Polícia trabalha com a hipótese de crime encomendado. Patrícia Acioli era conhecida por seu rigor contra grupos de extermínio
Carro da juíza Patrícia Acioli foi atingido por disparos efetuados por homens encapuzados
O carro onde estava a juíza Patrícia Lourival Acioli foi periciado na manhã desta sexta-feira (12) na Divisão de Homicídios da Polícia Civil, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Apesar de Niterói também contar com uma DH, o caso foi transferido para a capital fluminense a pedido da chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha.
Patrícia Acioli tinha 47 anos e foi morta quando chegava em sua casa, em Niterói
Polícia Federal vai investigar assassinato de juíza
Patrícia foi morta a tiros no final da noite de quinta-feira (11) em Piratininga, no município de Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O crime aconteceu quando ela se aproximava da entrada de sua casa, no bairro Timbau.
No momento em que foi assassinada, a juíza, de 47 anos, estava sem seguranças. A polícia trabalha com a hipótese de emboscada e acredita que o crime tenha sido encomendado.
Patrícia dirigia seu Fiat Idea quando foi surpreendida por homens utilizando toucas ninja que estavam em duas motos e dois carros. No total, foram feitos pelo menos 15 disparos de pistolas calibres 40 e 45 contra a vítima, que morreu no local.
Prisões e ameaças
A casa onde a juíza morava é monitorada por câmeras. Um computador com as imagens gravadas também foi levado à Divisão de Homicídios. Após o término da perícia do carro da vítima, a polícia começou a ouvir os depoimentos de testemunhas do crime.
Patrícia comandava a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Em algumas decisões da juíza, está a prisão de policiais militares de São Gonçalo, município da Região Metropolitana fluminense. Os agentes sequestravam traficantes e, mesmo depois de matá-los, entravam em contato com familiares e comparsas exigindo dinheiro para soltura. Patrícia também decretou a prisão preventiva de PMs acusados de forjar confrontos com bandidos, mortos durante a abordagem.
O nome da juíza estava ainda em uma "lista negra" feita pelo criminoso Wanderson Silva Tavares, conhecido como "Gordinho". Ele foi preso no Espírito Santo em janeiro deste ano e chefiava uma quadrilha de extermínio que agia em São Gonçalo e teria assassinado pelo menos 15 pessoas em três anos.
Assista ao vídeo sobre o assassinato da juíza:
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