segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Obesidade pode interferir na absorção de vitamina D


Novo estudo dinamarquês sugere que quanto mais obeso é o indivíduo, maior sua carência de vitamina D

Foto: Getty Images
Obesos têm dificuldade em processar a vitamina D
Um estudo dinamarquês encontrou uma relação inversa entre o excesso de peso e a quantidade insuficiente de vitamina D no organismo - fator crítico para a saúde celular, absorção de cálcio e funções imunológicas adequadas.
A deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de deterioração óssea e de certos tipos de câncer.
Os pesquisadores também sugeriram que o excesso de peso possa interferir na absorção adequada da vitamina.

A equipe observou que a chamada “vitamina do sol” é inicialmente absorvida (através da exposição solar ou do consumo de alguns alimentos, como os peixes oleosos e o leite fortificado) e em seguida o organismo deve convertê-la a uma forma utilizável, chamada 1,25 – di-hidroxi vitamina D. Porém, aparentemente o processo de conversão é de circuito curto entre os obesos, complicando os esforços para uniformizar a saúde da verdadeira vitamina D.
As descobertas foram publicadas na edição de janeiro da revista especializada Journal of Nutrition.
Para investigar o impacto da obesidade sobre a absorção da vitamina D, a equipe acompanhou durante seis anos um grupo de 1.464 mulheres e 315 homens com idade média de 49 anos. Com base no índice de massa corporal (IMC) – indicador de gordura corporal calculado a partir do peso e da altura do indivíduo – os participantes foram considerados, em média, obesos. Aproximadamente 11% deles foram classificados com obesidade mórbida.

No início do estudo, os níveis de vitamina D dos participantes em geral foram considerados abaixo da média ideal, observaram os autores da pesquisa. No final do estudo, foi observada a queda “significante” dos mesmos índices, enquanto que o IMC dos participantes teve um aumento de 5%.
A equipe de pesquisa concluiu que o peso, gordura corporal e IMC acima do normal estavam relacionados à carência de vitamina D no organismo.
Por exemplo, os participantes que apresentaram níveis mais baixos de IMC tiveram níveis de vitamina D 14% mais altos do que aqueles que apresentaram níveis mais altos de IMC.

Como os níveis de vitamina D não apresentaram uma ligação adequada com os níveis de 1,25 – di-hidroxi vitamina D (E, na verdade, aparentemente apresentaram uma relação inversa anormal), os autores do estudo sugerem que esforços futuros para explorar o padrão de vitamina D entre os obesos deveriam analisar as duas medidas da vitamina.

A equipe também sugeriu que é provável que as pessoas acima do peso e obesas se beneficiem dos suplementos de vitamina D e de maior exposição solar
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