quinta-feira, 9 de julho de 2015

CPI da Petrobras convoca ministro da Justiça para depor


Colegiado também quebrou os sigilos bancário, fiscal e telefônico de pessoas ligadas ao doleiro Alberto Youssef. Também foi aprovada a convocação do presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht


Antonio Augusto/Câmara dos Deputados
Parlamentares petistas acusam o ministro Cardoso de perder o controle sobre a investigações da Operação Lava Jato e não evitar vazamentos
Antonio Augusto/Câmara dos Deputados
Em reunião deliberativa nesta quinta-feira (9), a CPI da Petrobras aprovou 73 requerimentos de convocação de depoentes, pedidos de informação a diversos órgãos, acareações e quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônicos. Novamente, a votação foi realizada durante uma suspensão da Ordem do Dia do Plenário da Câmara.
Entre os pedidos aprovados, estão as convocações do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, do empresário Júlio Camargo e do policial Jaime de Oliveira.
A inclusão do requerimento de Cardozo na pauta do dia atendeu à pressão dos deputados. Dentro do PT, o ministro tem sido severamente criticado devido às operações Lava Jato e Acrônimo, que envolve nomes importantes do partido. Petistas dizem que ele perdeu o controle das investigações e não consegue evitar os vazamentos.
Já Júlio Camargo é ex-representante no Brasil da empresa Toyo Setal, empresa envolvida no esquema de corrupção na Petrobras. Em depoimento à Justiça, ele confirmou o pagamento de propina a diretores da estatal, intermediada por Fernando Soares, apontado como operador do PMDB. Soares e a legenda negam.
Jaime de Oliveira é policial civil do Rio de Janeiro e é acusado de transportar dinheiro de propina a serviço do doleiro Alberto Youssef.
Também foi aprovada a convocação do presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba (PR) pela Operação Lava Jato. A CPI quer ouvir ainda a advogada Beatriz Catta Preta, que defende os delatores Pedro Barusco (ex-gerente da área de Serviços da Petrobras) e Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento).
O colegiado também quebrou os sigilos bancário, fiscal e telefônico de pessoas ligadas ao doleiro: Taminy Youssef e Kemelly Caroline Fujiwara Youssef (filhas); Joana Darc Fernandes Youssef (mulher); e Olga Youssef (irmã).
Os parlamentares aprovaram ainda a acareação entre Pedro Barusco, Shinko Nakandakari (operador de estaleiros) e Glauco Legati (funcionário da Petrobras); e entre Augusto Ribeiro de Mendonça Neto (executivo da Toyo Setal), Renato Duque (ex-diretor da Petrobras) e João Vaccari Neto (ex-tesoureiro do PT).

Nenhum comentário:

Postar um comentário