sexta-feira, 10 de maio de 2013

Filha de acusado de raptar mulheres em Ohio pede perdão às vítimas

Arlene Castro era amiga de uma das mulheres mantidas reféns durante dez anos por seu pai; à programa de TV ela diz querer rever Gina DeJesus

A filha do acusado de raptar e estuprar três mulheres em Ohio disse estar envergonhada e devastada pelas supostas ações cometidas por seu pai. Arlene Castro, filha do ex-motorista de ônibus escolar Ariel Castro, afirmou ao programa Good Morning America, da ABC, que ela está devastada com tudo que aconteceu. "Eu sinto muito, muito", disse.
Seu pai é acusado de ter mantido Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight em cativeiro por dez anos em sua casa em Cleveland, Ohio, e por tê-las estuprado continuamente. Ele compareceu pela primeira vez ao tribunal na quinta-feira e foi fixada a ele uma fiança de US$ 8 milhões (R$ 16 milhões).
Reprodução
Arlene Castro, filha de Ariel Castro, pede desculpas para Gina DeJesus em entrevista a ABC
Arlene Castro era amiga de uma das sequestradas, Gina DeJesus. Arlene estava voltando da escola com Gina em abril de 2004 pouco antes de seu desaparecimento. Com lágrimas nos olhos, Arlene Castro disse que gostaria de rever a amiga. "Eu realmente quero ver você Gina e quero que você conheça meus filhos. Eu sinto muito por tudo isso."
Arlene, que agora vive em Indiana, disse que ela e o pai nunca foram muito próximos e só tiveram conversas rápidas nos últimos anos. "Eu estou realmente decepcionada e envergonhada com toda essa situação."
A polícia acusa Ariel Castro de ter engravidado uma de suas reféns por ao menos cinco vezes. Em todas elas, ele provocou seu aborto, fazendo com que a mulher passasse fome e dando socos em sua barriga.
As acusações estão em um relatório da polícia que também diz que outra mulher, Amanda Berry, foi forçada a dar à luz sua filha em uma piscina de plástico de crianças.
"A pena de morte é adequada para esses crimes que são verdadeiramente os piores exemplos de conduta humana", disse o promotor Timothy McGinty. "A verdade é que ainda temos criminosos brutais em nosso meio que não possuem nenhum respeito pelas regras da lei ou pela vida humana."
McGinty disse que Castro será indiciado por cada ato de violência sexual, abuso e outros crimes cometidos contra as mulheres, sugerindo que a pena pode atingir centenas de anos, se não milhares. Entre os detalhes escabrosos sobre os crimes, a polícia registrou que:
Ariel Castro comparece ao Tribunal de Cleveland, Ohio. Foto: AP
1/4- Amanda Berry, agora com 27 anos, afirmou às autoridades que foi forçada a dar à luz em uma piscina de plástico dentro de casa para facilitar a limpeza. Amanda disse que ela, sua bebê, agora com 6 anos, e as outras resgatadas nunca foram a um médico durante o cativeiro.Ouça: Polícia dos EUA divulga áudio com pedido de socorro de mulher desaparecida- Michelle Knight, agora com 32 anos, afirmou que ficou grávida cinco vezes e todas elas foram interrompidas depois que Castro a fazia passar fome por aoo menos duas semanas e "repetidamente batia nela na altura do estômago até abortar". Ela também disse que Castro fez com que ela ajudasse no parto de Amanda sob ameaça de morte caso o bebê morresse. Michelle afirmou que quando a recém-nascida parou de respirar, ela a ressuscitou por meio de respiração boca a boca.Polícia: Mulheres eram mantidas em cativeiro com cordas e correntes em Ohio Todas as três mulheres disseram que Castro as acorrentou no porão , mas eventualmente as liberava para morar no segundo andar da casa. Cada mulher contou uma história similar sobre ter sido capturada após aceitar uma carona de CastroCastro foi preso na segunda-feira, quando Amanda conseguiu fugir da casa com a ajuda de um vizinho, Charles Ramsey , e ligou para a polícia. Os agentes, então, encontraram as outras duas mulheres na casa. Elas foram raptadas separadamente entre 2002 e 2004 quando tinham 14, 16 e 20 anos de idade.O relatório da polícia dá detalhes sobre a fuga, começando com a descoberta de Amanda de que a porta estava destrancada, e que apenas a porta externa contígua estava trancada. Amanda temeu que se tratasse de um teste: ela disse que Castro ocasionalmente deixava uma porta destrancada para testá-las. Mas ela gritou por ajuda e conseguiu sair.


Nenhum comentário:

Postar um comentário