Ellen Johnson-Sirleaf, presidente da Libéria, Leymah Gbowee, ativista liberiana, e Tawakkul Karman, jornalista e ativista iemenita, conquistaram nesta sexta-feira a edição 2011 do Prêmio Nobel da Paz. O anúncio foi feito pelo Comitê do Nobel da Noruega em Oslo, capital do país.
Nomes de Ellen Johnson-Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram anunciados na manhã desta sexta-feira
As três foram "recompensadas por sua luta pacífica pela segurança das mulheres e de seus direitos de participar nos processos de paz", declarou, em Oslo, o presidente do comitê Nobel norueguês, Thorbjoern Jagland. "Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo se as mulhers não obtiverem as mesmas oportunidades que os homens para influenciar nos acontecimentos em todos os níveis da socieade", acrescentou. Escolhidas entre 241 nomeados, elas têm direito a um cheque no valor de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,7 milhões).
Nos últimos dias foram divulgados os vencedores nas categorias de Medicina, dividido entre Bruce Beutler, Jules Hoffmann e Ralph Steinman; de Física, dividido pelos astrônomos americanos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess; de Química, para o israelense Daniel Shechtman; e deLiteratura, concedido ao poeta sueco Tomas Tranströmer. A rodada de anúncios se encerra na próxima segunda-feira, quando será comunicado o vencedor de Economia.
Premiação fora da Suécia
O Nobel da Paz é o único concedido fora da Suécia. Alfred Nobel, inventor da dinamite, estava profundamente preocupado pelos horrores da guerra após comprovar os efeitos desse explosivo no conflito franco-prussiano e quis que um de seus prêmios fosse para "a pessoa ou entidade que mais ou melhor tenha contribuído à aproximação dos povos, à supressão ou redução dos Exércitos permanentes e à promoção de congressos pela paz".
Constituída a Fundação Nobel, os prêmios foram concedidos pela primeira vez em 1901, aos cinco anos da morte de seu criador. O primeiro Nobel da Paz foi partilhado pelo francês Fréderic Passy, fundador da primeira organização francesa em favor da paz, e pelo suíço Jean Henry Dunant, promotor da Convenção de Genebra de 1864, que fundou a Cruz Vermelha.
A concessão do Nobel da Paz levantou várias críticas e polêmicas em torno da personalidade e dos antecedentes da pessoa escolhida. Por causa das duas guerras mundiais, o prêmio não foi outorgado por 19 vezes.
Em 25 ocasiões foi compartilhado e, em apenas uma, foi concedido a título póstumo ao sueco Dag Hammarskjold, que foi secretário-geral da ONU. Além disso, foi rejeitado pelo vietnamita Le Duc Tho, que, ao ser nomeado em 1973, não tinha ainda conseguido a paz em seu país, o Vietnã do Norte. O prêmio é entregue em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel, em cerimônia em Oslo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário