terça-feira, 21 de junho de 2011

Alinne Moraes: “No meu carro agora só toca samba e pagode”




Durante coletiva do remake de “O Astro”, a atriz falou que tem escutado samba e depois de 11 anos andou de metrô
Alinne Moraes surpreendeu os jornalistas na manhã de terça-feira (21) durante coletiva de imprensa do remake de “O Astro”, sucesso de Janete Clair de 1977. Na novela, que será exibida às 22h30 e estreia dia 12 de julho, a atriz interpretará Lili, uma manicure que vive em Madureira, zona norte do Rio, e enfrenta uma série de conflitos familiares. Será conhecida entre os outros personagens como a “Angelina Jolie de Madureira”.
A atriz interpretará a manicure Lili
Questionada sobre a preparação para a personagem, afirmou que não fez nenhum laboratório específico e já morou no Méier, na zona norte do Rio. “Morei no Méier assim que cheguei ao Rio quando gravei ‘Coração de Estudante’, minha primeira novela. O que acho mais engraçado é essa coisa do subúrbio. Sou de Sorocaba, em São Paulo, e é meio parecido com o interior. Fiz muitos anos de fonoaudiologia para minimizar o sotaque e interpretar uma carioca da Penha esta sendo um pouquinho mais difícil”, disse ela.
A personagem de Alinne será expulsa de casa e irá trabalhar como caixa de supermercado onde conhece o dono do estabelecimento, Salomão, personagem de Daniel Filho, que se apaixonará por ela. Posteriormente se tornará taxista e irá se apaixonar pelo filho de Salomão, Márcio, interpretado por Thiago Fragoso.
Com relação ao namoro com o empresário Felipe Simão foi enfática: “Gente eu não vou falar sobre vida pessoal mesmo”. A seguir o bate-papo com os jornalistas:
Elenco do remake se reúne em coletiva
Alinne Moraes: “No meu carro agora só toca samba e pagode”
Segundo a sinopse sua personagem é do tipo que “dá a cara a tapa”. Você também é assim?
Alinne Moraes: Sou com aquilo em que acredito, como o meu trabalho. Aí não tenho medo. Mas estou com 28 anos e tenho ficado um pouco mais medrosa, tenho sonhado menos. Estou muito feliz com o que eu tenho, muito realizada, então, acho que me tornei mais serena.
Trouxe alguma coisa da personagem para o seu dia-a-dia?
Alinne Moraes: Sim. Por exemplo, no meu carro agora só tem samba e pagode. Uma coisa que realmente não estava acostumada. Tinha só um Zeca Pagodinho em casa. O resto tive que comprar tudo. Mas não passei a gostar muito não (risos). Só ouço porque realmente tem algumas coisas muito lindas e inspira a minha personagem.
Teve outras experiências diferentes por causa da personagem?
Alinne Moraes: Nada que eu não conhecesse, mas não andava de metro há 11 anos e foi curioso. Me deu uma sensação de nostalgia, deu uma saudade. Mas de certa forma sei que é impossível, não posso mais ter esta vida. É normal pegar um ônibus, apesar de não precisar. Faz você se aproximar da realidade.
Alinne Moraes ao lado dos atores Thiago Fragoso e Fernanda Rodrigues
 Buscou alguma referência na primeira versão de “O Astro”?
Alinne Moraes: Nenhuma. Vi um pouco da abertura da primeira versão e algumas poucas cenas que estão no youtube, mas tentei ver com um olhar mais distanciado porque agora a trama se passa nos dias de hoje. Em 1977 a Lili era moderna, mas ser para frente era usar calça jeans e cintura alta. Hoje, no subúrbio, é a menina que usa short e calça da Gang, escuta Zeca Pagodinho e “vou não, quero não, minha mulher não deixa não” (faz referência a música “Minha Mulher Não Deixa Não” da banda Aviões do Forró).
 Teve pudor com alguma peça do figurino da personagem?
Alinne Moraes: Não. O figurino só ajuda. Quando fiz a Luciana de “Páginas da Vida” fiz questão de usar fralda não porque gostava, mas porque fazia parte da realidade da personagem. Dessa vez pedi para usar tamancos com salto de corda para dar um andar mais pesado.
Fez alguma mudança no visual?
Alinne Moraes: Como ela é chamada pelos outros personagens de Angelina Jolie da Penha (risos), quisemos deixar o cabelo bem natural, solto, sem chapinha ou babyliss. Um visual mais brasileiro mesmo.
Alguém já havia te comparado com a Angelina Jolie?
Alinne Moraes: Nunca. E nem acho que pareço. Todo mundo sempre diz que uma ou outra se parece com ela porque é um referencial de beleza. Acho a Nastassja Kinski (atriz alemã) muito mais parecida comigo do que a Angelina Jolie. Quem me dera!
Na novela o personagem de Daniel Filho se apaixonará pela Lili. Já teve algum relacionamento com um homem mais velho?
Alinne Moraes: Não que eu me lembre, mas acho tão natural... Na adolescência a diferença de idade é mais marcante, mas acho que depois dos 25 anos não tem muito isso. São experiências diferentes e você pode trocar. Pode se envolver até mesmo com amigos de 40, 60 anos. Essa coisa de número não está com nada.
No começo da trama a Lili é manicure. Sabe fazer a unha?
Alinne Moraes: Trabalho com moda desde os 12 anos então maquiagem, cabelo, essas coisas, são normais para mim. Sei tirar cutícula e fazer unha para mim é quase uma terapia. Vou muito ao salão fazer pé e mão, mas quando não dá tempo e estou em casa faço tranquilamente.
 A beleza atrai tanta a atenção para a sua personagem que chega até a atrapalhar um pouco a vida dela. Como é a sua relação com a beleza?
Alinne Moraes: Eu só tenho o que agradecer porque a beleza me abriu portas. Na verdade em tudo todo mundo procura o belo. O belo salva. Mas não estou falando só de mim, em qualquer arte, por exemplo. A beleza é uma dádiva, mas passa e temos que saber usufruir e agradecer.
Já procurou uma vidente?
Alinne Moraes: Já, mas de brincadeira. Acreditava mais nisso quando tinha uns 17, 18 anos. Hoje sou mais cética. Talvez daqui cinco anos resolva fazer um mapa astral, mas não tenho essa curiosidade. Na época me diziam muito que eu ia trabalhar com arte. Talvez interpretação ou música.



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