sexta-feira, 13 de julho de 2012

Sexta-feira 13 também assombra o mundo da Fórmula 1


Categoria tem por tradição não colocar o número 13 nos carros. Entenda a superstição

sexta-feira 13 é o dia mais emblemático para os supersticiosos. Considerada como sinal de azar, a data já virou até tema de filmes de terror e ainda é constantemente lembrada quando se repete. As origens do motivo para que este dia seja marcante são várias e remontam a antigas civilizações. A tradição, porém, continua firme até os dias de hoje, inclusive em áreas em que a ciência e a tecnologia dominam, como a Fórmula 1.
Ao contrário de outras modalidades do esporte, o mundo do automobilismo procura evitar o número 13 em suas competições há muitos anos. A história começou em 1925, quando o piloto Paul Torchy morreu em uma prova na Espanha após se chocar contra uma árvore utilizando exatamente este número.
Até então, todos consideravam o fato uma infeliz coincidência com o 13. No ano seguinte, porém, em uma prova da Targa Florio, competição automobilística da época, o italiano Giulio Masetti também sofreu um acidente fatal usando o número. Dali em diante, várias competições do automobilismo mundial resolveram abolir o número de seus carros.
Entre as competições da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), a Fórmula 1 é uma das mais supersticiosas. Alguns pilotos admitem que entram ou saem do carro pelo mesmo lado, repetem rotinas em fins de semana de corrida, ou até chegam a superstições mais incomuns, como a mania deSebastian Vettel de batizar seus bólidos com nomes de mulher a cada nova temporada.
Mas a maior superstição da história da categoria é mesmo a ausência do número 13. A atual numeração dos carros, que é determinada pela classificação da equipe no ano anterior, pula o 13 da lista. Neste ano, por exemplo, o número 12 fica com Nico Hulkenberg, da Force India. A próxima equipe a aparecer é a Sauber, mas Kamui Kobayashi e Sergio Pérez usam os números 14 e 15, respectivamente.
Getty Images
Kamui Kobayashi deveria usar o número 13, já que é o primeiro piloto da Sauber, a sétima equipe do grid, mas a numeração do japonês pula para 14
O campeonato mundial de F1 começou a ser disputado em 1950, mas o número foi utilizado apenas em duas oportunidades em carros da categoria. Nas duas vezes, porém, os pilotos não se deram muito bem. A primeira oportunidade foi com o mexicano Moisés Solana, correndo em seu país natal, em 1963. Por falta de sorte ou não, o piloto abandonou a prova a poucas voltas do fim com problemas no motor. Depois do episódio, ainda correu mais provas na F1, mas resolveu abandonar o famigerado número.
Não bastasse o que aconteceu com o mexicano, a Fórmula 1 ainda viu mais um capítulo com o temido número. E, para aumentar ainda mais a lista de coincidências, a nova tentativa aconteceu exatamente treze anos depois daquele primeiro episódio.
Desta vez, foi a inglesa Divina Galica que ignorou todo o histórico do número e resolveu arriscar. Nascida em 13 de agosto de 1944, a piloto até tentou correr no GP da Grã-Bretanha de 1976 com o número do dia de seu aniversário, mas não obteve sucesso: não conseguiu sequer se classificar para a corrida.
Desde então, já são quase quarenta anos em que o número está ausente da Fórmula 1. Se altera em algum resultado ou não, é impossível descobrir, até porque nenhum piloto parece estar disposto a mudar a tradição e assumir o 13.
Reprodução
Divina Galica tentou se classificar para o GP da Grã-Bretanha de 1976 usando o 13, mas não conseguiu

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