Livro afirma que é possível mandar no gestor, mas antes o funcionário deve conhecer bem o perfil do superior. Conheça sete tipos de chefes e saiba como lidar com cada um deles
Recém-lançado no Brasil, o livro “Como Mandar no Seu Chefe” (Editora Saraiva) promete algo que parece impensável para muitos subordinados, inclusive para os que trabalham em empresas que primam por uma gestão moderna. “Comandar não é forçar, pressionar ou ordenar o seu superior a fazer algo diferente do que quer, mas sim guiar, ajudar e encorajar o chefe a fazer algo novo”, esclarece Gonzague Dufour, autor da obra.
Alto executivo de uma multinacional de bebidas, com larga experiência na área de recursos humanos, Gonzague diz ainda que os subordinados só conseguem atingir esse objetivo quando conhecem a fundo o estilo de atuação de quem está no poder. “Observe, analise, leia, compare e faça um perfil do seu chefe. Você precisa entender como ele gosta de trabalhar, conhecer suas preferências”, aconselha o autor no livro.
O presidente do Instituto Brasileiro de Coaching José Roberto Marques ressalta que para se dar bem, o funcionário deve procurar enxergar as características boas do chefe. “Concentre nos pontos positivos de seu gestor e no quanto você pode aprender com essas qualidades”, sugere o consultor.
Para ajudar o funcionário a conseguir o que precisa do chefe, especialistas selecionaram sete perfis de gestores e ensinaram a melhor maneira de lidar com cada tipo:
Caleidoscópio
Brilhante, esse tipo de chefe concentra sua energia em conquistar e acumular poder.
Como lidar: “Seja a fonte de informações que ele quer. Saber é poder”, propõe Gonzague. Mas o executivo de recursos humanos diz que é preciso ter cautela e não acreditar em tudo que esse chefe diz.
Amigo
Simpático, ele dá liberdade aos subordinados para conquistar a confiança da equipe.
Como lidar: “O chefe está representando os interesses da empresa, então não se exponha demais, principalmente no que diz respeito a sua vida pessoal. A intimidade exagerada pode trazer conflitos na hora de uma conversa mais séria a respeito de processos de trabalho”, ressalta José Roberto.
Arrogante ou intimidador
Agressivo, esse tipo de chefe adora dar ordens a todo o momento e quer ser obedecido sem questionamentos.
Como lidar: “Mostre que você está lá para ajudar e não para disputar o lugar do chefe. Faça isso com muito tato de forma que ele não descubra que você percebe a insegurança dele”, recomenda Meiry Kamia, psicóloga e consultora organizacional.
Celebridade
Vaidoso, o chefe “celebridade” tem uma autoimagem de perfeição e acredita que é superior a todos os outros colegas.
Como lidar: Neste caso, Gonzague sugere que o funcionário seja o amigo que apoia o chefe. Esses gestores trabalham melhor com indivíduos o que os entendam, que gostem do seu senso de humor, que se impressionem com sua ousadia e que saibam ouvir com atenção, segundo o autor.
Instável
Temperamental, muda de comportamento e de humor repentinamente.
Como lidar: José Roberto Marques explica que o segredo é saber a melhor hora de abordar esse superior. “Se você perceber que ele não está em um bom momento e o assunto não for urgente, deixe para resolver outra hora. Caso seja inadiável, aborde-o de maneira serena. Evite despejar todas as informações de uma só vez”, alerta o consultor.
Umbigo
Individualista, esse tipo de chefe gosta de ter o ego alimentado e acha que tudo gira ao seu redor.
Como lidar: “Vejo-o com os olhos de um terapeuta. Preste atenção no que ele diz sobre si mesmo. Ele revelará seus maiores medos e o que lhe satisfaz”, indica Gonzague. O autor lembra que esse tipo de gestor não tem pudores de falar sobre sua própria figura e ressalta que o funcionário não deve depender do chefe “umbigo” para progredir na carreira. Ele não pensa na carreira de ninguém, apenas na dele.
Cientista
Lógico, o chefe “cientista” tem dificuldade de comunicação e pode se agarrar a teorias que não são tão racionais quanto ele acredita.
Como lidar: Ser prestativo e se oferecer para participar dos seus experimentos são boas maneiras de trabalhar com este tipo de chefe, de acordo com Gonzague. Além disso, o autor aconselha o subordinado a não ser excessivamente emocional. Ele também não deve ter medo de pedir instruções precisas sobre o que deve ser feito.
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