Novidade foi divulgada em congresso sobre câncer realizado nos EUA.
Mutação em gene é chave para a técnica.
Um novo tratamento contra melanoma - um tipo de câncer de pele - avançado que reduziu os tumores de forma significativa e aumentou o tempo de vida dos pacientes foi divulgado no domingo (5) no jornal New England Journal of Medicine. A técnica age pela inibição de um gene ligado à metade dos casos da doença.
O tratamento experimental de um laboratório suíço, por meio de comprimidos chamados PLX4032 (vemurafenib), neutraliza o gene mutante BRAF, presente em aproximadamente metade dos melanomas. Esta terapia impede que o gene produza uma proteína que tem um papel chave no desenvolvimento do câncer, para o qual até hoje não havia um tratamento eficaz.
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Estudantes raspam o cabelo para apoiar colega com câncer em MGEstudos sobre relação entre telefone celular e câncer são contraditórios"Os resultados obtidos a partir de um teste clínico de fase 3 comparando o PLX4032 com a quimioterapia apontam realmente um grande avanço no tratamento do melanoma", disse o médico Paul Chapman, do centro de câncer Memorial Sloan-Kettering em Nova York e autor do estudo.
A pesquisa foi apresentada na 47ª conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, na sigla em inglês), a maior conferência mundial de oncologia, realizada entre os dias 4 e 8 de junho na cidade de Chicago.
"Este é o primeiro tratamento eficaz para o melanoma dirigido a pacientes portadores de mutações genéticas específicas no tumor e poderá ser uma das duas únicas terapias para prolongar a sobrevivência dos pacientes com um melanoma avançado", destaca Chapman.
Participaram da pesquisa 675 pacientes com um melanoma metastásico não atendido anteriormente e portadores de mutações do gene BRAF. A metade dos pacientes foi tratada com o vemurafenib e a outra metade, com quimioterapia convencional, a dacarbazina.
Uma análise dos resultados depois de um período médio de três meses mostrou que o vemurafenib reduziu o risco de morte dos pacientes em 63% em comparação com os que receberam quimioterapia.
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