grupo de dez pessoas, entre familiares e amigos, de Artur Nogueira.
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A família diz estar inconformada com a imprudência e a falta de ajuda do piloto, apontado pela Polícia Civil como um adolescente de 14 anos, e da família dele, que estava hospedada em um condomínio de luxo em frente à praia.
"Eles não prestaram nem socorro, como se nada tivesse acontecido. Vai se difícil saber que eu levei a minha menininha para realizar um sonho e voltei sem ela por causa de uma irresponsabilidade", conta a mãe da menina.
O tio de Grazielly, Edilei Rodrigues de Lames, também diz estar revoltado com a falta de prestação de socorro ou ajuda do piloto e pede mais rigidez nas regras para quem pilota um jet ski. "Nós estávamos com outras famílias com crianças e muitos pais se pensaram que o acidente podia ter acontecido com algum filho deles. É uma angústia no coração pensar que nós não estamos imunes a isso", defende. A avó da menina passou mal durante o velório e precisou ser medicada.
Velório da menina Grazielly Almeida Lames, 3 anos, atropelada por um jet ski e enterrada em Artur Nogueira (Foto: Reprodução EPTV)
Avó de menina atropelada por jet ski passa mal durante velório da neta (Foto: Reprodução EPTV)
Socorro
Durante 30 minutos socorristas tentaram reanimar a menina. Ele foi resgatada pelo helicóptero da Polícia Militar, mas chegou morta ao Hospital Municipal de Bertioga. A funcionária pública Sandra Regina Stuchi, que estava no local, diz que o piloto perdeu o controle do jet ski muito próximo à praia. "Quando a gente viu, ele já estava em alta velocidade perto dos banhistas", explica.
Investigações
O piloto, segundo a Polícia Civil de Bertioga, era um adolescente de 14 anos. Ele estava com outro menor no equipamento e serão chamados para prestar depoimento junto com os responsáveis. De acordo com a família, o piloto fugiu sem prestar socorro. Ele estava em um condomínio de luxo em frente à praia onde aconteceu o acidente. Para pilotar, é preciso ter a Carteira de Arrais Amador, habilitação para navegação amadora e documento obrigatório para quem deseja conduzir embarcações de esporte motorizadas. O jet ski foi apreendido para perícia

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