Para alguns, isso pode não fazer tanta diferença. Saiba mais
O ronco crônico pode ser mais do que simplesmente uma chateação barulhenta. Até três quartos dos roncadores também sofrem de apneia do sono, que causa interrupções na respiração ao longo da noite. A apneia eleva o risco de doenças cardíacas, derrames e hipertensão, problema que já afeta metade da população brasileira com mais de 55 anos.
Os que buscam por uma cura são frequentemente aconselhados a dormir de lado, e não de barriga para cima, de forma que a base da língua não se desloque para o fundo da garganta, estreitando as vias aéreas e obstruindo a respiração. Para algumas pessoas, porém, alterar a posição de dormir pode não fazer tanta diferença.
Cientistas afirmam haver dois tipos de roncadores: os que roncam apenas quando dormem de barriga para cima e os que roncam em qualquer posição. Um estudo que examinou mais de 2 mil pacientes de apneia do sono, conduzido por pesquisadores de Israel, descobriu que 54% eram “posicionais” – ou seja, roncavam apenas quando dormiam de costas. O restante era “não-posicional”.
Outros estudos mostraram que o peso tem um papel importante. Num amplo estudo publicado em 1997, os pacientes que roncavam ou sofriam de anormalidades de respiração apenas quando dormiam de costas eram geralmente mais magros, enquanto seus equivalentes não-posicionais costumavam ser mais pesados. O grupo com sobrepeso, segundo os autores, demonstrava um sono pior e mais fadiga durante o dia.
Contudo, o estudo também descobriu que estes pacientes viram sua apneia melhorar quando perderam peso. Segundo a Fundação Nacional do Sono nos EUA, para aqueles com sobrepeso, emagrecer geralmente é a melhor forma de curar a apneia do sono e acabar com os roncos de vez.
Concluindo: dormir de lado pode ajudar a diminuir os roncos, mas pessoas com sobrepeso não verão grande diferença se não emagrecerem.
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