Após morte de Felipe Paiva, estudantes manifestam indignação com atual cenário de segurança no campus
O problema de segurança dentro da cidade universitária nunca foi novidade para os estudantes da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Cursando o primeiro ano de Economia, os calouros Antonella Conti e Nicolau Spadoni, ambos de 18 anos, acreditam que a falta de segurança da universidade coloca em risco as vidas dos estudantes os tornando "alvo fácil" para o crime. Na noite de quarta-feira, o estudante Felipe Paiva, de 24 anos, morreu com um tiro na cabeça no estacionamento do campus do Butantã, na zona oeste da capital paulista.
Antonella Conti enfatiza que os principais problemas que hoje afetam a universidade giram em torno da má iluminação e o baixo número de guardas disponíveis no campus. "Creio que diante da grandeza dessa universidade e o que ela representa para o País é fundamental a melhora da estrutura para os estudantes."
Iniciar slideshowFoto anteriorPróxima fotoFoto 1/3 "Antes o que era uma alegria (de passar no vestibular da USP) virou motivo de preocupação na minha casa", ressalta a estudante do período matutino. Segundo ela, caso tivesse concorrido a uma vaga no período noturno pensaria na hipótese de não aceitar.
Nicolau Spadoni diz que a preocupação dos estudantes é com a ausência de uma fiscalização sobre quem entra na universidade. Atualmente a entrada é livre e não requer nenhuma credencial, nem para estudantes ou funcionários.
"A incidência de sequestros relâmpados preocupa. O acesso só é restrito nos prédios, mas no campus entra quem quer", ressalta. O estudante enfatiza a ausência de um forte policiamento e que os guardas locais são poucos a ponto de não serem localizados pelos estudantes. "Circulo muito pela universidade e mal vejo os guardas. Definitivamente, a atual situação da universidade clama por uma real segurança", diz.
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