quinta-feira, 26 de maio de 2011

O rastro do fumo passivo no Brasil

Mulheres são vítimas principais desta situação. Veja o mapa e descubra os endereços dos hábitos de risco do País
O fumo passivo é um fator de risco traiçoeiro. Diferentemente da obesidade, do sedentarismo e do próprio tabagismo – que são de responsabilidade específica de quem os pratica – a fumaça que tanto prejudica a saúde é de “segunda mão”, pois sai dos cigarros consumidos pelo companheiro (a), pai, mãe, irmão ou irmã fumantes.
Veja também: Fumo passivo prejudica como tabagismo
Um mapeamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que, no Brasil, as mulheres são as principais vítimas desta situação. No ambiente doméstico, 13,3% da população feminina respira substâncias tóxicas expiradas por outros moradores tabagistas da casa. Entre os homens, o índice é de 9,5%, quatro pontos porcentuais a menos.
Com base nesta mesma pesquisa feita pelo Ministério (que entrevistou 54 mil pessoas maiores de 18 anos de todas as capitais brasileiras e do Distrito Federal), o iG Saúde preparou um raio X especial sobre os hábitos de saúde perigosos espalhados no Brasil.
No Brasil, 26% estão expostos a cigarro 4 horas por dia
Fumante passivo corre risco de alteração de atividade genética
O infográfico mostra situação alarmante sobre fumo passivo: quanto mais jovem é a mulher, maior é a taxa de exposição. No grupo entre 18 e 24 anos, 14,7% são fumantes passivas contra 11,8% na faixa etária de 65 anos ou mais. Pernambuco é o Estado que mais concentra mulheres fumantes passivas, 15,8%.
Risco duplo
Também são maiores os índices de fumantes entre as mais novas: 12,4% na população de 18 a 24 contra 6,5% nas idosas, o que indica perigo duplo precoce. A fumaça aspirada do cigarro alheio não passa pelo filtro e, mesmo quando passa, amplia o risco de infarto, trombose, acidente vascular cerebral (AVC), câncer e uma lista extensa de mais de 75 doenças produzida pela Organização Mundial de Saúde.
Segundo cálculo feito pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), o fumo passivo é responsável por sete mortes diárias no Brasil. Os especialistas afirmam que, em ambiente fechado, não há quantidade segura de fumaça. A primeira orientação é parar de fumar. Se isso não for obedecido, não fume em casa, trabalho.
Em alguns Estados brasileiros, como Rio de Janeiro e São Paulo, fumar em local privado ou público fechado é contravenção e rende até multa. Em Nova York, nos Estados Unidos, acaba de entrar em vigor uma lei que proíbe o fumo em parques.



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