Prefeito de Casimiro de Abreu analisa os dois anos e meio de sua gestão, compara com administrações anteriores e diz que fez mais no período do que seus antecessores em 17
Avaliação positiva. Este é o sentimento de Antonio Marcos dois anos e meio depois de assumir a Prefeitura de Casimiro de Abreu. Ele recebeu o Jornal dos Municípios na quarta-feira 1º e com franqueza expôs suas dificuldades no cargo como a falta de experiência de sua equipe no primeiro ano de gestão. Também citou avanços, segundo ele, obtidos a partir deste período: “Maior do que meus antecessores em 17 anos”.
Por fim, confirmou que é pré-candidato e que vai buscar a reeleição em 2012.
- Que análise o senhor faz desses dois anos e meio?
Antonio Marcos - A dificuldade é que havia o desejo de mudança muito rápida. Reconheço que no meu primeiro ano faltou um braço político que me apoiasse. O que me ajudou? O conhecimento da máquina interna devido à experiência de 19 anos no funcionalismo casimirense.
- Sua equipe de governo também não era muito verde?
Antonio Marcos - Não tive este auxilio político, como já disse, a equipe pagou preço por ser nova. Faltava segurança para tomar decisões. Mas mesmo assim fomos competentes para resolver problemas como tirar o município do cadastro de inadimplentes.
- Tudo isso não arranhou a imagem que o senhor tinha construído anteriormente?
Antonio Marcos - Passamos pela turbulência. Se tivesse um secretariado político não teríamos o desgaste, mas o Município não avançaria. Por exemplo, quando assumimos, o Instituto de Previdência (IPREV-CA) tinha apenas R$ 19 milhões de fundos. Hoje são mais de R$ 40 milhões. Também recuperamos R$ 700 mil do dinheiro aplicado no Banco Santos (o banco teve decretada falência há cerca de cinco anos e possuía mais de R$ 2 milhões de aplicações do IPREV-CA). Em relação a 2008, houve evolução nas receitas. A arrecadação com ITBI (imposto de transmissão de bens imóveis) cresceu 59%; IPVA (27,41%), entre outros.
- O senhor tem um comportamento diferente de seus antecessores. É mais formal e muitos moradores reclamam de sua ausência nas ruas, no contato com a população. Como vê este tipo de crítica?
Antonio Marcos - As pessoas confundem timidez com antipatia. Ser introvertido não é defeito; é de minha pessoa. Não consigo quebrar esta barreira. Mas isso não impede de participar de eventos e de frequentar lugares. Mas quem convive comigo sabe quem eu sou. Essa idéia de frieza foi uma imagem “que venderam de mim”. Sou sim, muito exigente e cobro muito de funcionários, assessores e servidores.
- Como o senhor avalia o atual momento político?
Antonio Marcos - Temos cumprido as propostas do programa de governo. Em relação ao funcionalismo vínhamos dando abono e melhorando as condições de trabalho. Agora demos um reajuste de 40%. Foi o primeiro aumento deles em 16 anos. Se dividirmos este percentual por quatro anos, por exemplo, é como se eles tivessem 10% de reajuste por ano. O que significa ganhos reais. Tenho ouvido de eleitores que não votaram comigo e que votarão em mim pelo meu trabalho. Infelizmente algumas pessoas não querem enxergar e comparam dois anos e meio de governo com 12 anos de quem nada fez. É vergonhoso. Desafio alguém a me mostrar em 17 anos se fez mais do que nosso governo. Estou muito tranquilo para 2012. Se a população continuar conosco estaremos aqui. Se quiser jogar tudo por terra...
- Quais foram estes avanços?
Antonio Marcos - Temos 100 obras em conclusão ou realizadas e mais 20 para serem concluídas até o final de meu mandato. Termino minha gestão com 120 obras. Dentre elas destaco: a construção da Estação de Tratamento de Esgotos (em Casimiro), o Ginásio do Bairro Industrial e a Creche de Barra de São João. Também destaco o convênio com o PAC, de cerca de R$ 4 milhões para reforma de 180 casas de baixa renda no Bairro Industrial. Este ano construiremos no Palmital uma escola para 200 alunos. A reforma do Ginásio de Barra, construído no governo passado, está em processo de licitação. Aliás, tenho gasto dinheiro tentando recuperar obras malfeitas de meu antecessor como a Praça dos Carrapateiros (inaugurada em dezembro de 2008) e o muro de arrimo da ciclovia, construído em dezembro de 2008 e caído em janeiro de 2009.
- Por que o senhor reajustou o funcionalismo em 40% e só deu 4,5% aos professores?
Antonio Marcos - Os professores tiveram no ano passado, 38,4% por conta do novo PCCV (Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos). Na ocasião, o funcionalismo não foi reajustado. Mas nenhum funcionário falou em greve. Alguns professores reclamaram que o aumento foi pra se adequar à portaria do Governo federal que estabelecia salário nacional (R$ 1.024) por 40h trabalhadas. Nós reduzimos a carga horária de 25h para 22h, aumentamos a regência de 15% para 25% e incorporamos a regência. Aos ganhos de 38,4% acrescentamos 4,5% (correção de perdas em um ano), sendo que eles estavam recebendo os 38,4% desde 2010. Se déssemos os 40% eles teriam 82,5% de reajuste. Isto o Município não suporta.
- Algumas vozes falam de greve.
Antonio Marcos - Não há motivo para greve. Todavia, não fechamos as portas para o diálogo. Quem fala em greve é uma meia dúzia tentando tirar o foco. Hoje a situação é melhor para todo o funcionalismo.
- Mas houve alguma reunião com os professores para explicar os 4,5%?
Antonio Marcos - Nos reunimos com o funcionalismo por ocasião “do café com o servidor”, no dia 1º de maio, pra dizer o que iríamos dar. O PCCV foi amplamente discutido. Quanto à reunião com os professores, há pessoas que se colocam como representante da categoria. Não posso dizer se houvéssemos nos reunido haveria mudanças. Estas pessoas estão tentando tirar o foco. A maioria está insatisfeita? Então perguntem a eles quanto ganhavam até o ano passado e quanto estão ganhando hoje, em junho deste ano?
- Ano que vem tem eleição. O senhor confirma que é candidato?
Antonio Marcos - Sou pré-candidato a prefeito com muita vontade. As portas dos partidos que apóiam o governo estão abertas a todos que quiserem nos apoiar. Prefeito de Casimiro de Abreu analisa os dois anos e meio de sua gestão, compara com administrações anteriores e diz que fez mais no período do que seus antecessores em 17Aavaliaçãodomeugovernoépositiva
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