Ajudar os filhos a amadurecer de forma saudável é uma das tarefas mais importantes dos adultos. Veja o que se deve evitar falar para que as crianças cresçam plenas e felizes
Nos acertos e nos erros, a criança olha ao seu redor e vê as pessoas com quem sempre poderá contar: seus pais. Possibilitar a sensação de amparo e incentivar a seguir em frente é a melhor maneira de os adultos auxiliarem seus filhos a terem uma autoestima sólida e, consequentemente, uma postura confiante ao longo de todas as fases do amadurecimento.
Os benefícios da boa autoestima infantil são muitos. A psicóloga Katia de Paiva Accurso,especializada em psicoterapia e psicodinâmica infantil pela Universidade Mackenzie, lista alguns: “As crianças desenvolvem-se plenamente, com alegria de viver, explorando o que encontrarem pelo caminho. Lidam melhor com as frustrações, que são inevitáveis em nossas vidas. Aprendem mais na escola, pois não temem demonstrar dificuldades e dúvidas. Se permitem ser criativas, já que não se prendem a modelos. Serão mais independentes, uma vez que sabem que são amadas pelos pais onde quer que estejam”.
A psicóloga clínica especializada em crianças pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Ana Paula Miessi concorda. “A autoestima consolidada na infância forma adolescentes mais tranquilos, que conseguem enxergar os dilemas típicos da idade com mais clareza e lidar melhor com eles”, diz.
O problema é quando a educação dada pelos pais, por autoritarismo ou por falta de conhecimento sobre o assunto, não ajuda as crianças a construírem uma base de confiança para a vida. Quando a criação é baseada em frases que diminuem os filhos ou os fazem se sentir inseguros na maior parte do tempo (confira na galeria de fotos acima), as chances de a adolescência e a vida adulta serem mais complicadas são bem maiores.
“Sem uma boa autoestima, podem surgir problemas nos relacionamentos, tanto de amizade quanto amorosos, compulsão por dinheiro, distúrbios alimentares, problemas com álcool e com drogas”, afirma Ana Paula. Katia complementa que “essa pessoa tende a ser mais introspectiva, insegura ou agir de maneira prepotente e arrogante, justamente para ocultar sua imensa insegurança. Autoestima rebaixada traz consigo angústia, tensão constante e dependência”.
Depois de muito ler em livros e na internet sobre o assunto e de trocar ideias com outras mães em grupos de discussão em redes sociais, a artesã Camilla Werner incorporou ao dia a dia de sua família várias atitudes para promover a autoestima dos filhos Theo, de nove anos, Eloah, de cinco, e Isabella, de três. “Evito adjetivos negativos, porque a criança acaba incorporando aquilo à sua personalidade”, exemplifica.
Ela segue direitinho as orientações psicológicas contemporâneas. “Prefiro focar nas atitudes, conversar. Claro que às vezes, na hora do nervoso, a gente não pensa e corre o risco de falar algo de que se arrependerá. Quando isso acontece, não tenho problema em chamá-los depois e explicar que me expressei mal porque estava nervosa. Que não tinha a intenção de criticá-los pessoalmente. Tento acertar o máximo possível, porque quero que eles sejam adultos completos e felizes.”
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