segunda-feira, 14 de abril de 2014

Açúcar e Demência

Altos níveis de glicose no sangue aumentam o envelhecimento do cérebro e o risco de doenças, aponta estudo.
O envelhecimento da população transformou as demências em problema de saúde pública. As epidemias mundiais de obesidade e diabetes parecem aumentar a incidência de algumas formas de demência, embora os resultados dos estudos sejam muitas vezes controversos.
A relação entre as taxas de açúcar no sangue e o risco de desenvolver demência foi explorada num trabalho conjunto realizado nas Universidades de Washington e Harvard.
Pelo número de pessoas acompanhadas, a metodologia científica criteriosamente selecionada e a publicação em revista de grande impacto (The New England Journal of Medicine), essa pesquisa tem tido grande repercussão na literatura.
O estudo envolveu 1.228 mulheres e 839 homens com 65 anos de idade ou mais (média: 76 anos), sem sinais de demência, que faziam parte de uma coorte seguida pelo Adult Changes in Thought (ACT), no estado de Washington.
Os participantes retornavam a cada dois anos para testes de avaliação das habilidades cognitivas. Se o resultado mostrasse algum déficit, eram encaminhados para uma bateria de exames clínicos, laboratoriais e neuropsicológicos para afastar ou confirmar o diagnóstico de Alzheimer ou outro quadro demencial.
Os níveis de glicose no sangue foram recolhidos das sucessivas dosagens de glicemia e de hemoglobina glicada, realizadas pelos participantes a partir de 1988. As médias desses valores nos últimos cinco anos foram comparadas com as de períodos anteriores.
Para afastar a ingerência de outros fatores sabidamente envolvidos no risco de desenvolver demência, o grupo foi estratificado de acordo com a prática de atividade física, nível educacional, fumo, doença coronariana, doenças cerebrovasculares e hipertensão.
Nos cinco anos que precederam a avaliação, a média da glicemia de jejum dos participantes sem diabetes foi de 101 mg/dL, número que aumentou para 175 nos portadores de diabetes.
Em 6,8 anos – período médio de acompanhamento – ocorreram 524 casos de demência (25,4%), assim distribuídos: 450 entre os 1.724 sem diabetes (26,1%) e 74 entre os diabéticos (21,6%).
Entre os participantes sem diabetes o risco de demência aumentou à medida que os níveis de glicose no sangue aumentaram: entre aqueles com glicemia de jejum de 115 mg/dL houve 18% mais demências do que naqueles com glicemia igual a 100.
Entre os diabéticos, quanto mais alta a glicemia maior o número de demências. Aumentar a glicemia de 160 para 190 mg/dL fez aumentar 40% no risco de demência.
A conclusão dos autores é enfática: “Nesse estudo prospectivo, realizado na comunidade, verificamos que níveis mais altos de glicose estão associados a aumento do risco de demência, em populações com ou sem diabetes. Os dados sugerem que níveis mais elevados de glicose podem ter efeitos deletérios no cérebro que envelhece”.
Fartura à mesa, vida sedentária, obesidade, hipertensão arterial, diabetes, demência na velhice, será esse o destino implacável de nossa espécie?
Fonte: Carta Capital
Nota: Açúcar não é bom para o estômago. Causa fermentação, e isto obscurece o cérebro e ocasiona mau humor.
Em geral, usa-se demasiado açúcar no alimento. Bolos, pudins, massas folhadas, geléias e doces são causa ativa de má digestão. Especialmente nocivos são os cremes e pudins em que o leite, ovos e açúcar são os principais elementos. Deve-se evitar o uso abundante de leite e açúcar juntos.
O açúcar abarrota o organismo. Entrava o trabalho da máquina viva. (…)
Sento-me com freqüência à mesa de irmãos e irmãs, e vejo que eles usam grande quantidade de leite e açúcar. Isto sobrecarrega o organismo, irrita os órgãos digestivos, e afeta o cérebro. Tudo quanto embaraça o ativo funcionamento do maquinismo vivo, afeta muito diretamente o cérebro. E segundo a luz que me foi dada, o açúcar, quando usado abundantemente, é mais prejudicial que a carne. Estas mudanças devem ser feitas com prudência, e o assunto deve ser tratado de maneira calculada a não desgostar e suscitar preconceito às pessoas a quem queremos ensinar e ajudar.
Não devemos ser dominados para pôr na boca alimento que produza uma condição mórbida, por mais que dele gostemos. Por quê? – Porque somos propriedade de Deus. Tendes uma coroa a conquistar, um Céu a ganhar, um inferno a evitar. Então, por amor de Cristo, eu vos pergunto: Quereis ter diante de vós a luz brilhando em raios límpidos e distintos, e desviar-vos-eis dela então, dizendo: “Eu gosto disto, e gosto daquilo”? Deus concita cada um de vós a começar a planejar, a cooperar com Ele em Seu grande cuidado e amor, para elevar, enobrecer e santificar toda a alma, e corpo e espírito, a fim de sermos coobreiros de Deus. …
É melhor deixar em paz os doces. Deixai em paz aquelas sobremesas doces que são colocadas sobre a mesa. Não necessitais delas. Precisais de uma mente clara para pensar segundo a vontade de Deus. [...]
Não poucos entre os nossos, necessitam instrução acerca dos princípios da reforma de saúde. Há várias preparações inventadas por fabricantes de alimentos saudáveis, e recomendadas como perfeitamente inofensivas; tenho, porém, testemunho diverso a apresentar a esse respeito. Elas não são verdadeiramente saudáveis, e seu uso não deve ser estimulado. Precisamos apegar-nos mais estritamente a um regime simples de frutas, nozes, cereais e verduras. - Conselhos Sobre o Regime Alimentar (pág. 327-330)

Nenhum comentário:

Postar um comentário