Câncer é associado a fumo e álcool. Quando diagnosticado no começo, chance de cura é de 90%. Lula será tratado com quimioterapia
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva realizou exames neste sábado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e foi diagnosticado com câncer localizado na laringe, informou um boletim médico do hospital. Ele será submetido a quimioterapia para tratar o câncer. Nas redes sociais, centenas de pessoas estão mandando mensagens de apoio ao ex-presidente.
Paulo Hoff, diretor do Centro de Oncologia do Sírio-Libanês, disse ao iG que o presidente, "como qualquer pessoa que teve diagnóstico de câncer, está apreensivo, mas está bem".
Ele informou ainda que Lula foi ao hospital fazer exames porque estava muito rouco, com dores na garganta e decidiu investigar o motivo. "É um tumor localizado. Ele não se espalhou pelo pescoço nem pelos vasos linfáticos. Lula fará quimioterapia e radioterapia", completou. O tratamento começará na segunda-feira.
ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse: "O presidente Lula é um homem forte e corajoso. Vencerá essa batalha. Já venceu muitas outras".
O câncer
O câncer de laringe está altamente associado ao fumo e ao consumo de álcool. Se descobertos em estágio inicial, 90% dos casos são curáveis. Se o câncer se espalhou para as áreas ao redor da laringe (gânglios linfáticos e pescoço) as chances de cura ficam entre 50% e 60%. Os tratamentos incluem cirurgia para remoção do tumor, radioterapia e quimioterapia.
O então presidente Lula e presidenta eleita Dilma Rousseff visitam o então vice-presidente José Alencar em dezembro de 2010
Dependendo da gravidade do tumor, o tratamento aplicado pode afetar a fala, a alimentação e até a respiração. Por isso, muitos pacientes frequentemente necessitam fazer reabilitação após a eliminação do tumor.
A maioria dos cânceres de garganta se desenvolve em adultos com mais de 50 anos. Homens são dez vezes mais propensos a ter a doença do que as mulheres.
De acordo com o Sírio-Libanês, a equipe médica que assiste o ex-presidente é coordenada pelos doutores Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz, Luiz Paulo Kowalski, Gilberto Castro e Rubens V. de Brito Neto. O hospital é o mesmo no qual o ex-vice-presidente José Alencar e a presidenta Dilma Rousseff foram tratados. Dilma foi diagnosticada com um linfoma em 2009
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