O tempo frio é um grande aliado de quem quer testar procedimentos mais agressivos e se renovar para o verão; consultamos dermatologistas e indicamos os melhores tratamentos
Os dermatologistas já sabem: é só chegar o outono que as
salas de espera dos consultórios ficam lotadas. Depois de passar o verão
ao sol, despreocupadamente, médicos e pacientes preferem o outono e
inverno para fazer tratamentos estéticos. As estações mais frias do ano
são recomendadas pelos dermatologistas para fazer os procedimentos mais
invasivos.
Thinkstock/Getty Images
Tratamentos de pele mais invasivos e agressivos têm melhores resultados quando feitos no outono e inverno
Com dias mais curtos e escuros, essa é a época ideal para
quem quer tentar um procedimento estético drástico, principalmente os
que removem camadas superficiais da pele, pois a boa recuperação destas
intervenções exige o mínimo possível de exposição ao sol. Além disso, a
quantidade de roupas ajuda a esconder os possíveis efeitos indesejáveis
que estes tratamentos produzem, como vermelhidão e hematomas.
Segundo Camila Moulin, dermatologista que atende as
bronzeadas cariocas, o verão costuma ser bastante prejudicial à derme
dos brasileiros que, culturalmente, não têm o hábito de usar filtro
solar. “Rugas finas, manchas, perda do viço são os danos estéticos, mas a
exposição solar contínua pode causar coisas mais graves como câncer de
pele”, conta.
Camila ainda ressalta que a paciente não deve chegar ao
consultório esperando mudanças da noite para o dia, pois “não existe
milagre, existe programa de tratamento”, afirma.
Para Christiana Blattner, dermatologista de Campinas, é
comum que o tratamento seja desperdiçado no verão por falta de
manutenção dos cuidados com a pele. Se isso acontecer, o paciente não
deve esperar que uma sessão seja suficiente para recuperar a tez, pois
há a interrupção de um processo gradativo.
Quanto aos tratamentos mais procurados, lasers estão
sempre em evidência. O laser de CO2 fracionado, por exemplo, está em
alta. O tratamento, que dura no mínimo três sessões, estimula a produção
de colágeno e suaviza sinais. Como é um procedimento leve, não exige
que o paciente fique em repouso.
Tratamentos para flacidez também figuram entre os mais
requisitados. Tanto para o rosto quanto para o corpo, o Ulthera,
aparelho que usa radiofrequência, é “a vedete do momento”, segundo
Christiana.
Thinkstock/Getty Images
Procedimentos como preenchimento ou Botox podem ser feitos ao longo do ano
A depilação a laser, também popular, requer bom senso. Se
a ideia é depilar regiões expostas, prefira o inverno, mas se o alvo
for uma região que fica escondida, não há problemas se feita no verão.
Se você estiver pensando em preenchimento com ácido
hialurônico ou aplicação de Botox, boa notícia: as injeções são
liberadas em qualquer época do ano. A única ressalva é no caso de
aparecimento de hematomas após a aplicação, o que é comum. Se isso
acontecer, fuja do sol!
Para melhorar os resultados, o dermatologista paulistano
Jardis Volpe recomenda o uso contínuo de cremes e de suplementos orais.
Ele explica: “ativos como o silício orgânico e a glucosamina trazem
grandes melhorias, que vão além dos tratamentos clínicos”. O médico
ainda ressalta a importância de hidratar a pele no inverno, época mais
seca. “Hidratantes manipulados, como os que contêm aquaporina, são muito
bons”, conta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário