Instituto espacial brasileiro monitora poluentes na superfície marinha
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nesta sexta-feira (18) imagens captadas pelo satélite europeu Envisat que mostram o vazamento de petróleo no Campo do Frade, na Bacia de Campos (RJ).
Segundo o Inpe, essas fotos foram recebidas diretamente do satélite em uma de suas estações, em Cachoeira Paulista (SP), e entregues ao Ibama e à Petrobras para ajudar na avaliação do incidente. O campo é explorado pela empresa americana Chevron. Uma das fotos é de 11 de novembro e a outra é de 14 de novembro.
Duas imagens do satélite Envisat divulgadas pelo Inpe mostram o vazamento de petróleo em datas diferentes. A imagem superior é de 11 de novembro e a inferior é de 14 de novembro. Os pontos de vazamento foram marcados em vermelho pela reportagem, com base em informações do Inpe. (Foto: (Foto: Inpe/Divulgação/ Montagem: Editoria de Arte/G1))O Inpe tem em sua unidade de Cachoeira Paulista uma Estação de Sensoriamento Remoto Marinho que recebe imagens para a detecção de poluentes na superfície do mar e outros fins ambientais. O instituto informa que a extensão da mancha visível na imagem não permite avaliar exatamente quanto óleo foi derramado, devido a eventuais distorções provocadas por correntes marítimas.
saiba mais
PF vai intimar funcionários da Chevron sobre vazamento de óleoAmbientalistas protestam em frente à sede da Chevron contra vazamento'Acidente deve ser bem maior que o anunciado pela empresa', diz MincO Secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse na manhã desta sexta-feira (18) que o vazamento de óleo no campo de Frade, na Bacia de Campos, deve ser bem maior do que o anunciado pela empresa Chevron.
De acordo com Minc, que foi ministro do Meio Ambiente, a área onde ocorreu o vazamento de óleo é considerada região de migração de baleias-jubarte, do golfinho-pintado-do-Atlântico e do golfinho-nariz-de-garrafa.
De acordo com o secretário, a Chevron, empresa que perfurava o poço de petróleo quando foi aberta a fissura, no último dia 10, tem que ser punida exemplarmente.
Funcionários da petroleira devem ser intimados a partir desta sexta-feira (18) para prestar depoimentos no inquérito da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal que apura os responsáveis pelo vazamento, disse o delegado responsável pelo caso, Fábio Scliar.
De acordo com ele, cerca de seis funcionários devem ser ouvidos até a sexta-feira da semana que vem. Os depoimentos devem acontecer na terça, quarta e sexta-feira. O delegado informou, contudo, que como muitos funcionários estão trabalhando na plataforma, que fica no oceano, há a possibilidade de não conseguir ouvi-los já na semana que vem.
Na quinta-feira (18), a petroleira Chevron Brasil disse que a estimativa sobre o volume de óleo na superfície do oceano causado pelo vazamento caiu para “abaixo de 65 barris”. A estimativa anterior da empresa era de 400 a 650 barris - uma redução de até dez vezes.
De acordo com a empresa, não é possível estimar, contudo, quanto de petróleo foi de fato retirado do mar pelas embarcações que atuam na limpeza da mancha e qual volume pode ter afundado no oceano
Nenhum comentário:
Postar um comentário