sexta-feira, 11 de maio de 2012


Ana Paula Conceição enfrenta problemas comuns a muitos pais de adolescentes. Veja a orientação de Cris Poli

Bruno Zanardo/Fotoarena
Ana Paula segura uma foto da filha Vitória, 13 anos: queda repentina nas notas escolares
A família: Ana Paula Conceição tem 34 anos e uma filha única de 13, Vitória. A adolescente era uma aluna exemplar, mas do ano passado para cá teve uma regressão escolar intensa e fechou o último bimestre com apenas uma média azul. As reclamações da mãe não são novidade para pais de adolescentes: a filha participa de muita conversa na sala e está mais preocupada com namoros e festinhas do que com as aulas. “O inspetor pegou a Vitória beijando um menino no corredor. Chamaram a gente na escola e o pai dela ficou maluco”, queixa-se Ana Paula, microempresária.
O conselho: Os pais devem determinar consequências para as atitudes da adolescente. Cris sugere dois passos:
1º passo: em um momento tranquilo – não logo após uma ligação da escola, portanto – a família deve sentar e determinar um acordo. Quanto mais claro e específico, melhor. Algo como “você tem dois meses para melhorar todas as suas notas e, em três, não pode ter mais nenhuma média vermelha”. Enquanto essa meta não for alcançada, os pais também devem negociar o acesso aos passatempos favoritos do filho: festinhas, celular e acesso à internet podem ser restringidos.
2º passo: envolva o adolescente em alguma atividade no período oposto à escola. Não precisa ser algo acadêmico: trabalho voluntário, ajudar em casa (com tarefas bem específicas, como recolher a roupa ou preparar o jantar) ou ir ao banco são boas opções. Se os pais têm negócio próprio – como é o caso de Ana Paula e o marido – vale levar o filho para auxiliar em algumas tarefas simples, como atender o telefone ou anotar recados. “O lema é dar responsabilidade”, resume Cris.
Mas e se... o adolescente se rebelar? Enquanto as crianças menores choram e esperneiam ao serem colocadas no cantinho da disciplina, adolescentes resistem fazendo e dizendo coisas difíceis de ouvir para os pais. Não importa: os pais devem entender que aquela atitude é como a de uma criança pequena esperneando. “Tem que ser firme. É uma fase e vai passar, mas os frutos desta firmeza e da convicção dos pais serão colhidos mais para frente”, ensina Cris.

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