Mães e especialistas ensinam a conciliar as tarefas do dia-a-dia e os cuidados com os filhos
Quem é mãe sabe: com a chegada dos filhos, uma série de afazeres rotineiros sobem em dificuldade. Passar, lavar, dar uma geral na casa e preparar o jantar viram tarefas muito mais complexas quando realizadas com um bebê em casa. Além da vigília, essa nova e constante tarefa materna, surgem outras ocupações, variáveis de acordo com a idade da prole: preparar mamadeiras, trocar fraldas, trocar roupas, preparar a comida adequada, checar os deveres escolares. Diante deste cenário, toda mãe se pergunta: “como vou dar conta de tudo?”
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Procurar a ajuda de uma profissional – uma arrumadeira ou uma babá – é um recurso comum, mas nem sempre possível. De qualquer forma, com ou sem auxílio, é preciso criar uma nova organização doméstica. Consultamos mães e especialistas que nos deram dicas preciosas para tornar as tarefas cotidianas possíveis – e de forma que integrem pais e filhos.
1. Diminua as expectativas
A primeira coisa é assumir que a sua vida mudou. Não espere, agora mãe, fazer com a mesma perfeição aquele cupcake que era o seu orgulho, malhar cinco vezes na semana como você costumava fazer, ou ser a profissional sempre disposta a ficar até mais tarde no trabalho. Com a chegada dos filhos, é natural haver uma mudança de foco e uma nova redistribuição do tempo. Entender isso diminui a cobrança da mãe consigo mesma e a faz optar por caminhos mais práticos, tornando os objetivos acessíveis à sua nova realidade.
2. Crie uma rotina para a criança
Todas as mães consultadas mencionaram a rotina como ferramenta indispensável para dar conta de tudo. Isabella Gargiulo diz que a rotina “salvou sua sanidade”. “Estabeleci hora para café da manhã, para brincar, para lanche, para a soneca, para banho, refeições e dormir, todo santo dia na mesma hora. É ótimo para podermos nos organizar e calcular o tempo – e bom para os pequenos que, sem saber ler as horas, estabelecem um ritmo interno através da rotina”, conta a mãe.
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3. Planeje tarefas semanais
A especialista em organização e administração Ana Afonso sugere que as famílias tenham de fato uma agenda. Pode ser um caderno, um quadro ou calendário, colocado estrategicamente em um ponto da casa em que todos possam ver. “Cada um anota o que vai fazer e se programar fica mais fácil”, diz. Entre os compromissos que podem ser anotados entram cursos extra-curriculares, médicos, visitas de fornecedores (como uma entrega programada de gás ou água), reuniões na escola e outros que ocupem horários além dos diários, da escola e do trabalho.
4. Faça do sling um aliado
Quanto menores as crianças, mais tempo elas ocupam. Mesmo se não estiver trabalhando fora, você provavelmente deve continuar responsável por tarefas como preparar uma refeição ou ir à farmácia. Nessas horas, as mulheres que se adaptaram ao uso do sling falam maravilhas do acessório, capaz de manter a criança junto ao corpo da mãe, deixando os braços da mulher livres. Jamila Maia, mãe de Gael, de sete meses, usa o sling para ir buscar os enteados na escola, realizar pequenas tarefas dentro de casa ou para levá-lo a eventos sociais. “Ajuda muito as mães de bebês e crianças pequenas, torna nossa vida mais prática e ainda propicia a eles um contato constante com o corpo da mãe”, diz ela.
5. Peça ajuda para tarefas mais difíceis
Se a fase atual dos seus filhos torna difícil levar algumas tarefas mais demoradas, como uma faxina completa, até o fim, peça ajuda. Nem que seja para algum familiar cuidar das crianças enquanto você se dedica a ela. Atividades externas, como ir ao supermercado, podem ser feitas com o pai ou uma avó, e virar uma espécie de programa familiar. A mãe de Jamila Maia passou a acompanhá-la ao supermercado uma vez por semana, desde o nascimento de Gael. “Virou um ritual, sempre vamos juntas e se o pequeno fica com sono, ela o pega e vai fazê-lo dormir num canto mais sossegado”, conta.
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6. Crie ambientes para deixar as crianças livres, perto de você
Quando o segundo filho da atriz Thais Roji nasceu, ela e o marido ficaram um período sem trabalhar. Por isso, ela dispensou a empregada e assumiu todas as tarefas domésticas. “Moro em uma casa grande, com piso branco, e tenho uma cachorra preta. Imagine só”, conta ela, para quem o período foi importante na integração da família. “Passamos a fazer muitas das tarefas juntos. Deixava meus filhos perto, tirava as coisas perigosas e trabalhava com eles brincando ali do lado”, lembra.
7. Incentive seus filhos a participar
Ana Afonso, que além de personal organizer é mãe e avó, sugere delegar pequenas tarefas aos filhos, para aliviar os pais e criar uma relação de cuidado mútuo. Além de algumas responsabilidades com a casa, os filhos mais velhos podem ser bons aliados na hora de entreter os mais novos enquanto as mães realizam algumas tarefas rápidas. “A Maria, que tem 9 anos, já troca até fralda. O Tico, com 12, gosta de acalmar o pequeno quando vê que ele está cansado ou aborrecido e busca modos de fazê-lo rir ou ficar mais tranquilo”, conta Jamilla sobre a relação do filho Gael com os irmãos, frutos do relacionamento anterior do marido.
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