segunda-feira, 30 de maio de 2011

“Conheci meu marido num velório”



Casais contam como conheceram seus parceiros em lugares ou situações inusitadas. O início diferente deu origem a relações longas
Muitos solteiros ficam se perguntando quais os melhores locais para conhecer uma pessoa legal e, quem sabe, começar a namorar. Lanchonetes, bares, shoppings, internet, trabalho, balada e tantas outras opções são apontadas. Será que apenas em locais aonde as pessoas vão a lazer podem entrar nessa lista? Conheça a história de três casais que se conheceram em locais ou situações bastante peculiares.
Suzana foi uma das últimas pessoas a ir embora do enterro para poder paquerar mais tempo
Ao lado do caixão
“Para mim, aquele velório foi uma verdadeira festa. Até maquiagem eu passei. Assim que vi aquele homem lindo ao lado do caixão, fiquei completamente apaixonada”, relembra a consultora de relacionamentos Suzana Leal, 55. Assim ela começa o relato, muito bem-humorado, de como conheceu José Carlos.
Recém-separada, após um casamento de dez anos, Suzana passava por uma fase de depressão e completo desânimo em sua vida. No final da tarde de uma sexta-feira o presidente da empresa em que trabalhava pediu que ela o representasse no velório da mãe de um alto funcionário do local. “Eu fui, mas completamente contra a minha vontade. Meu único consolo era que ficaria apenas alguns minutos e poderia ir embora”, conta.
- Presentes “curiosos” que ganhei do meu parceiro
As coisas não saíram como planejadas. “Foi amor à primeira vista. Ele estava ao lado do caixão e eu não conseguia nem respirar”. Suzana ficou o velório inteiro e até batom passou para continuar a paquera. Segunda a consultora de relacionamentos, José Carlos e ela trocaram olhares a noite toda.
Na segunda-feira seguinte ela procurou o funcionário que tinha perdido a mãe atrás de informações sobre o “rapaz bonito” que tinha lá. “Ele ainda ficou brincando comigo que a mãe dele estava lá morta e eu paquerando descaradamente. Mas foi isso mesmo”, diverte-se. Enquanto ela estava conversando com o colega de trabalho, José Carlos ligou também procurando saber mais sobre Suzana. Eles marcaram um almoço, pelo telefone.
“Tudo o que não se deve fazer no primeiro encontro, eu fiz. Contei minha vida toda e meus problemas. Fiz tudo absolutamente errado”. Nem tão errado assim. Casaram depois de seis meses e estão juntos há 29 anos. Suzana aconselha mulheres e homens a sempre estar atentos com o visual, mesmo nas situações mais improváveis. “Você nunca sabe onde vai encontrar um novo amor. Eu sou a prova disso.”
- Eles são diferentes e deram certo
Acidente de trânsito deu início a namoro relâmpago de dois meses e a casamento que já dura oito anos
Amor depois de uma batida de carro
A advogada Adriana Peres Rodrigues da Silva, 37, teve que se desviar do caminho para buscar um amigo. Eles tinham combinado de sair e ele precisou de uma carona. “Eu estava muito brava. Tive que andar um bocado a mais para encontrá-lo. Foi super contramão”, diz.
Enquanto estava estacionada em frente ao prédio do amigo, outro veículo deu marcha ré e bateu na sua porta, amassando bastante o carro. Desceu um homem, crianças e babá para ver o que tinha acontecido. “Fiquei até com dó porque tinham crianças e não quis arrumar confusão. Ele foi muito educado e me deu seu cartão para que eu orçasse o estrago que ele pagaria a conta”, lembra a advogada. Ela resolveu que não iria cobrar o prejuízo.
Depois de dez dias, ela mudou de ideia. Mandou um email e o empresário Thomaz ligou de volta na manhã seguinte. Ele a convidou para jantar e ela, meio a contra gosto, aceitou. “Ele era separado e tinha filhos. Sempre fui muito preconceituosa e isso me desanimou. Não estava interessada em começar um relacionamento.” Todo o preconceito terminou no primeiro cumprimento. “Ele me abraçou e eu pensei que podia ficar assim a noite inteira. Senti aquele friozinho na barriga e soube que queria ficar com ele para sempre”, conta Adriana.
- Manter clima de namoro faz bem o casamento
No jantar ela foi pedida em namoro e casou em menos de dois meses. Hoje, oito anos depois, o casal tem dois filhos juntos e ela, dois enteados. “Meu pai achou que eu estava louca quando decidi casar. Mas eu tenho uma vida maravilhosa e somos um grude. Sei que fui extremamente corajosa e tive que passar por cima de alguns preconceitos que tinha, mas não me arrependo. Sou muito feliz”, admite.
Missa de sétimo dia foi cenário para novo romance
Na igreja
“Já estava de pijama, num final de tarde de domingo. A última coisa que pensei foi em namorado novo”, declara a advogada Vivian Marinelli Jorge, 33. Mas foi isso mesmo que aconteceu. Depois de muita insistência de seu pai, Vivian o acompanhou a uma missa de sétimo dia. Ela conta que colocou a primeira roupa que viu e saiu bem emburrada de casa.
Dentro da igreja, ela notou que estava sendo observada insistentemente. Na saída da missa, o paquera esperava por ela. Conversaram um pouco e Vivian deu o seu telefone achando que acabaria tudo ali mesmo. Depois de cerca de duas horas ele ligou. “Achei estranho, mas ele me disse que queria confirmar se eu tinha dado o número correto. Não ia conseguir dormir sem acabar com essa dúvida. Gostei do bom humor dele e isso quebrou o gelo”.
O casal se falava todos os pelo telefone e, depois de duas semanas, marcou um barzinho com a companhia de amigos. Vivian afirma que não rolou nada, mas continuaram conversando e demorou outras duas semanas para um segundo encontro.
O namoro já dura oito anos. “Na verdade, a gente namora desde a primeira ligação. Não dá para negar. Tínhamos intimidade e coisinhas de começo de namoro, só que pelo telefone”, admite


Um comentário:

  1. Oi,sou produtor do Câmera Record em SP e estou a procura de histórias diferentes de encontros com o amor. Se vc tiver alguma história ou contato desses personagens. Pode ligar no tel (11) 2184-5677 - rdroppa@sp.rederecord.com.br

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