segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Higiene íntima no verão pede ainda mais cuidado

Região precisa estar sempre limpa, seca e arejada. Veja as principais dicas para evitar a candidíase
 
Foto: Getty Images
Cuide da região íntima e evite doenças como a candidíase
O calor exige maior atenção da mulher com relação à higiene íntima. As altas temperaturas aumentam a transpiração, fazendo com que a região fique mais quente e úmida. “Esse é um ambiente propício para o crescimento e a proliferação de bactérias, o que aumenta o risco de infecções vaginais”, explica o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli Borges Filho.
Para garantir a saúde genital, o principal é deixá-la limpa, seca e arejada. Para tal, a recomendação dos especialistas é lavar a região com água corrente e sabonete neutro, sem perfume, para não modificar a flora vaginal.

"Preferencialmente utilizar sabonetes líquidos e com ph ácido porque os sabonetes em barra, na grande maioria, costumam ser alcalinos e podem agredir a camada protetora da pele, causando alergia e coceira", alerta a ginecologista Adriane Camozzato, da Associção de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Sul (Sogirs). "Os sabonetes devem produzir pouca espuma para que limpem a pele suavemente sem remover sua camada protetora e não conter substâncias antissépticas que matam os microorganismos naturais", completa.

“O ideal é que a mulher faça a higiene de duas a três vezes por dia e seque bem o local”, aconselha Rogério Ramires, ginecologista do Laboratório Femme, especializado em saúde feminina. E nada de apelar para os lenços umedecidos. “É mais apropriado fazer a lavagem correta. Os lenços dão sensação refrescante, mas não é realmente uma assepsia”, completa o médico.
Para a ginecologista e obstetra Denise Gomes, da clínica Plena, o mais importante é garantir que a região não fique úmida. Para isso, recomenda até o uso do secador. “Para secar-se bem após o banho, a mulher pode inclusive usar secadores de cabelo frios para esse propósito”, afirma. A limpeza também deve ser feita, diz ela, após o banho de mar ou de piscina ou da evacuação.
Manter o local arejado costuma ser um problema nessa época do ano. A maioria dos modelos de biquínis e maiôs são feitos de fibras sintéticas, o que deixa a vagina abafada. Além disso, ficar com a roupa molhada por muito tempo pode ser a porta de entrada de infecções urinárias, candidíase e vaginose bacteriana.
Os sintomas, em geral, são coceira, ardor ao urinar e corrimento com cheiro forte. “Essas queixas são comuns quando as mulheres voltam de férias”, informa Ramires.

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O médico, porém, faz um alerta: mesmo sendo corriqueiro, o problema deve ser investigado pelo médico. “A automedicação é perigosa, é preciso fazer um exame para saber exatamente o que está causando o problema e trata-lo de maneira adequada”, relata.
De acordo com os especialistas, o ideal seria trocar o biquíni molhado por uma calcinha seca e usar sempre modelos confeccionados em algodão. “Evitar usar absorventes diários e dormir sem a roupa íntima também são duas dicas boas”, garante Denise.
Absorvente interno
No calor, as mulheres optam mais pelo absorvente interno. Seu uso não traz problemas, desde que observado o período de troca do mesmo (5 horas em média). “Por isso, não é recomendado dormir com ele, já que a ventilação adequada é impedida”, afirma Borges Filho.  

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