Para atriz Jennifer Love Hewitt, que acaba de lançar livro sobre o tema, paixões equivocadas podem ensinar o caminho do verdadeiro amor
Getty Images
Jennifer Love Hewitt: em livro sobre relacionamentos, atriz conta o que aprendeu com homens errados
Os namoros que não dão certo rendem apenas raiva,
sensação de tempo perdido e frustração? Para a atriz Jennifer Love
Hewitt, a resposta é não. Autora do livro “O Dia em que Atirei no
Cupido” (Seoman), lançado recentemente no Brasil, ela defende que os
maus passos dados no amor acabam nos ensinando o que realmente queremos
de uma relação.
“Relacionamentos são trabalhosos. Têm a ver com
compromisso e saber equilibrar as necessidades e desejos do outro com os
seus. Os homens errados nos ajudam em relacionamentos futuros, são
importantes para nos ensinar coisas que gostamos e não gostamos”, afirma
ao iG
em entrevista concedida por email.
“
[Encontrar um amor] Não é como comprar um carro. Não se pode procurar um parceiro com uma lista de requisitos, dando um ‘ok’
Romântica assumida, a ponto de se definir como
“amorólica” (um trocadilho com o sufixo ‘holic’, indicativo de vício em
inglês), Jennifer confessa que namorou muito e teve que “beijar vários
sapos até encontrar seu príncipe encantado”. “Não é como comprar um
carro. Não se pode procurar um parceiro com uma lista de requisitos,
dando um ‘ok’ para cada item que lhe agrada. Tem mais a ver com alguém
que você respeite e que também respeite você. Alguém que lhe trate bem,
com delicadeza e gentileza”.
A expectativa de encontrar um complemento perfeito no
parceiro também precisa de revisão. Ninguém é obrigado a preencher o
vazio do outro. “O homem irá salvar a mulher? É claro que isso é um
mito. Nenhum homem é perfeito. E o estereótipo de mulher que tem
expectativas irreais sobre os homens é uma coisa do passado”, defende
Jennifer.
Mas nem todos pensam assim. Para a psicóloga Lúcia Pesca,
essa tendência feminina em fantasiar ainda é muito presente no modo de
se relacionar das mulheres. “Amar demais é algo que só o sexo feminino
sabe fazer”, acredita, completando que não se trata de um comportamento
saudável.
A cultura romântica, enraizada na psique social feminina,
parece tornar as mulheres mais íntimas da paixão. E, enquanto
apaixonar-se várias vezes pode fazer a mulher amadurecer e ganhar
experiência, apaixonar-se com extrema intensidade pode indicar outros
problemas pessoais.
Para Sérgio Savian, terapeuta que já trabalhou com o Grupo MADA – Mulheres Quem Amam Demais, a paixão intensa e exagerada
esconde uma pessoa sem autoestima. “Ao colocar toda a atenção no homem
da vez, você faz do outro um objeto de sua imensa carência”, ele
explica. “Grande parte das mulheres que fazem isso acreditam que os
homens são carrascos e sacanas. Mas é preciso dizer que cada um é
responsável por si”.
Aos 34 anos, nem amando demais, nem querendo que o outro
corresponda à sua idealização, Jennifer sente que já conquistou essa
maturidade para viver um relacionamento mais equilibrado e prazeroso.
“Você deve esperar honestidade e amor. Assim como precisa estar
preparada para devolver o mesmo à pessoa”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário