Parece até história de filme. Dois colegas de faculdade se uniram pela música e, com a proximidade do dia-a-dia, a amizade evoluiu e se transformou em um belo romance. Entre acordes de uma viola caipira, Maria Cecília, 25, e Rodolfo, 26, se encontraram, por força do “destino”, como explica ela. A história começou há cerca de cinco anos e fica cada vez mais séria: os pombinhos subirão ao altar no dia 24 de outubro de 2012 – “se o mundo não acabar”, brinca Cecília.
Os detalhes da cerimônia ainda são mantidos em segredo mas, pela empolgação deles, o casamento de William e Kate vai ficar no chinelo. “Acabamos de subir ao altar para celebrar a união de Jorge (da dupla Jorge & Matheus) e sua esposa, como padrinhos. Daqui a pouco chega nossa vez”, afirma Cecilia.
Até o momento, a dupla tem apenas dois CDs lançados, que se transformaram em DVDs gravados ao vivo, em Goiânia e São Paulo. Este último, inclusive, recebeu recentemente disco de ouro no programa do “Faustão” - e a música “O Troco” é sucesso nas rádios de todo o Brasil. Mesmo com uma carreira tão recente, a dupla já gravou com nomes importantes, como Chitãozinho & Xororó, e tem até uma loja virtual para vender produtos licenciados.
Maria Cecília e Rodolfo estão há praticamente quatro anos consecutivos em turnê e ainda demonstram muito fôlego, vontade de produzir, trabalhar e crescer muito mais dentro do segmento.
Leia nosso bate-papo exclusivo com a dupla:
Como vocês se conheceram?
Maria Cecília: Tudo começou em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, 2005. Eu cursava Zootecnia na Univerdidade Católica Dom Bosco e, por sorte ou truque do destino, Rodolfo, que era do município de Nioaque, foi transferido para minha classe. No começo, éramos meros colegas de curso, nem amigos posso dizer. Passei bons meses observando o Rodolfo e sua viola, que ele não largava por nada. Eu já cantava desde 2002 e vi ali uma chance de ganhar um troquinho, afinal, vida de universitário não é nada fácil (risos). Eu o abordei e propus que uníssemos forças para tocar nos bares e eventos próximos à faculdade. Em junho de 2007 tocamos pela primeira vez para um público, em uma Violada Universitária [evento frequente em Campo Grande], e depois de lá nunca mais paramos.
Vocês chegaram a se formar?
Rodolfo: Não, acabamos trancando o curso seis meses antes da conclusão, pois não estávamos mais dando conta de administrar a carreira, shows e gravações com os estudos. O que os pais de vocês acharam quando decidiram largar a faculdade para se dedicar a música? Eles apoiaram?
Maria Cecília: Na verdade, eles tomaram um belo susto quando contamos que a decisão de largar estava tomada. Questionaram essa troca, mas acabaram entendendo e acabaram nos apoiando e incentivando.
Vocês pensam em retomar o curso? Se formar e trabalhar com Zootecnia?
Maria Cecília: (muitos risos) Não! Antes eu pensava muito em veterinária, mas não me vejo fazendo nada além da música hoje em dia.
Vocês começaram a tocar sem a menor pretensão. Logo, não deviam estar preparados para tamanha exposição na mídia. Como foi isso no início?
Maria Cecília e Rodolfo: No começo foi bem difícil, somos pessoas do interior, não sabíamos que tudo isso aconteceria. O apoio das famílias, mais uma vez, foi super importante.
E quanto ao assédio dos fãs?
Rodolfo: Ah, essa parte é muito gostosa. É um carinho muito grande e, sem dúvidas, isso ajudou a construir nossa carreira. Tentamos estar em contato e nos aproximar ao máximo de nossos fãs.
Como se dá essa proximidade? Através de redes sociais?
Maria Cecília: Sim, com certeza as redes sociais ajudam muito nessa relação de proximidade. O Twitter é nosso canal com os fãs, nós dois o operamos e, em alguns casos, como na divulgação de promoções e novidades, a nossa equipe utiliza o Twitter. Infelizmente, não damos conta de responder a todas as perguntas e solicitações, mas eu leio todos os posts!
Vocês tiveram que abrir mão de programas normais na rotina de jovens da idade de vocês, como ir ao cinema ou sentar em um barzinho com amigos?
Maria Cecília e Rodolfo: Não temos mais a mesma liberdade que tínhamos para sair, frequentar lugares públicos como cinema e bares. Ultimamente, estamos preferindo programas mais discretos, sempre que vamos a Campo Grande, fazemos um churrascão para amigos e famílias.
Como começou o namoro de vocês?
Maria Cecília: No começo éramos bons amigos, mas com a rotina de passar muito tempo juntos, principalmente na estrada, viajando de um lado para o outro, a intimidade foi crescendo, até que nos apaixonamos. Tudo aconteceu de forma natural. Faz um ano e oito meses que estamos juntos e pensando bem, acho que não poderia ser diferente, coisas do destino.
Maria Cecília: No começo éramos bons amigos, mas com a rotina de passar muito tempo juntos, principalmente na estrada, viajando de um lado para o outro, a intimidade foi crescendo, até que nos apaixonamos. Tudo aconteceu de forma natural. Faz um ano e oito meses que estamos juntos e pensando bem, acho que não poderia ser diferente, coisas do destino.
E como está o romance na estrada?
Maria Cecília: Não só estamos namorando, como vamos nos casar! E não só vamos nos casar, como a data já está marcada: 24 de outubro de 2012.
Vocês sentem ciúmes um do outro? Como fazem para lidar com isso?
Maria Cecília: Claro que sinto ciúmes, como com qualquer outro casal. Tenho ciúmes das fãs, mas nada demais. Acho que todas as pessoas que acompanharam nossa carreira e nos admiram, já pensavam que éramos um casal, portanto, sempre senti um respeito enorme, principalmente por parte das meninas. As fãs me respeitam e não se jogam pra cima dele. Acima de tudo, acho que o mais importante é que nós já sabíamos bem como era esse assédio e sempre foi tudo muito saudável.
Rodolfo: Tenho ciúmes, como qualquer outro casal. O importante é que temos uma cabeça boa com relação a isso e já sabíamos como era essa vida antes de namorarmos. O assédio acontece, sim, dos dois lados.
Como era antes de serem um casal? Vocês namoravam outras pessoas?
Maria Cecília: Eu tinha um namorado logo quando começamos a tocar juntos. Mas por falta de tempo, assim como aconteceu com os estudos, acabou não dando certo. Não conseguia conciliar o relacionamento e a carreira cheia de viagens e eventos.
Vocês já compuseram uma música falando sobre a história de vocês? Ou tem alguma música só dos dois?
Rodolfo: Ainda não escrevemos nada exclusivamente um para o outro, mas acho que precisamos fazer isso com urgência! (risos). Mas tem uma, de nossa autoria, que nos identificamos toda a vez que tocamos nos shows, é a “Presente de Deus”, do segundo CD.
Qual foi o show mais marcante na carreira de vocês? Ainda ficam nervosos nos momentos que antecedem um grande show?
Rodolfo: Acho que a gravação dos dois DVDs foram momentos marcantes, dois lindos shows. O show de Barretos, em 2008, quando lançamos o primeiro DVD foi inesquecível. Acho que tocar em Barretos é o grande sonho dos músicos do nosso segmento, foi muito emocionante.
Maria Cecília: Sobre o nervosismo, sempre rola um friozinho na barriga, é inevitável.
Para terminar, com quem vocês sonham em gravar ou fazer um show?
Maria Cecília e Rodolfo: Já gravamos com Chitãozinho e Xororó, portanto, um sonho a menos! Achamos que seria uma grande realização gravar ou participar de alguma coisa que envolvesse Zezé de Camargo e Luciano, crescemos ouvindo e nos espelhamos nessas duas duplas, como grande parte das pessoas que seguem o caminho do sertanejo.
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