Embarcação teria capacidade para até 90 pessoas. Bombeiros estimam que havia pelo menos 103 passageiros
A Marinha afirmou na tarde desta segunda-feira que o barco que afundou na noite de domingo (22), no Lago Paranoá, em Brasília, poderia estar superlotado. De acordo com o órgão, com o sobrepeso de passageiros, entraria mais água do que as bombas de esgotamento poderiam suportar. O barco que realiza esse tipo de evento costuma ter capacidade para até 90 pessoas, explica a Marinha. Os bombeiros estimam que a festa tinha pelo menos 103 convidados.
A hipótese, no entanto, só poderá ser confirmada quando o barco for retirado da água e a perícia verificar sua capacidade máxima. Até o momento, segundo bombeiros, há sete ou oito pessoas desaparecidas. A lista de convidados da festa possui má visualização o que dificultaria a identificação das vítimas.
Motorista da outra lancha estaria embriagado, afirma vítima
Embed “Ainda estudamos a ideia de superlotação. O que sabemos é que houve um peso muito grande porque o barco estava cheio. Isso naturalmente abaixa o nível da embarcação e facilita a entrada de água jogada por outros barcos”, diz o responsável pela operação de resgate, Major Adriano Azevedo.
Às 11h40, o corpo de uma mulher vítima do acidente foi encontrado pelos mergulhadores. Segundo os bombeiros, o corpo estava preso ao barco. Ainda não há informações sobre nome e idade.
Uma lista com os nomes das possíveis vítimas foi encontrada por volta das 12h. A perícia trabalha no documento para conseguir visualizar os nomes confirmados. Porém, não tem certeza se todos os passageiros tiveram o nome confirmado ao chegar ao local.
As estimativas de número de pessoas presentes se baseiam também nas afirmações do comandante do barco. O major Azevedo acredita que algumas pessoas possam ter se salvado nadando e não tenham entrado em contato com órgãos de segurança.
Vítimas contam detalhes do acidente
Embed Autoridades começam a levantar suspeitas de que a causa do acidente seja falha técnica e humana. A possibilidade de que existia uma lancha que bateu na embarcação ainda não foi descartada, mas é menos provável, segundo o major Azevedo.
“Há relatos desencontrados sobre a colisão com a lancha e o próprio comandante nega que tenha acontecido”, diz o major. “Por outro lado, claramente houve uma falha técnica nas bombas de esgotamento. Pode haver fissura no casco ou entrada excessiva de água”, completa.
Ele explicou que uma marola provocada por lanchas que passaram próximas à embarcação pode ter jogado muita água para dentro do barco. As bombas de esgotamento, responsáveis por jogar a água para fora, não teriam suportado a quantidade e a embarcação afundou.
“Sempre entra água no barco, mas pode ter sido um volume muito grande ou as bombas podem simplesmente não ter funcionado direito”, afirma Azevedo. A documentação e a fiscalização da embarcação estavam em dia, de acordo com a Marinha
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